Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Ele corria com todas as suas forças, seus pés doíam, seu peito ardia, seus olhos tremulavam em desespero ao ver a figura se distanciando.
– Para, não vai embora!!!
Mas a figura não se mexia apenas se distanciava cada vez mais.
– Por favor não me deixe!!!
A figura alta e metálica caminhava rumo a uma luz verde.
– Não me deixe sozinho!!! – Grita o menino esticando as mãos para o gigante que não respondia. – Por favor!!!
Gritava como se sua vida dependesse disso, mas era em vão... o gigante desapareceu na luz verde sem deixar vestígios e o menino para sua corrida arfando, lágrimas pesadas rolando por seus olhos e de sua garganta explode o nome daquele que lhe deixou:
– WELTALL!!!
Para logo em seguida ele próprio desaparecer acordando daquele pesadelo.
– Huh! – O menino abre os olhos, estava deitando em sua cama, após dias internado finamente pode voltar para casa. Seu rosto estava encharcado de suor, seu peito subia e descia sem parar, suas pernas tremiam como se realmente estivesse correndo por horas. Pois a mão direita sobre o rosto, fechando os olhos, em seguida sentiu as lágrimas quentes escorrendo por seu rosto. – De novo... o mesmo sonho.
Tem sido assim durante várias noites, sempre o mesmo pesadelo, tentava alcançar seu amigo, mas nunca o alcançava e isso frustrava.
– Maldição! – Se levanta da cama e caminha até o banheiro, abre a torneira da pia, enche a palma das mãos com a água gelada e molha o rosto. Ergue a face e olha para o espelho a sua frente, seu rosto ainda estava com alguns hematomas devido aos socos que a amiga ruiva de seu irmão lhe deu. – Vadia... – Rosna o menino.
Se não fosse pela intromissão de seu “querido” irmão e de sua tropa de amigos esquisitos, ele e Weltall teriam prendido Yama. Seria a maior prisão de sua jovem carreira na polícia, mas não foi assim que as coisas terminaram.
Foi nocauteado, seu amigo desapareceu e pior... descobriu que vai para uma Escola de Magia justamente a que seu irmão e seus desafetos estrariam.
– Eu devo ter ficado louco quando decidir ir pra essa escola! – Brada o menino andando até sua escrivaninha onde o pergaminho estava com sua arma por cima dela. Pegou sua gorvement a roda entre os dedos, abriu seu tambor vendo o vazio, fechou o novamente o colocando sobre a escrivaninha para logo em seguida pegar o pergaminho com seu nome.
O olhou com desprezo.
– Magia... – E sem falar nada o joga no lixo. – Quem precisa disso! – Rosna o menino que se senta em sua cadeira e liga seu memory pc.
San fransokyo era de fato a cidade do amanhã, com o advento da tecnologia, os habitantes da cidade já disfrutavam de equipamentos que eram totalmente novos para boa parte do mundo. Monitores gigantes feitos de cristal líquido, equipamentos pessoas de entretenimento e pesquisa. Os memory pcs, a evolução das memory box, maiores e mais potentes e podiam ser usados em casa por qualquer pessoa. Os usurários podiam trocar informações pessoais e fazer pesquisa, tudo isso em um espaço virtual chamado Cristal Net!
Um mudo virtual onde você podia se divertir, saber sobre o mundo, conversar, jogar com pessoas de diferentes partes do mundo e procurar pessoas desaparecidas, no caso do menino... um robô desaparecido.
O menino entra na Cristal Net e checa seu anuncio, uma foto de Weltall com o dizeres em baixo:
“Desaparecido! Robô negro e azul, mede 5,40m e pesa 2 toneladas, qualquer informação entrar em contato, recompensa em gils por qualquer informação valida”
Checou o número de visitas que passava de mil, no entanto se decepcionou com o número de informações:
– Zero... – Murmura decepcionado.
Olhou pela janela, ainda era de madrugada.
