Fanfic: Ucker (ADAPTADA) | Tema: Vondy

Meu acordo imediato pareceu acalmá-lo. Ele sentou de volta no
sofá, exalando duro. Um músculo em sua mandíbula se moveu várias
vezes parecendo que ele estava rangendo os dentes.
— Nós deveríamos estar reclamando sobre mim ou algo assim.
Eu gemi.
— Não podemos simplesmente relaxar em vez disso? Tudo isso
sobre corrida constante e desprogramação é cansativo. Você não é tão
interessante para começarmos a conversar sobre como você acha que
você é.
Ele me deu um de seus sorrisos “não-muito-sorriso”.
— Funciona para mim.
Peguei o sorvete de volta dele. Então me processe. Estava muito
bom.
— Realmente temos que assistir a isso? — Seu nariz enrugou
com desdém aparente. Era fofo.
— Foi sua ideia brilhante. — Eu sorri. — Que outros filmes você
tem?
— Titanic, Thelma e Louise e O Lado Bom da Vida.
— Mistura interessante. Coloque Thelma e Louise, eu acho que
você vai gostar mais. Tem um final edificante, feliz.
— Feito. — Ele mexeu com o controle remoto e a voz sexy de Brad
Pitt apareceu na tela gigante. Um ótimo filme. Mas Brad Pitt realmente
era um excelente exemplar de masculinidade.
— Você pode colocá-lo de volta ao início, por favor, Rei do
controle remoto? Está aproximadamente na metade. — Ele fez isso. —
Loiros se divertem mais, todo mundo sabe disso. — Eu disse. — Você
já pensou em clarear o seu cabelo? — Ele me deu um olhar arrogante.
— Talvez eu deva ser loira ao invés disso. — Eu disse.
— Não, não. — Ele disse logo, o rosto enrugado de
preocupação. — Quero dizer, você está bem como está. Estou te
dizendo isso há dias. — Ele roubou de volta o sorvete. — Você não
escuta.
Huh.
— Eu pensei que você estava apenas sendo gentil. — Sorvete
derretido pingava da minha colher, para os meus jeans. Eu raspei com
um dedo, lambendo-o. Era por isso que eu não poderia ter coisas boas.
Olhei para cima para encontrar Christopher olhando para a minha
boca. Seus próprios lábios estavam entreabertos, os olhos
nebulosos. Eu congelei.
De jeito nenhum.
Ele não estava tendo esse tipo de pensamentos sobre
mim. Impossível, e mesmo assim a evidencia na minha frente dizia uma
história bem diferente. Um nó torceu e apertou profundamente no meu
ventre, uma espécie de corrida emocionante derramando em minhas
veias. Assim facilmente, ele ligou o interruptor, me excitando. Eu não
acho que ele sequer percebeu o que estava fazendo.
— Christopher?
Seu olhar saltou da minha boca para os olhos e a testa franzida
desceu.
— Eu não sou gentil. E eu não digo coisas que eu não quero
dizer. Não faço elogios, para você saber. É um desperdício do meu
tempo.
Uma resposta curiosamente mal-humorada, até mesmo para ele.
— Obrigada. — Eu disse. — Isso é realmente muito gentil da sua
parte... De uma forma estranha. — Ele voltou a assistir ao filme, me
deixando sem qualquer resposta. — Sabe, se eu acabar indo embora.
— Eu disse. — Nós ainda podemos sair às vezes, fazer coisas juntos. Eu
não vou simplesmente desaparecer da sua vida. — Ele jogou a colher
na mesa de café onde ela caiu com um violento barulho. — Christopher? —
Eu quis dizer as palavras como um conforto. Claramente, elas não
haviam sido recebidas dessa forma.
— Para responder à sua pergunta, eu estive na capa,
provavelmente, de centenas de revistas. Eu não sei. Tenho uma pilha
de discos de platina e um patrimônio líquido atual de cerca de sessenta
e dois milhões. — Ele disse, a voz plana e hostil. — Estraguei alguns
direitos de produtos e parte de uma turnê com o uso de drogas ou o
que mais aparecesse. Eu sou dono dessa casa e outra em Los Angeles.
É onde guardo minha coleção de carros. Eu também tenho algumas
pinturas pelas quais me afeiçoei.
— Impressionante. Eu tenho cerca de quatro mil no banco na
poupança. Meu relógio é um Swatch. Provavelmente, realmente não
vale nada. — Eu arrastei a manga da minha blusa para baixo sobre a
pobre coisa inexpressiva para que ele não tivesse ideias. — Por que você
está me contando tudo isso?