Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Yamato podia ser o lugar mais belo e prazeroso para ser viver, afinal... não faltava nada lá. Havia comida e recursos em fartura, moradias decentes onde todos sem exceção podiam dormir sobre um teto, sejam eles pobres ou ricos. Entretanto, esse paraíso não estava livre de infortúnios.
Traições extraconjugais era um ato comum na terra do oriente, assim como no resto do mundo. Homens e mulheres traiam seus próprios companheiros na simples busca por prazer, em alguns casos inveja, ou até na busca por poder. Afinal ter um relacionamento com alguém importante podia ser extremamente vantajoso.
Algumas pessoas largaram suas famílias e foram em busca da conquista pelo poder através da venda de seus corpos. Alguns conseguiram, mas a maioria não e como resultado perdiam tudo e muitas das vezes voltavam carregando um “peso” extra.
Bastardos, como era chamados os bebes nascidos dessas relações mesquinhas e avarentas. Bebes inocentes que acabavam pagando pelo pecado de seus progenitores, alguns eram entregues nas escadarias dos templos onde eram criados e educados pelos Monges, outros eram simplesmente largados na sarjeta à espera da morte.
E um desses bebes foi ninguém menos que...
No meio do deserto de San Fransokyo.
– UUUUUUUUAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!!
O grito do jovem cavaleiro ecoou pelo ar da noite, mal sentiu a lamina de seu inimigo o cortando, foi rápido e limpo, um golpe preciso desferido por alguém que já usa uma espada a muitos e muitos anos. O que realmente ele sentiu foi seu estrago.
– Grrrr!!! – Rangendo os dentes o jovem chuta o abdômen de seu oponente, não lhe causando nenhum dano, mais pelo menos conseguiu se afastar. Logo caiu de joelhos suando frio enquanto apertava seu ferimento com a mão esquerda. – Desgraçado! – Xinga enquanto observava com seus olhos em chamas seu inimigo sorrir para ele com sua Dorimerukki em sua mão direita... e seu braço na esquerda.
– Sabe... para um cavaleiro você têm uma pele bem fraquinha, he, he. – Debocha o demônio largando o braço do menino criando uma poça de sangue rubro sobre seus pés. Afastado, o grupo de Draconia encarou aquela cena aterrorizado.
– HIRO! – Rapunzel gritou pelo menino já sacando sua varinha e já ia correr para socorre-lo, porém foi detida pelo professor que segurou seu pulso com firmeza.
– Rapunzel, não saia daqui!
– Mas professor o Hiro ele...
– Se você for até lá você morre! – Brada o mestre sem titubear fazendo a princesa de longos cachos arregalar os olhos em espanto.
– Ele está certo.... Rapunzel.
A princesa de Corona sente um calafrio ao ouvir aquela voz dizendo seu nome. Olhou para frente e viu Soluço olhando para ela.
– Se o Hiro que é um cavaleiro perdeu um braço só com um golpe meu, imagine o que eu faria com esse seu lindo pescoçinho? – O Arauto corrompido sorri erguendo sua espada perto do rosto que reluz um brilho negro e Zie cobre o pescoço sentindo como seu algo tivesse passado por ele. Achou que sua cabeça iria cair ao chão naquele momento, mas nada aconteceu, aquele sentimento foi apenas a sede de sangue do demônio que possuiu seu amigo.
– Pela... Deusa...
– Não é porque o Tadashi tem uma tarã por você que eu te pouparia, caso resolvesse me interferi, não é?
A princesa engole seco, ela havia pensando justamente naquilo.
– E o mesmo vale para vocês, Mérida e Jack!
A ruiva e o albino arregalam os olhos.
– Não é porque estou lutando que eu não percebo o que acontece a minha volta, então... abaixem essas Auras!
O dois magos adolescentes se entreolham, estavam mudos, apenas trocando olhares, não precisavam dizer nada um para outro para planejar e executar um ataque. Eles planejavam aproveitar a distração de Hagamoto durante o confronto e ataca-lo, ajudando assim Hiro a expulsar o demônio do corpo de seu amigo.
Entretanto.
“Ele percebeu nossa estratégia mesmo focado na luta com o Hiro!”
Exclama o mago do gelo furioso.
“Será que ele cortou o braço do Hiro de propósito para mostra que ele pode fazer o mesmo conosco sem pestanejar?”