– Não vou conseguir mais dormir... – Diz par si mesmo e se levanta da cadeira se dirigindo a sua cama, troca suas roupas de dormir, uma camisa branca e um calção, por uma camisa vermelha junto com seu coldre, uma bermuda marrom e tênis pretos e brancos. Se dirigiu até a escrivaninha e pegou sua fiel arma, abriu a gaveta onde escondia algumas balas reservas, pegou dez no total, colocou uma no tambor e as outras separas em seu coldre. Voltou até a cama e pegou seu casaco o vestindo logo em seguida escondendo a arma e suas balas e por último sua memory box portátil. – Pronto! – Exclama o menino que abre a porta e deixa seu carto.
Em silêncio deixa seu carto e desce devagar as escadas, estava escuro e pelo visto todos dormiam.
– Ótimo. – Pensa o menino que desse as escadas indo para a sala, segurou a respiração ao ver a memory tv ligada, porem só a estática aparecia na tela e deitados em colchões e cobertos por grossas cobertas os quatro amigos malucos de seu irmão. Havia esquecido que eles estavam na casa. – Merda!
As duas meninas dormiam uma ao lado da outra, o menino que socara Weltal dormia perto da tv e o albino estava roncado com o travesseiro na boca e murmurando.
– Minha rainha... me da beijinho... – E beija travesseiro fazendo o menino botar a língua pra fora em nojo.
– São um bando de doidos mesmo!!! – Pensa mexendo a cabeça, quando foi para deixar a sala olhou para eles novamente e suas mãos formigaram, todos eles dormião tão tranquilamente como se nada tivesse acontecido o deixava ainda mais furioso. – Se não fosse por eles... – E sem perceber sua mão direita já estava no cabo de sua arma, estava prestes a saca-la quando se deu conta. – Não... isso seria pouco pra eles. – Retira sua mão do cabo da arma e deixa a sala e por fim abre a porta da rua e sai apressado pelas ruas desertas de San fransokyo.
Estava frio naquela noite, mas ele não se importava era até bom para esfriar sua cabeça e repensar no que ele estava preste a fazer. Ia mesmo atirar neles?
– Vontade não me faltava!
Mas será que isso o saciaria?
– Não... não me saciaria!
Ergue seu rosto e olha para as estrelas.
– Eu quero me vingar deles isso é óbvio, mas matar... não isso seria pouco eu quero que eles paguem... se arrependam... sofram!!!
Cada palavra que ele pensava fazia seus dentes trincarem, sempre teve raiva de seu irmão por abandoná-lo e agora tinha mais gente nesta lista, não se importava quem eles eram ou se eram importantes, haviam conquistado um inimigo em potencial.
A noite prosseguia passando enquanto o pequeno gênio caminhava, passou por pontos turísticos, praças, prédios todos desertos e silenciosos, até que seus pés o guiaram até o cais que era lotado de armazéns abandonados, um em particular estava com faixas amarelas em todas as entradas escrito:
“PROIBIDO A ENTRADA”
Mas ele não quis saber, apenas se agachou e entrou no imóvel e lá dentro ele reviu o mesmo ambiente onde tudo aconteceu. Os refletores estavam desligados, ainda haviam copos e garrafas jogados no chão daquela noite, o palco onde o apresentador narrava as lutas ainda estava montado, com todo o equipamento de som no mesmo lugar. Tudo estava lá intocado, inclusive o imenso ringue cercado por grades onde ele e seu amigo lutaram.
– Parece que foi ontem...
Ainda podia ouvir as pessoas gritando e torcendo, o som dos golpes ainda ressoando em seu ouvido, o cheiro de pólvora de sua pistola ainda impregnado em suas mãos e o gosto de sangue de ser golpeado inúmeras vez no rosto pela ruiva.
– Droga!!! – Brada o menino serrando os punhos.
Havia uma abertura na grade que foi feito pelo amigo de seu irmão, e por esse buraco ele entrou no ringue. Olhou envolta, flashes daquela fatídica noite voltam a sua mente, se posicionou no mesmo lugar onde alvejou Yama, olhou para o chão e seus olhos tremularam ao ver uma pequena peça metálica jogada no chão do ringue.
– Isso é... – Se agacha e pega o pequeno aparelho que estava quebrado, era o transmissor que ele usara na noite da luta, o mesmo aparelho que o pequeno gênio dava os comandos para seu amigo naquela noite. – Achei que nunca mais veria isso.
Olhou profundamente para aquele pequeno transmissor, se recorda do tempo que gastou para cria-lo, tudo isso assistindo e ajudado pelo gigante e ele não conseguiu se conter.
