Fanfics Brasil - Chegada. Broken heart

Fanfic: Broken heart | Tema: Youtubers, drama, romance,


Capítulo: Chegada.

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— Você não vai dizer nada?


— Eu deveria? – respondo seca, ainda olhando a rodovia pela janela, imaginado os motivos pelo qual minha mãe pensou que me vender seria uma boa ideia.


— Não quer saber para onde vai?


— Para o inferno, presumo. Um cara que compra uma adolescente não é uma pessoa confiável.


— Ache o que quiser, eu estava fazendo um favor a sua família. Você vai poder mandar dinheiro para eles, talvez eles consigam uma vida boa.


— Você trabalha com prostituição infantil? Esse é o único jeito de uma adolescente trabalhar a ponto de fazer sua família ter uma vida boa. E este não é o caso. – um silêncio se instala no carro. — você trabalha com prostituição infantil?


Ele não me respondeu, manteve os olhos na estrada.


 


 


Chegamos a uma casa grande o bastante para toda a minha família morar lá. Era uma casa afastada de tudo, digamos que era uma chácara, muito bem cuidada e conservada, tinham umas quatro ou cinco janelas só na parte da frente, caminhamos por um caminho com pedrinhas coloridas que pareciam MM’s, respiro fundo.


Vejo três crianças no hall, eu as olho com as sobrancelhas franzidas, como assim tem mais adolescentes, ele disse que não aceitava adolescentes como pagamento. Volto minha atenção a ele. Tinha meninos e meninas por todos os lados, deviam ter mais ou menos a minha idade.


— Por aqui garota avoada. – escuto Fred me chamar fazendo com que eu volte à realidade.


— Onde estamos indo?


— Para seu quarto. Espero que se divirta aqui – ele dá um sorriso que embrulha meu estomago. Abaixo a cabeça me concentrando em apenas subir o lance de escadas sem colocar minha ultima refeição para fora.


— Este é o seu quarto, Fernanda. – no quarto tem duas garotas e dois garotos. — Façam ela se sentir a vontade. Vocês já sabem os procedimentos. – ele bate a porta atrás de mim, me fazendo estremecer por inteira. Seguro minha pequena mala com as duas mãos olhando apreensiva todos naquele quarto. Aperto a alça tentando suprimir a vontade de gritar.


— Oi. – menino de cabelos castanhos claros, quase loiros, e olhos azuis, se aproximam com um sorriso e os dentes bancos. Dou um passo para trás, nunca tive muito contato físico com pessoas que não fosse da minha família. — Você é bem tímida, - ele dá outro sorriso travesso, o que me faz relaxar um pouco, balanço a cabeça positivamente, as palavras certas fugiram da minha mente.


— Ok eu faço as apresentações! – uma menina alta, não muito, se aproxima de mim dando um sorriso convidativo.


— Quem disse! – dessa vez uma menina menor, com franjinha se aproxima. Um menino, de cabelos negros e pele morena, continua atrás, sentado em uma cama com um lençol rosa bebe, quieto. Volto minha atenção às duas meninas que brigavam para ver quem iria apresentar a “turma”. Elas pareciam querer impressionar alguém.


— Meninas, parem de brigar assim, a pequena vai achar que nós somos selvagens. — o loirinho se aproxima, e tenho a impressão de que o moreno bufou. — eu vou apresentar vocês e o resto da casa para ela, meu nome é Rafael, mas me chamam de Rafa aqui pelos corredores da mansão. Esta – ele aponta para a morena de franjinha – é a Patricia, mas o apelido é Pathy; essa aqui – ele aponta para a que estava do lado de Patricia – é a Kéfera, a gente a chama de Keh; e aquele ali no canto é o Felipe, mas você pode chama-lo de Felps.


— Não, não pode. – ele saiu da sala batendo a porta tão forte quanto o Fred.


— Acho que ele não gostou de mim. 


— Ele não gosta de ninguém, ele é muito marcado pela vida. Principalmente quando o assunto é meninas. — O Rafael olha para as meninas que estão balançando a cabeça positivamente.


