Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

Ele volta a assentir.

— Uau, Poncho, isso é incrível. 

— É um trabalho duro, especialmente quando se trata de tudo 

isso. — ele acena seus braços ao redor no escritório. — Eu não sou 

muito bom com a papelada. 

— Você não tem um contador ou algo assim? 

Ele balança a cabeça. — Não, eu ainda nem pensei nisso. 

— O que é que você precisa fazer? Não é possível que a sua 

recepcionista faça? 

Ele acha o que ele está procurando e se vira para mim, acenando 

um kit de primeiros socorros. Em seguida, ele caminha em direção a 

mim. — Ela atende ao telefone, marca os horários dos clientes, coisas 

desse tipo. Não tenho certeza de que ela consegue fazer as coisas 

difíceis. 

Eu franzo a testa. — Você deveria contratar alguém que consiga.

— Sim. — diz ele, de joelhos na minha frente. — Eu deveria. 

— Poncho, você parece estar trabalhando tão duro. 

Ele me olha depois de levantar a barra da minha saia até a 

metade das minhas coxas. — Você quer fazer isso por mim? 

Eu pisco. — Ha ha. 

Seus olhos não estão brincando. — Estou falando sério. Eu 

preciso de ajuda. 

— Belinda não pode fazer isso? — eu guincho quando ele levanta 

ainda mais a minha saia para expor meus joelhos.

— Belinda é uma cabeleireira. 

É claro que ela é.

— Ah, eu estudo. 

— E você não precisa de dinheiro nesse meio tempo? 

Eu preciso. Eu realmente, realmente preciso. Trabalhar à noite

está me matando e eu adoraria ser capaz de não fazer esse horário.

— Bem, sim, mas...

Ele volta a me olhar. — Então me ajude aqui. 

— Você quer que eu trabalhe para você? Com você? Aqui? 

Ele bufa. — Você faz isso parecer que essa é a pior coisa que 

alguém já sugeriu a você. 

— Poncho. — eu digo baixinho, enquanto ele rasga uma compressa

com os dentes e limpa meu joelho suavemente. Eu estremeço. — Você 

tem uma namorada. Eu pensei que íamos evitar fazer... Isso. 

— Sim. — ele diz, ainda enxugando meu joelho. — Eu tenho uma 

namorada e eu a amo. Pare de se preocupar. Você me disse que está 

bem com isso, por isso temos de seguir em frente. Eu não vou falar 

sobre isso, mas se você não está confortável, diga não. 

Ele a ama.

Ele. A. Ama.

Isso dói. Eu faço o meu melhor para não mostrar. Felizmente ele 

está estudando meu joelho.

— Ok. — eu finalmente respondo. — Mas eu vou para a faculdade

em horários diferentes. Se você não se importar que eu só venha 

quando não tiver aula, eu posso aceitar.

Ele olha para cima agora, aperta os olhos, e não diz nada, mas, —

Ótimo. 

Ótimo. É isso aí? Isso foi fácil.

— E você quer que eu comece... Quando? 

— Amanhã. As oito. Eu vou te pagar bem, o suficiente para você 

viver. 

Oh. Ótimo. Eu ainda não tinha pensado nisso.

— Ok, e o que você quer que eu faça? 

Ele deixa cair a gaze ensanguentada e pega outra. — Papelada, 

depósito, contas... Coisas desse tipo. 

Eu não sei qual a quantidade de coisas que têm pra fazer, mas 

parece bastante fácil. Eu fiz algumas aulas na escola, então eu acho

que posso me virar. Google vai me ajudar.

— Ok.

Ele assente e passa a gaze no meu joelho até que esteja limpo. —

Jesus, você realmente arrancou a pele. 

Eu ri. — É o que acontece quando você corre como se estivesse 

com um graveto enfiado na bunda. 

Ele ri. — Sim, você uma louca fugindo do inferno. 

— Qual é o veredicto, doutor? — eu digo, olhando seus dedos 

movendo-se sobre a minha pele. — Vou precisar amputar? 

Ele me olha com um sorriso de parar o coração. Eu não consigo 

deixar de sorrir também, para que ele não possa ver a dor que me 

provoca. — Há uma boa chance. Como você vai viver sem esse bebê? —

ele mexe a perna em suas mãos.

— Vai ser uma viagem longa e difícil. 

Ele balança a cabeça com um sorriso e volta ao trabalho. Eu me 

recosto, vendo o trabalho dos seus dedos, e eu não posso deixar de 

amar o quão incrível eles fazem minhas pernas se sentirem. Seu toque é 

suave e ele se move com graça. Ele rapidamente levanta meu joelho 

esquerdo e o move para a direita. Ele pega a minha saia e a ergue ainda 

mais e eu ofego. Ele olha para mim debaixo dos cílios grossos e eu 

tenho que olhar para longe, a fim de evitar o contato visual.

— É uma saia bonita.

Oh, boy.

— Ah, obrigada. 

Ele corre, sim, corre, os dedos para baixo até que ele atinja o meu

joelho novamente. Ele começa a limpá-lo. Meu coração está batendo tão 

forte que eu mal posso respirar, mas eu o controlo o melhor que posso. 

Enquanto ele faz isso, ele se inclina para trás e limpa. Eu observo 

quando ele guarda o kit de primeiros socorros. Eu deixei meus olhos 

deslizarem por sua bunda naquele jeans rasgado. Yum. A porta sendo 

aberta me faz pular e eu me viro para ver Beinda parada lá, segurando 

sacolas de comida chinesa. Ela fixa os olhos em mim, antes de olhar 

para os meus joelhos e os arregalar. — O que aconteceu, Anahi 

Eu abaixo os olhos. — Eu caí na rua. Meu carro quebrou a 

poucos quarteirões. 

— Oh, parece que dolorido. Sorte a oficina de Poncho ser tão perto. 

— Sim. — eu murmuro. — Sorte.