– Weltall... – As lágrimas começaram a cair sem para de seus olhos, o gigante era seu único amigo, sua última recordação de seu pai. Ele nunca soube que fim sua família levou, uma noite seus pais o deixaram a ele e seu irmão com sua tia e sumiram no mundo e nunca mais voltaram. Durante anos se perguntou o porquê de eles terem sumido, tentou perguntar a seu irmão que sempre se esquivava, já sua tia não fazia ideia e assim ele ficou sem saber que rumo sua vida tomaria. Na escola se saia muito bem, conseguia resolver questões que seriam difíceis para uma criança de sua idade, era o melhor aluno e o mais solitário. Ninguém queria ser seu amigo por acha-lo muito inteligente, até caçoavam dele o chamando de menino máquina. Ele não se importava, ou fingia que não se importava, a verdade é que ele estava sozinho, sem ninguém para ouvi-lo ou conversar, ninguém para trocar segredos ou contar sobre suas ideias e invenções. Estava cada dia mais sozinho, mas isso estava para mudar...
No dia que fez oito anos recebeu uma encomenda destina a ele. Uma grande caixa de madeira com seu nome escrito como destinatário, o homem da agencia de entregas disse que estavam com aquela encomenda há anos e que tinham instruções de só entregar na data especifica, ou seja, seu aniversário.
Assinou os papeis e pediu para levarem a grande caixa até a garagem de sua tia, seu “laboratório secreto”, como ele costumava dizer. Lá sozinho olhou a imensa encomenda, se perguntou quem poderia ter mandado aquilo para ele. Sendo curioso cutucou a caixa, foi então que ouviu um som de algo se movendo, como peças de metal, se assustou se afastando da caixa que tremia, com medo correu se escondendo atrais de um velho sofá que estava largado e pode contemplar a tampa da caixa ser arrombada e um imenso homem de metal sair de dentro dela.
Era enorme, tinha um formato humanoide, sua cor era negra e azul, seus pés divididos em três junções que o faziam se mover muito bem, em suas costas duas arestas se que assemelhavam a asas junto de dois foguetes acoplados a suas costas.
Era uma máquina impressionante, o pequeno olhava abismado para o gigante que virou seu rosto em direção ao velho sofá, o menino na mesma hora se escondeu, foi então que ouviu aquela voz pela primeira vez:
– Olá... Você é Hiro Hamada?
– Ah? – O pequenino ergue a cabeça ao ouvir o robô o chamando. – C-Como sabe meu nome?
O gigante responde:
– Antes de ser posto em animação suspensa, meu criador armazenou todos os dados referentes a sua pessoa em minha memória.
– Seu criador? – O menino se levanta.
– Exatamente.
– E... quem é seu criador? – Perguntou o menino e a resposta o deixou sem chão.
– Kenzo Hamada.
Era o nome do seu pai, Kenzo Hamada.
– Meu pai te mandou, então você sabe...
– Infelizmente a localização de meu criador está fora da minha programação.
O sorriso do menino murcha, tinha esperanças que conseguiria alguma informação sobre seus pais com o robô, mas pelo visto eles não queriam ser encontrados.
O pequenino abaixa sua cabeça triste.
– Eu queria que meus pais estivesse aqui comigo... nada contra você sr. robô, mas é que...
– Alpha.
– Ah?
– Meu chamo Alpha... número de série XAT-2090. – Diz o robô para a surpresa do menino que continuou. – Fui programado com as três leis da robótica e preparado para ajudar e servir ao meu mestre em tudo o que ele precisar.
A cada palavra que o gigante proferia fazia seu pequeno coração tremer.
– Você vai me servir?
– Sim, desde que nenhuma ordem entre em conflito com as leis da robótica, estarei a sua disposição... sempre.
O menino se aproximou do gigante, ergueu a cabeça e olhou nos grandes olhos cor de âmbar do robô e proferiu as palavras que os uniria.
– Eu só tenho uma ordem...
– E qual seria?
O menino com lágrimas nos olhos estica sua mão direita e profere:
– Quero um amigo... um amigo de verdade.
E gigante olhou para a criança e depois para sua própria mão direita e a estendeu tocando na do menino.
