Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Muitas pessoas amavam a magia, adoravam sua forma, efeitos e poder que ela concedia. Graças a magia o mundo pode evoluir, das cinzas do mundo destruído da guerra entre o reino de Arno Londo e os Dragões a magia foi essencial para que a vida voltasse a florescer, tudo isso graças a benção de Atlhena que veio ao mundo para rasgar o véu de sombras que cobria o mundo. Infelizmente nem todos a usavam para o bem, muitas pessoas utilizaram a magia para fins escusos e oprimir aqueles que não conseguia usa-la. Mas se vocês pensam que as pessoas que não usavam magia ficaram parados a mercê dos magos, estão enganados, Althena não deu apenas a magia aos humanos, mas também conhecimento e usando esse dom os não-usuários de magia criaram armas que pudessem enfrenta-los, armas que poderiam inibir e até mesmos destruir magos, sendo assim os humanos puderam enfrentar os magos e sua tirania, essas pessoas que lutavam e matavam magos eram chamadas de Magus Killers!
Dez minutos antes do ataque ao Archibald...
– Hiro está me dizendo que ele não controla todo o e qualquer tipo de metal? – Pergunta o gigante incrédulo.
– Exato! – Exclama o pequeno gênio. – É um blefe que ele usa para intimidar as pessoas, principalmente aquelas que não usam magia!
O robô, no entanto, pareceu não entender.
– Como chegou a essa conclusão?
O menino sorri e explica:
– Pensa comigo amigão, se ele realmente pudesse controlar qualquer tipo de metal... porque ele precisou usá-lo para se defender das minhas balas?
– Oh! – Se tivesse globo ocular e pálpebras com certeza Weltall estaria com os olhos arregalados.
– E mais, se ele pudesse mesmo fazer o que disse, teria feito minha arma estourar ou controla-la e faze-la atirar contra mim, ou pior... te usar pra me atacar.
Aquilo fez Weltall fechar os punhos em fúria.
– Isso nunca!!!
– Calma amigão, eu sei que você não se sujeitaria a isso e lutaria com todas as forças contra o controle dele, mas o que eu tô tentando dizer é que... se ele tivesse o poder que diz que tem ele não perderia tempo atacando um shopping, teria ido para o centro comercial, ou a sede do governo, mais não! Ele veio para um shopping porquê e um lugar pequeno onde ele poderia causar pânico e aterrorizar as pessoas!
– Usar o medo como arma! – Conclui o gigante.
– EXATO!!! Weltall tanto você quanto eu sabemos que o medo é uma arma poderosa, vide os criminosos que prendemos e que usaram robôs para assustar as pessoas e assim cometer delitos... ele está fazendo a mesma cosia, só que em escala maior!
– Entendo, tudo o que você diz faz sentido, mas... como ele controlou o GRAD e as peças de metal do shopping?
E para a surpresa do gigante o pequeno gênio tinha essa resposta.
– Através de um catalizador!
– Como?
– Amigão no mundo da magia, nenhum mago pode usar magia sem ter um catalizador, pode ser uma varinha, um cajado, uma joia, qualquer coisa que o ligue. Ela serve de ligação entre o mundo e corpo do mago, através do catalizador o mago pode realizar seus feitiços, usando formulas para criar ataques ou magia de defesa entre essas coisas malucas.
– Impressionante.
– Não é!
– Mais impressionante ainda é ver alguém que detesta a magia saber tanto sobre ela?
O menino por sua vez sorri, mas não um sorriso de alegria, mas de sarcasmo.
– Amigão, um velho ditado, conheça seu inimigo antes de enfrentá-lo, palavras de Melchior Sabori, o autor preferido do meu pai. Ele dizia isso sempre em seus textos e foi no livro dele que veio a minha Goverment, coincidência?
– Logico que não. – Responde o robô. – O mestre nunca faria nada por coincidência.
– Isso mesmo. – Concorda o menino orgulhoso, seu pai poderia estar desparecido, mais o havia deixado pronto para enfrentar as adversidades da vida e os inimigos que o mundo colocaria a sua frente.
– Agora só a uma coisa que me preocupa, onde está o catalizador dele?
Hiro parecia surpreso ao ouvir aquilo:
– Amigão... você viu, ou melhor, todos nós!
