Fanfic: Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA
AGORA
Pingos de chuva continuam caindo em minha cabeça...
Eu pulo na cama, com os braços na minha frente como se para
parar uma força invisível que nunca está lá. Levo um momento para
acalmar a minha respiração, controlar meus movimentos irregulares e
percebo que estou no agora, não em um pesadelo. Eu me estico com as
mãos trêmulas e esfrego os olhos. Eu tenho o mesmo pesadelo todas as
noites; eu o tenho desde que eu tinha oito anos e meu pai e minha irmã
foram tirados de mim.
Aquela noite vive em meus sonhos, assombra todos os meus dias,
e é uma espiral interminável de agonia. Toda vez que eu fecho meus
olhos, eu vejo os olhos sem vida da minha irmã, olhando para mim.
Mesmo depois de todos esses anos, eu ainda consigo ver a imagem na
minha cabeça como se eu estivesse lá ontem. Meu coração dói, todas as
manhãs, porque eu sou obrigada a acordar da mesma forma com cada
nascer do sol.
Foi há 11 anos, mas o tempo não cura tudo. Aquela noite mudou
não só a minha vida, mas também a vida da minha mãe. Fomos de ter
tudo, para não ter nada. Meus pais não tinham seguro de vida. Nunca
pensei que iria acontecer com eles. Eu acho que é o que acontece com
um monte de gente. Quando eu perdi meu pai e minha irmã, tivemos
que vender nossa casa e mudar uma muito menor. Nós estamos aqui
desde então.
Essa foi a menor parte de nossa difícil jornada. Como você apoia
alguém que está sofrendo tanto quanto você? Minha mãe era tão forte;
ela se segurou quando eu precisei dela, mas eu a ouvia chorando à
noite, sozinha. Ela e meu pai tiveram um excelente relacionamento.
Você sabe como é. Aquele que é raro, bonito, e uma vez em uma vida.
Eles eram felizes. Eles eram normais.
Não havia nada de feio com a nossa vida.
Ele não estava dirigindo bêbado. Eles não estavam brigando.
Ninguém veio para o nosso lado da estrada. Meu pai não teve um
ataque cardíaco. Não, foi um pneu furado. É isso aí. Isso é o que levou a minha vida. Um pneu. Um mero pneu. Ele furou, e quando eu digo que
explodiu, quero dizer que explodiu mesmo. Em seguida, o carro
derrapou, papai tentou corrigi-lo, mas nós saímos da estrada e
capotamos antes do carro atingir uma árvore.
Um pneu acabou com tudo.
— Anahi? — a voz suave de minha mãe chama do fundo do
corredor.
— Já vou! — eu grito de volta, correndo os dedos pelo meu cabelo.
— Querida, eu estou atrasada para o trabalho. Você precisa de
uma carona para a escola?
Eu gemo. Eu quero ficar na cama. Eu não quero ir para a escola.
É sempre difícil ir na última semana antes do início do verão. É o meu
primeiro ano na faculdade, e até agora está indo conforme o planejado.
Quando eu terminei o colegial, eu sabia o que eu queria fazer. Eu tinha
as notas. Eu tinha um plano. Entrei para um programa Pré-Med para
iniciar o curso de medicina. A escola tem alunos de Pré-Med, bem como
os alunos que estudam medicina e estágios iniciais.
A escola fica na esquina de onde eu moro, então eu posso voltar
para casa, para minha mãe, todos os dias. Isso nem sempre é o que eu
prefiro, mas por enquanto serve. Eu tenho dezenove anos; há momentos
em que eu queria o meu próprio espaço mais do que ar, por isso,
ultimamente eu tenho trabalhado para tentar mudar isso.
Especialmente agora que minha mãe está recém-casada. Levou 11 anos
para ela encontrá-lo, mas agora eu finalmente estou vendo um sorriso
que não é fingimento.
Eu não acho que ela o ama como amava o meu pai, mas ela
definitivamente o adora. Carlos Herrera é um homem robusto, bonito e corpulento. Ela
está saindo com ele há mais de um ano, e eles se casaram apenas na
semana passada. Eu gosto de Carlos; ele é um homem bom, amoroso. Ele
é bonito como o inferno, também, alto, moreno e robusto. Ele tem três
filhos, todos os quais eu não conheci, porque eles vivem na Califórnia
com sua mãe. E, aparentemente, eles não visitam seu pai.
Acho que vou conhecê-los eventualmente. Eu não me importo
com quando isso vai acontecer. Eu não preciso de meios-irmãos. Eu
não quero uma nova família. Eu quero que a minha mãe seja feliz, mas
acaba aí. Eu não preciso de um novo pai. Eu não preciso de novos irmãos e eu não preciso substituir algo que nunca vai voltar a ser como
era. No entanto, eu faço praticamente tudo por minha mãe, então se
isso a fizer feliz, eu vou me esforçar.