– Serei seu amigo... mestre.
– Hiro... me chame só de Hiro tá bom! – Responde o pequenino sorrindo.
– Se é o que deseja... Hiro.
Desde então ambos se tornaram inseparáveis, sua tia quase teve um treco quando viu o gigante ficando desacordada por um dia inteiro. Quando voltou a si o menino explicou que o robô era um presente de seu pai. Sua tia ao ouvir aquilo ficou extremamente surpresa, mas feliz. Alpha era uma prova que seu genro e sua irmã estavam vivos! E ela ainda disse que se eles confiaram o robô a ele é porque tinha confiança nele, isso o deixou muito feliz!
Semanas se passaram e o pequeno gênio ensinava tudo para o robô, histórias da cidade, suas fundações que começaram na era Yamato, até a dissolução do Xogum e terem se tornado uma nação independente, sem reis ou rainhas, tudo decidido por um congresso. Esta evolução foi tão bem vista que os Dinotores haviam adotado esse mesmo método em sua terra a ilha de Guarasia!
Alpha fazia tudo com perfeição, desde ajudar nas tarefas de casa, fazer compras, ajudar na cafeteria e espantar fantasma quando o pequenino tinha que ir ao banheiro.
– Hiro conforme minhas pesquisas sobre fantasmas, descobri que eles emitem energia ectoplasma antes de aparecerem e após uma minuciosa busca pelo quarto não encontrei nada parecido.
– E daí! Fica de guarda!!! – Berra o menino de dentro do banheiro.
O gigante sempre foi assim, um grande amigo e protetor e isso ficou ainda mais evidente depois de um fato.
Já com nove anos ele e Alpha assistiam uma luta em sua memory pc em sua oficina. O menino estava eufórico com os golpes desferidos pelos lutadores foi quando olhou para o lado e viu Alpha se levantar assumir uma posição similar a dos lutadores e para seu espanto começar a imitá-los!
– Não brinca!!!
A cada golpe Alpha repetia com agilidade e precisão, quando a luta terminou o menino perguntou o que foi tudo aquilo e o robô respondeu com simplicidade:
– Tenho um chip de memória que me permite sincronizar movimentos de defesa caso sua integridade física seja ameaçada.
– Um chip de memória... quer dizer um chip de combate?!
– Se for colocar desta maneira... sim.
O menino caiu da cadeira ao ouvir aquilo, logo se recompôs e ligou seu robô em seu pc e começou a vasculhar a interface neural do gigante e se surpreendeu com o que viu... Alpha tinha uma interface diferente dos outros robôs, quando se cria um robô é normal programa-lo com várias coisas além das três leis da robótica, mas Alpha não! Sua interface era limpa quase sem comandos!
– Incrível! – Diz o menino espantado. – Sua mente é vazia, ou melhor, tem espaço para várias coisas, como se fosse para que você...
– Aprendesse por conta própria?
– É... Isso mesmo.
O menino havia lido um artigo em um livro que os projetivas de robôs estavam trabalhando em uma forma de expandir o intelecto dos robôs para que eles pudessem se parecer mais com os humanos, deram o nome de I.A (inteligência artificial). Com essa interface os robôs poderiam pensar e tomar decisões por conta própria, mas com o tempo isso foi visto como perigoso, já que os robôs poderiam ficar mais inteligentes que os humanos, sobrepondo as três leis e assim pudesse quem sabe em um futuro... se rebelarem. Então o projeto da criação das I.A, foi descontinuado, mas parece que seu pai não ouviu isso.
– Não é à toa que você apreende tudo o que vê... sua mente é como um livro em branco pronto para ser preenchido!
– E isso é bom?
O menino se vira para o robô e diz sorrindo:
– É maravilhoso!!!
– Fico feliz em saber que você está feliz Hiro. Quer dizer que meu propósito está sendo bem executado.
– Muito amigão... muito!!!
Procurando mais na interface do robô o pequeno gênio encontrou o chip e se surpreendeu ao ver que seu amigo tinha dezenas de golpes gravados!
– UAU!!!
Eram técnicas de combate impressionantes e estavam dividas em níveis 1, 2 e 3. Para ativar os níveis de ataque Alpha precisava acumular energia em golpes simples para aí sim desencadear seus golpes mortais!