– O quê? – Foi então que Weltall se lembrou da luta contra o GRAD e o estranho liquido prateado que saiu do VNT. – A solução prateada!
– Bingo! – Exclama Hiro. – Ele insere o liquido prateado nas coisas e pode manipulá-las como marionetes, é um metal, só que magico.
– E através dele ele pode realizar seus feitiços como as mãos do GRAD em chamas! – Concluí o robô. – Então o que fazemos para combate-lo?
– Primeiro temos que deixa-lo em uma situação que ele fique encurralado e libere o metal liquido para que depois eu possa usar isto! – Coloca a mão sobre sua Goverment.
– Hiro... sua arma só pode disparar uma bala por vez. – Comenta o robô.
– Eu sei, por isso só vou usa-la quando tiver certeza que vou acerta-lo! – Esse era o único problema da arma que o pai de Hiro deixou para ele. A arma era antiga e seu tambor só cabia uma bala por vez, ou seja, mesmo que ele acertasse o alvo o tempo de recarga era de dez segundos e dez segundos parado diante de um inimigo como aquele poderia ser fatal. Por isso ele precisava de um tiro perfeito.
– Certo e onde faremos isso?
O menino olha em volta até...
– Vem comigo!
Seguindo seu pequeno mestre o gigante o segue até um corredor onde haviam vários vasos de plantas, se dirigi até um deles e explica seu plano que consistia em atrair o mago para aquele corredor, pois ele havia demostrado um certo desejo em ter Weltall, por isso o gigante seria a isca perfeita para atrai-lo.
– Você vai ficar parado no final do corredor esperando por ele, enquanto isso vou me esconder aqui dentro deste vaso, você por sua vez vai esperar ele passar por este vaso para só então ataca-lo!
O gigante ao ouvir aquilo se preocupa.
– Mas Hiro, devido às três leis eu não vou poder...
– Você não vai precisar nem tocar nele amigão. – Responde o menino com um sorriso. – Basta usar aquele golpe que treinamos para desarmar criminosos, lembra?
A mente do robô se ilumina.
– “A ira de Thor”!
– Esse mesmo! – Explica o menino tirando a planta e pedindo para que seu amigo o colocasse dentro do vaso. – Escuta, não importa o que ele faça ou diga, só ataque quando ele tiver passado deste vaso, fui claro?
– Foi sim.
– Então, mãos à obra. – Responde o menino se encolhendo.
– Hiro.
– Quê? – O menino se levanta encarando seu amigo que responde.
– Eu confio em você. – Eram as palavras de um verdadeiro amigo e Hiro em sinal de respeito aperta a mão do gigante e responde:
– Eu também!
Ambos se encaram por alguns segundos até que acenam com a cabeça e assumem suas posições e o plano correu perfeitamente! O Archibald chegou ao corredor, passou sem perceber Hiro escondido, provocou Weltall que só reagiu quando foi o momento certo e agora o mago estava encurralado pelo menino e o robô que viam seu preciso metal flutuar a sua volta.
– Então eu estava certo esse é seu catalizador senhor Archibald?
O mago não respondeu, estava com sua mão direita sobre o ouvido direito enquanto com a esquerda se apoiava no chão para não cair. Sua respiração era pesada, suor escoria por todo o seu rosto e seus olhos azuis não fixavam em ponto algum.
– Impossível.
Murmura o mago.
– Isso é impossível!
Ali no chão ele sentia a vergonha de ter sido enganado por um não-usuário de magia.
– Eu... enganado... por um... por um... por um pagão!
A imagem do robô investindo contra ele e o menino saindo de um vaso de planta e atirando queimavam em sua mente.
– Eu... um arauto da Deusa...
O metal envolta dele se agita fazendo Hiro recuar alguns passos e Weltall assumir sua posição de luta.
– Hiro, meus scanners estão detectando aumento de energia vindos dele.
Por sua vez o menino responde sem tirar os olhos do mago.
– Ahhh, amigão acho que não preciso de scanners pra saber disso! – Responde o menino que engatilha sua arma já pronto para atirar quando de repente o mago o encarra. Um brilho nefasto transbordava de seus solhos azuis, brilho esse que transmitia frieza, ódio, orgulho ferido, sadismo, mais principalmente desejo de vingança.
