Fanfic: Ucker (ADAPTADA) | Tema: Vondy

— Está com frio? — Ele perguntou.
— Perdão?
Sua cabeça estava contra o encosto do sofá, lentamente me
olhando por cima. Nada mudou em seu rosto, mas seus olhos
pareceram aquecer de alguma forma. Ou talvez eu só estivesse
imaginando coisas.
— Vocês está toda agasalhada. — Ele disse. — Precisa que eu
ligue o termostato?
— Não. Obrigada. — Talvez seja necessário colocar um pouco de
enchimento no meu sutiã assim meus mamilos ficariam menos óbvios
na presença dele. A sala, no entanto, estava adorável e quente e o sofá
debaixo da minha bunda era bem confortável. Christopher não tinha limites
em luxos para a sua vida. Ele não era barato.
— Eu estou bem. — Eu disse. Com a ponta do queixo. — Então,
quem está ganhando o jogo de hóquei? — Eu enrolei minhas pernas
magras vestidas com jeans debaixo de mim.
— Eu não estou realmente prestando atenção nele. Você pode
escolher algo para assistir, se quiser.
— Tudo bem. — Eu estendi minha mão para o controle remoto.
Uma risada suave saiu dele, um som raro e delicioso, de fato. Fez
cócegas sobre a minha pele da mais estranha, contudo, mais agradável
forma. Se ele realmente alguma vez risse alto eu estaria em apuros.
— Sem chance, Dulce. Só eu que posso operar o controle
remoto. Vou percorrer os canais e você pode me dizer se alguma coisa
lhe atrai.
— Só você pode operar o controle remoto?
— Sim.
— Maníaco do Controle.
— É um moderníssimo Home Theater, Dulce. Eu importei direto
da Alemanha, especialmente. — Ele acenou para o controle remoto
preto balançando ao redor como se fosse seu cetro. Rei Christopher. Bem
que ele queria. — De jeito nenhum eu vou arriscar isso com você.
— O quê? — Fiquei de boca aberta. — O que quer dizer, você não
vai arriscar isso comigo?
— A máquina de café. — Ele pegou uma almofada e enfiou atrás
de sua cabeça, mudando até o primeiro canal. Um programa de
culinária.
— Continue. — Eu gostava de comida. Eu só não queria
particularmente ser aquela a ter que fazer isso. Minha mãe sempre
tinha cozinhado em casa, me costumou assim. — Eu mal toquei na
máquina de café. Foi uma estranha falha mecânica aleatória por parte
do universo.
— Tanto faz.
Em seguida era algum filme antigo dos anos 80 feito para a
TV. Você poderia dizer olhando pelo cabelo, que era tão alto e seco. Que
maravilha um tratamento de queratina teria feito para essas pobres
mulheres. E as ombreiras extremamente grandes, caramba.
— Continue, por favor. — Eu disse. Um velho episódio
de Vampire Diaries cintilou no próximo canal. — Ooh, Ian, você é
adorável. Mas eu já vi este, então continue.
— Graças a Deus. — Christopher apertou o botão e veio um
documentário sobre a natureza. Ou pelo menos eu esperava que fosse
isso, dado que um garanhão preto brilhante montando uma égua com
aparência um pouco apavorada tomou a tela.
— Hey, é como aquela camisa que você emprestou do Sr. Ericson!
— Aplaudi com alegria e com uma pequena quantidade de malícia. —
Cavalos transando, isso é lindo.
— Você gosta disso, não é? — Ele perguntou com sua voz
maliciosa.
Com o pressionar de um botão, quilômetros e quilômetros de
carne nua e saltitantes encheram a tela grande. Com exceção dos peitos
da mulher no sanduíche de homem. Esses peitos ficaram
estranhamente imóveis desafiando a gravidade. E ao contrário dos
meus, eles não estavam nem um pouco pontudos.
— Isso é tão doce... — Eu suspirei. — Nada como o amor
verdadeiro em uma penetração dupla.
Christopher riu e mudou o canal, carros rugiram em torno de uma
pista de corridas.
— Por que é que tantos homens têm o senso de humor de um
idiota adolescente malcheiroso e espinhento? — Eu ponderei em voz
alta.
— Você não acha isso encantador? — Ele perguntou, com a
sobrancelha levantada.
— Eu sou estranha, eu sei. — Eu agarrei uma almofada e a
abracei no meu peito. — Eu tinha um namorado uma vez que pensou
que era divertido... Na verdade, não. Eu não quero contar essa
história. Nunca.
— Vá em frente.
— Não. Estou mais feliz fingindo que ele nunca existiu. Vamos
deixar as minhas escolhas de namoro vergonhosas no passado.
— Isso não é justo. — Ele disse. — Você sabe o suficiente da
minha merda.
Antes que eu pudesse formar uma resposta, a Fórmula Um
alterou para Downton Abbey3 e eu gritei com entusiasmo.
— Pare aqui. Pare!
Christopher estremeceu, esfregando a orelha.
— Pelo amor de Deus, não grite.
— Esse é uma série ótima. — Dois dos amantes da série estavam
conversando, vestidos com o equipamento habitual glorioso típico da
nobreza Inglesa. Incrível. — E particularmente pertinente para a nossa
situação, eu acho.
— Huh? — Lábios enrolados, ele olhou para a tela, nitidamente
impressionado pelo esplendor. Plebeus.