Fanfics Brasil - As Lágrimas do Dragão O Mago Das Espadas

Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados


Capítulo: As Lágrimas do Dragão

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As Lagrimas dos Dragão


Dizem lendas que os Dragões nunca choram. Que seus corações são tão duros quantos suas poderosa couraças, os impossibilitando assim de sentir outra emoção que não fosse o prazer pela matança ou pelo confronto!


Mas eles estavam errados, pois assim como humanos e Gigas, os Dragões também tem sentimentos... e as vezes esses sentimentos são tão grandes e tão fortes que os fazem enfrentar meio mundo para defender quem eles amam.


Rumores que as lendárias bestas destruíam reinos e povoados inteiros a procura de algo que lhe foi roubado se espalharam pelos quatro cantos do mundo, porém ninguém poderia imaginar que o algo fosse um alguém querido. Histórias e lendas errôneas foram surgindo, crescendo e tomando proporções exorbitantes!


No fim, todos os contadores de história chegaram a um conheço tolo... mas com seu ponto de verdade.


Os Dragões caçavam todos aqueles que roubavam seu tesouro!


A ideia pegou, e logo todos os cânticos e histórias envolta de fogueiras e entoado da boca dos bardos se fez lei e assim um ditado popular nasceu:      


“Nunca ouse roubar um tesouro de um Dragão, pois ninguém está preparado para suportar sua terrível cólera!”


Foi com isso em mente que Tadashi ambicionou ter um dragão sobre seu poder. Um dos seres mais antigos e poderosos que faria de tudo para proteger seu tesouro. Nesses caso... seus queridos amigos.


Ele foi testemunha viva do que o jovem berkiano fez quando enfrentou Breu Black há um ano atrás. O jovem fez o poderoso e convencido Mago das Trevas gritar em dor e desespero como uma criancinha! Suas chamas negras queimaram seu Modo Regente, suas garras rasgaram seus pesadelos e sua espada de chamas fez frente à poderosa Megas Drepanon, a arma ao qual o Espirito Guardião Sombrio da Noite e dos Pesadelos Phanton habitava. Porém o que Breu Black tinha em inteligente e ganância, ele tinha em covardia, quando percebeu que sua vida corria perigo não mediu esforços em fugir, destruindo todo seu esconderijo na tentativa de acabar com o Arauto e seu grupo. Ele conseguiu fugir... mas os quatro jovens magos também conseguiram e cinco meses depois tiveram seu embate final ao qual derrotaram enfim o Mago das Trevas para sempre.


Durante sua epopeia para atingir o poder Breu cometeu diversos erros, primeiro e o mais importante; não eliminou suas principais ameaças no momento que as viu! Ao contrário, decidiu brincar com suas mentes e emoções, sem perceber que estava alimentando seus piores inimigos. Depois, acreditou ser mais inteligente e poderoso só por saber segredos, possuir armas raras e ser um Regente. Chegou a um ponto em que estava tão convencido que achava que nada daria errado... mas deu e ele pagou o preço por suas estupidez.


Ele não iria cometer o mesmo erro que seu mentor... não mesmo.


Decidiu que usaria os inimigos do rei caído como seus aliados e armas pessoas. Eles logico não iriam aceitar, então precisariam ser convencidos e assim ele pôde finalmente testar sua preciosa droga e os resultados como ele já imaginava foram fantásticos! Havia conseguido influenciar o dom premonitório de sua amada flor, injetando imagens que ele queria mostrar para ela, embutir o sentimento de culpa e fraqueza nas mentes de Mérida e Jack ao ponto de eles não conseguissem mais lutar e por fim... escravizar a mente de Soluço e torna-lo uma arma viva!


Tudo correu conforme seu glorioso e perfeito plano! No entanto, alguns imprevistos acontecerem como seu professor não ter caído como ele previa, a aparição do antigo companheiro de Hagamoto, o retorno de Walter e agora um estranho menino que era o Regente de Kasedori.


