Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

Pela primeira vez em onze anos, eu acordo sem ter tido um 

pesadelo. Eu nunca me senti tão revigorada. Eu bocejo e me espreguiço, 

e eu não posso tirar o sorriso bobo do meu rosto. Ontem à noite 

começou de forma desastrosa, mas acabou sendo incrível. Poncho me fez 

sentir tão malditamente bem. Eu saio da cama amando como os lençóis

ainda têm o cheiro dele. Eu não me incomodo em tomar banho. Eu 

rapidamente me visto e saio correndo para o café.

Eu só quero vê-lo novamente.

Ontem à noite foi incrível e eu acho que pode ter mudado tudo 

para nós.

Quando eu entro na sala de jantar, eu vejo todo mundo de pé na 

cozinha, conversando. Ripley e Poncho não estão lá. Eles ainda devem

estar dormindo. — Bom dia. — falo, indo até a minha mãe e a 

abraçando. Eu aperto o ombro de Carlos e vou atrás do bule de café. Eu 

encho uma caneca e ergo os olhos apenas para ver Maite me olhando 

com uma expressão indecifrável no rosto.

— O quê? — pergunto.

Ela olha para a minha mãe e Carlos, mas eles parecem não 

perceber o que ela está tentando dizer-lhes. A mãe sorri para mim. —

Como foi a noite passada? 

Eu sorrio. — Não foi nada ruim. Ripley e Poncho ainda estão

dormindo? 

— Ripley está, mas Poncho foi embora, infelizmente. 

Meu corpo inteiro congela.

— O quê? — eu consegui dizer, sem deixar que o pavor apareça 

em minha voz.

— Ele disse que tinha que voltar para a Califórnia. Seu antigo 

chefe precisava dele. 

Não.

Não.

Não.

— E-e-ele não vai viver perto de nós? 

Poncho franze a testa. — Não. Bem, não por enquanto. Ele tem que 

ajudar seu chefe até que ele encontre outra pessoa. Seu novo chefe está 

segurando uma vaga para ele aqui, se ele quiser, mas pode demorar um 

pouco. 

Não.

Oh, Deus, eu vou ficar doente.

— Você está bem, amor? — diz a mamãe

— Ah, sim, eu só bebi muito na noite passada. — eu digo, 

forçando um sorriso.

Tudo dentro do meu corpo, toda a alegria, toda a felicidade que eu 

senti há poucos minutos atrás, foi sugado de volta para o esquecimento. 

Maite vem a mim, passando os braços ao redor dos meus ombros. —

Vamos lá, vamos tomar um pouco de ar fresco. 

Ela me leva até a porta e eu dou o sorriso mais falso do mundo ao

segui-la para fora. Assim que estivamos longe de casa, as lágrimas 

explodem de meus olhos e eu caio de joelhos. — Ele fez isso de novo. 

— Oh, querida, eu pensei que você disse que estava tudo 

acabado. 

— Ele veio a mim ontem à noite. — eu choro, pressionando as 

minhas mãos no meu rosto. — Ele... Me fodeu. 

Ela amaldiçoa. — Jesus, aquele pedaço de merda. 

— Ele... Ele foi tão legal comigo. Ele fez parecer que íamos tentar 

e...

Eu paro de falar e levanto a cabeça. Deus, como eu pude ser tão 

estúpida? Antes de sair do quarto, ele tinha dito que estava arrependido 

e que esperava que eu o perdoasse. Ele estava se despedindo e eu não 

dei atenção por estar completamente envolvida. Maite se ajoelha ao 

meu lado e me abraça. — Nós vamos superar isso, você vai ver.

Eu não digo nada.

Não há mais nada a dizer.

Ele fez de novo. Poncho me quebrou uma segunda vez.

Então ele me deixou sozinha.

Meu coração maltratado já não consegue mais perdoar.