Ele se levanta encarando o pequeno policial.
– Seu fedelho...
O metal a sua volta começa a se mexer.
– Como você ousa me atacar!
Hiro pode notar que das paredes e teto outras gotas de metal magico brotavam para fora e começaram a se juntar à frente do mago somando com o que ele já tinha.
– Esse deve ser todo o metal que ele espalhou pelo shopping! – Exclama Hiro que vira o metal se juntar pouco-a-pouco e em questão de segundos o metal liquido formou uma esfera prateada que pairava sobre seus pés. Os olhos azuis do mago ardiam em fúria tendo o menino como seu alvo e com um simples levantar de mão a esfera se comprimi e um tentáculo metálico de puro metal liquido voa contra o pequeno policial.
– Mas quê?!
– HIRO DESVIE!!! – Grita o gigante.
O pequeno gênio ouvindo as ordens de seu amigo salta para trás. O metal que se estendeu da esfera tira fino dele, fazendo um leve corte em sua bochecha esquerda, se Hiro tivesse demorado dois segundos para se esquivar sua cabeça teria sido decepada.
– Essa foi por pouco! – Um filete de sangue escorre por sua face que ele limpa sem tirar os olhos do mago. – Parece que finalmente tenho sua atenção, senhor Archibald.
Uma veia se solta da testa do mago.
– Não ouse pronunciar o nome da minha família seu herege maldito!!!
Ao som da voz de seu mestre o metal reage brotando mais tentáculos que avançam contra Hiro. O garoto por sua vez aponta sua arma e abre fogo contra a investida do mago.
O som de aço se chocando contra aço ecoa pelos corredores vazios, tecnologia contra magia se enfrentavam, um para salvar vidas e outro para subjuga-las.
– Avance, corte esse moleque em pedaços!!! – Brada o Archibald que comanda seu catalizador para tacar o menino. A esfera se propaga contra Hiro que se agacha rola pelo chão mirando no Archibald só para ver parte da esfera se dilatar o protegendo de suas balas.
– Merda!
– Acha mesmo que vai me acertar com essas balinhas que mais parecem pedrinhas, está se superestimando garoto!
– Você deveria superestima-lo sim!
– Hum? – O mago vira seu rosto na direção da voz robótica para ver algo cortar seu metal que flutua pelo ar refletindo os olhos cor âmbar brilharem e o robô negro e azul fechar seu punho direito o desferindo contra ele. O medo toma conta do Archibald que comanda seu metal para protegê-lo, só que não ouve impacto. – O quê? – Ao invés do som de impacto, ele ouve barulhos de jatos se afastando, baixou suas defesas e se viu sozinho no corredor, o robô havia o enganado e fugido com o menino. Olhou para os lados e em fúria trinca os dentes e brada; – MALDITOS!!!
Afastado do mago, Weltall corria sendo impulsionando por seus jatos que dobravam sua velocidade. Em seu ombro esquerdo estava seu pequeno mestre que estava sério.
– Caramba, não achei que um catalizador poderia fazer aquilo!
– Também estou surpreso, quem diria que ele podia manipular metal liquido e usá-lo para tantos fins! – Exclama Weltall.
– Pois é, isso vai ser um problema... amigão espera, para ali! – O pequeno gênio manda seu amigo robô parar a corrida, desce de seu ombro e indica uma porta de vidro que de imediato o robô arrebenta com um só chute. Era uma loja de armas e munição. – Ainda bem que conheço as lojas desse shopping de cor. – Exclama o menino. – Amigão preciso que encontre balas de AK-47 para mim, estou ficando sem munição e preciso de algumas granadas também.
– Granadas?! – O robô se surpreende.
– Isso mesmo e explosivos também, se aquele cara quer guerra. – O menino pula o balcão de venda e pega uma winchester fixada na parede, espalha uma caixa de cartuchos pela bancada, abre seu tambor, carregar e a fecha. – Vai ter guerra!!!
Ao ouvir aquilo o robô fica impressionando com a determinação de seu pequeno mestre. O inimigo era forte e mesmo assim ele estava disposto a enfrenta-lo com unha e dentes, mas ele sabia que seu pequeno mestre não estava lutando apenas por seu dever como policial, também era uma luta pessoal dele contra a magia e ele queria mais do que nunca ajuda-lo, no entanto...
