Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

— Você é o meu problema. — eu rosno. — Você se recusa a me 

reconhecer como sua namorada em público e eu estou de saco cheio. 

Será que foi tão fodidamente ruim me beijar? 

— Eu tenho uma reputação a defender; eu gosto de manter a

nossa vida pessoal. Não há nada de errado em não querer se expor e te 

foder na pista de dança. 

— Muitas outras pessoas ficariam felizes com isso.

Ele pisa fundo, gritando: — Eu já tive o suficiente. Eu não posso 

ficar com você da forma como está se comportando agora. 

Ele está indo rápido. Realmente rápido.

Meu coração pula na minha garganta e eu tento gaguejar para ele 

parar, mas as palavras não se formam. Flashes dos olhos sem vida de 

minha irmã passam por minha cabeça e o vômito sobe na minha 

garganta. O medo corre em nas minhas veias e eu não posso fazer nada

para amenizá-lo. Não posso fazer nada para detê-lo. Tudo dentro de 

mim está congelado.

— Eu estou cansado de brigar com você. — ele berra, indo mais 

rápido. — Tão cansado de ouvir você reclamar. 

Oh, Deus. Eu não consigo respirar. Estou a hiperventilando. 

Minha pele está úmida e parece que milhares de minúsculos insetos 

estão rastejando sobre ela.

— P-p-p-p... — eu tento, mas não sai nada.

— Eu pensei que você fosse diferente da outras. — Yates grita. —

Mas você não é. Quero dizer, olhe para o seu vestido. Não é de admirar 

que aqueles homens não conseguiam parar de te olhar.

Socorro.

Aperto a maçaneta da porta. Por que eu não consigo falar? Pisco

após o flash de memória que atormenta minha mente.

Ele se vira para mim. — Eu mereço melhor! 

De repente, estamos desviando. Eu grito, finalmente, e minhas 

mãos apoiam contra a janela enquanto Yates volta a controlar o carro. 

Ele está ofegante agora e xingando baixinho. Ele nos levou para o outro 

lado da estrada na hora da discussão, e nós quase atingimos outro 

carro. O som estridente da derrapada ainda está ecoando no meu 

ouvido.

— Pare. — eu grito repente.

Ele se vira para mim. — Está tudo bem, estamos seguros. 

— Pare, maldição! 

— Eu estou na estrada. — ele grita. — Eu não posso parar. 

— Pare! 

Eu grito tão alto que ele mete o pé no freio. No momento em que o 

carro para, eu corro para fora. Minhas pernas são como geleia quando

eu encontro a árvore mais próxima e me apoio, vomitando. Eu me sinto 

como se eu estivesse morrendo. Tanto pânico faz meu peito se contrair e 

eu mal consigo respirar. Eu não posso controlar minha respiração ou 

me recompor. Lágrimas escorrem pelas minhas bochechas e eu estou 

tremendo.

Eu largo minha bolsa no chão e eu tento três vezes discar o 

número certo no meu telefone.

— Chegou bem em casa? — diz Brody após alguns toques.

— Eu... Eu...

— Anahi? 

— Brody. — ofego. — Por favor, venha me buscar. 

— Eu vou te levar para casa, Anahi. — Yates grita, caminhando em 

minha direção. — Pare com essa bobagem. 

— Onde está você? — Brody quer saber.

— E-e-estrada. Brody. — eu choro histericamente. — Ele quase 

bateu em outro carro. 

— Porra. Aguenta mais um pouco, querida. 

Brody desliga e eu me apoio na árvore. Eu não consigo me 

controlar, não posso me levantar e me recompor. Estou apavorada. Me 

sinto mal. Eu não consigo parar de tremer. Eu não posso apagar a 

imagem do rosto de minha irmã da minha mente. Eu começo a chorar 

mais e Yates finalmente para de gritar comigo.

— Foi uma fração de segundo. — diz ele, mais calmo. — Eu não 

teria batido. Jesus, Anahi. 

Ele não sabe.