Fanfic: A Executiva do Lar (Ponny) | Tema: A
Paramos diante do restaurante e pago ao motorista, acrescentando uma bela gorjeta.
- Tenha uma ótima noite, querida! - diz ele. - E feliz aniversário!
- Obrigada!
Enquanto entro correndo no restaurante, olho ao redor procurando mamãe e Daniel, mas não os vejo.
- Oi! - digo ao maître. - Vou me encontrar com a Sra. Tennyson.
É mamãe. Ela desaprova as mulheres pegarem o sobrenome do marido. Também desaprova mulheres que ficam em casa, cozinhando, fazendo limpeza ou aprendendo a datilografar, e acha que todas as mulheres devem ganhar mais do que os maridos porque são naturalmente mais inteligentes.
O maître me leva a uma mesa vazia no canto e eu me sento na banqueta de camurça.
- Oi! - sorrio para o garçom que se aproxima. - Gostaria de um Buck' s Fizz, uma vodca com suco de limão e um martíni, por favor. Mas não traga tudo antes da chegada dos outros convidados.
Mamãe sempre toma vodca com lima. E não faço idéia do que Daniel toma ultimamente, mas não recusará um martíni.
O garçom confirma com a cabeça e desaparece. Sacudo meu guardanapo, olhando as pessoas que jantam ao redor. O Maxim's é um restaurante bem legal, todo com pisos de madeira africana, mesas de aço e iluminação climática. É muito popular entre os advogados, e na verdade mamãe tem conta aqui. Dois sócios da Linklates estão numa mesa distante, e no bar posso ver um dos mais famosos advogados especializados em calúnias de Londres. O ruído de conversas, rolhas espocando e garfos batendo nos pratos enormes é como o rugido gigantesco do mar, com ocasionais maremotos de risos fazendo cabeças girarem.
Enquanto examino o menu sinto-me subitamente voraz. Não como uma refeição decente há uma semana, e tudo parece tão delicioso! Fois gras com cobertura vidrada. Cordeiro com hamus apimentado. E na folha de pratos especiais há suflê de chocolate com hortelã e dois sorvetes feitos em casa. Só espero que mamãe possa ficar tempo suficiente para a sobremesa. Ela tem o hábito de chegar para jantar e depois sair zunindo na metade do prato principal. Ouvi-a dizer muitas vezes que metade de um jantar basta para qualquer pessoa. O problema é que mamãe realmente não se interessa por comida. Nem por ninguém que seja menos inteligente do que ela. O que descarta praticamente todo mundo.
Mas Daniel vai ficar. Assim que meu irmão abre uma garrafa de vinho, sente-se obrigado a ir até o fim.
- Srta. Sweet? - Levanto os olhos e vejo o maître se aproximando, segurando o celular. – Tenho um recado. Sua mãe ficou presa no escritório.
- Ah. - Tento esconder o desapontamento. Mas não posso reclamar. Fiz a mesma coisa com ela muitas vezes. - Então...a que horas ela vai chegar?
- Estou com ela aqui ao telefone. A secretária vai completar a ligação ... Alô? - diz ele ao telefone. - Estou com a filha da Sra. Tennyson.
- Anahi? - diz uma voz nítida e precisa em meu ouvido. - Querida, infelizmente não posso ir esta noite.
- Não pode vir? - Meu sorriso falha. - Nem... para uma bebida?
Seu escritório fica a cinco minutos de distância, no Lincoln' s Inn Fields.
- Coisa demais a fazer. Tenho um caso muito importante e vou ao tribunal amanhã...
Não, pegue a outra pasta - acrescenta para alguém no escritório. - Essas coisas acontecem - retoma ela. - Mas tenha uma boa noite com Daniel. Ah, e feliz aniversário. Transferi trezentas libras para sua conta no banco.
- Ah, certo - digo depois de uma pausa. - Obrigada.
- Já ouviu alguma coisa sobre a sociedade?
- Ainda não. - Posso ouvi-la batendo com a caneta no telefone.
- Quantas horas você marcou neste mês?
- Ah ... provavelmente umas duzentas ...
- Isso basta? Anahi, você não quer ser deixada para trás. Haverá advogados mais jovens chegando. Alguém na sua posição pode facilmente ficar de molho para sempre.
- Duzentas é muita coisa - tento explicar. - Comparada aos outros ...
- Você tem de ser melhor que os outros! - Sua voz interrompe a minha como se ela estivesse num tribunal. - Não pode deixar que seu desempenho fique abaixo de excelente. Este é um tempo crucial... Não aquela pasta! - acrescenta impaciente a quem quer que seja.
- Espera na linha, Anahi...
- Anahi?
Levanto a cabeça, confusa, e vejo uma garota vestida num conjunto azul-pólvora se aproximando da mesa. Está segurando um cesto de presente adornado com uma fita e tem um sorriso largo.
- Sou Lorraine, assistente de Daniel - diz num tom cantarolando que subitamente reconheço. - Infelizmente ele não pode vir esta noite. Mas tenho uma coisinha para você. E ele está aqui ao telefone, para dizer olá.
Lorraine estende um celular iluminado. Em confusão total, pego-o encosto no outro ouvido.
Prévia do próximo capítulo
- Oi, Anahi. - diz o sotaque profissional de Daniel. - Olha, querida, estamos com um mega-negócio. Não posso ir. Sinto um mergulho de consternação total. Nenhum dos dois vem? - Sinto muito mesmo, querida - está dizendo Daniel. - É a vida. Mas divirta-se com a mamãe, certo? Engulo em seco várias vezes. N ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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ponnyyvida Postado em 15/12/2016 - 17:25:18
Cadê vc ?? :/ :/ Posta ++++++++++++++++
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g.s_costa_ Postado em 10/11/2016 - 06:32:09
Posta mais
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beatris_ponny Postado em 25/10/2016 - 13:08:10
Adorando a fanfic posta mais
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Anamaria ponny_ Postado em 25/10/2016 - 03:34:02
Leitora nova, posta mais...
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fersantos08 Postado em 25/10/2016 - 00:40:03
Oiie leitora nova *-* adorei a sinopse! Vou começar a ler os capitulos!
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ponnyyvida Postado em 24/10/2016 - 09:41:29
Continuaaaaaa <3 <3 <3
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bors Postado em 23/10/2016 - 14:05:23
parece eu com o meu celular