– Temos que treinar esses golpes! – Exclama o menino empolgado.
– Há um ferro-velho localizado a algumas quadras daqui, acha que poderíamos treinar lá?
– Com toda a certeza!!!
E assim os dois foram para o ferro-velho e lá o menino pode vera a força do gigante. Ele conseguia esmagar e destruí montanhas de sucatas com facilidade! O pequenino usou uma tela de cristal líquido para gerenciar os golpes do gigante e para ele mesmo memorizar. Semanas de treinamento se passara, depois meses e o pequeno já não precisava mais de tela, havia memorizado todos os golpes do amigo. Criou um pequeno comunicador ao qual podia dar os comandos pessoalmente a seu robô o tornando mais rápido!
Um ano se passou e no seu aniversário de dez anos outra surpresa... uma nova encomenda, um livro e uma caixa envernizada com uma carta.
O menino já maior abriu o livro e percebeu que era oco e dentro dele havia uma pistola.
– Mas o que é isso?!
– Hiro acho melhor ler a carta.
O menino deixa o livro com a arma de lado, pega acarta das mãos de Alpha, a abre e começa a ler em voz alta:
“Hiro... se estiver lendo esta carta quer dizer que algo aconteceu comigo e com sua mãe e não podemos mais voltar para casa”.
O menino arregala os olhos.
“Fizemos de tudo para que você e seu irmão não se envolvessem em nosso mundo, mas o destino parece ter outros planos”.
Ele se senta para em sua cadeira.
“Não posso contar tudo, mas quero que saiba que tanto eu como sua mãe amamos vocês e se não estamos próximos é porque fomos obrigados a isso”!
– Como é que?! – Exclama o menino exaltado.
“Sua mãe e eu estávamos fazendo uma pesquisa revolucionaria que poderia ajudar muitas pessoas e quem sabe... o mundo...”
– O mundo?
“No entanto pessoas com más intenções querem usar nossa pesquisa para fins escusos e sombrios e isso infelizmente colocou nossa família em perigo, eu queria poder ter lhe contado isso pessoalmente, mas infelizmente não será possível...”
O menino já não conseguia falar, apenas lia a carta em silencio.
“Não sabe como eu me arrependo de não poder estar aí com vocês agora, lhes abraçando, brincando com vocês, sendo um pai de verdade..., mas não posso, a única coisa que posso fazer agora é lhe proteger, fiquei sabendo que seu irmão já está estudando magia e com certeza já sabe se defender, mas você ainda é muito novo, por isso enviei Alpha para lhe proteger”.
Olha para seu amigo gigante que tinha sua atenção na carta nas mãos do menino.
“Mais sei que somente ele pode não será o bastante, por isso estou enviando este pequeno presente para você, minha arma pessoal... minha Goverment... uma arma ‘mageslayer”.
– Mageslayer... Matadora de magos! – Olha assustado para a arma e depois continua lendo a carta.
“Ela pode parecer uma arma antiga e antiquada, só cabe um cartucho por vez, mas se um mago for acertado por ela, seus circuitos mágicos entram em pane e suas magias perdem o controle fazendo o usuário sentir uma dor lacerante, isso tudo em uma bala! Se por acaso atirar mais de uma fique sabendo que o mago morrera”.
O menino engole seco.
“A caixa que acompanha a arma contem 100 cartuchos, todos feitos com costelas de gigantes pulverizadas, feitas por mim mesmo”.
O menino abre a caixa e olha abismado as belas balas de grosso calibre que repousavam lá dentro.
– Nossa... – Exclama voltando sua atenção novamente para a carta.
“Espero que elas e Alpha lhe protejam e que Gaia ilumine seu caminho, meu amado filho... com amor de seus pais Kenzo e Misato Hamada”.
“P.S: Confie em seus instintos”.
Ao final da leitura o menino se via confuso, mas com algumas respostas que o atormentavam há algum tempo... seus pais não o abandonaram, o estavam protegendo de algo, mas o quê?
Se levantou e encarou a pistola e as balas, pegou a arma a examinou, abriu sua tampa revelando uma abertura para um cartucho, pegou uma das balas e colocou-a na arma para logo em seguida a fechar, ergueu a arma para uma parede e tremendo puxou o gatilho, o recuou fez com que seu corpo fosse jogado para trás.