Questionou a princesa ruiva.
E a resposta foi...
– Se entenderam, fiquem quietinhos aí e só observem, se não... – O Arauto gira sua espada pelos dedos pondo sua lâmina bem na sua garganta, tal ato deixou o mestre e os alunos aterrorizados. – Eu corto a garganta desse moleque em um piscar de olhos... fui claro?
Como não seria?
– SOLUÇO!!!
– DESGRAÇADO!!!
Bradam a princesa ruiva e o mago do gelo.
– Seu tolo! Se fizer isso perdera seu precioso receptáculo! – Exclama o mestre.
– Pode ser... mas depois eu posso trocar de receptáculo. Por exemplo posso pular para o corpo do Jack, quem sabe.
– O quê?! – O professor fica incrédulo ao ouvir aquilo.
– Ou quem sabe pro da Mérida, ou da Rapunzel... não importa! Eu tenho vários receptáculos ao meu dispor!
O trio se encara assustados com aquela revelação e imediatamente seus olhares se voltam para talvez o único que pudesse lhes dar uma resposta.
– Walter... isso o que ele disse... é verdade? – Questiona Jack para o androide que não responde. Seu olhar estava fixado no dragão em uma profunda e detalhada análise.
“Estamos lidando com uma ciência que nunca vimos, uma que mistura magia e outros componentes espirituais, ao ponto em que uma entidade pode caminhar livremente passando de individuo para individuo, como se fosse um vírus!”
Os olhos de Walter se arregalam.
“Um vírus, ao qual o progenitor é...”
– Sensei!
– Sim?
– Me diga... um Espirito Guardião precisa de uma Relíquia para habitar neste mundo... certo?
– Correto. – Confirma o mestre. – Mais precisa ser um objeto que pertenceu ao falecido em seu tempo de vida.
– Entendo... e pode ser qualquer um?
– Desde que seja o objeto que ele mais use... no caso dele sua espada o que o torna um do tipo Armamento.
– Armamento?
– Isso por que sua principal objeto em vida era uma arma. – Explica Jack. – Qualquer outro que não envolva armas se chamam Relicários, exemplo o anel do Hiro.
– Entendo... como a presa que o senhor Wolf carrega no peito.
– Isso mesmo. – O ex-lupino toca em seu peito. – Mas como você...?
– Meus sensores detectaram como sua principal fonte de energia um objeto pontiagudo localizado em seu peito, junto com uma pequena mais incandescente chama a envolvendo.
– Impressionante. – Diz Wolf surpreso, não esperava que o Persocon tivesse olhos tão bons ao ponto de ver seu interior, ele realmente era um excelente aliado.
– Senhor Walter, o que saber sobre o básico das Relíquias ajuda em nosso problema? – Questiona Rapunzel aflita.
– Tudo minha cara! Tudo! – Vocifera o androide para espanto de todos. – Sensei, última pergunta... é possível... um espírito trocar seu objeto ao qual habita?
Ao ouvir aquilo o coração de Kojiro tremeu, a pergunta do Persocon ativou uma antiga memória de alguns anos atrás ao qual Archer, seu superior havia comentado sobre os tipos de espíritos que habitam as Relíquias.
“Alguns espíritos ficam presos nas Relíquias até conseguirem cumprir seus deveres que não puderam cumprir em vida. Depois disso o pacto é encerrado e o espírito pode ascender ao nirvana e pôde descansar em paz ou quem sabe reencarnar. Entrando, também existem os espíritos obsessores ou insatisfeitos, que não ficam satisfeitos apenas em cumprir sua missão, querem mais, querem apreender mais, querem continuar por mais tempo neste mundo, aprendendo e tentando ‘viver’ o máximo possível. Mesmo quando sua Relíquia principal é destruída eles simplesmente ‘pulam’ para o outro objeto que tinham em vida e assim, podem permanecer neste mundo por muito mais tempo sem sequer serem percebidos... eu os chamo de...”
– Desgarrados! – Brada o professor em fúria! – Espíritos que não se limitam apenas em um objeto, mais em vários, mesmo que seu poder diminua ainda apodem tentar influenciar esse mundo!!!
– E com isso podem mudar de tipos de Relíquia... certo?
O professor não respondeu apenas meneou a cabeça em confirmação para desespero dos alunos.
– Tá de sacanagem!!!
– Isso não é possível!