Um menino muito familiar por sinal, que lembrava seu velho e inútil irmão. O bastardo da família, a ovelha negra ao qual sua amada mãe dizia que se amaldiçoava ter parido. Seu velho saco de pancadas e alvo preferido de suas experiências em seu rico e suntuoso palácio. Lambia os beiços só de recordar como era extremante prazeroso humilhar, diminuir e acabar com a misera esperança do irmão de ser feliz. Ele que era o primogênito a assumir o trono ter um inútil como parente consanguíneo lhe dava asco, então um dia teve uma fabulosa ideia! Pediu a sua amada mãe para matar o inútil e enfim seriam felizes para sempre! Poderiam matar seu pai também no processo, assim ele seria logo o Xogum e poderia reinar como deveria ser.


Mas sua amada mãe não respondeu a seu pedido, o palácio desapareceu e ele não estava mais vestido como príncipe.


– Mais o que?


Estava no escuro, soterrado pelo que pareciam pilhas e pilhas de concreto e de seu corpo real algo escorria, tateou e levou até os olhos percebendo ser...


– Sangue...


As gotas do liquido rubro gotejavam de sua mão.


– ...meu sangue...?


Murmurava assustado e incrédulo.


– Mais o que está...?


Ele já ia se questionar, porém não conseguiu, pois seu corpo foi invadido por uma dor lacerante que o cortou de dentro para fora!


– UUUUUUUUAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!!


Na dor e no desespero ele se levantou explodindo os escombros que haviam sobre ele. Passou as mãos sobre o peito que ardia, arranhando sua pele, se jogando ao chão rolando, sentindo os espasmos que cresciam e se espalhavam por todos os cantos do seu corpo.


– O QUE ESTÁ HAVENDO!!!! HHUUAAAAAAA!!!


“CONTENHA-SE GAROTO!!!”


A voz de Hagamoto explodiu em sua mente


“Recomponha-se! Não adianta gritar ou chorar de dor! Você é o futuro Xogum! Deve estra pronto para sofrer dores como essas... e revida-las!”


Diz o samurai corrompido para seu mestre no intuito de fazê-lo se recompor, mas o mesmo devolveu ainda mais desesperado:


– COMO VOU ME CONTER?! – Se ajoelhou de dor. – NUNCA SENTI TAMANHA DOR EM TODA A MINHA VIDA! ACHEI QUE O SOFRIMENTO QUE KOJIRO ME FEZ PASSAR FOI RUIM... MAS ISSO É... UUUUAAAAAHHHH!


Os olhos de Hagamoto tremeram de ódio ao ver seu Regente naquele estado. Era nessas horas que se arrependia amargamente de tê-lo escolhido como mestre.


“Quem dera eu tivesse um receptáculo melhor...”


Murmura o espirito.


“Mas é o que dizem... nos viramos com o que temos!”


E se materializa na frente do rapaz o pegando pelos cabelos o pondo de pé.


“Escute aqui moleque!”


Brada o espirito.


“É melhor se recompor agora e lutar como homem!”


O Hamada arregala os olhos incrédulo.


“Não me interessa a dor que sente, mais sim os resultados que ela lhe causa!”


Larga o jovem que cai no chão.


“Quanto mais forte for a dor, mais forte ficamos!”


Ergue seu dedo indicador direito encouraçado para ele.


“Use esse sentimento, levanta-se e LUTE!”


O mago treme.


“Retome o controle do dragão...  e mate todos!!!”


Matar todos... de repente aquela ideia soou bonita na mente do mago. Seus olhos desfocados recuperam o brilho e o sorriso retornou a seus lábios.


– Tem razão...


Ele se lentava.


– Essa dor... é pouca comparada a glória que me espera! – Encara sorrindo de ponta-a-ponta para seu Espirito que meneia a cabeça em afirmação.


“Isso mesmo! Use-a para lhe dar forças e derrotar Kasedori e seu Regente!”


Os olhos do Hamada brilharam em sede de sangue. Sim, ele iria acabar com o pirralho presunçoso que ousou ferir seu belo corpo! Não importava que ele se parece com seu irmão inútil... que obviamente não era! Ele pagaria... muito caro!!!


