Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

‘Depois do que aconteceu hoje... Olha... Podemos apenas 

conversar amanhã?’

‘Isso é um sim. Eu sinto muito, Anahi’.

‘Amanhã, Yates’.

Quando guardei meu celular, eu sai da cama. Eu não consigo 

dormir. Decido que leite quente pode ajudar. Acho que parte de mim 

está com muito medo de fechar meus olhos hoje, porque, para ser 

honesta, eu sei o que vou ver e eu não acho que eu posso lidar com 

isso.

Eu saio do quarto e caminho silenciosamente pelo corredor. Eu 

paro quando passo pelo quarto de Poncho e vejo a luz saindo por baixo da 

porta.

Eu paro e hesito.

Devo bater?

E se Belinda estiver lá dentro?

Eu realmente quero agradecer a ele pelo que ele fez hoje. Eu 

levanto a minha mão e bato levemente. Eu espero alguns minutos, 

antes de bater com um pouco mais de força. Segundos depois, a porta 

se abre e Poncho está lá em uma calça de moleton e nada mais. Eu 

planejava apenas agradecer e sair, mas o que sai da minha boca é o 

completo oposto.

— Eu estou com muito medo de fechar os olhos. 

Ele me estuda com uma expressão de dor no rosto, antes de

suspirar e segura meu ombro. Ele me puxa para dentro e fecha a porta 

atrás de si. Fico parada por alguns minutos, incerta, até que ele aponta 

para um pequeno sofá no canto do quarto. — Sente-se. 

Eu o faço sem hesitar. Eu me sento no sofá macio e olho para ele. 

Ele anda pelo quarto algumas vezes, parecendo completamente 

indeciso. Por fim, ele para e me olha. — Droga, você sabe que você não 

deveria estar aqui. 

Oh.

Eu me levanto rapidamente. — Eu sinto muito, eu só...

Ele se aproxima e segura meus ombros, me fazendo sentar. — Eu 

não disse que eu não quero que você esteja aqui.

Oh.

Ele anda um pouco mais, em seguida, para e passa as mãos pelos 

cabelos. — Olha o que aconteceu mais cedo... Eu...

— Você não precisa dizer nada, Poncho. — eu sussurro. — Eu não 

estou aqui para uma explicação. 

Ele se vira e olha para mim. — O que aconteceu me assustou pra 

caralho, Tulipa. Ver você daquela forma, eu senti sua dor e eu quis 

corrigir o que estava errado. Eu não deveria ter feito aquilo. 

Concordo com a cabeça fracamente. — Você se importa; não há 

nada de errado com isso. Eu faria o mesmo por Maite, Brody e Ripley.

Maldição, eu faria o mesmo por você, Poncho. 

— Eu tenho uma namorada. — ele sussurra para mim.

Eu engulo e a dor dispara através de meu peito. — Eu sei. 

— E eu me importo com ela, Anahi. Eu realmente me importo.

— Eu sei. 

— Então, você... Isso... Eu... Porra, não podemos. Não importa 

como eu me sentindo. 

Eu fico de pé novamente. — Poncho, eu sei. 

Ele balança a cabeça. — Eu não esperava que estivéssemos aqui. 

Eu franzo a testa. — Nós não poderíamos nos evitar para sempre. 

Nossos pais são casados. 

Ele suspira e seus ombros caem. — Sim, eu sei. 

— Além disso, nós seguimos em frente, e talvez isso seja o melhor. 

Ele me fixa com os olhos. — Esse cara com quem você seguiu em 

frente é um pedaço de merda.

Eu fecho meus olhos. — Ele não é tão ruim. 

— Jesus, Anahi, você consegue coisa melhor.

Meu corpo fica tenso e eu ralho com ele: — Como você, Poncho? 

Ele recua. — Eu fodi tudo, ok? Mas isso não significa que eu não 

quero alguém incrível para você. 

— Você me deixou de novo.

Ele cerra os punhos. — Eu precisei. 

— Você precisou? — eu grito, jogando as mãos para cima. — Que 

tipo de desculpa é essa? 

— Eu tive que ir embora. — ele rosna. — Porque, se eu não fosse,

eu nunca teria como deixá-la, caramba. 

Meus olhos se arregalaram e eu estou momentaneamente sem 

palavras. Ele continua.

— Porra, você me afeta demais. Sempre que eu te via, eu queria 

você mais e mais. Naquela noite, aquilo não deveria ter acontecido, mas 

eu não consegui parar... Eu queria você pra caralho. Eu sabia que 

depois... Eu sabia que eu tinha que me afastar. Se eu não tivesse me 

afastado de você, nós dois sabemos como isso teria terminado. 

Eu sei como teria terminado. Isso não significa que eu não 

gostaria que ele colocasse os braços ao meu redor e me abraçasse nesse 

momento.

— Você poderia ter explicado isso. Em vez disso, você fugiu de 

novo e isso não foi justo. 

Ele balança a cabeça. — Eu sei. 

— O que vamos fazer agora? Temos que conviver, Poncho. Não é 

algo que podemos facilmente evitar. 

Ele se aproxima e cai no sofá ao meu lado. — Eu honestamente 

não sei. 

Concordo com a cabeça e nos calamos.

— Você vai ficar aqui? — eu digo suavemente.

— Sim. — diz ele. — Perdi meu trabalho e consegui outro aqui. A 

família de Belinda vive na área, por isso funcionou para todos. Nós 

vamos morar com Brody até que possamos encontrar um lugar. 

Deus. Eles estão tão comprometidos.

— Você a mandou embora hoje. Se ela mora aqui, para onde ela 

foi? 

— Ela foi para a casa da mãe dela.

— Oh.