Jack e Rapunzel gritam perplexos.
– Então foi por isso que ele conseguiu entrar no Soluço... por que ele carregava algo desse espirito... as... as... – Mérida se toca sentindo seu corpo tremer, não conseguia proferir o nome daquelas coisas horrendas que circulavam por todo o seu corpo.
– Sim Mérida, as nano máquinas. – Responde Walter deixando a princesa devastada.
– Por Althena...
– Esperem um pouco! Para ele fazer isso as nano máquinas teriam quer ter algo dele! – Indaga Wolf. – A Dorimerukki não pode ser, já que ela estava inteira, então o que...
– Daigoro... – O mestre interrompe o discurso do Regente das chamas.
– Hum?
– Lembre-se que na terra de Yamato, após a morte de Hagamoto todos os seus objetos pessoais foram colocados juntos em uma cabana velha num lugar esquecido por todos?
Como ele não se lembraria, afinal foi o último lugar que esteve e onde sua vida mundana se findou.
– O cemitério dos indigentes. – O ex-lupino se vira imediatamente para seu antigo mestre e olha para sua imagem e ele entendeu o que o samurai decaído usou. – A armadura dele!!!
– Exatamente! – Conclui o mestre. – A Armadura dele ficou junto de sua espada, Tadashi deve ter recolhido tudo, inclusive sua presa que foi usada na construção do VNT ao qual você se tornou!
Os olhos do Regente se turvam em ódio, o calor a sua volta aumenta na mesma intensidade de sua fúria.
– Quer dizer então que o principal objeto dele era...
– Criar meu próprio exército. – A reposta de Wolf foi respondia pelo próprio samurai que continua. – Era evidente que sozinho eu nunca conseguiria mudar este país, então tive que espalhar minha vontade por esta terra, a começar pelo quarteto de idiotas e os ciborgues que seriam minha tropa de elite, depois o povo e por fim... – Abre os braços encarrando o céu escuro. – ...este mundo!!!
O grupo todo fica perplexo com aquela revelação, então o objeto de Hagameto e Tadashi não se limitava apenas aquele país, mais sim...
– Seus miseráveis! – Xinga Jack.
– Vocês não podem fazer isso! As pessoas não são brinquedo para vocês a usarem como bem entenderem! – Grita Rapunzel demonstrando uma fúria incomum pra ela.
– Vocês realmente não passam de dois loucos desvairados!!! – Brada Mérida.
– E quem disse dois?
– Ah?
O grupo se cala.
– É claro... tudo faz sentindo agora.
Todos se voltam para quem proferiu aquelas palavras.
– Seu objetivo nunca foi tornar o Tadashi xogum, você só usou ele porque precisava de um Regente de verdade para ativar todas as Relíquias misturadas as EX-Nanomáquinas e assim criar seu próprio exército... muito inteligente devo admitir.
O menino se levanta, seu rosto suando muito ainda, mas seus olhos ainda mantendo a chama de antes.
– É logico que alguém que já matou um xogum nunca se dignaria a ser curvar diante de outro, muito menos um louco mimado como aquele... não... o que você quer é um sacrifico para que o Fortinbras possa vir pra cá! Afinal ele precisa de um receptáculo para tal e tem que ser alguém com alma podre e cheia do sentimento negativo igual ao demônio... que no caso dele... é a Avareza!
Os olhos de Soluço brilham e um sorriso surge em sua face.
– Você remente é digno de ser o regente de Kazedori.
– Obrigado pelo elogio! – Agradece o menino sorrido debochado. – O que falta nisso tudo... é a sua recompensa!
– Recompensa? – Indaga o mestre.
– Sim professor, ele não se curvaria a um Lorde da Calamidade sem um forte objetivo em mente. O qual deve ser um que todos os Espírito Guardiões um dia já desejaram pelo menos uma vez...não é Hagamoto?
E o sorriso no rosto de Soluço se alarga, aquele menino havia descoberto até isso, até seu mais obscuro e ambicioso segredo. Ele realmente era um adversário altura... e também acabara de se tornar por completo seu maior obstáculo em seu maior plano.
“É como eu disse para aquele fresco do Tadashi... ele devia ter matado esse garoto quanto teve chance!”
Exclama o samurai dentro de sua mente ao qual segura com força sua espada e dá um passo à frente pronto para avançar e cortar o corpo do menino em dois, isso se ele conseguisse andar.
