Fanfic: Diga sim ao Marques - Adaptada AyA | Tema: Rebelde
Nada de pânico, disse para si mesma. Ainda não.
“Pensei que você estivesse em treinamento”, ela comentou. “Nada de distrações.”
“Eu posso treinar aqui em Kent. O ar do campo é benéfico para a saúde. E você pode ajudar a manter as distrações em um nível mínimo, colaborando com os planos de casamento. Christopher quer que você tenha tudo com que sempre sonhou para seu grande dia.”
“Então eu devo acreditar que isso é ideia do Christopher?”
“Poderia muito bem ser.” Ele deu de ombros. “Até ele voltar, eu tenho o peso integral da fortuna e do título dele ao meu dispor.”
Agora, ela disse para si mesma. Agora é hora de entrar em pânico.
“Alfonso, eu não posso fazer esse seu joguinho. Não esta semana. Minhas irmãs e meu cunhado acabaram de chegar.”
“Excelente. São três convidados para o casamento que não precisaremos avisar.”
Ela enrolou os papéis em suas mãos.
“Você sabe muito bem que não vai haver casamento.”
“E você já deu essa notícia para sua família?” Ele olhou para o castelo.
“Não”, ela foi forçada a admitir. “Ainda não.”
“Ah. Então você ainda não se decidiu.”
“Eu estou decidida. E você é muito constrangedor. Chegando como uma tempestade em seu cavalo preto, todo dramático e inesperado. Exigindo planejar uma grande cerimônia e me trazendo listas.”
“Eu trago todo tipo de problema, você me conhece. Mas eu também conheço você.”
Ela ficou sem fôlego. Então Anahí se lembrou de que aquilo que parecia flerte era, com frequência, apenas arrogância masculina.
“Você não me conhece tanto quanto acha, Alfonso Herrera.”
“Mas eu a conheço o bastante para saber que você não vai me mandar embora.”
~
Alfonso a observou cuidadosamente. Isso não era nenhum sacrifício, observá-la com cuidado. Mas ele tinha uma razão extra nesse dia. Anahí talvez ainda não tivesse tomado sua decisão final quanto ao casamento, mas estava claro que ela não queria mais dois convidados em sua casa... Mais três convidados, se fossem contar Ellingworth.
Ele pegou a guia com Christian e agachou-se ao lado do cachorro. O animal era tão velho que não escutava mais nada, mas Anny não sabia disso.
“Não se preocupe, Ellingworth.” Ele coçou o cachorro atrás da orelha. “A Srta. Anahí é um modelo de bons modos e generosidade. Ela não jogaria um cachorro velho e indefeso no frio.” Olhou de lado para Anny. “Ou jogaria?”
“Humpf”, ela resmungou. “Eu pensei que campeões jogassem limpo.”
“Nós não estamos em um ringue de boxe. Não que eu possa ver.”
Depois depensar por um instante, ele decidiu arriscar.
“Esse vestido é novo?”
“Eu...” Ela cruzou os braços, depois descruzou. “Eu não acho que isso importe.”
Ah, mas importava. Ele sabia que essas coisas importavam. Alfonso podia não saber nada sobre planejar casamentos, mas sabia uma coisa ou duas – ou doze – sobre mulheres.
Era disso que Anahí precisava. Um pouco de atenção. Admiração. Ela foi deixada esperando tanto tempo que estava se sentindo indesejada. Que bobagem. Era só olhar para ela. Qualquer homem que não desejasse aquela mulher era um idiota.
Christopher não era idiota. Infelizmente, Alfonso também não era.
“Essa cor lhe cai bem”, ele disse.
E caía mesmo. O verde combinava perfeitamente com o dourado do seu cabelo, e a seda moldava as curvas generosas dela como um sonho. O tipo de sonho que ele não deveria ter. Ele se ergueu, deixando seu olhar passear pelo corpo dela uma última vez, dos pés à cabeça.
Quando seus olhos se encontraram, o rubor nas faces dela tinha adquirido a tonalidade de morangos maduros. Ele abriu um pequeno sorriso. O rosto de Anahí Portilla tinha mais tons de rosa que uma loja de tecidos. Toda vez que Poncho ensava já ter visto todos, ele conseguia provocar um novo.
Imagine só provocá-la na cama... Não, seu idiota. Não imagine nada disso.
