Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

UMA SEMANA DEPOIS

— Será que os seus serviços vêm com café? 

Eu ergo os olhos da pilha de papéis que estou organizando e vejo 

Poncho na porta, encostado na soleira. Ele está sem camisa e tem uma 

toalha jogada sobre o ombro. Maldição, ele está gostoso.

— Ah, não, eu não sou sua secretária. 

Eu volto a olhar para a papelada. E Poncho não entendeu o recado, 

porque ele fica lá, olhando para mim.

— O que está errado? 

O que está errado? O que está malditamente errado? Deixe-me 

começar. Eu fui a um encontro, sim um encontro, com um cara da 

faculdade. Ele parecia legal. Ele me convidou para sair. Decidi ir, afinal, 

Poncho seguiu em frente e eu também vou. Ele era um idiota que tentou 

me agarrar e ainda pegou nos meus peitos no maldito carro. Em 

seguida, no meio do jantar, eu fiquei menstruada. Então agora eu estou 

mal-humorada e me sentindo violada.

— Nada. — murmuro.

— Ei. — ele diz e eu olho para cima. — O que está errado? 

Ele não vai sair enquanto eu não lhe contar e eu realmente 

preciso voltar ao trabalho. Eu suspiro. — Eu fui a um encontro de 

merda. Isso é tudo. 

Silêncio.

Olho para ver que ele está olhando para a parede com a 

mandíbula apertada. Oh, boy.

— E? — ele resmunga, sem olhar para mim.

— E nada. Ele era um merda. 

— Você está de mau humor porque ele era um merda? Eu duvido. 

— Eu estou menstruada.

Ele se vira para mim e seus olhos suavizam. — Então? O que 

aconteceu no encontro? 

— Ele agarrou meus peitos. — eu bufo, deixando cair os papéis. 

— Antes mesmo de entrar no carro. 

O rosto de Poncho fica duro novamente. — Agarrou seus peitos? 

— Sim. — eu digo, colocando minhas mãos sobre meus seios. —

Nos peitos. Foi tentar acordar as meninas. 

Agora mandíbula de Poncho parece que vai explodir.

— E este idiota faz qualquer outra coisa? 

— Ele era apenas um idiota. — eu suspiro, caindo. — Parece que 

eu os atraio. 

Silêncio.

Eu ergo minha cabeça. — Eu não quis dizer...

— Não. — diz ele. — Você está certa ao dizer isso. E você está 

certa de querer alguém que possa cuidar de você corretamente. Ele está 

por aí.

Em seguida, ele se vira e sai.

Bem, bom dia, Capitão Ressentido. Esse vai ser um longo dia.

Eu saio da aula de química arrastando os pés, mentalmente 

cansada. Isso está provando ser mentalmente desafiador. Adicione o 

trabalho para Poncho e chega a ser torturante. Eu estou nessa vida há

duas semanas e a mistura dos dois não é tão fácil quanto parece. Eu 

vou para a aula e depois para o trabalho ou o contrário. Eu finalmente 

comecei a colocar ordem na papelada de Poncho e tem sido um inferno. 

Mas o dinheiro vale a pena.

Eu ignoro a todos ao andar pelos corredores em direção à saída. 

Casa. Banho. Cama. Estou quase em frente ao estacionamento quando 

ouço o meu nome sendo chamado. Viro-me devagar e vejo Yates 

correndo em minha direção. Eu consegui evitá-lo até hoje, mas 

claramente ele me alcançou. Eu acho que ele esteve afastado por uma semana ou duas, quem sabe? Quem se importa? Eu quero a minha 

cama.

— Ei, Anahi. — diz ele, parando na minha frente. — Como você 

está? 

— Ótima. — murmuro.

— Escute, eu tenho tentado falar com você há um tempo, mas 

não tive uma oportunidade. Eu queria saber se poderíamos tomar um 

café e esclarecer as coisas. 

— Talvez em outro momento. — eu digo. — Estou exausta. 

— Ah, certo, é claro. 

Deus, ele está me dando olhos de cachorrinho.

— Que tal amanhã? 

Seus olhos se iluminam. — Ótimo. 

Concordo com a cabeça. — A gente se vê, Yates. 

Eu vou embora sem ouvir sua resposta. Entro no meu carro 

recém-consertado e vou para casa. Quando eu chego, Maite ainda 

não voltou, então eu preparo um banho e tiro minhas roupas mais 

rápido do que qualquer outra coisa que eu fiz hoje. Então eu entro na

água quente gemendo. Oh, sim. Eu fecho meus olhos e deixo o meu 

estresse escapar. Foi quando eu ouvi o meu telefone tocando.

Sai fora.

Ele para e eu sorrio com alívio, até que ele toca novamente. Eu 

não vou sair do banheiro. Você não pode me obrigar. Eu fecho meus 

olhos, abafando o som. Devo ter cochilado, porque de repente eu sou 

acordada com a porta do banheiro sendo arrombada por Poncho. Eu grito 

e me levanto em um pulo, esquecendo que eu estou nua e molhada. Eu 

escorrego e caio trás, mas ele é mais rápido e me pega antes de eu bater 

minha cabeça.

— Merda, desculpe. — diz ele.

— Jesus, Poncho! — exclamo, pegando a toalha que ele me oferece 

depois de nos equilibrar e não estarmos tão... Perto. — Que porra é 

essa?