– Mais o que?!
– Da próxima vez não fique parado em um lugar com uma parte do meu corpo por perto... ela pode ser toxica pra você!
Os olhos de Soluço se arregalam, do braço decepado de Hiro plantas verdes e belas germinaram, seu sangue absorvido pela areia criou um tapete de grama verde em instantes no meio do deserto, assim com uma pequena possa de água límpida. Aquela bela visão causou ascos no demônio que queria vomitar, mas nem isso conseguia pois seu corpo enfraqueceu, aquela pequena visão do verdadeiro e belo mundo de Gaia era o inferno para ele.
– Maldição!!!
– Não xinge algo belo seu cretino! – Responde o garoto que se lança em uma corrida. – Da próxima vez evite ficar se gabando e lute... – Salta dando uma cambalhota no ar. – MAIS!!! – Brada o menino acertando um chute duplo no peito do dragão.
– Amadori-ryu- Tsuinkurõ no eikyõ!!! (Estilo do Pássaro Celestial – Impacto das Garras Gêmeas!!!)
O corpo do Arauto e lançado para longe após o impacto da técnica do menino, novamente seu receptáculo quase perdeu a consciência, mas ele não deixou, aplicando sua Aura com mais força aos sentidos do dragão o fazendo reagir, se recompor, rolar pelo chão, se agachar e se lança contra o menino que pousa exatamente no pequeno jardim, pega seu braço decepado o colocando no lugar, fechou os olhos e uma Aura pura esverdeado rodeou aferida. Hagamoto viu ali uma chance de ouro, não precisava ser um gênio para saber o que o menino estava fazendo.
“Ele está regenerando o braço cortado!”
Diferente dele que contava com as nano máquinas e o poder do Abismo para lhe curar constante mente o menino tinha pouca Mana a sua disposição, ou seja, teria que se concentrar e ficar parado para se curar o que em uma batalha é algo totalmente insano!
“Você lutou bem pirralho, mas tentar curar seu braço foi seu maior erro!!!’
O Arauto corrompido abre suas assas e se lança em um voou rasante contra o menino, sua espada criando um rastro negro pelo ar cotando a mana já fraca do lugar a matando. Ele não conseguira se defender de um golpe veloz daquele e a queima roupa e Yamato estava longe, ele não tinha nada pra se proteger nenhum escudo e nenhuma espada.
– HIRO-SAN!!!
– HIRO!!!
– SAI DAÍ!!!
Walter, Mérida e Jack gritam em pânico, Rapunzel cobriu os olhos, assim como Miku e os outros persocon. Wolf por impulso colocou sua mão sobre sua Muramasa e já ia avançar quando seu ombro foi segurado por Kojiro.
– O que está fazendo samurai de merda ele vai...
– Pela Gloriosa Deusa Athena...
– Ah?
– Aquilo é...
Hagamoto desceu seu golpe com toda a sua força crente que destruiria seu oponente, mas ele não viu o mesmo que Kojiro, na verdade nenhum deles, somente guerreiros de grande iluminação poderiam velas em suas forma espectrais. Quando a falsa Dorimerukki se chocou houve um clarão que cegou o demônio e todos envolta, quando a luz sessou todos abriram com cuidado os olhos, Zie e Miku que estavam juntas destamparam os rostos temendo ver o pior, mas o que viram foi algo que ninguém poderia imaginar. Hagamoto diante de Hiro imóvel, perplexo assustado e sua espada quebrada... e Hiro intacto!
– Mais o que...? – A princesa loira se pergunta.
– O que... houve? – Mérida não entendia.
– A espada do Hagamoto... se quebrou sozinha? – Questiona Jack.
– Não! – Brada Wolf. – Aquele efeito só é possível quando uma espada se choca contra algo extremamente solido, um escudo ou outra espada de igual força!
– Ou diversas espadas. – Responde o professor.
– Ah?
– Vocês não conseguem velas?
– Velas?
– Professor o que o senhor está?
– GGGGUAAAAHHH!!!
O grupo se cala ao ouvirem o grito de quem eles menos esperavam naquele momento. Soluço recuou para trás largando sua espada, caiu de joelhos e o grupo pode perceber diversos ferimentos em sua couraça.
– IMPOSSÍVEL!!! Não havia nada entre nós, nenhuma magia de proteção nem espada, nem nada! QUEM INTERFERIU?!
