Fanfics Brasil - Capítulo 31 Step-Lover-Ponny/Adp

Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo 31

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— É por isso que eu não conto às pessoas. — digo, balançando os 

braços. — Eu não quero que a porra da sua pena, maldição. 

Me viro e corro para a porta. — Não me sigam. — eu grito, 

magoada e quebrada.

Eu saio e tropeço nas escadas, caindo sobre minhas mãos e 

joelhos. Demais. É muito. Eu me levanto rapidamente e tropeço para

frente. Eu começo a correr; eu corro para tão longe e tão rápido que, 

quando eu olho para trás, eu não consigo nem ver a casa mais. Acho 

uma árvore velha, caída e desabo ofegante. Lágrimas rolam pelo meu 

rosto. Maldição, quando isso vai ficar mais fácil?

Tem que ficar... certo?

Minha cabeça está abaixada, então eu não o vejo chegar. Eu 

simplesmente sinto a sua presença quando ele se senta ao meu lado. 

Eu esperava que fosse Carlos, mas quando abro meus olhos, fico

chocada. Não é Carlos nem mesmo Poncho... É Brody. Eu pisco algumas 

vezes, bastante chocada. Ele é a última pessoa que eu esperava 

encontrar. Eu nem sei por que ele está aqui. Ele mal fala, mal 

demonstra emoção e ainda aqui está ele.

— Eu sei como se sente. 

Viro-me para ele, piscando meus olhos secos. Eu chorei tanto que 

não sobrou nada.

— V-v-você entende? 

Ele balança a cabeça e coloca a mão no bolso de sua jaqueta. Ele 

pega um frasco e o abre. Ele toma um longo gole, e depois o passa para 

mim. Eu faço o mesmo, engolindo o líquido em chamas.

Então ele me conta sua história.

— Eu namorava uma garota quando eu tinha dezoito anos. Nós 

ficamos juntos por dois anos. Eu a amava, mas ela teve uma vida dura. 

Ela sofria de depressão grave, porque sua mãe tinha morrido de câncer 

dois anos antes. Ela se fazia de forte, mas ela era uma garota que 

precisava de ajuda. Eu fiquei ao lado dela porque eu me importava.


Quando fiz dezoito anos, as coisas começaram a desandar. Ela ficou

distante e brigava comigo mais do que me amava. 

Ele para e toma mais um gole. Eu faço o mesmo.

— Eu tinha dezoito anos. — murmura. — Eu não tinha a 

maturidade para lidar com isso. Eu era jovem; eu queria aproveitar a 

minha vida. Ela não me deixou entrar. Eu estive junto a ela durante 

dois longos anos, mas ela não me deixou entrar. Ela estava afundando. 

Tentei ajuda-la, eu fui à terapia com ela, eu perdi todos os meus amigos 

para ficar ao seu lado; eu fiz tudo o que pude para melhorar as coisas 

para ela. 

Tomo mais um gole, porque eu tenho a impressão de que esta 

história vai ser horrível.

— Ela se afastou e eu não conseguia passar pela barreira que ela 

impôs. Ela ia à várias festas, então passei mias tempo levando-a para 

casa e vendo-a vomitar do que aproveitando sua companhia. Ela se 

recusou a me deixar entrar e, eventualmente, eu não aguentei mais. Eu 

terminei com ela. As coisas ficaram difíceis depois disso; ela não 

conseguiu lidar com a situação. Eu ainda a segui, tentei ajudá-la, 

porque eu me sentia culpado. 

Deus. Não era culpa dele.

— Mas eu não queria passar o resto da minha vida fazendo isso. 

Não foi divertido. Eu era jovem e não era como eu queria que as coisas 

terminassem. Eu disse ao pai dela que ela precisava de ajuda e ele 

jurou que faria isso por ela, mas ele me pediu para me afastar. Quanto 

mais eu ficasse por perto, mais ela iria se prender. Eu concordei e me 

afastei. Uma noite, cerca de um mês depois, ela me ligou. 

Isso está prestes a ficar ruim.

— Ela disse que ia se matar. Ela já tinha dito isso centenas de 

vezes antes, então dá para entender porque eu não acreditei. Não era 

como se fosse a primeira vez. Eu disse que ela tinha que parar, que 

tínhamos terminado e que ela precisava de ajuda. Então eu desliguei e 

liguei para o pai dela. Ele estava fora da cidade, mas ele disse que iria 

cuidar dela. Naquela noite, eu me senti desconfortável... Ela me disse 

que ela iria se matar tantas vezes antes, mas desta vez foi diferente. 

Meu coração torce e ambos bebemos mais um pouco de álcool.

— Eu decidi ir ver como ela estava. Quando cheguei à casa dela, 

estava escuro. Seu pai não estava em casa, então eu entrei. Eu fui para o quarto dela, mas ela não estava em sua cama. Eu vi que a luz do 

banheiro estava acessa, então eu fui para lá.

Ele para de falar e olha para longe. Meu coração está em pedaços.

— Havia muito sangue. Eu nem sabia que havia muito sangue no 

corpo humano. — ele suspira e eu aperto sua mão. — Eu sabia que era 

ela, mesmo que não conseguisse ver seu rosto. Eu não conseguia, 

porque ela... Ela tinha explodido a própria cabeça. 

