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Fanfic: Diga sim ao Marques - Adaptada AyA | Tema: Rebelde


Capítulo: .

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Alfonso não fazia ideia de como aquela declaração a afetou. Todos aqueles anos de professores de línguas e aulas de etiqueta e... pior. Muito pior. Os esforços da mãe para moldá-la no papel de Lady Granville tinham deixado Anny enjoada, literalmente. Mas ela aguentou tudo isso sem reclamar, desesperada para ser considerada satisfatória, sem nunca ter esperança de ser perfeita. Aos 16 anos – ou aos 19, ou aos 23 – Anahí teria dado qualquer coisa para ouvir essas palavras. E agora que ela tinha desistido de continuar perseguindo a perfeição... vinha Alfonso com toda sua bagagem de ousadia perigosa e arrogante.


Você é tão perfeita para o meu irmão.


Ela não encontrou nenhuma resposta espirituosa.


“Não comece”, foi tudo que conseguiu dizer.


“Poncho.” Um Christian esbaforido irrompeu no quarto carregando algo em suas mãos. Ele pareceu não reparar que Anny estava junto à cabeceira da cama. “Poncho, estes quartos são incríveis. Você precisa ver este penico. Eu já comi em pratos que não estavam assim tão limpos.”


“Christian...”


“Estou falando sério. Eu lamberia isso.” Ele virou a bacia esmaltada nas mãos. "Duvida?”


“Não.”


“Porque eu vou lamber.”


“Não!”


Alfonso e Anahí falaram a palavra ao mesmo tempo. Um grito mútuo de desespero. Christian congelou – língua de fora, sobrancelhas arqueadas – quando, afinal, reparou na presença de Anny. Ele falou sem recolher a língua.


“Ah. Sioita Potillá.”


“Sr. Chávez.”


Christian escondeu o penico atrás das costas.


“Eu só estava... comentando com Lorde Alfonso a respeito de como sua casa é excepcionalmente bem cuidada.”


“Percebi.”


Anny não entendeu o que se passava com aquele tal de Christian, mas sentiu que isso lhe dava alguma vantagem sobre Poncho. E ela precisava disso.


“Vou deixar que vocês dois se instalem”, ela disse, afofando a última almofada. “O jantar será servido às sete.”


 


~


 


 


O jantar foi... demorado.
O primeiro prato começou bem, Poncho pensou. O que significava dizer que ele e Christian conseguiram usar a colher correta e não viraram a sopeira.
Então veio o momento constrangedor em que Poncho ergueu os olhos do prato vazio para perceber que todo mundo à mesa ainda estava na segunda ou terceira colher.
Anny olhou para ele, parecendo estar se divertindo.


“Você gostou da sopa?”


Ele olhou para a tigela vazia.


“Sopa de ervilha, não é?”


“Alcachofra de Jerusalém. Com croutons de alecrim, óleo de limão e um toque de creme fresco.”


“Certo. Era isso que eu queria dizer.”


Alfonso estalou as juntas dos dedos debaixo da mesa. Ele sempre odiou esses jantares formais, desde quando ficou velho o bastante para poder se sentar como s adultos. Comida, para ele, era combustível, não uma razão para horas de cerimônia. Era de se pensar que a costela de carneiro tinha se formado em Cambridge, ou se tornado tenente da marinha, por toda pompa com que era recebida.


“Quantos pratos você vai servir?”, ele perguntou, quando os criados retiraram a sopa e trouxeram o peixe.


“É apenas um jantar simples em família.” Ela ergueu sua taça de vinho. "Somente quatro.”


Maldição. Ele preferia lutar quarenta assaltos. Alfonso sentiu que estava ficando agitado e isso nunca acabava bem. De algum modo ele conseguiu terminar o peixe, e então chegou a vez da carne. Pelo menos cortar a carne lhe dava algo para ocupar a mente.


“Então, Sr. Chávez.” Lady Cambourne olhou com firmeza para Christian por cima da perna de cordeiro. “Suponho que seja um advogado?”


“Advogado? Bom Deus, não.” Christian virou um gole de vinho. “Ahn... O que a faz pensar isso?”