Ele se volta para o grupo que estavam tão surpresos quanto ele, menos Kojiro que se ajoelhou, removeu sua espada das costas colocando na areia e em um gesto nobre se curva perante ela.
– Mais o que é isso...? Por que Kojiro está se curvando?!
– É porque ele as viu.
– Ah?
Hagamoto se volta para o menino a sua frente.
– Como mestre deve ter sido muita emoção ver as espadas de seus antigos alunos que você matou me protegendo... justamente da mesma espada que ceifou suas vidas.
– Como é?!
– Não consegue velas Hagamoto? – Pergunta o menino se levantando de olhos fechados. – Foram elas que me salvaram das magias de Soluço e de seus ataques desde o começo eu só precisava de um pouco mais de mana para dar força a elas e graças a você eu consegui.
– Graças a mim? Que história é essa pirra... – O demônio se calou, olhou para o chão onde menino está e a ficha caiu. – Seu sangue!
– Isso, quando vi você usando seu sangue para contaminar a mana a alguns minutos atrás pensei... porque não faço o mesmo!
O sangue de Hagamoto congelou.
– Não creio... você deixou que...
– Sim... eu deixei você cortar meu braço de propósito. – Responde o garoto ainda de olhos fechados surpreendendo a todos.
– Não brinca... – Jack quase cai para trás ao ouvir aquilo.
– Ele não perdeu o controle da luta em nenhum momento... fantástico! – Exclama Walter extasiado.
– Porra Hiro! Não assusta a gente dessa forma! Quase me meto na luta!
O menino sorri.
– Desculpa Wolf, não vai mais acontecer, porque a gora... eu estou 100% recuperado!
O demônio sente um calafrio correr por toda a sua Aura ao ouvir aquilo, quer dizer então que ele ainda não estava em plena forma!
“Não é possível... mesmo que ele tenha passado décadas dentro da Relíquia, ele não iria conseguir chegar ao meu patamar que fiquei por séculos no Abismo, então como?!”
Foi aí que ele se deu conta...
“É claro... Kazedori!!!”
Hiro podia ser uma criança, mais ele tinha como mentor um dos mais antigos Espíritos Guardiões do mundo da magia. Isso compensava os séculos que ele não tinha.
“A inteligência dele e sabedoria de Kasedori os tornam uma dupla terrível, uma união que nunca sonhei em ter com Tadashi ou com mais ninguém! Mais tem algo errado, mesmo que Kazedori esteja sempre com ele não senti sua Aura o protegendo então o que foi que...”
Algo reluziu a sua frente.
“O que foi aquilo? Vi algo na frente dele!”
– Está conseguindo velas agora?
– Velas?
– Isso porque estou dando mais Aura a elas, então é normal que você e os outros só comecem a velas agora. Na verdade ainda estou me acostumando com esse poder... ainda é meio... novo pra mim. – Diz o garoto sorrindo ainda de olhos fechados.
– Poder?
– Sim... um que você e todos aqui desconhecem, um que somente um cavaleiro sabe, pois é isso que eu sou!
Uma lufada de vento cruza o deserto, passando pelo menino criando um som de sinos de ventos balançando o que não passou despercebido pelo outros.
– De onde tá vindo esse barulho? – Pergunta Jack.
– Acho que veio... do Hiro. – Diz Mérida.
– Parece... que tem algo envolta dele. – Diz Wolf serrando os olhos.
– E tem Daigoro e tem...
– Kojiro?
O samurai levanta a cabeça.
– O que está envolta dele é algo que somente o Mago das Espadas e seus Cavaleiros compartilham, um milagre... um dom que os une com este mundo e outro.
– Com este mundo e outro?
– Hiro! – Entoa o mestre. – Mostre-as!!!
O menino meneia a cabeça em afirmação.
– Será uma honra professor.
Ao som da voz do menino sua Aura se expande pelo deserto chegando a todos, fazendo Hagamto se sentir mal, mais o que veio depois o fez realmente tremer... de medo. Em volta de Hiro uma pequena esfera verde surgiu o rodeando, depois outra se ligando a primeira por uma corrente de energia, depois outra e mais outra, até atingirem quatorze.
– Esse é o número de Cavaleiros da Sabedoria que vieram antes de mim, logico não são suas espadas, mas é a regra básica dessa magia, invocar a quantidade exata para que eu saiba... o peso do legado que carrego.
