Fanfic: Ucker (ADAPTADA) | Tema: Vondy

O que era para ser uma festa de noivado para Dorian e Anne havia
se degenerado em algum tipo bizarro de bacanal musical
hedonista. Instrumentos, presentes, pizzas vegetarianas e bebidas
estavam espalhados aqui, ali e em todos os lugares. O casal feliz havia
desaparecido em um dos quartos de Christian e Ev um tempo atrás. Killer,
o cachorrinho, estava perseguindo Ben, o baixista, enquanto Lizzy
estava deitada no sofá rindo.
Foi muito engraçado, dadas as diferenças de tamanho.
Christopher e Christian estavam tocando guitarra enquanto Christopher
cantava “Ain’t No Sunshine”, a velha e triste canção de Bill
Withers. Eu sentei no chão em frente, tirando fotos dele na
Nikon. Meu namorado era um dos temas mais fascinantes. E Deus
salve minhas calcinhas quando ele entrava em modo de “cantar música
melosa”, porque elas não tinham chance nenhuma.
Ele finalmente se atreveu a confiar em seu irmão sobre aprender
a tocar guitarra. Christian não fez nada além de dar apoio, ajudando-o a
praticar as músicas. Eles estavam falando sobre as chances de Christopher
tocar guitarra sempre para dar suporte a seu irmão na próxima
turnê. Ele parecia mais confiante e mais feliz em ter mais a oferecer a
banda.
— Tudo bem? — Ev perguntou, caindo no chão ao meu lado.
— Muito bem. E você?
Ela sorriu.
— Só inchada, obrigada por perguntar.
Acima, através das portas da varanda, Nate e Lauren estavam
dançando lentamente, perdidos um no outro. Ah, o amor. Tão adorável
e uma merda. O mundo era um lugar glorioso.
— Vamos planejar seu casamento e do Christopher em breve? — Ev
sorveu um pouco da sua cerveja.
— Não, acho que não. Nós estamos bem assim.
— Nós estamos o que? — Perguntou Christopher, terminando a
música. Ele estendeu a mão para mim e eu bamboleei de joelhos. Toda
graciosa.
— Ev perguntou se vamos nos casar em breve. — Coloquei minha
câmera cuidadosamente na mesa de café antes de subir no seu colo. Se
ele me quisesse ali em cima dele, era ao mesmo tempo um dever e um
privilégio. Bem, um privilégio na maior parte.
— Você quer? — Ele perguntou, inclinando a cabeça.
— Algum dia.
— Tudo bem.
— Christopher. — Eu me inclinei para sussurrar em seu ouvido. —
Acho que estou excitada.
Uma mão deslizou para o meu cabelo enquanto a outra agarrou
meu quadril.
— Está?
— Mencionei um grande compromisso um dia e você está
bem. Sinto que posso ter o que eu quiser com você nestes dias. Está
começando a me deixar um pouco excitada demais.
Ele virou a cabeça beijando-me suavemente nos lábios.
— Gosto de você superexcitada. Mantém as coisas interessantes.
— Terei isso em mente.
Ele mordiscou meu lábio inferior.
Eu sorri, esquivando-me para trás para escapar de seus dentes
provocadores.
— Animal. — Eu ri.
— É. Eu sou. Isso é um problema?
Meus dedos deslizaram em seu cabelo.
— Não. Gosto de você como é.
— Amo você, Dulce. — Disse. Ele dizia isso para mim o tempo
todo nestes dias. Nunca precisei duvidar. Minhas coisas foram
transferidas diretamente para o quarto dele quando voltamos e Christopher
tinha definido a respeito de deixar ser conhecido em toda parte que
estávamos juntos. Eu não tinha escutado atrás da porta sua conversa
com Liv Anders quando deu a notícia a ela. Confiava nele. Depois do
modo que ele saiu de Los Angeles para chegar ao casamento da minha
irmã a tempo, ela aparentemente não ficou surpresa.
Ela tinha a minha simpatia. Eu sabia o que era amá-lo e perdêlo.
Mas eu não o daria de volta.
Em meio a muitas risadas e latidos de cachorro, Dorian e Anne
finalmente saíram do quarto. O rosto de Anne estava corado e Dorian
ainda estava colocando sua jaqueta de cetim branco coberta de strass
no estilo Elvis. Minha mente ainda estava tentando entender por que
exatamente ele sentia a necessidade de usá-la. Obviamente a ideia do
casamento em Vegas foi abraçada de todo o coração e mais um pouco.
— O rei está vivo! — Ele gritou com as mãos acima da cabeça. —
E aí, menino Benny.
O baixista desabou em uma cadeira no canto, Killer ainda latindo
em seus calcanhares.
— E aí?
— Agora que a valorosa Dulce domou o poderoso Ucker, você é o
último solteiro dando mole.
Ben riu.
— E pode apostar que vou ficar desse jeito.
— Ah, qual é? — Ev subiu no sofá ao lado de Christian, jogando um
braço em volta dele. — Olhe para todos os casais delirantemente felizes
nesta sala. Você não está nem mesmo tentado a se estabelecer?
— Não. — O homem respondeu simplesmente.
— Ninguém especial que você queira nos contar, Benny? — Dorian
perguntou, dando-lhe olhares curiosos.
— Não. — Ben cruzou os braços sobre o peito largo. — Estou feliz
fazendo o que faço, me divertindo. Por que me limitar?
As mulheres vaiaram. Todas, exceto Lizzy, que de repente se
levantou abruptamente do sofá.
— Tenho que ir. Tive um ótimo dia. — A garota jogou um braço
em volta de Anne, dando-lhe um aperto. — Parabéns, mais uma vez.
— Obrigada. Mais uma vez. — Anne riu. — Vejo você amanhã no
café da manhã?
— Com certeza. — Ela deu um tchau pra sala. — Boa noite a
todos!
— Espera, vamos pegar um táxi com você — Disse Lauren, se
desembaraçando de um Nate obviamente amoroso. Ambos tinham
tomado algumas bebidas, ninguém estava apto para dirigir. Quando
Anne e Dorian se mudaram para o condomínio, a irmã dela ficou no seu
antigo apartamento. Já que Dorian pagou o aluguel para o próximo ano,
teria sido uma pena desperdiçá-lo. Lizzy ficou muito feliz em ceder seu
quartinho no dormitório em favor de um apartamento um pouco maior.
— Boa noite. — Eu disse, acenando para os três partindo porta
afora.
Ben observou o grupo partir com um cenho franzido. Curioso.
Mas fui rapidamente distraída por Christopher passando o nariz
carinhosamente na minha bochecha.
— Você não me disse que me ama, Dulce.
— Eu te amo, Christopher. — Sorri e beijei-o nos lábios.
Desde a descoberta do amor, ele se propôs a tornar-se um
conhecedor da emoção. Tenho que admitir, eu estava definitivamente
colhendo os benefícios sexuais e emocionais. O dano que sua mãe tinha
feito estava lentamente sendo curado. O seu relacionamento com seu
irmão era melhor do que nunca. Ele me deixou encontrar um novo
terapeuta para ele e estava aprendendo a confiar e ser aberto de todas
as formas. Na verdade, acho que nós dois estávamos e isso era uma
coisa boa. Nem sempre era fácil, mas perseverávamos porque valia a
pena para nós dois. Nossa dedicação em ficarmos grudados agora era
absoluta.
— Me leva para casa? — Perguntei.
Christopher sorriu, e ambas as covinhas apareceram. Elas sempre
faziam meu estômago revirar e meu sexo derreter. O que acontecia com
meu coração não podia ser descrito.
— O que você quiser, Dulce.

fim.