Fanfic: Ucker (ADAPTADA) | Tema: Vondy

Foi por volta da meia-noite, quando ele entrou na ponta dos pés.
Eu quase sorri, a imagem mental de Christopher sorrateiramente no meu
quarto depois das luzes apagadas era tão divertida. Era como ter
dezesseis novamente.
— Dulce? — Ele sussurrou se arrastando sobre a cama. — Você
está acordada?
Após a briga, fazer as pazes, brigar novamente, e depois de
conversar com Christian, eu estava exausta. Aborrecida. Emocionalmente,
eu só precisava ser pendurada para secar por um tempo, então eu
decidi fingir que estava dormindo. Eu meio que também queria saber o
que ele faria se eu não respondesse.
Ele tinha ido correr com Ben depois de terminar no estúdio. Eu
arrumei um prato de comida e me retirei para o quarto. Deixa eu te
dizer, levar minha bunda para cimas dos degraus, com um prato na
mão, não foi uma coisa fácil. Talvez não tivesse sido uma boa ideia. Mas
lá embaixo ainda havia pessoas trabalhando e, honestamente, eu
precisava de algum tempo de silêncio, só eu, boa comida, e a nova
câmera.
Foi bom para abrandar. As coisas tinham sido intensas
recentemente.
Christopher deslizou por baixo do cobertor, o colchão se moveu sob o
seu peso. Deitei de costas apoiando o meu pé em um travesseiro. Por
um tempo, ele parecia satisfeito apenas em se deitar perto de
mim. Meus ouvidos apuraram, para ouvir cada respiração que ele dava,
cada farfalhar do lençol. O que ele estava fazendo aqui? Tinha que ser
sexo, com certeza. Eu fiz uma careta para a escuridão aguardando a
revelação e não recebendo absolutamente nada para o meu
problema. Compreensão parecia não ser o tema do ano.
— Pedi desculpas a Dean. — Ele disse calmamente.
— Você pediu?
— Sim.
— Bom. Estou feliz. — Então alguns dedos vieram
buscando. Eles rastejaram por cima do meu quadril, pararam e
puxaram o material da minha camisa de dormir, tocando um dos
muitos pequenos buracos na barra.
— Essa é minha camisa velha, não é? — Ele se aproximou. O
colchão se moveu de novo quando ele estendeu a mão sobre mim e
acendeu o abajur na mesinha de cabeceira. Pequenas luzes dançavam
diante dos meus olhos. Quando elas limparam, ele pairava sobre mim,
um pouco embaçado por estar sem óculos. — Eu fodidamente sabia
que você a pegou.
— Eu não tenho nenhuma ideia de como ela se misturou com a
minha roupa.
— Você é uma péssima mentirosa.
Eu mordi de volta um sorriso. Se ele pensava que eu devolveria
a camisa, ele estava sonhando.
— Isso não é uma coisa agradável para dizer.
— Você quer agradável? — Ele perguntou com a voz caindo em
um tom sensual. — Eu posso ser agradável.
— Eu sei que você pode ser.
— Eu não pensei quando eu vi Dean. Você estava certa, eu fico
com ciúmes. — Ele calmamente xingou, ainda brincando com a barra
da minha camisa. Seu polegar se escondeu debaixo da camisa e
acariciava a pele nua da minha barriga. Era a sensação mais doce e
delicada. Era sexo, tal como eu suspeitava, e vergonha para mim por
não me importar. Minha mãe deveria gritar comigo por ser tão fácil.
Eu parei de respirar por um momento. Quando se tratava dele,
eu simplesmente era uma tola.
— Fale comigo. — Ele disse com a voz suave.
— Sobre o quê? — Perguntei tão suavemente quanto ele
— Qualquer coisa. — O que dizer? Eu me virei para encarálo.
Sua cabeça estava sobre o travesseiro ao lado, nem muito perto,
nem muito longe. A distância perfeita para tocar ou falar. Como seria
bom tê-lo como a última coisa que eu visse a cada noite e acordar com
ele todas as manhãs, deitado ao meu lado. — Quer que eu vá para baixo
em você de novo? — Mais pontas dos dedos traçaram sobre meu
estômago, fazendo tudo lá embaixo despertar de uma vez. Muito mais
disso e o estado da minha calcinha seria uma desgraça. Ele se levantou
sobre um cotovelo, um movimento que eu senti mais do que vi. —
Dulce? Você ainda está brava comigo sobre Dean?
— Não, não estou. Embora eu gostaria que você não tivesse
sentido a necessidade de fazer isso. Temos que parar de brigar o tempo
todo, isso está me desgastando.
Sua mão agarrou meu quadril.
— Você quer dizer que eu preciso parar de bagunçar tudo.
— Eu quero dizer que nós dois precisamos descobrir uma
maneira de não estarmos constantemente chateados sobre tudo o que
o outro faz.