Fanfic: Ucker (ADAPTADA) | Tema: Vondy
Até agora, todo mundo tinha perambulado para dentro, atraídos
pelo drama. Liv não parecia particularmente encantada com os
acontecimentos em ambos. Embora encantada não se encaixava. Uma
mistura de perplexidade e consternação poderia descrever melhor a sua
expressão.
— Você precisa de alguma coisa? — Ben perguntou, pairando a
poucos metros de suas costas.
— Não. — Christopher disse, olhando para a francesinha dos dedos
dos meus pés, cortesia da esteticista que ele tinha pago. — Vamos
apenas esperar o doutor.
Christian passou o braço em volta do pescoço do Ev.
— Tudo bem, vamos estar nas escadas até que ele chegue. Grite
se você precisar de alguma coisa.
Christopher assentiu, ainda segurando a bolsa de gelo sobre meu
tornozelo. Sua outra mão firmemente apoiava o lado de baixo do meu
pé. Como se eu fosse tentar fugir se me tocasse, eu tinha ido longe
demais para tal sabedoria.
Pessoas se arrastaram para fora.
— Christopher? — A voz de Liv tinha um ligeiro tremor nela.
— Falo com você mais tarde, Liv.
Suas mãos se moviam inquietas em seus lados.
— É provavelmente melhor eu voltar para LA. Tenho conexões
para começar em poucos dias.
— Certo.
— Ok. — Liv colou um sorriso bonito. Marca completa dela, a
mulher era um inferno de uma atriz, afinal. — Tchau.
— Sim. — Ele nem sequer olhou para ela, o babaca. Era muito
tentador chutá-lo com o meu pé bom, fazê-lo ser educado, pelo
menos. Mas isso não resolveria nada, isso também seria extremamente
hipócrita da minha parte. Apesar de saber que Christopher deveria namorar,
vê-lo com outra mulher doía muito além do atual latejar do meu pé. Era
só que a dor nos olhos dela era uma que eu conhecia muito bem, eu
não podia deixar de relacionar.
Eu e essa dor, nós éramos melhores amigas em vários
níveis. Christopher Uckermann era um inferno no coração de uma garota (e,
ocasionalmente, nos tornozelos também).
Liv saiu.
Por alguns minutos ficamos em silêncio, meu pé lentamente
congelando descansando em cima de sua coxa.
— Christopher?
— Hmm?
— Você vai me dizer o que aconteceu?
Seus dedos ficaram tensos em volta do meu calcanhar.
— Estávamos sentados durante o jantar e de repente os celulares
de todo mundo começaram a enlouquecer. Aparentemente, ela só teve
quinze mil por isso, ela deveria ter pedido mais. Adrian tem advogados
nisso, mas... Eu disse a ele para deixá-la.
— Por quê? — Eu ofeguei.
— As coisas que ela disse, é tudo verdade. Não é como se ela
assinou uma renúncia quando ela deu à luz, sabe. Acho que ela tem
direito a sua fatia do bolo.
— Uma ova. Ela não tem direito a absolutamente nada.
Um fantasma de um sorriso apareceu em seus lábios. Eu poderia
apenas vê-lo através da bagunça de seu cabelo. Quando eu o tinha
deixado, estava cuidadosamente penteado para trás. Agora, seus dedos
tinham obviamente encenado algum tipo de revolta. A necessidade de
estender a mão e deslizar os fios para trás de sua orelha para que eu
pudesse vê-lo era enorme.
— Você viu isso? — Ele perguntou. — O que ela disse?
— Só a parte em que ela estava dizendo que ela era sem-teto
enquanto vocês dois vivem em mansões.
— Bem, você perdeu a melhor parte. — Seu queixo quase tocou
seu peito. — Que eu costumo gritar todos os tipos de merda pra ela,
atirar coisas. Que apenas uma vez por acaso bati nela, no entanto.
Minha garganta apertou ao ponto de dor.
— Por que você bateu nela, Christopher?