– Hora... de matar!!!


Entoa o Hamada através de Soluço que recolheu seu braço esquerdo decepado e como se fosse um boneco de plástico o membro cortado foi replantando e já estava funcionando novamente!


Tal fenômeno deixou o líder dos Persocons estático.


– Mas que poder de renegação fora do comum!


– Compreendo sua surpresa cara, até hoje não consigo me acostumar com isso! – Rebate o mago albino do lado direito do persocon. – Se bem que... ele o restaurou muito mais rápido do que o normal!


– O poder que o coração dele está emitindo está acelerando seu processo de cura. – Explica o professor sério. – Com isso qualquer dano causado a seu corpo ira se curar imediatamente.


Nossa... – Walter múrmura impressionado, mas também assustado com tal poder nas mãos de seu inimigo. – Ele realmente transformou o menino em uma arma viva!


– Não diga isso! Por favor...


O persocon olha para seu lado esquerdo vendo a princesa loira estática, assistindo aquele confronto com as mãos juntas próximo a boca, tentando controlar suas lágrimas que teimavam em cair. Ela não o encarava, pois não conseguia tirar os olhos de seu amigo que sofria aquele terrível suplicio.


– Ele é uma boa, não... uma ótima pessoa! – Brada a jovem com a voz embargada. – Ele sempre foi o mais altruístas de todos nós, o mais inteligente, o mais sincero, bondoso e...


– O melhor amigo que alguém poderia sonhar em ter! – Completa Jack encarando o amigo já de pé fitando o menino e Mérida que estavam mais próximos. Queria poder ajudar o menino, mas com o maldito efeito da droga não saberia se duraria muito antes de ter outro surto.


“Maldito Tadashi!”


O persocon suspira pesado.


Entendo seus sentimentos, mas nada muda o fato de que agora ele está sendo usando como uma arma... não concorda sensei?      


A loira e o albino encaram o professor que não respondeu a aquela afirmação, apesar de ser verdadeira. Assim como Jack e Rapunzel, não conseguia admitir e nem aceitar que seu aluno fosse comparado a tal coisa, ele era tudo... menos uma arma.


– Soluço...


Já a princesa ruiva que estava mais próximo da batalha não se mexia e nem proferia nenhuma palavra. Seu coração tremia ao ver aquele que ela amava sofrendo e não podendo se defender, queria gritar e chorar por ele, mais não iria, não agora! Serrou os punhos em fúria os sentido sangrar, assim como seu queixo que ela mordia, detestava se sentir impotente, mas naquele momento ela só podia esperar... e rezar.


E foi o que ela fez, fechou os olhos e orou a Althena, por Soluço e por...


“Hiro... por favor... salve-o!”


Pede a princesa em seu mais profundo ser, enquanto o dragão já recuperado fitava a todos com seus olhos dourados reluzindo a loucura, porém seu alvo era no momento apenas um...


– Você!


Hiro apontou para si mesmo de forma inocente.


– Não sei quem você é, nem porque se parece com o verme do meu irmão! O que importa é...


Esferas de energia negra se forma nas palmas de suas mãos fazendo professor, alunos e persocons se alarmarem, menos Wolf que continuava de braços cruzados aparentemente tranquilo.


– Você ousou se levantar contra o rei desta terra e por isso...


As esferas dobram de tamanho cobrindo totalmente os braços do Arauto.


– ... VOCÊ VAI MORRER!!!


E lança as esfera contra o garoto... que já estava a sua frente.


– Não, não vou não.


– Ah?!