– Lamento Hiro.
– Hum?
– Devido as três leis não posso ferir outro ser humano ou atentar contra sua vida, apenas atordoa-lo, queria poder ser mais útil em um momento tão delicado quanto esse.
A expressão seria de Hiro se desfaz ao ouvir o comentário de seu amigo robô. Ele se preocupava tanto com ele que se sentia mal por não poder revidar os ataques do mago, por experiência sabia desse ponto fraco dos robôs, mas se para escolher entre um parceiro humano e Weltall ele escolheria sem dúvida nenhuma seu amigo de aço.
– Não se culpe amigão. – Diz o menino. – Pode não parecer, mais você já está me ajudando... e muito!
O robô encara seu mestre surpreso.
– Verdade?
– Claro! Sem você eu já teria virado espetinho logo no primeiro ataque daquele desgraçado. – Explica o menino checando suas armas. – Eu sei que você não pode ferir outros humanos, por isso quero que se concentre na defesa enquanto eu... – O menino engatilha sua submetralhadora. – Vou abrir aquela porcaria de metal dele nem que seja na marra! – Rosna o menino colocando um colete aprova de balas para se proteger de algum ataque, depois passa a winchester pelo ombro a deixando nas costas, recarrega sua submetralhadora com as balas que Weltall pegou, o restante da munição e as granadas colocou em uma mochila tática e fios de náilon também. – Tô pronto, vamos juntos deter esse cretino e salvar os reféns!
Se tivesse uma boca agora com certeza o robô estaria sorrindo, a determinação de seu pequeno mestre era contagiante e para dar uma resposta à altura ergue seu braço direito com o polegar para cima dizendo.
– Vamos detonar!!!
O menino sorri confiante.
– É isso aí amigão vamos... – O menino se cala ao ver algo. – Peraí o que é aquilo?
– Hum? – O robô olha na direção que seu pequeno mestre apontou e ambos viram um pequeno filete de metal descer pelo tubo de ventilação da loja. O estranho objeto começou a se mexer como se estivesse captando algo, depois parou de súbito e sumiu pelo tubo de ventilação.
– Que merda foi aquela?
– Não sei, mas... – Seu scanner de mana apita. – Hiro afaste-se daí!
– AH?
O chão próximo a eles se parte em uma forma circular perfeita, o balcão a frente deles desaba e do buraco no chão tentáculos de metal surgem erguendo lentamente seu mestre que sorria para eles.
– Achei vocês... ratinhos!
Ambos ficam estáticos ao verem o Archibald aparecer diante deles e assim que pisou no chão ergue sua mão esquerda mandando seus tentáculos atacarem ambos. Hiro não perdeu tempo e puxou a winchester, apoio-a sobre seu ombro direito, mirou e disparou despedaçando dois tentáculos de uma vez só.
– É disso que eu tô falando! – Brada o menino que desvia de outro tentáculo e mira em seu alvo o Archibald. – TOMA ESSA CRETINO!!!
A bala sai do cano da arma e seus fragmentos se espalham, qualquer humano que fosse atingido por aquilo seria estraçalhado, mas para o azar de Hiro aquele homem não era um qualquer.
Seus olhos brilharam e o metal recuou para ele, para depois formar uma barreira à sua volta e Hiro e Weltall puderam ver que o metal enrijeceu aparando as balas com facilidade.
– Não acredito!
– Ele alterou a quantidade de carbono do metal, fazendo com que ele tivesse uma composição mais dura e resistente ao ponto de aparar balas de grosso calibre! – Exclama o robô enquanto cortava alguns tentáculos com seus golpes.
– Precisamente caro homem de metal. – Diz o Archibald que toca em sua barreira que muda seu formato assumindo a forma de um imenso punho, sorri e o lança contra Weltall e Hiro.
– Droga!!!
– Não vamos conseguir desviar! – Exclama o gigante que não pensa duas vezes, corre segura o pulso de seu pequeno mestre e o joga para fora da loja.
– WELTALL!!!
