Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

Carlos chega na frente primeiro e passa a mão ao lado da minha 

bochecha. Isso me traz tanto conforto. — Estou muito feliz em te ver 

acordada, querida. 

Eu engulo e aceno, tentando parar as minhas lágrimas.

— Como está se sentindo? 

Quem se importa como eu estou sentindo?

— Carlos — eu coaxo. — Eu tentei. 

— Tentou o quê? — Poncho pergunta, falando pela primeira vez.

Seus olhos são suaves e parece que ele quer me pegar em seus 

braços, mas não pode. Não importa o quanto eu queira que ele faça 

isso.

— Eu tentei ajudá-lo. — eu sussurro, desviando os olhos.

— O que aconteceu, querida? — diz Carlos. — Pode ajudar se os 

médicos souberem. 

Eu fecho os olhos e respiro fundo. É hora de todos saberem.

— Ripley... Ele está lutando há tempos. Ele confiou a mim essas 

lutas. 

Os olhos de todos eles se estreitam, e fixam no meu rosto.

— Lutando? — Brody pergunta, confuso.

Aproveito o momento para olhar cada um deles nos olhos antes 

de dizer. — Ripley é gay. 

Todos eles têm uma reação diferente. As mãos de Poncho se 

apertam em punhos, Carlos suspira e Brody olha para o lado com a 

mandíbula apertada.

Eu rapidamente interfiro. — Ele está escondendo, porque ele ama 

a todos vocês. Ele não queria desapontá-los, mas acima de tudo ele não 

queria que vocês todos o odiassem. 

— Jesus. — Poncho rosna. — Que garoto fodidamente estúpido. 

— Ele pensou que eu fosse odiá-lo por isso? — Carlos murmura, 

parecendo tão ferido que isso acaba comigo.

Brody ainda não diz nada.

— Ele está com medo, ele está inseguro e ele se sente diferente de

todos vocês. Ele sente que não se encaixa na família, porque ele não é 

tão robusto e forte. Ele não queria perder vocês. 

— Meu garoto. — Carlos murmura. — Porra. Eu deveria saber. 

— Como foi que tudo acabou nisso? — Brody finalmente diz entre 

dentes.

— Ele está saindo com alguém. — eu digo baixinho. — Um cara 

chamado Matty. Um grupo de caras que ele conhece da escola

descobriu e eles zombaram dele. Ele veio à minha casa e fomos tomar

um milk-shake. Nós estávamos conversando e ele teve o azar desses 

caras passarem na frente. Eles começaram a insultá-lo e a dizer coisas 

grosseiras sobre mim, por isso Ripley se levantou e deu um soco em um 

deles. 

— Ripley deu um soco? — Carlos pergunta.

Eu sorrio dolorosamente. — Sim, ele foi me defender. 

— O que aconteceu em seguida? — Poncho pergunta, seus olhos 

nos meus.

— Eles estavam em cinco. — minha garganta de repente fica 

apertada quando eu me lembro do quão desesperada eu me sentira. —

Eles estavam socando ele. Tentei ajudar; briguei para tira-lo de lá. Ele 

estava no chão e... — eu começo a soluçar de novo e desta vez é Poncho

que segura a minha mão, apertando-a. — Ele não estava se movendo. 

Havia muito sangue. Algumas pessoas tentaram ajudar, mas eu só 

queria ficar com ele. 

— Jesus, querida. — diz Carlos. — Você tentou salvar meu filho. 

— Depois que ele tentou me defender. — eu grito, abaixando a 

cabeça.

— O que aconteceu com você? — Brody pergunta.

Eu engulo. — Eu pulei nas costas de um cara, tentando fazê-lo 

recuar. Eu estava puxando seu cabelo e ele me bateu em uma árvore. 

A mão de Poncho aperta em torno da minha. Eu sinto como se ele 

fosse arrancá-la.

— Oh, querida. — diz Carlos. — Eu sinto muito.