Antes de perceber o que aconteceu o rosto do dragão é amassado por um potente chute de esquerda desferido pelo menino. O chute foi tão forte que levantou o dragão a alguns palmos do chão, as esferas que escaparam de suas mãos voaram para os lados explodindo, criando enormes fossos de areia onde caíram, não acertando o menino e nem o grupo que assistia o embate. O Regente das trevas rangeu os dentes em fúria por não ter visto o moleque se aproximando e nem o que veio a seguir! Hiro jogou sua katana para trás a cravando perto da ruiva, girou o corpo acertando outro chute no dragão com o pé direito, depois outro com o esquerdo e por fim outro com o direito fazendo o Arauto subir mais, depois saltou e aplicou um chute duplo no peito do adversário o fazendo rodar no ar e assim que voltou ao solo deslizou sobre a areia com as palmas das mãos cobertas de Aura atingindo o boneco de seu irmão com tudo!


– Senretsu! – Brada o menino ao final da técnica, se bem que só quem ouviu foi ele e o grupo de espectadores que estavam de queixo caído!


– PUTA MERDA!!! – Brada Jack embasbacado com o que viu.


– Pela... Deusa! – Rapunzel case caiu para trás. – Aquela técnica... foi com toda a certeza cem vezes mais fortes do que a que ele me atingiu lá no prédio!


– Duzentas vezes pra ser mais exato. – Corrige Walter para espanto da princesa.


Já o professor...


– Incrível. – Múrmura espantado por ter visto aquela técnica. Mas, mais do que isso, foi como ver novamente um. – ...monge...


– Isso mesmo idiota! – Afirma o ex-lupino ao lado esquerdo do mestre.  – Foi como rever os velhos e implacáveis monges de nossa amada terra se levantando novamente para defende-la! E ver isso foi incrivelmente...


– Lindo. – Afirma o samurai que recebe um menear de cabeça de Wolf. –Mas como ele...?


Weltall.


Ah?


– Ele não o deixou só... nem um por um minuto. – Diz o Regente das chamas com convicção. – Mesmo que seu corpo esteja longe, seu espirito continua ao seu lado. Lutando, protegendo-o, como um verdadeiro amigo faria!


Ao ouvir isso o professor olha novamente para o menino e por uma leve fração de segundos viu alguém ao seu lado.


– Quem é? – Questiona o mestre.


– Preciso mesmo responder? – Devolve o ex-lupino com sarcasmo.


– Não... não precisa. – Responde o samurai fechando os olhos e quando os reabriu... o homem já não estava mais lá, pois ele agora vivia dentro do coração de seu pequeno amigo. – Que união fantástica.


– Eu sei.


– Só que mesmo com essa união... – O professor começa a falar quando da areia o Arauto se reerguer, suas face amassada se ajeitando, enquanto sangue escoria de seu nariz e boca. – ...ainda vai ser difícil derrubar o Soluço!


– Percebe-se. – Resmunga o Regente.


– Não seria melhor você ajuda-lo? Dois Regentes poderiam ser mais do que...


Kojiro. – O Regente interrompe o professor o fitando logo em seguida. – Você quer mesmo que EU lute contra seu aluno?


Kojiro se silenciou ao ver o brilho nos olhos de Wolf. Um brilho que ele conhecia muito bem.


– Quer saber... esqueça o que eu disse!


Melhor! – Concorda Wolf. – E além do mais ele pediu para que eu não interferisse.


– Pediu? – Questiona o mestre espantando.


Pois é. – O ex-lupino dá de ombros. – Parece que ele quer provar algo.


– Provar? – Se pergunta. – Mas o que...?


– Não faço ideia, mas vindo desse menino... é algo grande!


Isso o professor não duvida. Conheceu o menino a pouco tempo e já o viu realizar façanhas que poucos adultos conseguiriam. E ao pensar nisso sentiu seu coração pesar menos sobre a segurança de seu aluno, era a sensação de que podia confiar no jovem cavaleiro, de que ele cumpriria sua promessa


“Vá Hiro... prove que você é filho de Kenzo! Mostre-nos o seu caminho!”


Pede o mestre em sua mente para o filho de seu amigo... e também futuro aluno.


Diante do dragão o mesmo se encontrava concentrado, seus olhos verdes fitavam o Arauto corrompido em toda a sua extensão. Sabia bem de seu poder após se último confronto ao qual saiu bem ferido, mas naquele luta foi Soluço quem lutou, agora...


