Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

Eu nunca disse a ele.

— Anahi. — diz ele de novo, tentando me tocar.

— Não. — eu grito e ele afasta a mão.

— O que você tem? Foi um pequeno erro. Não há necessidade 

para esse tipo de birra. 

Birra?

Ele está brincando, certo?

Se eu não estivesse ofegante do lado de uma estrada, eu lhe daria

um tapa.

Ele não me toca de novo, mas ele pede a todo momento para eu 

me levantar. Em seguida, ele resmunga baixinho quando eu não me 

mexo. Cerca de dez minutos depois, o som de um carro derrapando até 

parar me faz levantar a cabeça. Antes que eu possa levantar, Poncho pula

para fora do carro, e eu quero dizer literalmente pula. Ele voa em 

direção Yates correndo e bate nele com tanta força que os pés de Yates 

realmente saem do chão quando ele cai para trás.

— Seu pedaço de merda! — Poncho ruge, derrapando até parar 

sobre ele e inclinando-se, levantando-o pela camisa e forçando-o a ficar 

em pé.

— Eu não fiz... — Yates gagueja. — Eu não fiz nada. 

— Dirigir de forma imprudente com ela no carro? O que diabos 

está errado com você? 

Ele bate nele novamente. Desta vez o nariz Yates quebra, e o 

sangue jorra. Belinda sai do carro, seguida por Brody e Ripley. Todos 

eles vão em direção a Poncho. Maite sai atrás deles e corre para mim. 

Ela envolve seus braços em volta do meu corpo, me puxando para 

perto. Brody puxa Poncho para longe de Yates e Ripley empurra Yates.

— Seu puto, a família dela morreu em um acidente de carro, seu

idiota! — Ripley grita.

O rosto de Yates empalidece. — Eu não... Sabia. 

— É isso que importa? — Brody rosna. — Você não pode dirigir

assim com qualquer pessoa no carro. 

— Ela estava... Estávamos brigando...

— Não tem desculpa! — Poncho ruge.

O rosto de Yates agora está coberto de sangue e seus olhos vão

para mim. Eu ainda estou tremendo tão violentamente que os meus 

dentes estão batendo. — Eu não sabia. 

Eu diria alguma coisa, mas eu não consigo abrir a boca.

— Saia daqui antes que eu ferre seu rosto ainda mais. — ordena Poncho.

Yates se vira e corre para o carro e sai acelerando. Então, todo 

mundo se vira para mim. Poncho caminha em minha direção, afastando

os braços de Maite. Ele se inclina e segura meu rosto. — Nós já 

vamos, querida. 

Querida.

Meu coração palpita.

— Está tudo bem agora. 

Eu estou tremendo e chorando. Eu gostaria de parar, mas 

quando isso começa é difícil para me acalmar. O que Yates fez me 

assustou. Ele trouxe de volta lembranças que eu estava aprendendo a 

viver sem. Poncho me leva para o carro e me coloca no banco de trás. Em 

seguida, ele sobe no meu lado. Belinda faz menção de entrar, mas ele 

manda: — Deixe a Maite sentar aí, Belinda. 

Ela franze a testa e sobe no outro banco, deixando Maite entrar. 

Assim que ela está ao meu lado, Mai senta e pega a minha mão trêmula. 

— Você vai ficar bem, querida. 

Poncho me envolve em seus braços e, Deus, é tão malditamente 

bom. Seu consolo, seu cheiro. Ele aperta meu rosto em seu peito e eu 

fecho meus olhos, tentando acalmar minha respiração para que não 

fique tão ofegante quanto se tivesse corrido uma maratona. O carro 

começa a se mover e Poncho corre os dedos por meu cabelo. 

Eventualmente, minha respiração se acalma e me recomponho.

Quando chegamos ao apartamento de Brody, Poncho. me leva pra

dentro, mesmo eu protestando. Então, ele me leva direto pelo corredor 

até um quarto que não é de Brody. Ele me coloca na cama e, em 

seguida, senta-se ao meu lado. Eu me sento e respiro fundo, ainda

trêmula. — O que aconteceu? — pergunta ele.

Eu engulo e sussurro com voz rouca. — Nós estávamos brigando. 

Ele começou a acelerar, porque ele estava gritando comigo. Em seguida, 

ele desviou para o outro lado da estrada e havia um carro. Nós 

perdemos o controle, Poncho. 

— Porra, eu sinto muito, querida. Eu não deveria ter deixado você 

ir com ele. 

— Ele é meu namorado. — eu soluço. — Não era como se ele fosse 

um estranho. 

— Ele não é qualquer coisa depois disso. 

Eu pisco. — Desculpe? 

Ele estuda o meu rosto. — Ninguém faz a minha garota chorar 

daquele jeito. 

Sua garota.

Meu coração se derrete.

— Nunca. — diz ele, com a voz dura.

— Poncho...

Ele se inclina para mais perto, segurando minha nuca. Ele aperta 

sua testa na minha e murmura. — Eu sinto sua falta para caralho, 

querida. 

Oh, deus.

— Tanto. 

Não consigo respirar.

— Eu odeio o quanto você me afeta. 

Meu corpo se encolhe.

— Eu achei que tinha superado isso, achava que era feliz 

novamente, mas então... Porra, então... Hoje... Ao vê-la com ele e ao vê-

la magoada...

— Poncho, por favor — eu sussurro.

— Tão errado. — ele rosna.

—Poncho.