– Aí!
– Hiro! – O robô corre para socorrer seu mestre. – Está bem, está ferido?
– Não, tô bem... só que... – O menino se cala ao ver a parede com um furo que aos poucos foi se abrindo até criar um grande rombo. – Uau!
– Incrível!
O menino encara seu presente, seria ela capaz de abater mesmo magos?
– Alpha... vai até o quarto do meu irmão e me traz aquele projeto de ciência magico dele.
– O que você chamou de projeto maluco?
– Esse mesmo! Traz aqui pra baixo, por favor.
Obedecendo as ordens do menino o robô deixou a garagem, alguns minutos depois trouxe uma espécie de cilindro com vários furos.
– Coloque ele em cima da mesa.
Obedecendo o robô coloca o cilindro e depois se afasta dando passagem para seu pequeno mestre que pressiona a tampa do cilindro que se abre revelando uma pequena miniatura de um prédio, parecia algo bobo e sem nexo, mas logo em seguida o pequeno prédio começou a brilhar e uma projeção em larga escala do prédio se formou sobre a mesa, fogos de artifício saíram da projeção, das explosões estrelas foram surgindo e iluminando o teto da garagem. Era uma réplica da escola que seu irmão estudava que com magia podia ser vista por todos, seu irmão dizia que era uma vista fantástica, principalmente à noite e o jovem quis retratar isso naquele projeto que agora estava sobre a mira da arma do menino que recarregou a arma, segurou com ambas as mãos e sem hesitação disparou. Em segundos a bala atravessou o pequeno prédio e a projeção começou a ruir, como um castelo desabando, até a imagem projetada se desmanchava fielmente como a miniatura, logo a bela obra feita por magia não existia mais, apenas uma massa de argila que fumegava restou do projeto de seu irmão.
– Hiro... O que você fez?
– Dei o troco Alpha... apenas isso. – Responde o menino que olhava para sua arma, uma nova herança que seu pai lhe deixou, mas ainda havia a questão... porque eles precisaram deixa-lo, o que os perseguia?
– Só a uma maneira de descobrir que é...
Algum tempo depois...
– Você vai tentar entrar para a polícia?! – Exclama sua tia sem acreditar no que ouviu.
– Vou sim tia, e eu já me decide e não a nada que a senhora possa me dizer que vai me fazer mudar de ideia! – Exclama o menino sério.
Sua tia passa a mão pelos cabelos em choque:
– M-Mas você é só uma criança... nunca vão deixar você fazer parte da corporação!
– Li as regras e editais deles e não há nada falando sobre limite de idade. – Responde o menino. – Posso usar isso ao meu favor.
Sua tia tentou argumentar de todas as formas possíveis, mas o menino não ouvia. A ideia de se juntar as forças policias veio logo depois de ler a carta que seu pai lhe deixou, acreditou que se tivesse acesso a polícia, poderia encontra respostas sobre quem quer que seja que estivesse ameaçando seus pais e quem sabe...
– Acabar com eles...
E assim mesmo sobre os protestos de sua tia o pequeno gênio fez todas as provas da polícia, passou em todas as escritas e na prova de tiro foi perfeito!
Muitos o olhavam incrédulo e sem entenderem porque deixaram um menino participar das provas, mas ele não ligava para isso ou o que diriam dele.
Alguém estava ameaçando sua família e isso ele não ia permitir!
Um mês depois o resultado das provas chegou e para a surpresa de todos... ele havia sido aprovado!
Sua tia, claro... desmaiou!
Naquela mesma noite ele e seu amigo subiram no telhado e lá ficaram olhando para as estrelas, em particular a Brave Vesperia e seu brilho misterioso.
– Sempre me perguntei por que essa estrela brilha tanto. – Diz o menino olhando para a mais alta estrela no céu.
– Li em um livro uma vez... dizem que ela é uma representação de um poderoso rei que a muito tempo atrás unificou o mundo e acabou com todas as guerras.
– Acabou com todas as guerras?
– Sim, foi o que li.
