Fanfic: Maquiagem Borrada (songfic) | Tema: Rebelde, Portiñon

Hoje a noite vai ter um jantar com a família da Mari. Christopher vai oficialmente pedir ela em casamento, ele já tinha pedido antes, mas pra ele, só conta depois que o pedido é feito diretamente pela família. Eu estava tão ansiosa. Não pelo jantar ou pelo noivado, mas sim porque hoje Anahí vai vir aqui. Ela vai até dormir e tudo mais. E dessa vez, Poncho não vai estar junto, parece que ele teve um imprevisto com o irmão mais novo e não deu certo de ele vir acompanhar ela. 

Eu estava numa reunião importantíssima com um cliente novo que me prometia uma alta "gorjeta" se eu atendesse à expectativa dele. O cara era responsável pela cerveja SKOL e queria uma nova propaganda pra BEATS. Ele estava lá dizendo o que ele queria e como ele queria e eu só prestava atenção. Eu tinha que acertar e ficar com esse cliente. Muitas empresas desejam trabalhar com ele e ele escolheu a nossa. Tenho que fazer valer a pena. Pra mim e pra ele. Depois que eu fechei o contrato com ele e sai da reunião revebi uma chamada de Any. Estranhei porque ela nunca me ligava este horário. 

Chamada ON

- Oi Any! 

Any: Dul, você tá muito ocupada? - ela estava chorosa 

- Não, acabei de sair de uma reunião e vou entrar no meu horário de almoço daqui uns dez minutos, porque? Aconteceu alguma coisa? 

Any: Tem como você vir me ver? Eu tô naquela lanchonete que você gosta... 

- Claro, assim que eu for liberada eu vou, tá legal? 

Any: Tá bom.. até daqui a pouco. 

Chamada OFF

Aqueles dez minutos pareceram uma eternidade para mim. Eu estava preocupada com Anahí. Ela estava chorando, senti na voz dela, e mil possibilidades passaram na minha cabeça. Fiquei com medo de descobrir o que era. Assim que deu meu horário de almoço, sai correndo de encontra a Any. A lanchonete da qual ela falava ficava a mais ou menos dois quarteirões da empresa, então demorei uns dez minutos para chegar lá. Quando a vi, ela estava com a cabeça baixa, como se quisesse disfarçar que estava chorando...

- Any, o que foi? O que houve? - eu perguntei sentando a frente dela

Any: Tem como sairmos daqui? Ir pra algum lugar longe de todo mundo?  

- Vem, vamos lá pra aquele apartamento que eu comprei. 

Any me acompanhou até o apartamento que eu tinha. Era um perto da minha empresa, pretendia me mudar pra lá com May quando Chris se casasse. Ele ainda estava em reforma, mas era o único lugar perto dali. Chegamos no AP e, assim que entramos, Any me abraçou forte e começou a chorar. Ela chorava tanto que me doía o coração. E não estou sendo exagerada. Eu não tinha muito o que fazer, então eu apenas a abraçava e passava a mão em seus cabelos para acalmá-la. 

Se acalma, Any. Se acalma, para de chorar. Por favor, para. Eu dizia em sussurros. Aquilo estava me desesperando. Eu precisava saber o que tinha acontecido com ela. Any não era de chorar assim, desde que nos conhecemos, nunca tinha visto ela chorar daquele jeito. 

Quando percebi que ela tinha se acalmado. Me afastei e fiquei olhando pra ela, como quem espera uma resposta.

Any: Poncho e eu terminamos. 

- O quê? 

Any: Ele me disse coisas horríveis. Disse que eu era uma vagabunda que não me dava o respeito. Disse que eu nunca ia encontrar ninguém melhor que ele e que eu nem sequer merecia tudo que ele fazia por mim. Disse que... 

- Para. Porque? O que aconteceu? 

Any: Foi por que hoje de manhã sai com Christian. Ele é meu melhor amigo e tinha me chamado pra fazer compras. Ele viu a gente no shopping e armou uma confusão. 

- Foi ciúmes? Christian não é gay? 

Any: Ele é. Não sei o que deu nele. Só sei que ele brigou comigo e gritou no meio do shopping. Tinha um monte de gente olhando, Dul. Um tanto assim. 

- Eu vou falar com esse cara! Quem ele pensa que é? - eu estava furiosa

Any: Não, só fica comigo. Por favor, fica aqui comigo. Eu não quero ficar sozinha. Por favor.