– E então irmãozinho? É só isso? – Questiona garoto de braços abertos. – Achei que o dito Xogum fosse, sei lá... mais forte.


Os olhos dourados do Arauto se desfocam, seu queixo trava em fúria, sua Aura escapa para fora do corpo reagindo as suas nefastas emoções.


– Como ousa seu... VERME!!!


Abre suas asas, as bate e começa a voar.


– Vou desintegrar você! Te transformarei em pó! Para que todos saibam o que acontece com quem desafia o grande...


– Cala a boca! – Brada Hiro erguendo o punho esquerdo diante do rosto o fechando, imediatamente uma torrente de vento verde maciço cai sobre o Arauto corrompido o lançando de volta ao solo!


– Guargh!!!


– Vermes como você não merecem o céu, apenas o chão sujo, fétido e lameado! – Profere o garoto começando a caminhar na direção do dragão. – Mas para você não será o bastante. – Fecha o punho direito carregado de vento e Aura esverdeada. – Você merece o pior dos castigos, aquele ao qual ninguém se lembrará de você, de seus feitos ou existência!


A voz de Hiro saia misturada.


Um verme que usa seus amigos e seu povo como meras ferramentas...


 O menino desaparece novamente aparecendo diante do Dragão


 – Nunca alcançara os céus!!!


E desfere um potente soco carregado com todo seu ódio e repulsa na face do Dragão que não foi ao chão, pois o menino seguro seu braço o puxando para ele aplicando diversos Raijins no corpo do Arauto corrompido, socos que não eram sentidos pelo jovem Arauto, mais por aquele que o controlava.


– GUAAAHHHHH!!!


“Tadashi!!!”


 O samurai decaído assistia incrédulo seu mestre rodopiar, pelo chão, marcas de hematomas a surgirem por todo o seu corpo enquanto sangue escoria de seus poros e jorrava de sua boca.


“Como isso é possível!? Ele está acertando a marionete, mas os danos  estão indo para Tadashi!”


O espirito das sombras se aproxima de seu Regente que ergue a cabeça, no entanto sua consciência volta para o dragão a tempo de ver o menino largar o braço do dragão, girar pelos calcanhares acertando a sua garganta a com mão direita aberta, despois girar novamente acertando o queixo com as costas da mão esquerda, parou de seu giro ficando de costas para o alvo atordoado, fechou o punho direito o rodeando com Aura e começou a golpear seu peito com as costas da mão uma, duas, três... cinco vezes antes de finalizar com um chute em seu queixo e um último soco gritando: 


– Hoten!


O coração de cristal do dragão tremeu, um leve trinco se formou por sua extensão liberando descargas de energia internas vaporizando alguns dos micros robôs que estavam presos e por alguns segundos os olhos do dragão deixaram de ser dourados, voltando a ser verdes e sua Aura corrompida a ser pura novamente.


Ahhhhh!!! – Um gemido de dor ecoou da garanta do jovem e o cavaleiro percebeu que não era o de seu irmão.


– Quase!!! – Brada o menino que não perdeu tempo avançou, pulou e aplicou uma serie de chutes carregados de Aura no peito do dragão. – Hagan!!!  – A sequência de chutes empurrou o dragão para trás, assim como seu mestre que se chocou contra uma parede destruída. Seus órgãos internos eram esmagados pela sequência de golpes de Hiro e aos pouco o todo poderosos xogum perdia a consciência


“Não desmaie!!!” 


Grita o espirito ao ver os olhos de seu regente ficando sem foco, quando sentiu sua consciência voltar para o dragão percebeu o menino fincar o pé direito no chão, segurar seu chifre esquerdo, jogar a cabeça para trás e vir com ela com tudo acertando sua fronte!


– Koho!


Exclama o pequeno gênio ao atingir mais uma técnica no dragão que começa a cair, assim como Tadashi que escorregava pela parede, completamente apagado. As nano máquinas começaram a ser desligar dentro do jovem Arauto que do abismo onde estava começava a ver uma luz.


“Hiro...”


