Fanfic: Meio Sangue | Tema: RBD - Percy Jackson e os olimpianos

Capítulo 2

O acampamento de verão no outono

Annie

Assim que colocou o pé para fora do carro Annie pode sentir uma sensação de alivio, afinal tinha finalmente chegado ao acampamento e precisava de respostas mais concretas para suas dúvidas. Estava rodeada pela floresta mas avistou não muito longe dali a entrada do acampamento. Era um arco de madeira esculpido com palavras gregas, Annie nunca tinha tido qualquer aula de grego mas as palavras começaram a fazer sentindo e como mágica se modificaram para sua língua.

-Acampamento meio sangue.-Disse a garota lendo a entrada.

-É esse o lugar.-Poncho disse se aproximando de Annie.-Primeiro as damas...-Estendeu seus braços para a passagem da menina, sempre com um sorriso torto. Annie não sabia ainda o que pensar dele, por um lado ela via um garoto muito atraente, moreno forte e alto mas por outro lado um órfão que parecia sempre debochar dela como se fosse superior a todos ali.

Annie foi na frente, estava curiosa para conhecer o tal acampamento. Não tinha trazido nada além de seu celular e agora esse estava repartido em vários pedacinhos. Não fazia ideia do que a aguardava. Viva o momento, Anahí! Dizia para si mesma tentando acalmar seu coração que pulava mais rápido a cada passo que dava.

-Está nervosa?-Ucker perguntou caminhando ao seu lado.

-Sim... Dá para perceber?-A menina o encarou com seus olhos verdes.

-Só se você tiver costume de apertar a mão frequentemente.-Respondeu o garoto com um pequeno sorriso.

-Oh! Não tinha percebido. Quando fico nervosa começo a fazer isso... É tão repentino que nem consigo perceber.-Annie não gostava quando isso acontecia pois a entregava que estava desconfortável.

-Não precisa explicar.-Disse Ucker.-A única explicação que realmente preciso é daquele sátiro peludo.

-Acho que todos sátiros são peludos.-Analisou a garota.

-É... Faz sentindo.-Respondeu Ucker que agora dava passos mais rápidos. Deixando a garota para trás junto com Poncho e Sr.Bates.

-Como eu disse damas na frente.-Poncho falou no ouvido de Annie se referindo a Ucker.

-Você não cansa de ser insuportável?-Perguntou Annie revirando os olhos.

-Só foi uma piada, princesa.-Fez cara de indignação.-Mas caso não goste eu...

-Não gosto.-Disse Annie o cortando.

-Paro.-Concluiu Poncho e depois começou a rir.

-Do que está rindo?

-Você é engraçada, Annie. Apenas isso.

-Que seja...

-Não estava zombando.-Disse Poncho.

-Será? Parece que é só isso que você sabe fazer!

-Você pode ter certeza que não.-Sorriu maliciosamente. Annie arregalou os olhos em uma expressão de surpresa. Não esperava por aquilo.-Calma! Não me olhe assim, é só uma brincadeira.

-Realmente só poderia ser uma.-Disse a garota zombando e se afastando de Poncho com um grande sorriso em seu belo rosto.

-Hey! Você está me subestimando!-Gritou o garoto.

Quando chegou ao arco, Annie reparou que Ucker estava fascinado com a madeira esculpida. É realmente muito bonita. Pensou a menina analisando o grande portal. Assim que olhou em direção do acampamento viu uma grande árvore que estava ali perto. Mesmo estando no outono todas as folhas daquela árvore estavam intactas.

-Aquilo é um dragão?!-Ucker gritou e começou a se afastar  indo de encontro ao Sr.Bates que ainda não tinha chegado até o portal.

-Dragão?-Annie sussurrou para si. Foi quando olhou novamente para a árvore que admirava que percebeu que em um de seus galhos um animal escamoso dormia. Não era tão grande mas com certeza era um dragão. Em baixo dele havia um pano tão brilhoso que Annie achou ser de ouro.

-Sim! Mas pode ficar tranquilo que ele é o guarda do Velocino de ouro. Não irá taca-lo senão tentar rouba-lo.-Respondeu Sr.Bates.

-Velocino de ouro, como nas histórias?-Ucker perguntou.

-Que histórias?-Poncho agora perguntava.

-Ele mesmo, Christopher. A história do Velocino de ouro, bem...-Deu uma pausa e continuou andando. Finalmente tinha passado pelo portal levando todos os adolescentes a caminharem juntos através da pequena trilha até o acampamento.-Na mitologia grega a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo era considerado como um talismã que outorgava a quem o possuísse prosperidade e poder. O acampamento foi criado no intuito de proteger e criar heróis semideuses. Houve um trio de semideus que estavam procurando pelo acampamento e estavam perto daqui quando foram atacados por monstros... Uma garota se sacrificou para que seus amigos conseguissem chegar ao acampamento. A garota era filha de Zeus. E Zeus vendo a situação transformo-a em um grande pinheiro para que assim pudesse de certa forma viver e continuar protegendo seus amigos e o acampamento. Foi assim por muito tempo até que alguém envenenou a árvore e junto com ela o acampamento morria e todos ali estavam em perigo. Então foi convocado uma missão e heróis resgataram o velocino de ouro e colocaram na árvore. O que fez não só a árvore viver mas a garota voltar a sua forma normal com vida. O velocino de ouro protege o acampamento e vocês estarão seguros aqui.