— Eu cheguei em casa e ela estava limpando o lugar, pronta para
finalmente ir embora. — Ele disse. — Eu tinha catorze anos. Chris
estava ocupado na casa do Dorian, graças a Deus. Uma de suas amigas
maconheiras estava com um carro carregado no quintal com tudo o
que tinha de valor. Não que houvesse muito, a TV, micro-ondas,
merdas assim. Ela veio andando para fora da casa carregando o violão
de Chris. Ele trabalhou pra caramba cortando grama durante todo o
verão para pagar por aquela coisa. Era apenas um barato de uma casa
de penhores, nada realmente. Mas ele queria um por tanto tempo,
pensava que era a merda.
— Eu aposto que ele pensava.
— Eu disse a ela para retroceder, disse a ela que isso partiria o
coração do Chris, mas ela não se importou. Disse que ele era mimado,
que seria bom ele endurecer um pouco. Como se qualquer um de nós
fôssemos mimados vivendo naquela casa com ela, com buracos em
nossas roupas, era um milagre a gente comer. — Um lado de sua boca
repuxou para cima, mas isso não era um sorriso. — Ela foi sarcástica
comigo, me disse para sair do caminho. Ela estava usando um anel. —
Ele apontou para uma pequena cicatriz em formato de estrela na parte
de cima do seu lábio, meio escondida pela barba incipiente. — Está
vendo?
— Eu vejo.
— Eu dei um tapa nela, peguei o violão de suas mãos. Eu não
era tão grande, no entanto, não tive o meu surto de crescimento até
que tinha quinze anos, mas era grande o suficiente. — Ele olhou para
a palma de sua mão. — Seu rosto estava vermelho brilhante. Ela
parecia horrível, mas ela não fez nada. Apenas ficou olhando para o
violão, atordoada que o peguei e ela não. Em seguida, sua amiga
chegou, arrastou-a para dentro do carro e elas foram embora. Só assim,
a mamãe era uma memória. Bem, ela voltou eventualmente...
Infelizmente. — Ele olhou para mim, com o rosto pálido. — Tudo o que
ela disse, é tudo verdade. Ninguém precisa fazer merda nenhuma a
meu respeito.
— Alguma vez você contou a Christian sobre isso?
— Não, só o teria perturbado. Ele ainda pensa que ela ficará
sóbria um dia, colocar a merda para trás e ser uma mãe de verdade. Ele
era um sonhador, mesmo naquela época.
— Depois de tudo o que ela fez? — Ele não respondeu. — Você o
protegeu durante anos, não foi?
— Alguém tinha que fazer. Eu dizia a ele para se esconder assim
que ela começava, não queria que ele visse. Ele tinha que ter ouvido,
porém, porque às vezes ela gritava. Mamãe foi uma bêbada
agressiva. Normalmente drogada ela ficava na dela, deixando-nos em
paz, mas coloque uma garrafa de bourbon dentro dela, e toda a maldita
vizinhança sabia sobre isso. — Ele agarrou a parte de trás do seu
pescoço, com o rosto triste. — Ela me batia por toda parte. Não poderia
deixa-la fazer isso com Chris. Ele sempre foi o mais sensível. Não é
grande coisa. Além disso, ela começava a tropeçar engraçado pra
caralho.
— Por que o pai de vocês não fazia nada sobre isso?
— Ela era melhor quando ele estava em casa, na maior
parte. Mas ele fingia que não estava acontecendo. Não era como se os
sinais não estivessem todos lá, a nossa lata de lixo transbordava com
garrafas, nenhuma comida na geladeira porque ela gastava todo o
dinheiro em bebida e merdas. — Ele se virou para mim. — Ele a amava,
Dulce. Amava tanto que ele a escolheu. Isso é o que o amor faz, ele
destrói você.
— Nem sempre. Olhe para Christian e Ev.
Ele inalou.
— Eles estão felizes agora. Mas um dia, um deles vai ser igual o
pai do Dorian, como o meu pai tem sido desde que ela o deixou.
— Por isso, é preferível viver sua vida sozinho e infeliz?
— Melhor do que acabar quebrado. Melhor do que quebrar
alguém. — Eu não sabia o que dizer. — As primeiras pílulas que tomei,
foram roubadas do esconderijo da minha mãe. Foi o meu grande fodase
para ela. — Seu riso era amargo. — Se me contassem que eu ficaria
como ela o tempo todo... Eu percebi que poderia muito bem viver de
acordo. Olhe o quão bem isso saiu. Eu sou igual a ela, Dulce.