Todos ouviam com atenção o menino e sentiam sua Aura pesada.
– Eu só queria poder... para encontrar o Weltall, para traze-lo de volta e quem sabe me vingar dos idiotas e do meu irmão.
O grupo de Draconia se entreolha.
– Mais então... as décadas foram se passando e a vingança foi se tornando apenas uma lembrança de um passado ruim, onde eu era indeciso, afobado e ingênuo.
– Décadas? – Questiona Rapunzel.
– Sim décadas... – Responde o menino de olhos fechados emanando sua Aura pelo ambiente ao qual começa a ficar húmido. – Eu vivi várias vidas, várias histórias, vários sonhos e todos eles eram de pessoas que começaram como eu... pequenos, de mentes fechadas que se abriram para o mundo... um mundo que precisa ser salvo... ser cuidado... protegido... e amado.
O chão húmido começa a se tornar verde, grama a crescer e flores a brotarem.
– Eu quero que ele veja esse mundo, que ele pinte inúmeros quadros das mais diversas paisagem e belezas que não existem aqui!
Um sopro de vida pairava pelo ar que não existia naquele deserto morto por gerações.
– Eu não sou mais um mero cidadão deste país... eu me tornei parte deste mundo ao qual eu vou lutar para protege-lo!
Longe de Yamato, Noris olhava para a Brave Vesperia sentido o seu coração pulsar junto com o brilho daquela antiga estrela.
– Está ouvindo mãe? Um de seus filhos está acordando. – Ele fecha os olhos. – Ele entoa sua prece pedindo sua ajuda, horando seus antecessores e buscando seus sonhos.
O menino aperta com força seus punhos.
– Eu queria estar lá, lutando ao seu lado...
– Mais você está.
– Estou?
– Sim, afinal... elas estão aqui... aquelas que unem a todos nós.
– Sim! Elas estão!
– Nos circulando.
– Nos envolvendo.
– Nos dando foças.
– Combatendo por nós.
– Nos defendendo.
– Nos ensinando.
– Nos guiando.
– Por que eu sou...
– Por que eu sou...
– VOCÊ NÃO É!!!
Exclama o demônio finalmente entendo o que estava vindo, Hiro estava fazendo aquilo que ele e Fortinbras mais temiam... ele estava se conectando com o Mago das Espadas... ou seja...O Filho de Gaia!!!
– Se eles e conectarem ele vai obter a “MAGNA BLADE!”
Era a carta Magna que o Mago dava a seus cavaleiros plenos poderes para que eles pudessem exterminar os Demônios do Abismo em seu lugar!
Pouquíssimos cavaleiros tiveram essa honra!
– Se isso acontecer ele vai poder matar o...
Hagamoto nem conseguiu concluir seu pensamento, se isso acontecesse, todo o seu ardo plano seria destruído e ele não iria permitir isso, NUNCA!!!
– DESAPAREÇA MOLEQUE DESGRAÇADO!!! – Brada o demônio invocando duas enormes bolas de chamas negras em ambas as mãos as lançando contra o menino que terminava sua oração declarando em fim o que ele era.
– O Osso de Minha Espada!!!
E assim elas brilharam, as chamas de Hagamoto se chocaram contra uma muralha que protegeu seu mestre contra seu ataque. Quando a poeira baixou o que o samurai decaído e os outro viram foram várias, belas e reluzentes espadas flutuando em volta do menino, como um cortejo, prontas para defende-lo de tudo o que o demônio mandasse contra ele.
– Mais o que é aquilo?! – Indaga Mérida confusa. – Nunca vi aquele tipo de magia antes!
– E nunca viu mesmo Mérida, pois quem vê aquilo... dificilmente permanece com vida neste mundo.
– Professor?
– O que é aquilo samurai de merda, aquilo com toda certeza não é uma técnica do nosso povo? – Indaga Wolf.
– E não é mesmo Daigoro. – Responde o mestre. – Aquilo... é a prova de Hiro é um verdadeiro Cavaleiro do Mago das Espadas de corpo e alma!
– O quê?
– Como assim professor? O Hiro já não era um cavaleiro?
– Sim Rapunzel ele é... mas até a alguns momentos atrás ele ainda tinha a liberdade de escolher seu próprio caminho...
– Ah?