O gigante não responde, apenas se vira e recebe o impacto do imenso punho de aço que o lança para fora da loja o cravando em uma parede.
Os olhos de Hiro se desfocam ao ver o metal se dilatando e prendendo o gigante a parede.
– Não!
– Agora sim, você está do jeito que eu queria.
Hiro olha para a porta da loja por onde sai o mago que caminha calmamente em direção a seu robô que tentava se soltar.
– É inútil, esse metal é composto pela minha Aura, eu posso molda-lo do jeito que eu quiser, posso amolece-lo ao ponto de ele ficar liquido como a água ou duro como o diamante.
Era verdade, Weltall estava usando toda a sua força, mas nem se mexia, sentiu que o metal estava se fixando em seus jatos o impedido de acioná-los.
– Droga!
– Não, não, nem pense em fugir, afinal temos muito o que conversar...
A frase do mago é interrompida por uma rajada de tiros que cortam o ar visando acerta-lo, mas foram facilmente aparados por seu metal liquido. Olhou de relance para a direta vendo o menino agachado com sua submetralhadora em punhos.
– Você.
– Sai de perto dele, seu cretino!!! – Brada o menino que dispara outra saraivada de balas que são aparadas pelo metal magico, aquilo estava deixando o menino furioso. – Covarde!!!
– O que disse? – O mago encosta a mão direita sobre o ouvido.
– Chamei você de COVARDE!!! – Descarrega toa a munição da submetralhadora. – Só um covarde tomaria reféns e se esconde atrás de uma maldita barreira, vem lutar!!!
Um sorriso brota na face do mago ao ouvir aquilo.
– Você é engraçado. – Se vira para o menino. – Covarde você disse. – Ao fim de sua frase um tentáculo avança contra Hiro acertando seu estomago.
– Urgh!!!
– HIROOO!!! – Weltall grita o nome de seu mestre ao velo sendo arremessado a metros de distância.
O menino se apoia no chão tentando se reerguer, porém sente algo vindo de sua garganta e vomita um jorro de sangue. Os scanners de seu amigo robô o analisaram e constataram um ferimento interno no intestino, se ele não estivesse usando o colete recém colocado o tentáculo de metal o teria empalado.
– Um dano grave em apenas um golpe!
No chão Hiro tentava se levantar, mas sente um pé pisando sua cabeça, não precisava ver para saber de quem era o dono.
– Para um verme você é bem resistente, sabia?
– Urg!
– Mas não fique triste, esta é a ordem natural das coisas. – Diz o Archibald com simplicidade.
– Ordem... natural?!
– Exato, vocês no chão e nós magos...
Pisa com mais força na cabeça de Hiro fazendo se chocar contra o piso.
– Argh!!!
– No topo do mundo! – Retira seu pé e dá as costas para o menino. – O que você chama de covardia, chamamos no mundo da magia de estratégia. – Comenta o mago que ajeita uma franja de seu cabelo loiro. – Atacar um lugar público e fazer reféns é uma tática antiga que força seus inimigos a duas escolhas. – Se vira para o menino no chão. – A primeira: negociar com o criminoso a libertação dos reféns dando o que ele quer, só que como percebe minhas exigências não foram ouvidas.
– Exigências?! – Indaga Weltall que tentava se soltar.
– Exato! – Se volta para o robô. – Exigi que me entregassem o metal “metalicana”, um metal raro e com propriedades magicas que foi roubado de minha família os Archibald!
– Metalicana?
– Esse metal é extremamente raro e poderoso, pertenceu a minha família por gerações, até que a Maximilan roubou de nós e o vendeu para o governo de San Fransokyo e começaram a manuseá-lo como um metal qualquer!!!
O metal envolta de Weltall se agita reagindo ao estado emocional do mago.
– Mas... se você só queria o metal por que não negociou com o governo pessoalmente ao invés de atacar pessoas inocentes e tornar-se um criminoso? Se provasse que o metal e de sua família poderia reavê-lo sem causar danos e nem mortes! – Brada o robô que olhava do mago e para Hiro que estava caindo no chão... e não se mexia.
– Negociar pessoalmente... hummm. – O mago parecia pensar até que encarra o robô e responde; – E porque alguém como eu deveria negociar pessoalmente com pagãos.
