Fanfic: Tudo por nós - Laliter | Tema: LALITER

Mariana narrando.

"Era uma festa no sítio do Bernardo, os pais dele haviam liberado a casa pra festa. Aquilo me parecia uma loucura, eles com certeza não tinham noção da quantidade de pessoa que estava lá, Bernardo provavelmente havia mentido sobre isso. Estava sentando em uma mesa, sozinha, a maior parte das pessoas estavam socadas na piscina ou extremamente bêbadas, como aquilo não era da minha `política`, eu me sentei num mesa vazia que encontrei, enquanto minha amiga Maria Eugênia se pegava por aí com Nícolas. Um rapaz, sem motivo algum, senta na mesa também e puxa um cigarro, começa a fuma enquanto me encara e eu pensava na falta de educação dele, em chegar sentando assim e soltar aquela fumaça nojenta na minha cara. Ele devia tá pra lá de Bagdá tbm, então levantei e fui pra uma área onde não havia ninguém. Fui pra os fundos da casa e fiquei encostada na parede encarando o céu." 

XXX: Oi moça - o mesmo cara se aproximou e eu não respondi - Oi? - disse mais uma vez e eu o ignorei, voltando a olhar para o céu - por que não me responde? - ele ficou sério.

Mariana: Eu não conheço você - o olhei.

XXX: Hum - ele deu sorriso malicioso - quer me conhecer? - ele disse me olhando dos pés a cabeça.

Mariana: Não.

XXX: Mas eu tenho tanto pra te mostrar - disse encostando em mim, me colocando contra a parede.

Mariana: Não, sai daqui, eu não quero ver nada - hesitei, tentando afastá-lo.

XXX: Se você soubesse o que tô pensando, você ia se soltar fácil, fácil - eu tremia a cada palavra dita por ele, eu o empurrava, mas era como uma parede de tijolos que não se movia. Ele era grande.

Mariana: Por favor, me deixe - ele me alisava e eu hesitava, e me empurrava cada vez mais contra parede - socorro!! - gritei e ele imediatamente tapou a minha boca e forçou beijos em meu pescoço, enquanto me alisava com a outra mão e eu não conseguia me mover. Fui ficando mais aflita e fechei os olhos, pedindo a Deus pra que aquele homem não conseguisse me fazer mal nenhum, foi aí que o homem é jogado no chão e eu desperto num susto. Outro rapaz havia avançado sobre ele e lhe dado um soco no rosto, fazendo-o ir cair um pouco mais longe de mim e completamente apagado. 

Quando seu olhar alcançou o meu, sentir o ar ficar preso em meu peito e depois minha respiração ficar ofegante, ele era tão lindo e transmitia uma sensação tão boa, que eu esqueci o que estava acontecendo, até ele me despertar novamente.

YYY: Você está bem? - se aproximou, tocando os meus ombros.

Mariana: Estou sim. Não sei o que teria acontecido se você não estivesse chegado. Obrigada, meu Deus - eu sorri.

YYY: Esse homem estava te encarando a muito tempo, eu achei isso tão estranho que resolvi acompanhá-lo. 

Mariana: Não o conheço. 

YYY: Nem eu, vamos sair daqui - disse virando.

Mariana: Espere, vamos deixá-lo aqui?

YYY: Pra onde levaríamos?

Mariana: Não sei, mas talvez seja melhor deixá-lo mesmo, nada vai poder ser feito, ninguém aqui está muito bem a essa altura.

YYY: Verdade, acho que só encontreu você lúcida - eu ri e percebi o quanto ele observava os meus lábios e acompanhava o meu sorriso.

Mariana: Vamos sair daqui - voltamos para a festa - que horas já são? 

YYY: 2:40 - olhou o relógio.

Mariana: Preciso de um táxi, urgentemente. 

YYY: Eu poderia levá-la, pegava a moto do meu amigo e te deixava.

Mariana: não - disse sem confiar muito - não precisa, você já me ajudou demais - peguei meu celular e pedi um táxi, nós trocamos mais algumas palavras até que o carro chegou e eu me despedi.

No caminho pra casa percebi que não havia sequer perguntado o nome do rapaz, mas sabia que aquele dia seria inesquecível...

**continua

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