Sua consciência estava voltando, seu corpo e sua mente estavam retornando ao seu controle, logo ele estaria de voltar junto com seus amigos, mestre e juntos poderiam enfim deter Tadashi.


“Só mais um pouco, só mais um...”


Murmurava liberando sua Aura que saia para fora do corpo. Seus amigos e mestre viram o brilho emitido e começaram sentir sua presença.


– Soluço! – Rapunzel grita pelo nome do amigo já não contendo mais suas lágrimas.


– Volta parceiro!!! – Brada Jack com toda as suas forças.


– Mais um pouco, mais um pouco meu jovem! – O mestre exclamava com o punho sobre o peito


– Soluço... VOLTA PRA GENTE!!! – E por fim Mérida que gritou por aquele que ela ama e sentido todas aqueles sentimentos chegando até ele não teve mais medo ou dúvida. Estava voltando para casa e nada nem ninguém poderia detê-lo.


Era o que ele pensava...


Quando estava preste a sair pela luz, algo segurou seu pé o impedindo de prosseguir.


“Mas o que?!”


Olhou para baixo e viu que seu tornozelo esquerdo estava envolvido por uma grossa corrente negra.


“De onde isso.... UAAAAHHHH!”


O jovem não teve tempo de perguntar, pois foi puxando de volta para a escuridão, a saída, a luz de sua esperança ficou mais e mais longe. Quando parou se chocou a um chão completamente cinza onde outras correntes negras envolveram todo o seu corpo o deixando imobilizado.


“NÃO!!!”


Ele tenta se soltar mais era inútil, aquelas correntes pareciam ser feitas de pura titanita, impossibilitando-o de usar magia ou até mesmo manifestar sua Aura. Estava preso... novamente...


“Não... eu estava preste a sair! Como isso foi...”


“De fato, você estava. Mas eu não poderia deixar.”


Os olhos de Soluço se arregalam, sua alma treme ao ouvi o som daquela voz ecoando por seus ouvidos, nefasta e carregada de ódio.


“Quem...?”


“Quem eu sou?”


Entoa a voz.


“Sou alguém que não vai deixar meu estupido Regente estragar meus seiscentos anos de espera!”


De ante do Soluço, sombras disformes surgem pelo chão e das correntes que o prendem. Elas convergem diante dele e aos poucos vão tomando a forma de um imenso e assustador...


“Samurai...”


O samurai se ergue, fita o Arauto com seus olhos cor de rubi que cintilam, para depois olhar o céu onde a saída estava aberta.


“É como dizem... se quer algo bem feito...”


Olha novamente para o Arauto que estava aterrorizado, era inteligente o bastante para saber o que aquele samurai iria fazer.


“Não... por favor não!”


“... faça você mesmo!”


Declara o espirito das sombras ignorando o clamor do jovem Arauto que usa todas as suas forças para se libertar e impedir o demônio, mas já era tarde. Se transformando em uma massa de energia negra o samurai decaído ascendo para o céu escapando pela fenda aberta pelo cavaleiro deixando o jovem e indefeso dragão sozinho... no escuro derramando suas lágrimas que não eram ouvidas ou sentidas por ninguém, apenas por sua amada que estava a quilômetros de distância ao qual sente grossas lágrimas escorrem por sua face.


– Asty? – Elsa se preocupa ao ver sua amiga chorando sem motivo algum. – Tá tudo bem?


– Não... não tá. – Responde a guerreira sentindo seu coração doer. – Soluço...


A guerreira olha para o céu azul de Burg pensando em seu amado, enquanto sobre os céus noturnos de San Franskyo o jovem cavaleiro observa seu adversário parar de cair. Seu pé esquerdo afundar na areia, seus punhos se fecham e sua Aura verde retorna a cor negra, muito mais densa e forte do que antes o que fez o menino sentir um calafrio.


– Essa Aura...


Ela não era familiar para ele, mas já para seu Espirito Guardião, o professor e o ex-lupino...


– Não poder ser?!


Mais essa Aura é a do...


“Hiro petega-se!!!”


