Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

*UM ANO ANTES

— Nós vamos ficar neste quarto o fim de semana todo? — eu 

gemo, me espreguiçando sobre a cama.

— Não, nós não vamos, Annie. 

Eu rio dele usar meu nome inventado. — Então o que vamos 

fazer, Dante? 

Ele sorri para mim, e eu o observo por um momento. Seu cabelo

castanho claro está caindo sobre a testa, enquadrando o rosto bonito e 

bem definido. Seus olhos estão mais azul do que cinza hoje, 

absolutamente deslumbrante. Ergo a mão, afastando uma mecha de 

cabelo de seus olhos. Ele sorri para mim, e a covinha faz meu coração 

vibrar.

— Nós vamos correr. 

Eu pisco. — Ah, não, nós não vamos. 

— Sim, nós vamos. — diz ele, se erguendo em um pulo e 

segurando minhas mãos, me puxando.

— Você não falando sério! — eu exclamo quando ele me coloca de 

frente para uma sacola de compras. — O que há lá dentro? Você disse 

que você ia comprar doces!

Ele ri, passando os braços ao redor dos meus ombros e me 

puxando contra seu peito. Sua pele é quente contra a minha e seus

músculos se movimentam contra os meus ombros enquanto ele se 

inclina e sussurra em meu ouvido: — Eu menti. 

Eu sorrio. — Você não é uma pessoa muito legal, e este é o 

momento em que eu o informo que eu não corro. Nunca. Nem pensar. 

— Eu posso fazer você correr. 

— Não, não é possível. 

Ele me aperta. — Isso é uma aposta?

— Yep. Eu não corro. Além disso, por que precisamos correr? Por 

quê? 

Sua risada causa burburinhos pelo meu corpo. — Porque nós 

comemos tanto que eu me sinto gordo.

— Mas você não está. 

— Mas eu sinto que estou. 

Eu giro em seus braços parar ficar de frente para ele. — Mas você 

não está. 

— Eu corro todos os dias. 

— E? 

Ele se aproxima mais. — Você vai ficar bem, confie em mim. 

Quando voltarmos, você será recompensada. 

— Não. Você não pode me obrigar. 

— Sim, eu posso. 

— Não, não pode.

— Sim, posso.

Eu me viro e corro em direção ao banheiro, mas ele me pega pela 

cintura, me puxando para trás. — Considere isso um encontro. 

— Eu não conheço você. Nós não temos nenhuma razão para 

encontros. 

— Querida, eu coloquei o meu pau dentro de você. 

Eu rio. — E é um pau maravilhoso, mas isso não significa que 

estamos namorando. Eu ainda não estou convencida de que você não é 

um assassino em série. 

— O mais charmoso assassino. — ele murmura contra meu 

ombro.

— Eu não vou correr, imbecil. 

— Você vai correr, querida. 

— Isso pode se arrastar o dia todo. Você vai e eu fico. Quando 

você voltar, vamos comer mais e faremos você se sentir gordo de novo.

— Não. — diz ele, me empurrando na direção da sacola. — Agora, 

se vista ou eu vou fazer isso por você. 

— Eu vou me vestir, mas eu não vou correr. 

Eu abri a sacola e encontrei um par de shorts de algodão e um 

top, além de um par de tênis. Não eram realmente roupas de corrida, 

mas eu definitivamente posso correr com elas. Mas eu não vou, por isso 

não importa. Sou grata por ele comprar essas roupas pra mim, 

considerando que eu só tinha uma, quando eu decidi passar um fim de 

semana com ele.

Tem sido um bom fim de semana, também. Liguei para Maite e 

ela gritou de alegria, prometendo ser minha cúmplice na minha história 

que eu vou ficar com ela durante o fim de semana. Isso garante que 

meus dias sejam tranquilos, e tem sido muito bom. É domingo agora, o 

que significa hoje tudo chegará a um fim. Ainda assim, eu não tenho 

dúvidas de que vamos nos ver outra vez, o que me deixa feliz.

Eu nunca me entendi tanto com alguém como me entendo com... 

Er... Dante.

Mal posso esperar para descobrir seu verdadeiro nome.

— Vista-se. — diz ele, batendo a minha bunda.

Com um bufo de raiva, eu entro no banheiro para me vestir. 

Quando eu termino, ele já está usando um par de shorts de corrida e 

uma camiseta apertada que faz seus músculos realmente parecerem 

grandes. Maldito seja ele por ser tão bonito. Ele pega a minha mão e me 

leva para fora do hotel. Eu não protesto, simplesmente porque está um 

dia lindo lá fora e eu preciso de ar fresco.

Quando chegamos à calçada, ele me faz atravessar a rua em 

direção à praia. As pessoas estão por toda parte, correndo pelo longo 

caminho ao lado da areia branca, comendo em restaurantes ao longo da 

rua e brincando com suas famílias. Não posso lutar contra o sorriso que 

se espalha por todo o meu rosto quando pisamos na areia fofa. A água 

está realmente azul hoje e as ondas batem suavemente contra a costa.

— Vamos, soldado. — diz ele, agarrando minha mão e me 

puxando.

— Não... Sério... Eu não corro. 

— Se você não correr, eu vou me jogar no chão e fingir que você 

está me batendo.