— Comigo foi horrível, quando eu cheguei, ele me empurrou da escada, mas parece que a magoa dele comigo acabou. – engulo seco.


— Não a assuste assim Pathy, ele já pediu desculpas e disse que foi um acidente. – Rafael a olha e ela cruza os braços acima dos pequenos seios. – você não nos disse seu nome...


— Ah, - levo à mão a nuca. – meu nome é Fernanda.


— ok Fernanda, me acompanhe, irei te mostrar a casa. – Rafael pega em minhas mãos e me leva em um tour pela casa, me explicando os horários e como a coisa ali funcionava.


— E, por ultimo, mas não menos importante, - ele faz um pequeno suspense segurando a maçaneta da porta – o jardim! – ele a porta que dá acesso àqueles jardins de novela, as flores bem cuidadas, como já estava à noite o brilho da lua dava uma cor diferente e peculiar às flores, eu estava admirada.


— Rafael, que lindo. – o cheiro de orvalho entra em minhas narinas, lembro-me de quando a minha mãe cultivava um pequeno canteiro de flores nos fundos de casa, eu costumava perder horas só sentindo o cheiro de orvalho, meus olhos se enchem de lágrimas.


— O que foi? – ele está na minha frente, às mãos em meu rosto. — Eu vou ser rápido eu prometo.


— O que?!


— Você é virgem não é? – balanço a cabeça positivamente, receosa do que pode acontecer. – então, meu trabalho é fazer com que o hímen de vocês se rompa, para que na hora do sexo com os clientes você não sinta dor e eles não venham a reclamar que você é uma chorona.


— Com ela não, Rafael.


— Sim senhor, Paulo. – o Rafael tira as mãos do meu rosto. Ele sai do jardim, nos deixando a sós.


— Paulo? Seu nome não é Fred?


— Paulo, mas alguns me conhecem com PC... PC Siqueira.


Esfrego meus olhos garantindo que não é um sonho. Fred quer dizer, Paulo, se aproxima de mim, eu me afasto o máximo que posso, mas aquele lugar não parece ter saída, estou encurralada, então me entrego a ele, não há escapatórias. Sinto uma lagrima descer pelo meu rosto.


— Não vai doer. — ele diz enquanto me penetra.


A dor é grande, tão grande quanto cólica e dor de cabeça, juntas em um mesmo dia, a vergonha toma conta de mim. Parece nunca acabar.


A vergonha me impede de sentir prazer. Ele me instrui disse que eu devo me esforçar quanto mais eu receber mais eu poderei ajudar a minha família.


"Mamãe, você sentiria orgulho de mim?"


 


Chego ao quarto, que era o, meu chorando, a Pathy estava sentada no chão do quarto vendo tv, ela olha para mim e seu semblante de tédio é substituído por um de preocupação.


— O que aconteceu? O Rafael tirou a sua virgindade?


— Pior... Foi o Fred... Não o PC... Eu estou me sentindo tão suja. Eu não mereço ficar aqui. – as lagrimas e a dor aumentando dento de mim, meu coração disparado devido à adrenalina – eu pensava que a minha primeira vez ia ser com um cara bacana, não com um velho nojento e...


— Bem vinda ao clube, isso quer dizer que o PC gostou de você... Parabéns, eu acho. Comigo foi à mesma coisa, o Rafael me levou para dar uma volta, mas o PC disse que havia gostado de mim, não houve escapatória. – ela dá um sorriso fraco.


— Você não se sentiu suja?


— Sim, mas eu sei que eu não fui, nem vou ser a única. Mas, em comparação aoutros, o PC foi muito doce comigo.


Têm piores que ele?


Caminho para o banheiro, um banho frio. Deito-me na cama esperando que não se repita tal cena de tamanho repudio.


Adormeço.



Não há dor que o sono não consiga vencer.


Honoré de Balzac


 




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Autor(a): Yuno Gasai

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • danihvondyrbd Postado em 26/10/2016 - 10:02:00

    Continua


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