Fanfic: Aconteceu você-AyA/Adp | Tema: Ponny

“Eu cobraria no mínimo uns 30 mil a mais, daria esse valor porque não sei quantas vezes transaríamos e nem o que você faria” – tentei e controlar para não aparentar o meu nervosismo. – “Não conheço sua rotina sexual então seria um risco cobrar menos e tendo que ficar o dia todo na sua cama entende?”

“Você é inacreditável, nunca achei que fosse conhecer mulher mais vadia que a prostituta com quem meu pai se envolveu – ele me olhou com repulsa – mas você a supera em ambição e esperteza e isso Anahi definitivamente  não foi um elogio.”

“Você não vai poder me ofender Alfonso, se me ofender eu estou fora” – avisei a ele antes que ele começasse a ser grosso novamente.

“Ok, eu não pretendo fazer isso” – ele falou e voltou a me ignorar. Fiquei tão abalada com suas palavras que preferi ficar quieta também.

*Anahi

Eu passei a viajem inteira sendo ignorada pelo Alfonso, que, ou trabalhava em seu laptop ou lia alguns jornais.

“Anahi.”

“Sim.”

“Nós temos alguns detalhes a acertar antes do pouso – ele fechou seu laptop e me olhou – eu acho que já falei que vou receber alguns amigos e associados do escritório não é?”

“Huhum.”

“Ótimo! Agora preste atenção, enquanto você estiver em minha casa eu quero que  você se comporte como uma... – ele parou pensando nas palavras certas – como uma mulher normal, não quero que chame a atenção e nem que tente seduzir qualquer convidado meu.” – Respirei fundo para não mandá-lo a merda nesse momento. – “Pagarei a você o suficiente para que você não tenha que ir atrás deoutros clientes durante o seu tempo em NY.” – Ouvi tudo atentamente, quando eu achava que ele não podia ser mais idiota ele me surpreendia.

“Entendi tudinho” – falei e sorri irônica para ele.

“Sabe o que eu não entendo, Anahi?

Porque trabalhar tanto, sendo que você poderia ter uma vida simples com qualquer outro emprego. Porque se

prostituir só para levar uma boa vida, muitas mulheres conseguem sobreviver

sem se prestar a isso sabia?”– perguntou

ele visivelmente irritado.

“Você não aprovaria meus motivos, então eu não acho que deva lhe explicar nada sabe.”

Ele me olhou como se eu tivesse quatro cabeças, e estreitou os olhos, irritado.

Foda-se se ele não entendia o porquê  disso ou daquilo. Ele era rico, tinha tudo que queria não é? Nunca entenderia porque pessoas pobres faziam o que tinham que fazer. E não seria eu a explicar para ele que a vida era mais complexa do que tudo isso.

“O pior de tudo, é que você se orgulha de ser assim certo? Isso é nojento, Helena.”

Virei o rosto e me obriguei a não chorar, eu não deixaria que suas palavras me afetassem e muito menos que ele tivesse o prazer de me ver assim.

Assim que chegamos à Nova York  fomos direto para a sua casa, e eu fui apresentada a Maria uma senhora carinhosa, que segundo Alfonso o havia

criado e o tinha como filho. Ela me recebeu tão bem que me senti culpada por mentir, fora que ela parecia muito surpresa pelo fato do Alfonso estar acompanhado. Percebendo o meu

desconforto ele me levou para o quarto com a desculpa de que eu precisava descansar bem. Eu realmente estava cansada do voo, e em Nova York era madrugada ainda, nós teríamos só algumas horas para dormir até seus  convidados chegarem pela parte da manhã.