Fanfic: Um novo caminho. (Vondy) | Tema: Rebelde, Vondy, Lali, Amor

~ Christopher

Mais uma hora que se passa. Mais uma hora que eu me pergunto o que ainda estou fazendo aqui parado e não fui atrás dela. Ela me dava motivos para sorrir. Era por ela que eu fazia todas as coisas mais impensáveis desse mundo. Mais aqui estou eu, sentando na escada de casa com meu copo de Whisky na mão, enquanto ela está a caminho do aeroporto... com ele.

Olho para os meus dedos e vejo o sangue escorrer, não sei se é meu ou daquele canalha! Passo o copo gelado pelos meus dedos inchados e me lembro do olhar dela. Medo. Desprezo. Raiva. Por que tudo isso tinha que acontecer justo agora? Agora que estávamos bem. Que tudo estava se encaixando. Olho para a porta e vejo Flor me olhando. Flor era minha ajudante do lar desde que me conheço por gente, era como uma mãe para mim.

- Eu não sei o que aconteceu... – digo e ela balança a cabeça, negativa.

- Eu acho que sabe sim. Você saiu ontem e chegou naquela situação... O que está acontecendo com o senhor? – me pergunta Flor, com o olhar de indignação.

- Eu não sei. Não me lembro de nada. Por favor Flor, me conte o que você viu ontem! – disse indo em sua direção.

- Isso é alguma brincadeira, Ucker? – questionou enquanto me olhava incrédula.

- Não, eu preciso saber o que aconteceu. Eu preciso que você me conte tudo! – falei enquanto segurava em seus braços e a olhava no fundo de seus olhos.

- Tudo bem ... Tudo aconteceu assim....

· 1 ANO ANTES·

- Meu amor, a festa está incrível! Olha só essa decoração! Os convidados! Estou tão feliz por finalmente dar este passo! – exclamava Natálie enquanto me abraçava – Olhá só! É o nosso tão sonhado noivado! – dizia feliz

- É, tudo está do jeito que você queria, linda! – disse enquanto selava seus lábios. – E posso dizer com toda a certeza de que tenho a noiva mais linda do mundo. A mulher mais bela em meus braços! – sorri enquanto a beijava.

Natálie e eu nos conhecemos há 6 anos atrás quando eu via visitar meus pais em Londres. Estávamos em uma festa que dava o meu melhor amigo, Harry. Ela era a mulher mais bela da festa. Alta, loira, simpática, chamava a atenção de todos, inclusive a minha. E quando fui perguntar ao meu amigo quem era a "gostosa" que estava dançando, ele me surpreendeu com um tapa na cabeça e me dizendo que era sua irmã. Já tinha ouvido falar dela, e a tinha visto por fotos, é claro, porém ela estava muito diferente! Um mulherão. Não aquela menina da foto de 15 anos na casa do Harry em São Paulo. E então naquela noite, nossas vidas mudaram. Ficamos 1 ano viajando do Brasil a Londres para vermos, até que fiz o pedido de namoro, e cá estamos nós. Noivando.

- Ei! – me cutucou ela – No que tanto pensa?

- Desculpa querida, estava pensando quando a gente se conheceu. – disse enquanto a abraçava e pude ver Harry vindo em nossa direção. – O chato do seu irmão chegou! – disse zoando e ela me deu um tapa nas costas.

- Se não são os noivos mais chiques de toda São Paulo! – gritou Harry enquanto nos abraçava.- Puta merda cara que festa do caralho! – exclamou e Natálie o beliscou.

- Se comporte, Harry! Não vê que estão todos os acionistas da empresa aqui? Vê se toma um pouco de juízo, cara!

- Porra Ucker, na empresa eu aceito que você seja um filho da puta com os funcionários, mais aqui também? No seu noivado? Com a minha irmã? – respondeu enquanto pegava uma bebiba – Relaxa! Agora somos cunhados!

- Não me chame de Ucker na frente dessas pessoas! – reclamei – É CHRISTOPHER!

- Por favor meu amor, se acalme. – disse Natálie sussurrando – Todos estão olhando essa sua ceninha!

- É CHRISTOPHER, se acalme! Não estrague a sua festa de noivado! – sorriu Harry e então se afastou.