— Não, você não é. Você está limpo agora, você venceu.
— Fiz muita merda no passado. — Por um momento os seus
olhos se fecharam. Então ele voltou a estudar o meu pé, remanejou a
bolsa de gelo fria e úmida. — Todas as coisas que ela me disse... Ela
tinha razão. Eu nunca vou ficar limpo, não realmente. Serei sempre
um viciado no coração.
— Christopher, isso simplesmente não é verdade. Você sabe que não
é. Você fez o trabalho, você ficou limpo. — Eu sabia um pouco sobre as
pessoas dizendo coisas, ferindo-o com palavras. As cicatrizes
demoravam um longo, longo tempo.
Seus lábios estavam finos e brancos.
— Alguma vez você já contou a alguém?
Uma pequena agitação nítida de cabeça.
— Não.
— Pode confiar em mim, sabe? Eu não vou julgar você ou pensar
menos de você, isso nunca vai acontecer.
— Não faça promessas que não possa cumprir.
Eu levantei minha cabeça.
— Você acabou de me chamar de mentirosa? — Ele empurrou
seu cabelo para trás (finalmente), os olhos cautelosos apareceram. O
homem não estava com pressa de falar, porque ele me deixou
esperando um bom tempo. — Bem? — Eu solicitei.
— Essa é uma daquelas armadilhas que as mulheres usam. Não
importa o que eu diga você vai mastigar minha bunda.
— Eu só estou pedindo um pouco de fé de você. — Eu olhava
para ele tão atentamente como ele olhava para mim. — O que quer que
aquela mulher disse para você é besteira total e completa, Christopher. Você
sabe disso. Então, por que você ainda deixa vivo dentro de você?
Ele gentilmente esfregou a palma da mão contra a sola do meu
pé.
— Quebre muito alguma coisa e não há nenhum motivo em
tentar consertá-lo.
— Isso é o que você diz a si mesmo?
— Essa é a verdade.
— Hey, não. Não é. — Eu estendi a mão, agarrando seu
braço. Através do tecido fino de sua camisa seus músculos estavam
tensos, e sua pele quente. Por mais de vinte anos, ele estava carregando
por aí toda essa dor e raiva, auto aversão. As duas pessoas
responsáveis por amar e cuidar dele quando ele era pequeno e indefeso
haviam falhado miseravelmente. Não é de se admirar que ele estava tão
na defensiva, ele tinha sido ensinado a esperar o ataque, não confiar
em ninguém. — Você é uma boa pessoa, Christopher. Você é um homem
bom.
— Dulce. — Ele olhou para minha mão.
— Ela não sabe quem você é hoje. Eu sei. Então, em quem é que
você vai acreditar?
Sua boca se abriu e eu esperei um pouco mais.
Sim, ele estava falando comigo, mas eu precisava de mais, eu
precisava estar com ele. A dor que ele carregava tinha que
acabar. Poucos mereciam a liberdade de seu passado, tanto quanto
Christopher merecia. Ele tinha trabalhado tão duro, transformado toda a
sua vida.
Sua mandíbula moveu e talvez, apenas talvez, dessa vez...
Alguém bateu na porta, a mesma que eu tão absolutamente não
tinha conseguido quebrar. É claro que eles fizeram, foda-se o universo
e tudo o que implicava. Embora, honestamente, quais eram as chances
de que Christopher alguma vez daria esse passo final e confiaria em mim?
Improvável.
Não, eu não podia me dar ao luxo de pensar assim. Eu tinha que
chegar até ele.
