Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

— Você quer uma bebida? — pergunto a Belinda, fechando a porta 

do escritório atrás de mim.

Ela balança a cabeça, olhando para a mesa. Jesus, eu tenho que 

colocar minha mágoa de lado agora, porque ela precisa de mim para ser 

forte por ela. Eu arrasto uma cadeira e me sento ao seu lado. — Você 

está bem? 

Ela encolhe os ombros. — Eu não sei. É estranho. Eu sei o que 

aconteceu comigo, todo mundo já me disse, já foi confirmado, mas... Eu 

não me lembro do que aconteceu, Anahi. 

— Isso não deve ser bom. — eu digo baixinho.

Ela balança a cabeça. — Não é. Minha mãe diz que é uma bênção, 

porque lembrando causaria muito dano, mas não me lembrar parece

ser muito pior. 

— De qualquer maneira, o que aconteceu com você vai levar 

tempo para superar. Você precisa dar um tempo e deixar as pessoas te 

ajudarem. 

Ela olha para mim e pisca os olhos bonitos. — Ele pensou que eu 

o tivesse traído. — ela grunhiu.

— Eu sei. 

— Eu sei que eu não sou a garota mais inteligente ou mesmo a

melhor, mas eu nunca faria...

Deus, eu realmente acho que eu poderia gostar dessa garota.

— Eu sei. — eu digo novamente.

— Ele não tem falado comigo. Tudo ficou pior quando ele não 

estava lá no dia seguinte e eu nem sabia o porquê. Então eu liguei e ele 

explodiu comigo, me chamou todos esses nomes e me disse que nunca 

mais queria me ver. 

— Ele não sabia, querida. — eu a acalmo.

— Não e eu não estou brava com ele por dizer aquelas coisas. Se 

fosse comigo, eu teria feito o mesmo. Estou tão miserável sem ele. Eu o  amo, Anahi. 

Oh, deus.

Isso acaba comigo.

— E eu tenho certeza — eu consigo dizer. — que ele ama você, 

também. 

Ela balança a cabeça, pega um lenço e limpa o nariz.

— Você acha que ele vai machucar Brian? 

Eu cubro a mão dela com a minha. — Acredito que sim. 

Ela sorri fracamente. — Eu meio que queria isso, também. 

Já se passaram três horas.

Poncho finalmente retorna com os punhos ensanguentados, seu 

rosto tem uma máscara de raiva. O que aconteceu o irritou. Ele olha 

para nós duas sentadas à mesa e eu fico em pé rapidamente. Este não é 

o momento nem o lugar para eu deixar meus sentimentos à mostra. Ele 

precisa ser capaz de fazer uma escolha ou, pelo menos, apoiar essa 

garota que está machucada. Eu sorrio para Belinda. — Foi bom 

conversar com você. Você vai se sentir melhor em breve. 

— Obrigada, Anahi. — ela diz baixinho. — Você é incrível. 

Eu forço outro sorriso e passo por Poncho, quando eu chego à 

porta. — Onde você vai? 

— Pra casa. — eu digo. — Por favor, me dê licença. 

Ele dá um passo para o lado e eu saio para a oficina. Quando eu 

saio, ele vem até mim e agarra meu braço. — Anahi...

Me viro e o encaro. — Você está certo. Essa menina precisa de 

você mais do que eu. Eu preciso ir, Poncho. 

— O que eu disse a você foi desnecessário. Eu estava com raiva.