A festa foi como esperávamos. Várias pessoas da sociedade, acionistas da empresa, modelos, e nossos familiares estiveram presentes. O pedido então foi feito oficialmente, me ajoelhei e pedi Natálie em casamento. Ela deu o seu "Sim!" ainda mais feliz quando mostrei o anel de diamante que tinha comprado para ela em Dubai. Quando todos foram embora – inclusive Natálie, que queria ficar uns dias com os pais que estavam de férias aqui no Brasil – entrei no meu quarto, tomei um demorado banho e enfim deitei na cama. Amanhã todos estariam falando da incrível festa de noivado então tinha que descansar bem a mente para aguentar todas as mulheres da empresa comentando cada detalhe que, a qualquer homem passaria desapercebido. Amanhã será um dia incrível. Não será?...

~ Dulce

Mais uma vez estou eu aqui no hospital vendo como a minha mãe sofre com a quimioterapia. Ela está cada vez mais fraca, e eu, cada vez com mais medo. Minha mãe é a única família que me restou. Sempre foi minha amiga, sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, até quando decidir deixar o melhor trabalho em uma empresa de administração para me arriscar a viver da música. Ela me apoiou quando ninguém acreditava em mim. E agora aqui está ela, sofrendo, sem cabelos, porém de longe ela me manda um sorriso, como se falasse: "Está tudo bem. Tudo vai ficar bem". E isso espero.

Minha mãe tem o que mais atinge a grande maioria das mulheres. Câncer de mama. E apesar de ser um câncer que digamos que, seja "mais fácil" a cura, ela está sofrendo muito. Sempre teve imunidade baixa, e agora isso está causando esses efeitos.

Pego meu copo de café e vou ao lado dela, mesmo com os olhos cheios de lágrimas pela dor que causa a quimio, ela me olha e sorri.

- Essa calça fica maravilhosa em você, Filha! – assim do nada ela me diz isso. Olho para minhas pernas e sorrio ao lembrar que aquela calça ela que me ajudou a escolher.

- Obrigada, mamãe. – disse dando um beijo em sua bochecha – Está tudo bem? Está sentindo muita dor?

- Não, apenas um leve enjoo. Mas vou ficar bem.

- É o que você sempre diz. – digo enquanto tomo um gole do café.

- E eu sempre fico.

- Com licença, Dulce Maria? – disse o Dr. Bass ao me ver. – Podemos conversar um minuto? – pede ele com muita educação e sorri para a minha mãe. Até já sei do que vai ser a conversa.

- Eu vou conseguir o que estou devendo! – falei baixo para que minha mãe não escutasse. – Um amigo meu disse que vai me emprestar.

- Dulce, você já disse isso muitas vezes, e eu te entendo. Quem não quer te entender são os diretores do hospital. Eu te conheço, sei que você é uma pessoa do bem, e o que quer é ajudar a sua mãe. Mais o tratamento é caro. Ela está pensando que está fazendo tudo pelo SUS, mas esse tratamento particular que você me pediu, nem eu posso pagar! – disse devagar enquanto me explicava tudo. – O hospital vai te dar 2 meses para você conseguir essa quantia, ou você além de ficar com o nome sujo, vai ter que parar o tratamento.

- Tudo menos parar o tratamento da minha mãe Dr. Bass. – respondi de imediato.- Eu vou dar um jeito. Eu vou conseguir! – disse enquanto minha gargante se fechava e eu lutava para que as lágrimas não rolassem. Não ali, com a minha mãe nos olhando de longe.

- Confio em você, Dulce.

- Obrigada. - assenti e voltei para a minha mãe.

- O que aconteceu? – perguntou preocupada.

- Nada mamãe. O Dr. Bass só me contava que você está progredindo bem! – menti e dei um sorriso amarelo.

- Espero que sim, filha.

E foi então que naquele momento tomei uma decisão. A música era minha paixão, mas não me dava lucro suficiente para pagar o tratamento da minha mãe. Então, iria de empresa à empresa a procura de um emprego. E então decidi ligar para minha melhor amiga, Lali, que conhecia muita gente.

- Ruiva! – respondeu alegre com muitas vozes no fundo. – Tudo bem? Como está a tia Júlia?

- Oi Lali, você está ocupada? – gritei para que me escutasse.

- Não, acabei de terminar uma sessão de fotos para a Billboard. Mais e ai, como está a tia Júlia?

- Tudo bem Lali, fraca mais está bem. Então, te ligo por que preciso da sua ajuda. Te conto.

E então a Lali foi a primeira pessoa que ficou sabendo que eu estava devendo R$ 50.000,00 e foi ela também que disse que tinha um amigo dono de uma empresa que estava precisando de uma secretária, que a sua a tinha deixado na mão para trabalhar em uma empresa rival. E foi então que ela me passou o contato de um tal Christopher Uckermann.