— Anny! Depressa! Eu quero falar com você.
Eu suspiro e jogo as pernas para fora da cama. Eu me arrasto
pelo corredor, com uma das minhas meias penduradas no meu pé. Ao
virar a esquina do correndo e entro na sala, e vejo mamãe e Carlos de pé
na cozinha. Ela está andando, pegando as chaves e murmurando
alguma coisa. Carlos está encostado ao balcão, sorrindo, os braços
cruzados sobre o peito largo.
— Dia, querida. — ele diz, quando eu entro na cozinha.
Eu lhe dou um sorriso cansado. — Ei, Carlos, como está indo?
— Bem. Você está pronta para a escola?
Eu torço o nariz. — Não. Eu queria que eu pudesse simplesmente
começar as férias de verão mais cedo.
Ele sorri, mostrando duas covinhas perfeitas. Meu pai tinha
covinhas também, mas essa é a única coisa que ele e Carlos têm em
comum. Papai era loiro, de olhos azuis, e tinha um sorriso que derretia
meu coração. Minha irmã, Milly, era extremamente parecida com ele.
Eu tenho os traços de minha mãe, o que é difícil às vezes, porque não nos sobrou nada deles. Ela sempre dizia que Milly e eu não tínhamos nada a ver. Ela era tão mais leve e eu sou tão sombria. Meu cabelo é
preto, os olhos verde-esmeralda, minha pele um pouco escura.
— Você vai se sair bem. — Carlos diz, desencostando da mesa. —
Sua mãe te disse que meus meninos estão vindo?
Ergo as sobrancelhas. — Estão?
— Sim. Poncho conseguiu um trabalho de mecânico aqui, e Brody e Lee decidiram vir também. Se cansaram de lá.
Eu não posso deixar de sorrir. Os meninos têm os nomes mais
estranhos. Poncho é o diminutivo para Alfonso; ele tem vinte e quatro anos, e é o mais velho dos três rapazes. é o diminutivo para Brody é Broderick, e ele tem vinte e dois. Lee é o diminutivo para Ripley e ele está fazendo dezoito anos este ano. Eu nunca conheci nenhum deles, mas eu falei com Ripley no Facebook. Vai entender. Eu converso com o meu irmão adotivo no Facebook, mas nós nunca nos conhecemos.
Autor(a): AliceCristina106
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— Estou feliz por você, Carlos. — eu sorrio calorosamente. — Eu sei que você sente falta deles. O sorriso de Carlos fica maior, e isso me faz feliz. — Eles finalmente estão fartos da Califórnia. Vai ser bom tê-los em casa. Mamãe entra apressada na cozinha, prendendo o cabelo. — ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 254
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ponnyyvida Postado em 05/08/2020 - 21:31:56
Que fanfic incrível <3
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franmarmentini♥ Postado em 18/02/2017 - 10:21:11
Que pena q acabou...mas gostei muito
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franmarmentini♥ Postado em 16/02/2017 - 21:58:49
Olaaa...
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Anamaria ponny_ Postado em 05/02/2017 - 18:07:00
Já acabou poxa :(
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Jéssica Nascimento Herrera Postado em 04/02/2017 - 12:29:21
Penúltimo capítulo :( poooosta mais
AliceCristina106 Postado em 05/02/2017 - 00:00:42
Continuando <3
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AliceCristina106 Postado em 24/01/2017 - 03:32:26
Anamaria ponny_: é uma fic curta. Continuando <3
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Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:51:11
Já o penúltimo? :O tão rápido. Posta mais.
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AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 03:02:15
Jéssica Nascimento Herrera: pegou mesmo/ logo ela aparece. Continuando <3
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Jéssica Nascimento Herrera Postado em 14/01/2017 - 02:34:09
#BrodyRevoltado. Eu hein, só tem gente doida nessa família da Any... brincadeirinha, são todos uns amores, mas o Brody pegou pesado, cadê a Mai? Sumiu. Pooosta mais
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Jéssica Nascimento Herrera Postado em 13/01/2017 - 19:31:00
Vooltei. Aí meu coração, quem vê o Alfonso assim nem imagina que ele foi tão odiado por nós no começo da fic. Pooosta mais
AliceCristina106 Postado em 14/01/2017 - 01:59:22
Verdade kkkk mas ele mereceu. Continuando <3
AliceCristina106 Postado em 14/01/2017 - 01:59:16
Verdade kkkk mas ele mereceu. Continuando <3