Fanfic: Ucker (ADAPTADA) | Tema: Vondy

O silêncio se estendeu e Christopher ficou tenso parecendo se
distanciar. Olhos do Ártico olhando para o nada. Talvez as pessoas
tivessem vergonha por sua história, como se todo mundo fosse
impecável. Ele havia caído mais do que a maioria, é verdade, mas ele
arrastou seu caminho de volta para cima novamente, também. A força
veio de muitas formas. Eu sempre presumi que o tema sobre seus vícios
não era tocado devido à sua necessidade de privacidade. Esse silêncio,
no entanto, parecia errado, e me irritou.
Por que diabos alguém não dizia alguma coisa? Alguém como eu,
talvez.
— Eu gostei de trabalhar para Christopher. — Dobrei meu
guardanapo, coloquei-o sobre a mesa. — Eu continuo gostando. O
problema é meu, não dele.
Seu olhar ligeiramente aqueceu, seu rosto ainda enfrentando
voltar à vida.
— Qual é o problema? — Christian perguntou.
— É pessoal. Eu prefiro não falar sobre isso.
— Ela precisa ter uma vida, esse é o problema. — Christopher disse,
empurrando para trás da mesa, dando-se algum espaço. — Ela precisa
misturar as coisas um pouco. Estar comigo o tempo todo não é
necessariamente a festa que você imagina.
Christian deu um meio sorriso.
— Ela está entediada? — Anne me estudava de três cadeiras ao
longe. — Nós podemos consertar entediada.
E tudo isso me deu uma sensação muito ruim.
— Gente, essa é uma decisão pessoal, e não um projeto de
grupo. Obrigada pelo carinho, mas...
— Não, abóbora. — Dorian me estudou por cima do seu copo de
vinho tinto. — Eu não acho que ela esteja entediada tanto quanto ela
precisa de um amigo. Um amigo especial, se você sabe o que quero
dizer.
— Eu juro, que essa é a resposta de vocês para tudo. — Ev riu.
— Hey, agora. Todo mundo precisa de alguém especial para foder
e abraçar. Não há vergonha nisso. — Dorian disse, ignorando o pequeno
suspiro assustado da mãe de Anne. Anne não parecia preocupada
também, curiosamente. — E Dulce precisa de alguém que não seja
Christopher, por razões óbvias.
Ao longo da mesa, Christian sentou-se em sua cadeira.
— Por que não Ucker?
— Porque ela trabalha para mim? — Interrompeu meu chefe,
puxando a gola da camisa. Parecia que ele não gostava de ser o tema
da conversa tanto quanto ele gostava de me atirar aos lobos. É muito
ruim, amigo.
— Christian, por favor. — Dorian continuou como se Christopher não tivesse
falado. — Pare e pense sobre isso. Todo mundo que dorme com ele
acaba odiando-o.
— Isso não é verdade. — Christopher disse.
— Não? Cite uma mulher que você fodeu que ainda fala com você.
— O tempo passou, mas Christopher não respondeu, e ninguém veio em seu
socorro também. — Meu ponto exatamente. Você não faz cuidados
posteriores e demonstra. — Dorian se voltou para Christian. — Ele não tem
sequer a cortesia de fingir estar interessado em ligar novamente. Não
pega o número de telefone ou qualquer coisa. É simplesmente rude.
— Isso é terrível. — Eu disse, me divertindo imensamente. Foi só
pela graça de Deus que eu consegui evitar que a bota de Christopher se
conectasse com os meus dedos pela segunda vez. Ele errou, acertando
uma das pernas da minha cadeira em seu lugar. Eu zombei dele
grandemente com os meus olhos.
— E você! — Dorian apontou o dedo para mim. — Você está sempre
lhe dando merda. Você não consegue evitar. Vocês dois têm suas
pequenas desavenças e agora está tudo bonito e engraçado e todos nós
podemos rir de você nas suas costas sobre isso. Mas, Chris,
cara. Imagine se eles realmente estivessem brincando de esconder a
salsicha. Nós estaríamos gastando cada feriado ouvindo-os brigar e
continuar na mesa, fazendo uma cena. Não é apenas isso. — Minha
boca estava aberta. — Aconteça o que acontecer, vocês dois não devem
brigar feio. Eu quero a palavra de vocês sobre isso. — Dorian sinalizou
apontando o dedo, dessa vez com o benefício adicional de abanar. —
Isso tornaria a vida impossível para todos nós.
A mãe de Anne fugiu da mesa.
— Quando foi que eu disse que Dulce e eu ficaríamos juntos? —
Com um longo gemido, Christopher olhou para os céus pedindo ajuda. —
Alguém cale a boca dele. Atire nele ou algo, qualquer coisa.
Ben coçou a cabeça.