O vômito sobe na minha garganta e eu me esforço para empurrá-

lo de volta para baixo. Dor corre por mim, porque eu sei que, deus, eu 

sei como algo assim pode ser, e como isso fica na sua mente e nunca, 

nunca sai.

— Eu a vejo sempre que fecho os olhos. Eu vejo seu rosto cada 

vez que eu tento me divertir. Eu a deixei desabar. Eu não lutei por ela. 

As coisas ficaram difíceis e eu fugi. 

— Você tinha dezoito anos, — eu digo baixinho. — Querido, você 

não pode se culpar por isso. 

Ele se vira para mim e seus olhos estão vidrados. — Eu a amava, 

Anahi. Porra, eu a amava. Eu pensei que era muito difícil, mas quando a 

vi assim... Isso me destruiu. Eu não a protegi quando ela precisava de 

mim. 

Eu engulo minhas lágrimas. Nada que eu possa dizer que vai tirar 

a sua culpa. Ele está sofrendo; ele está quebrado e ele tem todo o direito 

de estar.

— Eu não te contei isso porque quero sua compaixão. — ele diz

com a voz rouca. — Eu te contei porque eu entendo. Eu entendo os 

pesadelos e a necessidade de que as pessoas não tenham pena. Meu pai 

não sabe o que aconteceu. Ele ainda hoje pensa que eu a deixei e que 

ela ainda está viva em algum lugar. Meus irmãos e mãe acha que ela 

estava em um acidente e faleceu. Eu os afastei porque não quero pena. 

Então, eu entendo.

Lágrimas aparecem nos meus olhos e não consigo contê-las. Ele 

aperta minha mão e eu aperto de volta. — Minha irmã era minha

melhor amiga, sabe? Eu a amava muito. Éramos tão próximas. Eu não 

me lembro muito sobre daquela noite, mas eu me lembro de acordar e 

me virar para olhá-la. Mesmo com pouca idade, eu sabia que a cabeça 

dela não devia estar naquele ângulo. Seus olhos estavam arregalados e  ela estava olhando para mim... Sem vida. Eu nunca deixo de ver seu 

rosto. Toda vez que eu fecho meus olhos ela está lá. 

Brody não diz nada, mas ele entende. Eu sei que ele entende.

— Ei, Brody? 

— Sim? 

— Não foi culpa sua. 

Ele se vira para mim. — Então de quem foi? 

— As pessoas ficam doentes, e não pensam do mesmo jeito que 

nós. Ela estava sofrendo e, obviamente, não aguentava mais. Isso não é 

culpa sua. 

— Se eu não tivesse terminado com ela, isso não teria acontecido. 

Eu aperto a mão novamente. — Nós dois sabemos que isso não é 

verdade. Eventualmente, alguma coisa teria acontecido. Se as coisas 

estivessem assim tão mal antes que de você ter terminado, então ela já 

estava em seu próprio inferno pessoal. 

Ele não diz nada mais. Ele apenas solta a minha mão e tira outra 

garrafa. A primeira já terminou.

— Vamos caminhar e beber. Isso ajuda. 

Eu acho que isso significa que nossa conversa acabou.

Eu estou bem com isso, porque o que aconteceu me fez sentir 

ligada a alguém de uma forma que eu não sentia desde a minha irmã e 

meu pai. Não é uma conexão romântica — é uma compreensão, uma 

conexão por causa de uma mágoa semelhante. 

Talvez esses homens estarem na minha vida não seja algo tão 

ruim assim.



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Autor(a): AliceCristina106

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 254



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  • ponnyyvida Postado em 05/08/2020 - 21:31:56

    Que fanfic incrível <3

  • franmarmentini♥ Postado em 18/02/2017 - 10:21:11

    Que pena q acabou...mas gostei muito

  • franmarmentini♥ Postado em 16/02/2017 - 21:58:49

    Olaaa...

  • Anamaria ponny_ Postado em 05/02/2017 - 18:07:00

    Já acabou poxa :(

  • Jéssica Nascimento Herrera Postado em 04/02/2017 - 12:29:21

    Penúltimo capítulo :( poooosta mais

    • AliceCristina106 Postado em 05/02/2017 - 00:00:42

      Continuando <3

  • AliceCristina106 Postado em 24/01/2017 - 03:32:26

    Anamaria ponny_: é uma fic curta. Continuando <3

  • Anamaria ponny_ Postado em 18/01/2017 - 16:51:11

    Já o penúltimo? :O tão rápido. Posta mais.

  • AliceCristina106 Postado em 18/01/2017 - 03:02:15

    Jéssica Nascimento Herrera: pegou mesmo/ logo ela aparece. Continuando <3

  • Jéssica Nascimento Herrera Postado em 14/01/2017 - 02:34:09

    #BrodyRevoltado. Eu hein, só tem gente doida nessa família da Any... brincadeirinha, são todos uns amores, mas o Brody pegou pesado, cadê a Mai? Sumiu. Pooosta mais

  • Jéssica Nascimento Herrera Postado em 13/01/2017 - 19:31:00

    Vooltei. Aí meu coração, quem vê o Alfonso assim nem imagina que ele foi tão odiado por nós no começo da fic. Pooosta mais

    • AliceCristina106 Postado em 14/01/2017 - 01:59:22

      Verdade kkkk mas ele mereceu. Continuando <3

    • AliceCristina106 Postado em 14/01/2017 - 01:59:16

      Verdade kkkk mas ele mereceu. Continuando <3


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