– Interessante, se bem que é puro faz de contas. – Diz o menino sem ânimo. – As pessoas tendem a acreditar e se entregar a histórias fantásticas para fugirem da realidade... que na verdade é bem mais sombrio e cruel do que podem imaginar.
– Entendo...
Alguns minutos se passaram enquanto ambos olhavam para o céu estrelado foi então que o gigante sem se virar diz:
– Hiro... posso trabalhar junto com você na polícia?
– Hum? – O menino vira o rosto na direção do amigo. – Perai... você quer se juntar as forças policias também?
– Não. – Responde o robô. – Como robô, minha programação não permita que eu fira outras pessoas, apenas armas, maquinas sem intelecto ou VNT (veículos não tripulados) podem ferir outras pessoas. Já um robô não pode.
O menino ouve aquilo sem entender muito bem o que seu amigo dizia.
– Mas... se você não pode agir contra um humano... então porque que vir junto?
Alpha ficou em silencio por alguns segundos, parecia pensar, seus olhos cor de âmbar fitaram o imenso universo acima deles.
– Devido as leis da robótica um robô não pode matar um ser humano, mas um humano pode matar outro humano, estou certo?
– Sim... esta. – Responde o menino um pouco surpreso pela pergunta.
– No entanto... existem técnicas que um robô pode usar que não matem um ser humano, estou certo?
Uma luz se acende na cabeça do menino.
– É... isso faz sentido!
O gigante então se levanta.
– Então se eu apreender técnicas de combate que não firam humanos poderia ajuda-lo em seu oficio e sem violar meus protocolos ou a lei da robótica. Além do que... posso lhe defender de outras maquinas e VNT que com certeza poderão usar contra você.
O menino estava pasmo, a quanto tempo seu amigo devia estar pensando naquilo?
Realmente havia pensando em uma forma de Alpha o ajuda-lo como parceiro, até levou isso em sua ficha, mas não o recomendaram devido que um robô não poderia atacar um ser humano, mesmo se fosse um criminoso. No entanto... Alpha não era um robô qualquer! Tinha um intelecto próprio e podia tomar decisões por conta própria isso o fazia o melhor protetor e parceiro que alguém poderia querer!
– Alpha... Você é incrível!!!
O robô volta seu rosto para as estrelas e diz:
– Faço o que posso.
– Há, olha só apreendeu até a fazer piada! – Ri o menino.
– Como bem disse... leio bastante.
– Sei!
O pequeno gênio estava feliz, ter seu amigo como parceiro o ajudaria e muito em sua missão, porém faltava uma coisa.
– Alpha se você for me ajudar não podemos usar seu nome original... pode levantar suspeitas e as pessoas que atacaram meus pais podem descobrir sobre nós!
– Também pensei nisso. – Responde o gigante. – Uma troca de nome seria o mais sensato.
O menino se levanta.
– E qual nome poderíamos colocar em você?
O gigante por sua vez voltou a olhar para as estrelas, era estranho o brilho que elas emitiam, o fascinavam. Quando Hiro dormia ficava por horas parado olhando aquele infinito céu coroado. Seu pequeno mestre percebeu aquilo, coçou o queixo e teve uma ideia.
– Acho que sei qual nome podemos te colocar, vem comigo! – Exclama o pequeno que entra pela janela fazendo com que o robô o seguisse.
Lá dentro o menino revira uma pilha de livros que ficavam espalhado sobre seu quarto, da pilha ele tira um imenso livro com o nome de; “Nomes astrais”.
– Você gosta de olhar as estrelas, não gosta?
– Hiro não sei o significado de “gostar”.
– Serio? Acho que você realmente não sabe de tudo amigão! Mais eu te explico.
Se senta com o livro sobre seu colo.
– Gostar é o mesmo que; apreciar, desejar, amar, dar prazer, mais a palavra mais simples que resume esse sentimento é... FELICIDADE.
– Felicidade?
– Isso! Por exemplo, você fica feliz ao ver as estrelas, né?
O robô pensa um pouco.
– Sim... de fato eu me sinto diferente quando olho para elas... é difícil explicar o que sinto, mas me sinto...
– Se sente bem?
E a resposta foi um menear de cabeça do gigante e aquilo foi o sinal verde para que o menino abrisse o livro e mostrasse as figuras para seu amigo.