– O quê?! – Ele não acreditou no que ouviu e o que veio depois.
– Eu sou um mago e devoto da Deusa, eu não negocio... eu obrigo!!!
Um brilho frio toma conta dos olhos do mago, se Weltall fosse humano com certeza teria sentindo um calafrio.
– Obriga!
– Isso mesmo, como punição por terem roubado de um arauto divino, vim castigar vocês e que maneira melhor do que atacar pessoas “inocentes” forçando vocês a escolherem a segunda opção, em um caso de sequestro... atacar o criminoso o matando e salvando os reféns. E como pode ver meu plano saiu perfeitamente, não libertei nenhum refém e vocês tiveram que usar de força contra mim e eu tive o prazer de esmagar seu poderio bélico digamos que... com facilidade.
A cada palavra que ouvia o robô podia perceber o estado metal daquele homem. Aquilo que ele diz ser estratégia era um blefe, o que ele queria era mostrar seu poder, causar dor nas pessoas, faze-las sofrer e mostrando que só ele estava certo, o robô começava finalmente a entender o porquê Hiro odiava magos e um pensamento pavoroso passou por seu cérebro eletrônico.
– O que você fez com os reféns?
– Nada. – Responde o mago com simplicidade. – Só os tranquei no freezer do deposito.
– O QUÊ?!
– Lá eles vão poder ficar quietinhos e não vão me incomodar, foi uma ótima ideia se posso dizer.
Weltall não acreditou no que ouviu.
– Você é louco!!! – Brada o robô – Eles vão congelar até a morte!!!
– E daí. – Responde rindo o mago. – Eles são pagãos odiados pela Deusa, a morte deles será um alento para este mundo, já você meu amigo de metal. – Se aproxima do robô que tenta se soltar. – Vale muito mais que qualquer uma dessas vidas inúteis!
O Archibald então ergue sua mão esquerda e seu metal se afasta do peito do robô.
– Finalmente vamos ver o que a dentro desse núcleo!
– Não...
– Vamos abrir lentamente e extrair esse lindo coração de aço.
Weltall tentava se soltar usando todas a suas forças, mas o metal se solidificou em uma forma ainda mais resistente travando qualquer movimento seu. Sentia sentimentos que nunca pesou ter, sentia algo mórbido e gelado ao ver aquela mão se aproximando e o metal se juntando a ela formando uma garra. O amigo de Hiro estava sentindo o que todo o ser humano sentia ao ver seu fim chegar, esse sentimento era...
– Medo...
– Está com medo? – Ri o mago. – Uma máquina que sente medo, mais um motivo para eu te dissecar!
As garras de aço crescem ainda mais e quando encostou no peito de Weltall ele achou que seria seu fim. Nunca saberia o que foram aquelas imagens que teve depois de derrotar o GRAD, não poderia mais proteger e ver o crescimento de seu pequeno mestre, ele havia falhado.
– Doutor Kenzo... perdão... eu falhei...
E aceitou seu destino até que ouve um estampido, era diferente dos que ele já ouvira durante o dia, era maciço, carregado de chumbo e metal místico, um projetil que visava punir todos aqueles que usavam a magia em proveito próprio e recebiam em seu corpo a marca da desonrar e da vergonha.
O Archibald se vira indiferente, seu metal liquido se ergue para protege-lo, mas algo inesperado aconteceu. Pois o metal retrocedeu como se estivesse com medo abrindo um buraco deixando o projetil passar e acertar o ombro esquerdo do mago!
O corpo do mago recua para trás devido ao impacto da bala, sua mente estava em branco, não conseguia compreender aquela situação. Seu magnifico metal que sempre o protegeu e o defendeu de qualquer dano não o protegeu. Poe sua mão direita sobre o ombro esquerdo, para logo em seguida a retira-la e ver sua luva branca e limpa toda suja de sangue... seu sangue.
– Isso... não é possível!
Olhou para a esquerda e viu seu metal se dissolver libertando o robô.
– Não pode ser!
Ouviu passos vacilantes se aproximando dele, olhou e viu o menino que ele pensou estar morto de pé e apontando uma arma para ele. Seus olhos castanhos brilhavam em ódio puro, sangue escorria de sua testa e cobria parte de sua face que pingava no chão, devia ser impossível para uma criança daquela idade fazer algo daquele tipo, mas não, ele estava de pé e em suas mãos carregava uma pistola que ele não tinha visto.