– Peraí profe, como assim escolher seu próprio caminho? – Questiona Jack.
– Jack... – O professor se volta para o albino. – Quando um humano aceita fazer um pacto com um dos Quatro Grandes Espíritos Guardiões ele ainda tem a escolha de após cumprir sua missão deixar de ser um Cavaleiro e seguir sua vida como um humano normal, no entanto... – O professor se volta para Hiro. – Quando o cavaleiro forja um pacto com o próprio Mago das Espadas, ou seja, o Filho de Gaia ele deixa de ser um mero ser humano, ser torna um servo do mago, uma de suas espadas, alguém que partilha da fonte da vida e da força do próprio planeta para combater ao lado de seu filho todos aqueles que tentarem lhe fazer o mal... entre outras palavras Hiro se tronou uma “Magna Blade”... uma espada que ceifa todos os inimigos do Filho de Gaia... sejam eles seres mundanos ou não.
O ex-lupino arregalou os olhos incrédulo.
– Espere... isso que dizerem então que...
– Sim Daigoro... agora com esse poder em mãos... Hiro e Kazedori podem enfim terminar a missão que seus antecessores começaram. – O mestre encara o menino e seu velho amigo que finalmente teria seu embate final contra seu arqui-inimigo. Aquela noite marcava o final de uma era e o início de outra na terra de Yamato! – Eles podem destruir Fortinbras definitivamente!!!
Foram essas as palavras de Kojiro antes de Hiro erguer sua mão esquerda tocando uma das katanas que pareciam feitas de vidro na cores de sua Aura e com a mesma estala os dedos e Yamato é lançada no céu, reluzindo enquanto rodopiava até chegar a mão do menino. A põem diante de si e passa o dedo indicador e o meio direito sobre sua lâmina, nesse momento as katanas que voavam brilham ecoando um som, suas Auras convergem para a espada de metal na mão do menino. A Aura e a Mana de Kasedori se juntam à aquele momento solene, pois a antiga espada que significava a “harmonia” daquela terra, agora era banhada pelas forças do Filho de Gaia, tornando-se assim verde, como os olhos de seu dono e do Espírito Guardião e também como o de todos os cavaleiros antecessores que vieram antes dele e se aquilo já não havia perturbado o samurai decaído ele ainda viu uma torrente de vento cobrir o garoto que desaparece, deixando em seu lugar um home adulto, forte, de ar imponente e carregado de uma Aura ofensiva que parecia corta-lo por dentro.
Não precisava de tradução para aquilo, aquela forma nada mais era do que...
– O Modo Regente dele!!!
– Ele virou adulto! – Exclama Jack surpreso.
– É verdade Jack você ainda não tinha visto ele assim! – Comenta Rapunzel. – Se bem que ele está...
– Muito mais forte do que antes Zie! – Completa Mérida. – Será com essa tal “Magna Blade”, ele vai conseguir salvar o Soluço?
– Tudo vai depender do resultado desse embate, se bem que duvido que Hagamoto vá desistir com tanta facilidade. – Diz o mestre para sua aluna.
– Sim... ele vai com tudo também! – Completa Wolf o comentário de Kojiro e foi isso que aconteceu. O demônio segurou sua espada com ambas as mãos, abriu suas assas liberando uma torrente maciça de Aura negra como piche e escura como a cor do Abismo.
– Não me importo... – Múrmura o samurai decaído. – Não me importo de você ter conseguido a “Magna Blade” e o poder para matar Fortinbras, EU NÃO IMPORTO COM MAIS NADA!!!
Sua aura se expande pelo deserto chegando até o céu.
– Foram seiscentos anos de espera e de sacrifício para vir um moleque como você para atrapalhar meus planos, isso eu não vou permitir!!!
– Quem não vai permitir aqui sou eu! – Devolve Hiro com a voz de Kasedori. – Não vou mais permitir que um antigo companheiro continue a macular está terra com seu fútil desejo de vingança! Isso acaba aqui Hagamoto!
As espadas espectrais tremulam envolta de Hiro que ergue sua nova Yamato em riste, na direção do dragão.
– Hora de pôr um ponto final na sua história velho amigo... para sempre!
Declara o Espírito Guardião fundindo sua consciência com a de Hiro que avança sumindo da vista de todos... começava ali a o capítulo final da guerra entre o vento e as trevas.
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
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Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!