– Neste livro estão nomes de estrelas e planetas já descobertos pelo homem. Eu pensei... como você gosta de olhar para as estrelas, porque não usar o nome de uma delas?
– O nome de uma estrela...
– É isso aí! Então, vamos procurar!
Alpha não respondeu apenas se sentou no chão e observou seu pequeno mestre abrir o livro e dizer o nome de várias estrelas, constelações e planetas, todos nomes muito estranhos.
Passou se alguma horas e o menino acabou adormecendo, o gigante com cuidado o ergueu do chão e o levou até sua cama. Após acomoda-lo o cobre com seu coberto, apaga as luzes, fecha as janelas e diz:
– Boa noite Hiro.
O pequeno gênio não respondeu, já estava rocando e isso deixou o robô com um sentimento estranho.
– Seria isso o que Hiro chama de... felicidade...
O gigante não obteve resposta, decidiu então arrumar o quarto enquanto seu pequeno mestre dormia, levou menos de uma hora, foi então que pegou o grande livro de Nomes Astrais e o folheou, leu todos os nomes que ali tinham até que chegou ao final onde uma réplica abstrata do universo estava amostra.
– Universo... – E ficou ali encarando aquela imagem por horas...
O Sol já havia nascido e assim o pequeno gênio despertava.
– Uahhh. Bom dia Alpha. – Diz o menino para o robô que estava de costas para ele, mas para sua surpresa ele não respondeu como de habitual. – Alpha? – Se levanta e vai até o robô. – Ei! Tá me ouvindo?
Mas não ouve resposta do gigante que continuava de costas o ignorando e como o pequeno gênio tinha um pavio meio curto, pega um livro e joga na cabeça do robô.
– Hum? – Se vira vendo seu mestre. – Bom dia Hiro, dormiu bem?
– Dormi, mas quero saber porque não me respondeu, te chamei três vezes e você nem respondeu... Por acaso não me ouviu?
– Ouvi sim.
– Ah?! – Aquilo pegou o menino de surpresa. – Ué então porque não respondeu?
– Hiro... conforme minhas diretrizes, só devo obedecer quando meu nome for proferido.
O menino ergue uma sobrancelha.
– Mas eu te chamei pelo nome... Alpha!
E para sua surpresa.
– Lamento informar, mas este não é mais o meu nome.
O pequeno gênio arregala os olhos em espanto:
– Como é que?!
– Isso mesmo... durante seu descanso continuei a procurar um novo nome para mim.
– E encontrou?
– Sim! Veja.
O gigante pega o livro que estava sobre a escrivaninha e o entrega a seu pequeno mestre.
– Este é o nome que escolhi para mim... o que acha?
O pequeno gênio olha para a página aberta, era uma representação abstrata do universo e logo embaixo do desenho a palavra “universo” estava escrita em várias línguas diferentes.
Universitas, universe, galáxia, entre outros.
Mas havia um que estava grafado com uma tinta escura, o menino reconheceu que era a forma que seu amigo grifava notas em livros. Era um nome diferente, mas bem interessante.
– Weltall... Universo na língua antiga dos reis. – Responde o menino surpreso.
– Fiquei por várias vezes olhando para este nome e devo dizer, me senti diferente, estranho, senti-me...
– Feliz?
E o gigante responde:
– Sim... eu me senti... Feliz!
Realmente seu amigo não era um robô comum, a cada dia ele o surpreendia mais e mais e sorrindo o pequeno Hiro responde:
– Que seja então... A partir de agora seu nome será Weltal!!!
O gigante meneia a cabeça em confirmação.
– Obrigado... meu amigo...
E assim ambos Hiro e Weltall formaram uma dupla imbatível no combate ao crime, prenderam dezenas de criminosos graças as habilidades de detetive do menino e a força não letal do robô. Tudo estava indo bem... até aquela fatídica noite de sua separação.
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Já passavam das 03:00hs da manhã e o pequeno gênio ainda estava no galpão, agachado no ringue contemplava perdido o transmissor agora quebrado que usava para dar comandos ao seu amigo. Seus olhos estavam sem brilho, seu espirito estava abalado, pois um dos responsáveis por seu sofrimento foi alguém que deveria ama-lo e protege-lo. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
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Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!