Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

Poncho suspira. — Você já conheceu. Na verdade, você a conhece 

bem. 

— Não é Maite, não é? —Carlos pergunta, franzindo a testa.

Poncho balança a cabeça. — Nah, pai. É... Anahi. 

Silêncio. Um silêncio longo e horrível.

Carlos olha para mim com os olhos arregalados, antes de se virar

para Poncho. — Isso é uma piada? 

— Você acha que eu brincaria com isso? 

O rosto de Carlos fica tenso. — Ela é sua... Irmã adotiva. 

— Sim. — Poncho rosna. — E não somos parentes, então me diga 

qual é o problema? 

— O problema é que é fodidamente errado. 

Isso não vem de Carlos; vem de Brody. Nós todos nos voltamos para 

olhá-lo e eu cerro meus olhos em confusão. Eu não achei que Brody 

protestaria. Por que ele? Ele não parece se importar com o que fazemos.

— Brody. — eu digo baixinho. — Como exatamente isso é errado? 

— Sério? — ele zomba. — Nossos pais são casados. Você já 

pensou sobre o que aconteceria se você e Poncho decidissem que esta 

festinha acabou, como poderia funcionar? Como diabos você pensa que 

todos nós podemos nos sentar na mesma sala o resto de nossas vidas? 

Como você acha que você pode lidar com isso se ele se casar com outra 

mulher ou você se casar com outro homem? Vocês dois estão pensando 

abaixo da cintura. Não me insulte chamando isso de amor. Eu cansei.

Ele afasta sua cadeira e sai. Meu lábio inferior treme, porque de 

todos eles, eu pensei que ele iria entender. Ripley se estica e pega a 

minha mão, apertando-a, mas eu não sinto isso. Brody e eu temos uma 

ligação; dói saber o que ele acha de mim. Será que ele realmente acha 

que eu tinha acabado de dormir com Poncho e vim anunciar para a 

família?

— Ok. — diz Carlos. — Vocês dois precisam começar desde o início, 

não é? 

Então nós contamos a Poncho tudo, do início ao fim. Quando 

acabamos, seus olhos nos estudam, antes de ele murmura, — Jesus, 

isso começou antes de nós? Quais as chances?

— Sim. — eu digo, meu coração ainda dolorido das palavras de 

Brody. — E isso significa alguma coisa, Carlos. Eu sei que não é 

convencional, mas eu o amo e eu realmente tentei mudar isso, mas eu

não posso. Tenho certeza que você pode entender isso. 

— Eu entendo, porque eu sinto o mesmo pela sua mãe. Ouça, me 

dê tempo para processar, sim? Eu aprecio vocês dois me dizerem, mas 

eu só... Preciso de um tempo. 

Concordo com a cabeça, mas as lágrimas dos meus olhos 

explodem inesperadamente.

— Ah, querida, merda, não tive a intenção de fazer você chorar. 

Carlos se estica e segura meu rosto, mas eu me afasto. Eu empurro

a cadeira e fico de pé.

— Olha. — eu sussurro. — Eu não estou pedindo a sua 

permissão. Eu só queria que vocês soubessem de tudo. Eu quero que 

você saiba, porque nada que você possa dizer vai mudar o quanto eu 

amo Poncho. Isso significa que eu não vou deixá-lo. Se você não aceitar 

isso, vai doer muito, então eu realmente, realmente espero que você

aceite, porque eu adoro todos vocês e eu não quero perder ninguém. 

Com isso, eu me viro e saio correndo.

Poncho me segue, mas eu quero chegar até Brody. Eu estou com 

raiva dele, porque como ele ousa ser tão crítico assim?

— Ei, querida, pare. 

Os braços de Poncho circulam a minha cintura e ele me vira. Eu 

me aproximo dele e pressiono o meu rosto em seu peito, sentindo sua

respiração porque eu preciso disso. Ele segura a parte de trás da minha 

cabeça com força por um momento antes de me deixar ir. — Vai ficar 

tudo bem, você ouviu? 

Concordo com a cabeça. — Eu sei... Olha, eu não quero fazer isso, 

mas eu preciso encontrar Brody e você precisa me deixar. 

Ele me estuda. — Ele não quis dizer o que disse. 

— Não, mas eu ainda preciso encontrá-lo pra conversar. 

Ele corre o polegar pela minha bochecha. — Tudo bem, querida. 

Encontre-me em casa depois, ok?