Annie tinha sentindo um grande aperto no coração com a história da menina, mas ainda não sabia se poderia confiar em tudo o que Sr.Bates dizia. Queria respostas e sabia que precisaria ter mente aberta. Todos caminharam em silêncio até o acampamento. Assim que chegaram Annie pode admirar a linda paisagem e as construções do lugar. Havia uma grande casa Branca logo na chegada e uma trilhas com diversas placas. Chalés, Fogueira, centro de treinamento eram algumas nomes que Annie tinha conseguido ler antes de uma voz tomar sua atenção.

-Então são esses os garotos.-Disse com um sorriso simpático o homem com longos cabelos castanhos e uma barba também assim, ele usava uma cadeira de rodas.

-Sim, Quíron. São esses os garotos que te informei.-Sr.Bates respondeu.

-Fez um bom trabalho os trazendo aqui em segurança. Pode ir, ficarei com eles agora.-Disse Quíron.

-Obrigada,Senhor.-Foi a ultima coisa que Sr.Bates disse antes de Annie o perder de sua vista.

-Vamos até minha casa para uma pequena conversa.-Não esperou a resposta deles e foi indo em direção a casa branca.

Quando todos entraram, perceberam que a casa era toda revestida de madeira e era muito bem decorada. Possuía muitas estandes de livros e fracos com líquidos que Annie não tinha conseguido reconhecer. Quíron se colocou atrás de uma mesa.

-Podem se sentar.-Apontou para o sofá que havia perto de sua mesa.-Devem ter muitas perguntas, imagino.

-Sim, senhor Qui...-Annie não se lembrava do nome, o que fez a corar.

-Quíron. Não precisa se envergonhar, Anahí.-Respondeu Simpático.

-Sabe o meu nome?

-Sei o de todos vocês, Anahí, Alfonso e Christopher.

-Sabe porque estávamos aqui?-Questionou Poncho.

-Sei. E vocês também sabem. São semideuses e aqui terão treinamento e segurança para depois conseguirem lidar com o perigo do mundo mortal.

-Por que deveríamos acreditar em você?-Ucker finalmente havia aberto a boca.

-Por que treinar heróis é o que eu faço a milênios.-Disse se levantou da cadeira. Enquanto o homem ia se levantando a parte abaixo de sua cintura ia se tornando em um corpo de cavalo de pelagem branca. Todos os adolescente se levantaram assustados.

-Você treinou Hércules! Quíron não me era um nome esquisito e agora que vejo que tem bunda de cavalo, tenho certeza que é o centauro que treinavam Hércules.-Ucker disse animado.

-Não só Hércules.-Respondeu Quíron ignorando a parte que Ucker se referia a sua bunda.

-Como isso é possível?-Poncho apontou para a cadeira.

-Ela é mágica mas existe a névoa... Ela faz com que coisas anormais se tornem normais perante o mundo mortal. Só semideuses podem ver ou mortais que estejam envolvidos no nosso mundo. Ás vezes ela consegue enganar até nós próprios.

-Então... Foi por isso que não tinha visto que Tony era um ciclope.-Disse Poncho.

-Aonde ele foi? O Tony?-Annie se lembrou do motorista.

-Monstros e mortais não podem entrar aqui.-Lembrou-se Ucker.

-Ainda há muita coisa para aprenderem. Por isso chamei Christian, ele também é um semideus e mostrará o acampamento a vocês... Ele só está um pouco atrasado.

-Ele é filho de quem?-Annie perguntou. Então a porta se abriu.

-Hermes, deus dos viajantes, protetor da magia e da advinhação, patrono dos ladrões e dos trapaceiros, responsável pelos golpes de sorte e pelas súbitas mudanças de vida... –Disse o garoto que entrou. Tinha um grande sorriso no rosto e cabelos platinados.- Ou seja, sou perfeito para atender vocês nesse momento.

Olá! Olha o Christian aí! Me digam o que acharam do capítulo! Logo mais personagens apareceram, como a Dul e a Mai. Espero que tenham gostado. Vocês devem ter reparado que cada capítulo é mostrado em um pouco de vista diferente, agora o que vocês não devem saber é que no cabeçalho o nome de quem é o capitulo abre um link com a foto do personagem. Bem, por hoje é só e até o próximo capítulo!