“Bem, o ‘escudeiro’, claro. Deve ser por algum motivo. Então, se você não é advogado... ou seu avô era nobre, ou seu pai foi feito cavaleiro. Qual das duas?”


“Eu... bem...” Ele passou um dedo pela gravata e a puxou, lançando um olhar de ajude-me-aqui-amigo para Alfonso.


Em resposta, Poncho lhe deu um sorriso de vire-se-idiota.


“Ah, não responda.” Daphne cortou sua carne. “Vamos adivinhar. Eu acredito que existam outros modos de merecer essa honra. Pode ser realizando um serviço especial para a Coroa. Mas você é um pouco novo para isso, não, Chávez?”


Ele levou o maldito monóculo até o olho e a observou através da lente.


“Ora, sim. Eu sou, sim.”


“Ah.” Ela curvou os lábios, satisfeita. “Estou entendendo.”


“Imaginei que entenderia.”


Pelo amor de Deus. Alfonso não conseguia acreditar que aquela coisa realmente funcionava. Será que Daphne Portilla sempre foi assim tão tola? Ele nãoembrava. Da última vez em que a viu, ela ainda era apenas uma garota. Ele pigarreou.


“As origens do Sr. Chávez não são importantes. Meu irmão o mandou para o Castelo Twill por uma razão. Para ajudar na preparação do casamento.”


“O casamento.” Daphne olhou firmemente de Christian para Alfonso. “Você está aqui para planejar o casamento? O casamento da minha irmã com Lorde Granville?”


“Esse mesmo”, Christian respondeu. “Lorde Granville deseja que tudo esteja pronto quando ele retornar. Para que possa se casar com a Srta. Portilla sem mais delongas.”


“Mas ele deve retornar em algumas semanas”, Daphne replicou. “Não é tempo suficiente para planejar um casamento. Não um casamento digno de um marquês, de qualquer modo. Vocês vão precisar de convites, flores, decorações, almoço de casamento. Do vestido.”


“Acho que você tem razão”, Anny  disse. “Não pode ser feito. É melhor esperar até que Christopher...”


Daphne levantou o garfo, pedindo silêncio.


“Improvável, mas não impossível. Vocês vão precisar de muita ajuda no planejamento. É bom que Teddy e eu estejamos hospedados no castelo. Ficaremos felizes em oferecer nosso auxílio.”


“É muita bondade sua”, disse Anahí. “Mas não será necessário.”


Com certeza não era necessário. Anny não precisava da irmã ajudando a organizar eventos com pouca antecedência. Anahí tinha planejado o funeral do antigo marquês no início do ano, quando Alfonso estava machucado, sem condições de ajudar. E agora administrava aquele castelo sozinha.
Diabos, havia dezesseis almofadas sobre a cama dele, arrumadas como um monumento celta aos poderes de organização dela. Além disso, planejar o casamento tinha o objetivo de deixá-la entusiasmada com a ideia de casar com Christopher e se tornar a Marquesa de Granville. Isso seria muito menos provável com
Sir Janota e Lady Patetoide se metendo em tudo.


“A Srta. Portilla pode ter o que ela desejar”, Alfonso declarou. “Qualquer coisa. Não faremos economia.”


“Mas é claro”, Daphne disse. “Felizmente, eu estou a par de tudo que está na moda, tanto em Londres como no continente. Este casamento será o mais refinado que a Inglaterra já viu na última década. Depois do jantar nós vamos começar uma lista de tarefas.”


“Eu posso começar a lista agora mesmo.” Phoebe empurrou de lado o pudim com framboesas que o criado tinha acabado de colocar diante dela e tirou do bolso uma caderneta e um lápis.


“Vamos precisar de um lugar”, disse Daphne. “O castelo tem uma capela?”


“Tem”, Anny respondeu. “Uma capela linda. Eu iria oferecer para vocês um passeio pelo castelo depois do jantar. A arquitetura do lugar é...”


Daphne fez um gesto dispensando a explicação.


