Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

Ele cruza os braços, fazendo com que seus músculos saltassem. 

Senhor, que bíceps!

— Então, como diabos algo assim aconteceu? 

Eu cruzo os braços também. — Como diabos eu deveria saber? 

Até dois segundos atrás, eu achava nunca ter te conhecido. Seu pai não 

te mostrou nenhuma foto minha?

Ele bufa. — Claro que não. Eles se casaram na porra de um

cartório e, honestamente, naquela época, eu não dava a mínima para a 

vida dele.

— Ótimo. 

Ele passa a mão pelo cabelo. — Jesus, isso é foda. 

— Muito obrigada. 

Ele olha para mim com seus olhos gelados. Ele meio que se 

parece com Liam Hemsworth, apenas mais sombrio e infeliz. Seu rosto 

ainda é jovem, ainda não marcado pela transição de se tornar um 

homem, mas ele tem uma algo que grita que ele é mais velho do que 

realmente é. Eu diria que ele tem vinte e seis anos, se eu não soubesse. 

Mas, em seguida, olhando para o tamanho de Carlos, não é uma de se 

espantar que ele está parecendo mais jovem do que a maioria.

— Sobre aquele fim de semana...

Eu ri amargamente. — Sério? Você vai fazer isso? 

Ele franze a testa. — Não preciso fazer, mas eu estou tentando ser

legal. 

— Vamos lá, Alfonso, você não quer ser legal. Você está irritado, 

porque você tem que se explicar. 

Sua mandíbula fica tensa. — Você sabe o quê? É, estou irritado. 

Eu nunca pensei que eu iria vê-la novamente, por isso nunca achei que 

fosse ter de explicar.

— Nem se dê ao trabalho; o que aconteceu naquela época está

feito. Eu segui em frente e ninguém precisa ficar sabendo. 

Ele bufa, dando-me um olhar cético. — Não parece que você 

seguiu em frente. 

— Sério? — eu bufo, dando um passo mais perto. — Você acha 

que é tão bom.

Ele crispa os lábios e eu rosno.

— Olha, minha mãe é tudo para mim, e eu não preciso que ela 

fique sabendo disso. O que fizemos terminou o dia em que você 

levantou e saiu sem nenhuma explicação. A partir deste momento, não 

há mais nada a ser dito sobre isso. 

— Eu não levantei e saí sem nenhuma explicação. Até onde eu 

sabia, eram só algumas noites de diversão. Você nunca pediu nada 

mais. 

— Sério? — eu ri. — Certeza que eu te dei uma ideia que eu 

queria mais. 

— É sério. — ele murmura. — Foi um bom fim de semana. Nós 

nos divertimos. Se eu soubesse que você era...

— Nossos pais ainda não estavam juntos. — eu grito. — Então, 

pare com isso!

Ele cerra os olhos e eu sei que ele está calculando o tempo em 

sua cabeça. — Ainda assim, mesmo que eles não estivessem juntos, as 

coisas ainda são assim. Não fui um idiota, mas concordei em me 

divertir. Você nunca me disse com todas as letras que você queria mais.

Claro, eu tive a ideia de que você estava indo por esse caminho, mas 

não era o momento certo. 

Meu Deus.

É claro que eu não lhe disse; eu pensei que ele sentisse o mesmo. 

O fim de semana que tivemos juntos foi incrível. Nós rimos e brincamos, 

tínhamos nos tocado e aprendemos um sobre o outro. Para mim não 

tinha sido uma diversão.

— Eu não te disse, porque eu pensei que você se sentia o mesmo

que eu. — murmuro. — Eu não achei que precisava dizer.

Ele recua. — Eu me diverti; foi isso. Tudo o que você pensou...

— Olha, esqueça. — eu digo, acenando com a mão

interrompendo-o. — Está feito. 

— Olha, Anahi, qualquer merda que tenha acontecido, acabou,

Está terminado agora. Eu me sinto completamente enojado e, 

francamente, eu não preciso pensar sobre o fato de que coloquei meu 

pau em você.

 Eu empalideço. — Nós não somos parentes; nós nunca vamos ser 

parentes, então pare de agir como se houvéssemos feito algo nojento. E, 

até onde eu me importo, eu não quero ou preciso de você, e eu 

certamente não preciso de um novo irmão ou irmãos. Apesar de tudo, 

você não passa de um estranho para mim. 

— Nossos pais se casaram. — ele diz para si mesmo e não para 

mim. — Você foi de ―gostosa‖ para ―pirralha‖ em três segundos. 

— Pirralha? 

— Pirralha. — ele confirma.

— Acabamos? — eu ralho.

Ele se inclina mais perto. — Você é minha irmã adotiva e, como 

você, eu não quero uma irmã. Vamos deixar por isso mesmo. Fique fora 

do meu caminho, e eu vou ficar de fora do seu. 

— Por mim tudo bem. — eu bufo.

— Ótimo. Eu vou dar uma volta. Posso acabar conhecendo uma 

garota cuja mãe não está transando com meu pai.

— Você não fale sobre ela assim de novo. — eu me irrito. — Ou eu 

arranco o seu pau. 

Ele olha pra mim. — Ouça, sua mãe parece ser bacana, mas fatos 

são fatos. Agora, me deixe em paz. 

Com isso, ele se afasta. Eu o observo se afastar, tentando

desesperadamente não olhar para sua bunda. É uma linda bunda. 

Maldição. O que há de errado comigo? Me viro e corro de volta para a 

casa.