Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

— Você estava certo; não era o momento para o meu ciúme. Eu 

estava errada em pensar em qualquer outra coisa, senão nela. 

— Eu disse a ela tudo. 

Eu pisco. — Você disse? 

— Sim. Eu disse a ela que eu sinto muito pelo que aconteceu e 

que estaria lá para ela apesar de tudo, mas eu não podia fingir ter 

sentimentos por ela; que o que eu sinto por ela não é nada comparado 

ao que sinto por você. Não teria sido justo com ela e ela merece alguém 

incrível, porque ela é uma garota incrível. 

Deus, ele é um bom homem.

— Ela está bem? — pergunto.

— Ela não levou isso muito bem no início, mas quando ela se 

acalmou, ela disse que estava feliz por nós e que esperava que eu 

encontrasse o que eu estava procurando. 

Porra, eu realmente gosto daquela garota.

— Eu odiei machucá-la, especialmente depois do que aconteceu, 

mas eu não posso mais mentir. Eu não posso fingir. Eu quero isso, 

Tulipa, e eu quero isso para o resto da minha vida, porra. 

Eu me apego a ele. — Eu também. 

— Mas por agora eu só quero que o meu irmão saia dessa vivo. 

Eu não poderia concordar mais com ele se eu tentasse.

Por favor, Deus. Deixe Ripley sobreviver.

Poncho e eu devemos ter adormecido porque uma mão suave no 

meu rosto logo me desperta. Eu pisco algumas vezes e me concentro

para ver minha mãe de pé ao lado da cama. Ela está olhando para mim, 

mas seus olhos vão e voltam de Poncho para mim. Um pânico toma conta 

de mim e eu quero saltar e começar a arranjar desculpas, mas eu não 

posso. Isso seria uma mentira e eu estou cansada de mentir. Em vez 

disso, eu cuidadosamente saio dos braços de Poncho e deslizo para fora 

da cama.

Ele não se move. Ele deve estar exausto.

A mamãe e eu nos sentamos nas cadeiras próximas e ela se 

inclina em chega perto para que possamos sussurrar. — Anny, o que 

está acontecendo? Por que Poncho está em sua cama? 

Eu respiro fundo. Aqui vai.

— Eu o amo. 

Ela pisca e seu corpo fica tenso. — O-o-o quê? 

— Eu o amo, mamãe. Eu o amo há dois anos. Não era pra ter 

acontecido. Eu o conheci antes de você e Carlos e depois quando eu 

descobri, eu tentei ficar longe...

Ela fica em silêncio. Oh Deus. Ela me odeia. Eu começo a me 

explicar.

— Eu tentei ficar longe, eu juro. Eu não queria te machucar. Eu 

não queria te fazer passar vergonha. Eu não poderia imaginar nada pior 

do que saber que eu poderia tirar a única felicidade que tive desde que 

o papai e Milly morreram. Eu não queria causar nenhum sofrimento, 

então eu realmente tentei, mas... Eu o amo. Eu não queria amá-lo, mas 

eu não posso controlar. 

Ela ainda não diz nada.

— Por favor, não me odeie, porque eu não posso continuar se você 

me odiar.