Brada o espírito do vento na mente do menino que arregala os olhos ao ver o dragão arquear o corpo para frente e de sua boca lançar uma enorme torrente de chamas negras sobre ele. Na mesma hora seus braços são envolvidos por fortes correntes de vento verde ao qual estende bloqueando as chamas.


“Mas que merda é essa?!”


Questiona o menino sentindo o calor das chamas, mesmo com seu poderoso vento. Atrás dele Mérida estava estática não entendo nada o acontecia, seu amigo estava voltando e de repente sua Aura desaparece e outra ainda pior surge em seu lugar agora.


– O que tá acontecendo... SOLUÇO?! – A princesa se levanta e tenta correr, mas sua cintura e segurada e seu corpo se move em instantes, logo já estava longe do fogo e ao lado de sua amiga loira.


– Méri! – A princesa loira abraça com força sua amiga.


– Zie? – A ruiva se assusta. – C-Como eu...


– Aquele cara de capa vermelha te trouxe até aqui! – Explica Jack agachado.


– Capa vermelha? – A princesa olha para o lado e vê o companheiro de Hiro mais a frente junto de seu professor que assistiam atônitos o embate.


– Daigoro... essa Aura é...


– Não há dúvidas nenhuma... é ele!!! – Confirma o ex-lupino sentido a inconfundível Aura de seu... – Mestre!!!


Hiro por sua vez encarava a torrente de chamas negras sem titubear. No entanto começou a perceber que as chamas envolviam seu vento o consumindo, logo as terríveis chamas a consumiram por completo.


– Hoje não seu maldito! – Exclama o menino que canaliza sua Aura para as palmas das mãos as batendo umas nas outras criando uma onde vácuo que reverbera pelo ar extinguindo as chamas do adversário o afastando um pouco.


O silencio se propagou pelo deserto, nenhum som vivo ou da natureza se fazia presente, todos prendiam respiração alertas a qualquer movimento dos guerreiros e quando o silencio parecia dura uma eternidade ele se manifestou.


– Realmente... você é patético Tadashi. – Diz o Arauto olhando para suas próprias mãos. – Você estava no controle de um ser tão esplendido e tudo o que fazia era ameaçar, debochar, ri e se achar o máximo... que merda de Regente eu fui arrumar!


Hiro que estava mais próximo balançou os braços fazendo os vestígios de chamas que ainda estava sobre seus braços se apagarem e com um estalar de dedos invoca uma pequena lufada de vento debaixo de sua espada que é lançada para o alto em sua direção, caindo ao seu lado ao qual já a pega a brandido diante do adversário.


– Pensei que eu só o enfrentaria quando estivesse cara-a-cara com o Tadashi, está fugindo do roteiro... nobre samurai?


O Arauto ri ainda de cabeça baixa.


– Pois é, mas sabe como é. As vezes algumas mudanças no roteiro... são necessárias.


Ergue sua cabeça e os alunos de Draconia e os persocon de imediato tremeram de medo. Os olhos antes dourados do dragão agora estavam vermelhos, marcas negras cobriam sua face e se estendiam por todo o seu corpo dando uma aparência ainda mais aterrorizante ao jovem Arauto. O sorriso zombeteiro havia sumido, dando lugar a uma expressão muito mais séria e focada. Diante deles não estava mais Tadashi, mais sim o lendário executor real ao qual esperou seiscentos anos para enfim ter sua vingança e seu nome era...


– Hagamoto Kagemitsu! – Entoa o jovem cavaleiro ao ver das sombras do Arauto o tenebroso samurai emergindo, planado sobre ele.


– Hiro Hamada... é um prazer enfim conhece-lo! – Devolve o samurai decaído.


E assim, depois seis séculos, o samurai decaído encontra o atual Regente do Espírito Guardião do Vento e da Sabedoria. O passado e o presente de Yamato se reencontram naquela fatídica noite iluminada pela Brave Vesperia...


 



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Autor(a): Ash Dragon Heart

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48

    continua!!

  • Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24

    oii! continua, vou ler!

    • Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55

      Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!


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