Autor(a): Vanuza Ribeiro
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yuu454: O Tom realmente foi recebido na jaula de leoes parece que foi tudo planejado né todos eles chegarem na hora que o Tom tava lá, O Dorian meu Deus o Dorian nao tem limite kkkkkkkkkkkkkkkkkkjjj eu adoro ele. O pai deles nao vai aparecer essa e a unica vez que falam dele, acho que por ele ver o amor entre o pai e a mae dele por isso ele é tão ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 27
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aucker Postado em 03/12/2020 - 06:06:40
Não entendo como essa fic tem poucos comentários pq é simplesmente perfeita
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dayanerodrigues Postado em 28/06/2020 - 13:41:06
Muito lindo o final
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yuu454 Postado em 23/11/2016 - 00:56:58
Mano,ess fanfic tinha que ter segunda temporada contando a vida de casados deles,tipo com filhos e tals,e pah,eu adoraria ver o ucker conhecendo os paiis da Dul,ou ele trocando uma frauda jkkkkkjkk,e pah,Mano eu adorei a fafic,melhor fanfic que eu ja li,Voce é uma otima escritora,e ta DE PARABENS MONAMUR ADOREEEI, <3 <3 <3.
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yuu454 Postado em 23/11/2016 - 00:50:43
Gente,eu tambem vou sentir sdds mona,oxi,a Dul sofre tanto genti,E sim,eu sou meio batida da cabeça,kkkkk,e eu tbm adoraria ter sua amizade,e esse encontro ai da Dul com a familia dela,goxtei kkkk,o pai da Dul,parece ser bem simpático,gostei dele tbm, Carai mano,seu idiota uckermann,voce ja ama a Dul,apenas precisava colocar isso par fora,nao precisava desse estardalhaço todo,meo deus,gente,como ele pode achar que uma mulher vai querer ficar fodendo a vida inteira,e o amor,e a familia,eu nao consigo acreditar que isso nao se passou pela cabeça dele gente.Ai mano a vida amorosa da Dul,parece ate a minha vey,só que diferente da dela eu nao tive final feliz,ainda eu acho neh. E esse casamento da anne e do Dorian,vey,kkkkkkkkkkjjk,ri litros. E mano QUE PORRAN DE FINAL FELIZ FOI ESSE,EU AMEEEEEI,MANO DU CEU,BRODI,finalmente eles ficaram juntos neh,ninguem merece,depois de tudo que a Dul passou,ela tinha que conseguiir o premio final neh,kkkkkjk
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millamorais_ Postado em 23/11/2016 - 00:46:25
Te mandei convite no face, Cinthia morais xD Agora vamos aos últimos capítulos :/
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yuu454 Postado em 21/11/2016 - 22:44:53
E eu adorei a atitude da Dul, nenhuma mulher deve se sujeitar a tal tratamento
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yuu454 Postado em 21/11/2016 - 22:43:18
Como assim, Esse filho da pauta do uckermann, affs vey, so porq a Dul falou que ia embora, se ele fosse homem de verdade iria assumir os sentimentos e assumir a Dul tbm, em vez de deixar ela ir embora, que idiota. Uma hora tão se amando na outra ele faz isso com ela, eu em, me poupe dessd vestirlo todo uckermann, affs. Coitada da Dul, até entendo porque ela vai embora, oxi, ngm merece, as palavras tem poder isso que o Ucker disse feriu profundamente os sentimentos da Dul. Depois de tudo que ela fez para ajudar ele, que ingrato. Ehhh como assim, não tem segunda temporada, ahhh, eu tbm vou sentir mts falta, oxii, eu to com meu coração na mão já, mds, posta mais monaaa
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millamorais_ Postado em 21/11/2016 - 14:51:27
Pera, meu coração não aguenta.. :'( como é o nome do livro real?
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millamorais_ Postado em 21/11/2016 - 12:02:35
Genteeee corri tanto pra chegar nos últimos capítulos postados e agora estou aqui com o coração na mão... :/ Eu sei que é difícil mas ela não pode desistir dele, ele já tá apaixonado mas tem toda uma insegurança que o secar e o deixa assim, ela não pode desistir. E eu não sei se eu lhe errado ou simplesmente passou despercebido mas eles não usaram camisinha :o
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yuu454 Postado em 21/11/2016 - 05:49:16
Tão tudo, gente, porran de merdas a Dul vai embora, Dul pelo amor aguenta mais, você provavelmente não vai encontrar homem melhor que esse. Eles já estão tão apaixonados gente, sinto até inveja kkkkkkkkk... Posta mais mona, vou sentir falta da fanfic