Fanfic: Ucker (ADAPTADA) | Tema: Vondy

— Desculpe. Eu só... O que é isso?
Eu parei e cheirei o ar. Havia um cheiro persistente de fumaça
estranha na sala sob o almíscar de suor de Christopher e os restos de sua
colônia. Eu pensei que minha imaginação devia estar pregando peças
em mim, mas não. Meu coração afundou para as profundezas do meu
peito. Como esse sinal passou, isso não era bom.
— O que é o quê? — Ele perguntou.
— O cheiro de cigarro. — Eu levantei, andando em volta da
mesa. — Ele está vindo de você.
Ele sentou-se sobre seu quadril.
— Não sei do que você está falando.
— Ele também está vindo de sua jaqueta.
Seu olhar saltou para a peça de roupa em questão, deixada
pendurada nas costas de uma cadeira da cozinha. Era uma cinzenta
para todos os climas, nada chique, mas eu aposto que custou uma
fortuna. Perfeitamente adequada para se esconder lá fora para fumar
um cigarro. Ele lambeu os lábios, os olhos subitamente cautelosos.
— Dulce...
— Você começou a fumar de novo, não é?
— Não preciso da sua permissão. Eu posso fazer o que eu gosto.
— Então por que você tem escondido isso de mim?
Ele se levantou, limpou as mãos.
— Porque não é da sua conta.
— Tente de novo, amigo. Você e sua saúde são exatamente da
minha conta.
Com a mão estendida, ele pegou a jaqueta. Infelizmente, para ele,
eu estava bem à frente já. Eu apertei o casaco contra o meu peito,
vasculhando os bolsos com uma mão. Não poderia estar acontecendo
por muito tempo. Ainda assim, eu deveria ter prestado mais atenção,
estaria sobre isso no minuto em que começou.
— Me dê. — Ele disse, puxando a manga.
Eu liberei a caixa de papelão dourada do bolso lateral e a segurei
diante de mim, fora do alcance dele.
— Não mais, Christopher. Você trabalhou tão duro para ficar
saudável, você não vai perder terreno agora.
— Você vai ser uma cadela para mim sobre beber café na próxima
vez? — Ele jogou a jaqueta de lado, irritado. Seu cabelo úmido
pendurado em seu rosto, os olhos faiscando de fúria. — É a porra de
um cigarro ocasional. Eu desisti de tudo mais. Me entregue, Dulce.
— Você sabe que não deveria fumar. É por isso que você parece
tão culpado.
— Eu não pareço culpado. — Ele disse, com a voz lacônica e o
rosto culpado como o maldito inferno. — Eu sou um homem crescido e
repito, isso não é da sua conta.
— Eu me preocupo com você. — Eu rapidamente corri de volta
para longe dele, colocando algum espaço entre mim e o astro do rock
irritado. A grande e agradável mesa de cozinha de oito lugares fez uma
barricada adequada. Embora idealmente uma cerca elétrica teria sido
melhor, dado o olhar em seu rosto. Um marcador de gado não feriria
tampouco.
— Você começou de novo por alguma razão. — Eu disse. — O
que é?
— Me devolva. — Ele estendeu sua mão exigindo, boca plana e
não pressionada.
— Você fez a escolha de parar de usá-los meses atrás, não é? Por
que você fez isso, Christopher? Fale.
Ele se recusou a responder. Em vez disso, ele se moveu
lentamente para a esquerda. Por isso, é claro, me movi para a direita,
mantendo a mesma distância e, a mesma parte da mesa entre
nós. Segurança importava.
— Dulce. — Ele disse em voz baixa. — Eu não sinto vontade de
sair hoje à noite nessa tempestade para comprar outro maço, assim
você vai dar isso de volta para mim. E então você vai manter seu lindo
nariz fora do que não lhe diz respeito.
— Não.
— Isso é uma ordem, Dulce.
Será que ele realmente ainda achava que ordens funcionavam
comigo? Pelo conjunto firme de sua mandíbula, eu imaginei que
sim. Ilusão louca da parte dele.
— Vamos comprometer aqui. — Eu disse, puxando uma cadeira
para fora debaixo da mesa. — Acho que devemos sentar e conversar
sobre isso como adultos. Discutir os prós e contras, e certificar que
você está fazendo uma decisão consciente.
Seu corpo grande segurou extremamente forte com os dedos o
encosto da cadeira na frente dele.
— Claro. Nós podemos fazer isso.
— Obrigada. Isso é tudo que estou pedindo.
Lentamente, ele sentou-se na cadeira. Ele inclinou a cabeça,
esperando por mim para fazer o mesmo. As veias de seu pescoço e
braços se destacaram contra a pele. Por favor, como se ele não estivesse
pronto para atacar. O homem devia pensar que eu era uma
idiota. Minha respiração acelerou, meus seios subindo e descendo sob
minha camisa. Por um momento, seu olhar ficou apanhado sobre eles,
a cor iluminando o seu rosto. Seios faziam uma distração incrível.
Mas não seriam capazes de impedi-lo de fumar a longo prazo. Eu
sabia disso. Mas eu esperava com certeza fazer ele parar hoje à noite e,
em seguida, conversar com ele sobre isso corretamente. Infelizmente,
ele sentou-se entre mim e o triturador de lixo que teria brevemente o
trabalho de destruir as coisas. Eu teria que ser criativa.
— Ok. Estou muito feliz que podemos ser razoáveis sobre isso.
— Eu fingi começar a baixar a minha bunda curvilínea na cadeira. —
Obrigada por ter concordado em conversar comigo, Christopher.
Dentes afiados brilhantes preencheram seu sorriso bonito.
— Claro, Dulce. Qualquer coisa por você.
— Isso é tão doce. — Eu sorri.
E então eu saí correndo.