Fanfic: Ucker (ADAPTADA) | Tema: Vondy

— Peça outra coisa... Qualquer coisa.
Nós acabamos. Lentamente eu me levantei.
Christopher levantou os olhos para mim, com sua mandíbula
inflexível. — Eu não posso.
— Então você não deveria ter vindo aqui. Você deveria ter me
deixado.
Ele se levantou em um pulo, empurrando a cadeira
violentamente para trás.
— Espere.
— O quê?
— Ela disse que ninguém jamais me amaria.
Ela seria a pu/ta da mãe dele, é claro. Eu balancei a cabeça
tristemente.
— Ela estava errada.
O salão nadou em meus olhos cheios de lágrimas. Foda-se o
amor. Deus, eu estava tão cheia dessa merda. Não sei quantas vezes
uma garota pode ter seu coração partido por um cara, mas sério, fale
sobre estar acabada. Eu precisava ver se mamãe tinha um lenço de
papel.
Além disso, por que a banda ainda estava tocando aquela música
estúpida? A partir de agora, eu oficialmente a odiava. Caminhei de
maneira determinada em direção a minha designação. Meu pai me
deixaria em casa. O único homem de quem uma garota podia depender
era seu pai.
— Dulce. — Eu parei. Rostos estavam encarando, mas nenhum
deles importava. — Sinto muito. — Ele disse, com a voz perto, atrás de
mim.
— Christopher...
— Só ouça. Por favor. Só me deixe colocar isso pra fora.
Meu queixo estremeceu.
— Preciso que você volte comigo, por favor. — Sua respiração
aqueceu meu ouvido. O calor de seu corpo estava contra minhas
costas. — Não suporto ficar sem ter você ali, sem saber o que está
pensando, o que está fazendo, não ser capaz de te contar as coisas e
compartilhá-las com você. Isso só... Nada é a mesma coisa. Odeio
acordar sem você e me preocupo constantemente se você está bem, se
tem tudo que precisa. Olha, a verdade é que só penso em você,
Dulce. Você é minha melhor amiga. Você é minha garota.
Fechei os olhos apenas ouvindo suas palavras.
— Ninguém jamais significou o que você significa para mim. Por
favor, só... só volte comigo e fique. Para sempre.
Meus ombros começaram a tremer desta vez, aparentemente
meus joelhos estavam exauridos. Astros do rock filhos da
put/a. Sério. Mãos fortes deslizaram sobre meus ombros me virando.
— Sinto muito que fo/di com tudo. Pensei que se pudéssemos ficar
na mesma, então tudo ficaria bem e você nunca iria partir. Mas eu não
dei o que você precisava e tudo foi pro cara/lho. — Seus belos olhos
azuis cintilavam suspeitosamente brilhantes. — Sinto muito. Eu não
quero mais ninguém. Você é tudo pra mim, Dulce. Nunca me senti assim
com ninguém. Preciso que você saiba disso. Você tem que entender
isso, ok?
Eu só olhei fixamente para ele, paralisada.
— Diga alguma coisa. — Ele insistiu.
— Christopher, isso é amor.
Sua boca se abriu e fechou novamente. O olhar de surpresa teria
sido hilário se meu coração, alma e futura felicidade não estivessem em
jogo. Eu não estava projetando, ele realmente disse todas essas
coisas. Havia uma chance de um final feliz, tinha que ter. Porque você
não sentia tanta coisa por alguém e depois simplesmente ia embora
novamente. Não é assim.
— Amor. — Ele disse como se estivesse testando as palavras,
considerando-as. Suas mãos se estabeleceram em cada lado do meu
pescoço, com os polegares acariciando meu queixo. — Merda. Ok. Tudo
bem. — Eu esperei. Seus olhos pareciam incrivelmente grandes. —
Sim, você está certa. Eu amo você.
— Você tem certeza? — Eu tinha que perguntar.
Lentamente ele acenou com a cabeça.
— Sim. Tenho. Não achei que eu pudesse fazer isso, mas...
Agarrei dois punhados da camisa branca insanamente cara e
enterrei meu rosto no seu peito. Isso tudo foi demais. Seus braços me
envolveram, segurando apertado. Honestamente, eu estava meio
tentada a chutar sua canela por me fazer passar por tudo isso.
— Sinto muito. — Ele disse com o rosto enterrado no meu
cabelo. — Estou arrependido pra cara/lho por te machucar. Eu te amo,
Dulce. Pra caramba.
— Eu te amo também. — Funguei, qualquer chance de decoro
estava muito longe.
Ele balançava e eu sacudia, e nem tenho certeza como ficamos
de pé e intactos. Nós nos abraçamos, balançando na pista de dança,
enquanto a banda cantava de maneira esganiçada uma canção clássica
de amor de ninguém menos do que, adivinhe qual banda?
— Cristo. — Ele murmurou. — Precisamos sair daqui. Esse cara
não pode fazer essa merda.
Nesse ponto eu me perdi, rindo pra caramba.
Vida. O que você podia fazer?
Christopher encaixou sua boca na minha e todo humor sumiu,
substituído pela fome crua. Deus, eu senti falta dele. Pode ter sido
apenas por uns dias, mas parecia uma eternidade. O gosto e a sensação
dele, o cheiro de sua pele. Tudo e cada coisa sobre ele, tanto o bom
quanto o mau. Sua língua entrou na minha boca e meus olhos
basicamente rolaram. Céus. Nós agimos como se estivéssemos
sozinhos e não sendo assediados por uma centena de convidados em
um casamento. Eu o beijei de forma dura e gostosa até meus lábios
ficarem dormentes e meu cérebro dando voltas dentro da minha
cabeça, faminto de oxigênio e me deixando tonta.
— Você realmente me ama? — Perguntei de novo enquanto ele
descansava sua testa contra a minha.
Ele resmungou.
— Diga.
Um raro sorriso.
— Eu amo você, Dulce.
— Já era hora, Christopher. — Eu sorri.
Ele riu, em seguida me beijou um pouco mais.
E essa é a história de como minha irmã se casou com o idiota do
meu ex-namorado, enquanto eu fui para casa com o homem mais
bonito do planeta, Christopher Uckermann, o vocalista do Stage Dive.