“Mais pedras e teias de aranha entediantes. Se elas estão aqui há quatrocentosanos, podem esperar. Os planos de casamento não podem. Eu imagino que tenhamos um vigário ou pároco na vila. Então é só uma questão de conseguir a licença... Alguém vai ter que conseguir uma licença especial na Cantuária.”


“Eu faço isso.” Alfonso precisava mesmo de desculpas para sair do castelo. Qual era a distância, cerca de trinta quilômetros? Uma boa distância para um galope. Então ele alugaria um cavalo para a jornada de volta.


“Nós já temos aqui quem vai ficar no altar”, disse Phoebe fazendo uma anotação, para depois riscar tudo. “Daphne vai ficar com Anny e Lorde Alfonso será o padrinho.”


Ao ouvir isso, os pensamentos dele pararam de repente em algum lugar nas cercanias da Cantuária. Padrinho? Fora de questão. Rafe era a pior escolha para a função.
Abandonando seu pudim intocado, Anahí levantou-se da mesa.


“Vamos nos retirar para a sala de estar, senhoras? Podemos deixar os cavalheiros tomarem seu vinho do porto.”


Uma taça de vinho do porto seria bem-vinda. Como regra, Alfonso não ingeria bebidas alcoólicas fortes enquanto treinava. Ele estava pensando em reconsiderar essa regra durante esta semana.
Então ele viu o olhar suplicante de Anny por cima da taça de cristal. Pensando bem, ele decidiu não tomar o vinho. Ele não iria reconsiderar nenhuma regra.
Aquela era uma semana para regras inflexíveis. Nada de bebidas fortes. Nada de alimentos que não fossem saudáveis. Nada de mulheres.


“Sim, vamos para a sala de estar”, disse Daphne. “Vamos começar pela lista de convidados.”


“Isso está acontecendo rápido demais”, disse Anny. “Não vejo qualquer razãopara fazermos planos antes que Christopher retorne.”


“Eu vejo uma razão, cara irmã. Eu vejo oito anos de razões.”


“Não discuta, docinho.” Cambourne acenou para o criado trazer o vinho do porto. “É melhor estar com a ratoeira armada e pronta, considerando quantas vezes ele já escapou. Prenda a corrente com a bola de ferro nele antes que o marquês consiga escapar de novo. Não concorda, Alfonso?”


O homem gargalhou da sua própria piada. Mas Poncho não estava rindo. Ele podia sentir aquela raiva conhecida crescendo em seu peito.


“Meu irmão está ansioso para se casar com ela.”


“Acredite em mim. Todos estamos ansiosos para ver esse casamento.” Cambourne se inclinou para a frente. “Acreditem em mim. Corrente e bola de ferro. Providenciem.”


Blam. As palmas das mãos de Alfonso desceram sobre a mesa com um estampido violento. A porcelana tilintou. Os cristais balançaram e as pessoas o encararam.
Ele se apoiou na mesa para se colocar de pé.


“Se vocês me dão licença.”


Alfonso precisava olhar para outra coisa que não o rosto sorridente de Sir Teddy Cambourne ou iria virar aquela mesa – com porcelana, cristais, talheres e tudo mais.


 




 


Primeira explosão! Teddy é um idiota que não vai parar tão cedo! Hahaha


Quando vocês acham que o Christopher volta??? Comentem!!



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Autor(a): adaponny

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • tinkerany Postado em 11/11/2016 - 03:49:44

    Sobre o Ucker eu espero que nunca. Se voltar que seja com alguém kkkk

  • tinkerany Postado em 07/11/2016 - 01:38:52

    Sim, ela é perfeita de mais para Christopher. Christian, socorro kkkk melhor pessoa. Às vezes posso ser meio ausente em quesito comentários, mas sempre dou um jeitinho de ler, e darei meu melhor para conseguir comenta. Continua! Já quero fogo e paixão entre esses dois!

  • mari_froes Postado em 06/11/2016 - 22:38:41

    Como faz pra favoritar duas vezes?? Amando... não deixa de postar !!

  • tinkerany Postado em 06/11/2016 - 19:40:13

    Amando a fic ! Continua! !!!!


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