Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

Me viro para Maite de boca abeta. — Não. 

— Por que não? 

— Porque ele não pode estar olhando para mim. 

Ele está.

— Ele está olhando para você. — ela olha para um ponto atrás de 

mim. — Oh, olha, ele está vindo para cá. 

— Merda. — eu gaguejo.

— Você chamou um pouco de atenção. — Jamison ri.

— Vai se ferrar, Jamison. 

Viro-me lentamente a tempo de ver o cara super gostoso parar na 

cabine. Ele olha para mim, e agora eu posso ver seus olhos estão em 

algum lugar entre azul claro e cinza. Eles têm uma cor estranha, mas 

são impressionantes. Seu cabelo é castanho claro. Ele tem um rosto 

forte, queixo quadrado e lábios carnudos. Deus, yum.

— Ah, oi. — eu digo.

— Você quer dançar? — ele pergunta, e oh, sua voz é tão rouca 

como eu imaginei que seria.

— Com certeza ela quer. — diz Maite, me empurrando em 

direção a ele.

Eu saio da cabine, lhe olhando feito, e então eu dou o meu melhor 

sorriso e encaro o cara gostoso. Ele estende a mão, passando o braço 

em volta da minha cintura. Oh, cara. Ele me leva perto e nos guia até a 

pista de dança. Santa Gostosura. Então ele começa a se mover comigo e 

tudo para em meu mundo, porque o homem sabe dançar. Os quadris, 

as mãos fortes e grandes, todo sexy.

— Qual é seu nome? — ele murmura em meu ouvido enquanto 

dançamos.

Eu tremo e estou prestes a contar, mas decido ser sexy. Então, eu 

sorrio e falo: — Nós não precisamos de nomes. Eu sou quem você quiser 

que eu seja. 

Ele sorri.

Eu estou apaixonada.

*AGORA

— Minha nossa! —  Maite exclama, tirando um vestido preto da 

minha mala. — Onde você conseguiu essa belezura? 

Eu sorrio para ela. — No semestre passado, naquela lojinha 

adorável na Main Street. 

— Sério? — ela faz beicinho. — Eu nunca encontro nada de bom

lá. 

— Você pode pegar emprestado. 

Ela crispa seu lábio superior para mim. — Querida, você tem 

mais bunda do que eu. Ele não vai servir. 

— Ei! — eu reclamo, virado para olhar para minha bunda no 

espelho. — Minha bunda não é tão ruim assim. 

Ela revira os olhos. — Não, ela é incrível, e eu sou uma vara. Eu 

queria ter a sua bunda.

Ela tem bunda.

— Estão prontas, meninas? 

Nós nos viramos para ver Carlos encostado no batente da porta. Eu 

me endireito rapidamente, não querendo que ele me veja estudando a 

minha própria bunda. — Ei, Carlos. — eu falo.

Ele sorri e Maite realmente suspira. Ela deveria se envergonhar. 

Ele é um homem velho. Ok, ele não é tão velho, mas ainda assim...

— Você quer eu leve algumas malas? 

Ele indica a pilha de quatro malas já no chão. Maite não viaja 

com pouca coisa.

— Por Favor. 

Ele entra e paga as quatro malas antes de virar e sair 

caminhando como se elas não pesassem mais que um par de 

brinquedos de pelúcia.

— Cara. — Maite suspira. — Seu padrasto é gostoso. 

— Que nojo, Mai. — eu tremo.

— Vamos lá, vocês não são parentes. Admita. Ele é gostoso. 

Eu franzo a testa. Ugh. — Não. 

— Espero que seus filhos sejam tão gostosos quanto ele. 

Bom Senhor.

— Deixe-os em paz. — eu digo, pegando o vestido preto de suas 

mãos e o colocando em minha mala, antes de me sentar sobre ela para 

fechar.

Carlos retorna poucos minutos depois e leva minha mala, e Maite

e eu o seguimos pelo corredor. Tem sido a semana mais longa; os dias 

de aula pareciam se arrastar e, enquanto o tempo passava, Maite

ficava cada vez mais animada. Ela está tão animada com a perspectiva 

de viajar, e eu devo admitir que eu estou gostando da ideia. Afinal, há

uma cidade perto o suficiente, então não estaremos completamente 

isolados.

— Vocês estão prontas? — A minha mãe pergunta, entrando na 

sala com um vestido de verão amarelo claro que a faz parecer como a 

luz do sol.

— Você está linda, Marichelo. — diz Maite, admirando o vestido da 

mamãe.

— Obrigada, querida, você também. 

Eu sorrio e bato palmas, gritando: — Vamos lá! 

Nós fomos para a caminhonete de Carlos. Ele se vira e nos dá uma 

olhada, antes de resmungar algo para si mesmo sobre ficar ―oito horas 

com mulheres‖ antes de ligar a caminhonete e cair na estrada.

Nós o torturamos por toda a viagem, cantando músicas, 

conversando sobre os meninos, e fazendo-o ouvir a nossa música de 

garotas. No momento em que chegamos à casa do lago, ele praticamente 

se joga da caminhonete. Eu sei que ele deve estar ansioso para ter 

alguma companhia masculina. Maite, mamãe e eu saímos da 

caminhonete com a boca aberta, apreciando a vista na nossa frente.

A casa é enorme, mas é também a coisa mais linda que eu já vi. É 

feita de pinho escuro e tem varandas que rodeiam toda a casa. Grandes janelas do chão ao teto correm ao longo da frente, então você tem uma 

vista para o lago, não importa onde você esteja. E o lago é bem ali, a 

apenas vinte metros ou mais a partir da frente da casa. Há um 

acampamento do outro lado, e os sons de risos e jogos podem ser 

ouvidos. Há cerca de sete outras casas espalhadas ao longo das 

margens do lago, e as famílias se divertem. Lanchas e boias enchem a 

água.

Meu Deus.

Sim.

— Isso é incrível. — eu murmuro, olhando para Carlos.

— Sim. — ele sorri, fazendo com que seus olhos enruguem. — Eu 

amo isso aqui. 

— Eu não posso acreditar que você é dono de algo assim. —

Maite suspira. — Você pode, por favor, se casar com a minha mãe? 

Carlos bufa. — Boa tentativa, querida, mas não. Nada pode tirar 

meus olhos de Marichelo. 

Aw.

— Ah, caramba. — Mai sussurra. — Você é doce. 

Mãe e eu morremos de tanto rir atrás deles.

— Acredite. — ele ri. — Agora, entrem e escolham os seus quartos 

antes de os meninos chegarem aqui. O quarto de Marichelo e meu é o

primeiro à direita, os outros são seus. 

Mai e eu gritamos e entramos na casa, mas nós dois 

derrapamos quando chegarmos lá dentro. — Oh, wow! — eu digo, 

olhando ao redor da sala. É lindo. Os pisos, paredes e tetos são de 

madeira, como o exterior, e a cozinha é tão grande que ocupa uma boa 

parte da casa. Ela também é de madeira, só que é um branco cremoso. 

A sala de estar e jantar são enormes e abertas, e a decoração e os

móveis a tornam, sem dúvida, a casa mais incrível em que eu já estive.

— Eu vou escolher um quarto. — Maite gritou, saindo correndo.

Eu corro atrás dela, correndo pelo corredor e abrindo as portas. 

Todos os quartos são grandes, mas o que eu escolho fica no fundo e se 

abre para uma varanda enorme. Eu grito e pulo em cima da cama, 

rolando e olhando para as portas duplas gigantescas e para o lago.

********

Marli Gabbi: continuando ♥