Mas, de qualquer modo, seus pensamentos estavam sempre três passos adiante de seu bom senso. A imagem surgiu na cabeça dele, tão espontânea quanto vívida. Anny, ofegante e nua. Debaixo dele. Despida de todas as suas boas maneiras e inibições. Implorando que conhecesse cada um de seus tons de rosa
secretos.
Poncho piscou várias vezes. Então pegou essa imagem mental e a arquivou como "impossibilidade agradável”, bem ao lado de “carruagem voadora” e “fonte de cerveja”.
Ele continuou olhando apenas para os olhos dela.
“Vamos mandar tirar nossas coisas, então.”
“Eu não disse sim.”
“Você não disse não.”
Ela não tinha dito. Os dois sabiam disso. Não importava o quanto ela não gostasse de Poncho, não importava o quanto ela queria que ele fosse embora... A consciência de Anny não lhe permitiria colocá-lo para fora. Ela soltou um pequeno suspiro de rendição que o agitou mais do que devia.
“Vou pedir aos criados que preparem mais dois quartos”, ela disse.
Ele aquiesceu.
“Vamos entrar assim que eu guardar minha montaria.”
“Nós temos cavalariços para fazer isso”, ela observou. “Tive a sorte de a equipe do meu tio continuar comigo.”
“Sempre guardo meu cavalo eu mesmo.”
Alfonso levou o animal até a garagem de carruagens para uma boa escovada. Sempre que ele vinha de uma cavalgada vigorosa – ou corrida vigorosa, luta vigorosa –, precisava de uma atividade assim para se acalmar. Toda aquela energia não se dissipava sozinha.
E nessa noite também precisava de uma conversa em particular com certa pessoa. Alguém que declarou que seu nome era Chávez.
“O que diabos foi aquilo?”, ele perguntou, assim que Anny estava longe o bastante para não ouvir. “Quem é esse Chávez? Nós concordamos que você passaria por meu criado pessoal.”
“Bem, isso foi antes de eu ver este lugar! Nossa, dê uma boa olhada.”
“Eu já olhei.”
O castelo era impressionante, Alfonso era obrigado a admitir. Mas já tinha visto melhores. Ele foi criado em um castelo mais refinado.
“Eu quero um quarto de verdade nessa coisa”, disse Christian, gesticulando para o edifício de pedra. “Não, quero minha própria torre. E com certeza não quero ser seu criado. Alojado embaixo das escadas, fazendo minhas refeições na área de serviço com as arrumadeiras. Não que eu não aprecie uma jovem arrumadeira de vez em quando. Ou, já que tocamos no assunto, um criado bem
formado.”
Assim era o Christian... Trepava com qualquer coisa.
“Que igualitário da sua parte, Sr. Christian Aberforth Chávez”, Alfonso disse.
“Escudeiro. Não esqueça do escudeiro.”
Oh, Poncho queria muito esquecer o escudeiro.
“A irmã da Srta. Portilla está aqui. Trata-se de Lady Cambourne. E o marido também veio, Sir Teddy Cambourne.”
“E daí?”, Chris perguntou. “Eu sei que tenta de verdade se esquecer disso, mas você é Lorde Alfonso Herrera. Não tenho dificuldade para falar com você.”
“É diferente. Não uso mais esse título. Eu me afastei disso tudo há muitos anos.”
“E agora está voltando para isso. Não pode ser difícil.”
É mais difícil do que você possa imaginar.
Autor(a): adaponny
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Diabos, Poncho estava preocupado que se sentiria um impostor, e ele tinha sido criado em propriedades grandiosas como aquela. “Escute”, Alfonso exclamou. “Você é filho de uma lavadeira e de um taverneiro; ganha a vida organizando lutas ilegais, e acabou de se inserir no meio de uma classe de pessoas tão acima do seu mundo habitual ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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tinkerany Postado em 11/11/2016 - 03:49:44
Sobre o Ucker eu espero que nunca. Se voltar que seja com alguém kkkk
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tinkerany Postado em 07/11/2016 - 01:38:52
Sim, ela é perfeita de mais para Christopher. Christian, socorro kkkk melhor pessoa. Às vezes posso ser meio ausente em quesito comentários, mas sempre dou um jeitinho de ler, e darei meu melhor para conseguir comenta. Continua! Já quero fogo e paixão entre esses dois!
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mari_froes Postado em 06/11/2016 - 22:38:41
Como faz pra favoritar duas vezes?? Amando... não deixa de postar !!
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tinkerany Postado em 06/11/2016 - 19:40:13
Amando a fic ! Continua! !!!!