Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

— Sim. — eu sussurro olhando para o chão. — Bem, eu estou 

acostumada com isso. 

Com isso eu puxo meu braço e ando pela rua. Eu chamo um táxi 

e ele me pega a poucos quarteirões. Quando eu chego em casa, o meu 

coração está doendo. Eu quero voltar e ficar com Poncho, mas eu sei que 

eu não posso. Ele precisa pensar sobre o que vai fazer e eu não vou 

ficar em seu caminho enquanto ele faz isso.

Quando eu chego em casa, Ripley está sentado na escada. Eu 

franzo a testa e pago o motorista de táxi, antes de sair do carro e correr

até ele. — Ei, cara. — eu digo. — O que está errado? 

Ele olha para mim e enquanto ele parece bem, eu posso ver em 

seus olhos que ele está aflito. — Foi um dia de merda, sabe? Você quer 

ir beber comigo? 

Eu nunca diria que não, mesmo que eu quisesse ir para dentro e 

mergulhar na banheira. Eu não posso, porque para Ripley vir até mim, 

há uma razão para isso.

— Claro. 

Ele se levanta e caminhamos pela rua. Há um café a poucos 

quarteirões, onde paramos e sentamos do lado de fora e pedimos um 

par de hambúrgueres e milkshakes. Olho para Ripley, enquanto 

esperamos, perguntando por que ele me quer aqui. Ele, obviamente, 

tem algo a me dizer, mas está encontrando dificuldade em se expressar. 

Eu só lhe dou tempo até que ele esteja pronto.

— Estou saindo com alguém. — diz ele finalmente.

Eu olho para ele. — Isso é ótimo. 

Ele balança a cabeça, encontrando meus olhos. — Não, não é. Ele 

e eu... Nós pensamos que era bom, mas hoje um grupo de rapazes da 

nossa antiga escola descobriu. Eles vão contar para o mundo inteiro e 

eu não sei como lidar com isso. 

— Você não acha que é hora de você admitir o que você está 

escondendo? Você realmente acha que alguém vai ficar chateado com 

você por isso? 

Ele suspira, passando as mãos pelos cabelos. — Porra, eu não sei. 

Esse é o problema. Eu quero ser orgulhoso, eu quero estar com Matty, 

eu quero que as coisas sejam normais, mas eu tenho medo pra caralho, — Do quê, querido? 

Ele me dá um olhar que parte meu coração. — De perder todos 

que eu amo. 

Oh, caramba. Eu chego mais perto e pego sua mão. — Ouça-me, 

seu pai e irmãos, eles te adoram. Você realmente acha que eles não vão 

te amar quando descobrirem? 

Ele desvia os olhos. — Brody e Poncho são tão machos, tão viris e

eles deixam o pai muito orgulhoso...

Meu coração está rasgando em pedaços. — E você também. 

Ele balança a cabeça. — Eu sou diferente. Meu pai e eu nunca 

conversamos sobre pesca ou carros velozes. Eu estou fora desse padrão. 

E eles vão me aceitar quando eles perceberem o quão diferente eu sou? 

— Se eles não aceitarem, então eles não são verdadeiros com 

você. Se eles te amam como eu sei que eles amam, eles vão lidar com 

isso. Eles podem não gostar, mas eles vão lidar. Você não merece viver 

assim, Lee. Você merece ser feliz e se Matty te faz feliz, então você 

precisa manter sua cabeça erguida e dizer foda-se para o resto do 

mundo. 

Ele sorri, mas antes que ele possa responder, uma voz ecoa por 

entre a multidão.

— Ah, olha, ele gosta de meninas agora. 

Ripley fica tenso e solta minha mão, girando em seu assento. Há 

um grupo de cerca de cinco rapazes vindo em nossa direção. Ripley fica 

se levanta de sua cadeira rápido como um raio e voa em direção a eles, 

com os punhos cerrados. Ele é mais parecido com sua família do que 

ele imagina. Eu rapidamente saio da minha cadeira e corro com ele, 

também.

— O quê? Você decidiu a porra de um pau não era bom o 

suficiente e agora voltou a gostar de uma buceta? E que bela boceta,

Ripley. — um cara zomba. — Ela é uma fodidamente doce. Mesmo para 

um viadinho como você. 

 Ripley balança o punho, atingindo-o no maxilar.

Foi como se alguém houvesse aberto as portas do inferno. Os 

cinco caras seguram Ripley e começam a bater nele várias vezes, em 

seu rosto, em seu estômago. As pessoas correm, mas nenhuma delas  tem a coragem de interferir. Eu, sim. Eu me lanço em direção Ripley, 

gritando para eles pararem. Meu irmão adotivo olha para mim e grita.

— Corra, Anahi. 

Nunca.

Ninguém toca meu irmão assim.

Eu fecho o punho e soco o rosto de um dos caras, fazendo-o

tropeçar para trás. — Porra, vadia! — ele berra.

Eu não dou a ele a chance de avançar em mim. Eu levanto meu 

joelho e bato com tanta força nas suas bolas que ele voa para trás e cai 

no chão. Eu giro e tento lutar à minha maneira defendendo Ripley, 

dando um par de socos. Ripley está no chão agora e, Deus, há tanto

sangue. Alguns dos espectadores finalmente interferem e alguns caras 

puxam os valentões dali. Há ainda dois sobre ele e ele não está se 

movendo.

— Saiam, seus filhos da puta! — eu grito e me jogo nas costas de 

um dos caras.

Eu pego um punhado de seu cabelo e eu puxo tão forte que ele 

grita como se fosse um assassinato. Puxo e cravo minhas unhas em seu 

couro cabeludo até que ele me agarre para tentar me tirar de cima dele. 

Ele não consegue. Há um grupo de pessoas em torno de Ripley agora e

eu o solto quando ele começa a andar para trás. Leva-me uma fração de 

segundo para perceber que ele está prestes a me bater em uma árvore.

Antes que eu possa sair, a árvore já está batendo conta à parte de 

trás da minha cabeça. A dor se irradia através do meu crânio e todo o 

meu corpo fica mole quando eu escorrego com um baque no chão. 

Então tudo fica preto.