– Aquela arma...
Observou o menino abrir o tambor e colocar outra bala, fecha-la e mirar contra ele novamente. Por instinto ergueu sua mão direita erguendo sua barreira para defende-lo dessa vez mais forte. Um novo estampido é ouvido, dessa vez o metal não recuou, mas foi transpassado e perfurou sua mão direita.
A boca do Archibald se abre mais nenhum grito sai, vira sua mão direita onde agora havia um enorme furo, ergueu o rosto e viu o menino já próximo a ele descarregar e recarregar a arma novamente e apontar para ele.
– Não...
Mas não ouve clemencia, dessa vez segurando a pistola com uma só mão Hiro atira na cocha esquerda do mago que dessa vez não conteve o grito:
– UUUUUUUAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!
Seu corpo começou a tremer, espasmos musculares tomavam conta de seu corpo, seus circuitos mágicos estavam se destruído junto com partes de seus músculos, sentia sua Aura o abandonando, sangue começa a escorrer por sua boca, nariz, ouvido e pelos olhos. O metal magico se agita como se estivesse sofrendo como o dono, com sua mão esquerda segura seu peito onde sentia seu coração batendo freneticamente que aprecia que ia explodir, nunca em sua vida gloriosa sentiu tanta dor, até que de súbito ele para, sua pele fica pálida, suas veias se sobressaltam e ele tenta esticar sua mão esquerda para o menino que dá um último tiro de misericórdia acertando seu peito, a pólvora feita de costelas de gigantes começa a absorver todo sangue que tinha dentro de seu corpo que seca e vai ao chão, o grande intitulado mago do metal Vincent El-melloi Archibald deixara este mundo como um verme desprezível que era.
Diante do cadáver o menino olhar para sua primeira vítima, fora a primeira vez que ele precisou usar sua Goverment em batalha e outras armas e também foi a primeira vez que ele teve que...
– Hiro.
Matar alguém...
O gigante se aproxima de seu pequeno mestre que tinha uma expressão neutra. Seus olhos estavam vidrados no cadáver a sua frente, sua mente estava vazia e por incrível que pareça serena.
– Eu achei que seria mais difícil. – Diz o menino. – Achei que seria mais difícil puxar o gatilho contra um alvo humano, não que eu já não tenha atirado em alguém, só para desarmar, mas dessa vez não... eu atirei mesmo para...
– Hiro. – Weltall se agacha e toca seu ombro direito. – Você está bem?
Um sorriso brota na face do menino que surpreende o robô que diz com toda a frieza de seu coração.
– Estou ótimo!
O robô não conseguiu responder aquelas palavras, apenas acompanhou seu pequeno mestre se virar e caminhar lentamente guardando sua pistola em seu coldre, pegar sua mochila com as granadas e explosivos que havia pego da loja de armas.
– Foi uma boa ideia ter pego esses granadas, vão servir para abrir o freezer e salvar os reféns. – Olha para seu amigo robô. – Bom trabalho em faze-lo falar dos reféns amigão... mandou bem!
Mas Weltall não disse uma só palavra, não conseguia. Era como se tivesse falhado, pois seu pequeno mestre teve que matar seu oponente para salvá-lo, enquanto ele um robô estava preso as três leis não poderia fazer o mesmo e pela primeira vez ele se sentiu impotente e se odiava por ser uma máquina.
– Se eu fosse um humano... você não precisaria ter que manchar suas jovens mãos com sangue... mestre.
Encarou o cadáver do mago e uma análise começou a ser feita, depois de concluída deu as costas para o oponente caído enquanto uma atualização era feita em seu banco de dados sobre as três leis da robótica:
1) um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal;
2) os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei;
3) um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.
No entanto...
Atualização terminada, modificações concluídas:
1) um robô não pode permitir que seu mestre sofra algum mal;
2) o robô deve obedecer às ordens de seu mestre, exceto nos casos em que tal ordem entre em conflito com a primeira lei;
3) um robô deve proteger sua própria existência e a de seu mestre... a qualquer custo...
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
-
Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!