Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Quantas vezes a mesma imagem lhe passou pela cabeça, ele sentado no chão da garagem mexendo com peças de uma máquina velha que diziam não ter concerto. Nunca aceitava que nada tinha concerto, sempre descobria que não importava o defeito, uma máquina podia ser concertada e para a surpresa de muitos ele provava isso concertando não uma, mais diversas máquinas condenadas ao ferro-velho. Ele queria acreditar que as pessoas pudessem ser assim também, terem defeitos e pudessem ser concertadas, mas para a tristeza do garoto... as pessoas não eram assim. Quando viam que algo estava ruim ou estragado jogavam fora, quantos robôs em bom estado ele viu serem desperdiçados e lançados ao lixo só porque havia saído um modelo novo que só tinha algumas novidades.
Aparências... era como as pessoas viviam, por isso preferia as maquinas, pois elas não mentiam, eram sinceras, verdadeiras e companheiras quando os humanos falhavam em sua tarefa mais simples... serem unidos.
Hiro caminhava agora por aquele mesmo lugar, depois de andar madrugada afora com sua cabeça perdida em lembranças seus pés lhe guiaram para seu outro “lar” o ferro-velho, lá andando tendo pilhas e pilhas de lixo eletrônico e vários contêineres que se abriam parcialmente onde robôs antigos e abandonados olhavam para ele.
Caminhou por mais algum tempo, até que chegou a área dos robôs lutadores, ou o que restou deles. Lá desmontados e fora de uso estavam centenas de robôs que lutaram ano após ano no ringue do maior campeonato de lutas do mundo o “Real Steal”. Particularmente Hiro não gostava muito do torneio onde poderosos robôs lutavam até as últimas forças para entreter a multidão, achava barbarismo e covardia colocar robôs sem consciência e escolha para lutarem até a morte em um ringue.
Infelizmente ele e seu amigo tiverem que entrar neste mundo devido a seu trabalho e esse foi o motivo de sua separação.
Algumas semanas antes do desaparecimento de Weltall...
Hiro e seu amigo robô estavam no elevador subindo para o último andar da DP. O menino particularmente estava nervoso afinal não é qualquer policial que tinha o privilégio de conversar pessoalmente com o Comissário Callaghan.
Um dos mais respeitados chefes que a polícia de San Fransyko já teve. Callaghan foi o responsável por mais de seiscentas prisões de criminosos de vários tipos e espécies em seus tempos de juventude, sua atuação e comando eram impecáveis, no entanto até mesmo o tempo pesa para este velho policial. Quando viu suas forças e velocidade diminuindo o governador ofereceu-lhe o cargo de comissário de polícia da cidade de San Fransyko. Ele já ocupa o cargo há dez anos e graças a sua liderança as ondas de crimes caíram 80%, no entanto outro crime estava acontecendo na cidade e até mesmo o grande comissário não estava conseguindo lidar com seus métodos de atuação.
Tinha que improvisar...
Quando as portas do elevador se abriram a dupla de policias saiu e de cara já notaram a diferença do lugar. Haviam poucas mesas lá, os policias não usavam uniformes e sim paletós e roupas comuns o que indicava e eram da polícia eram seus distintivos pendurados no pescoço. Esses eram os detetives da DP, cargo mais elevado que um policial poderia chegar, uma das ambições pessoas do pequeno gênio. Um detetive poderia investigar um caso por anos ou até décadas, teria recursos e privilégios que um policial normal não teria, assim ele poderia finalmente investigar e procurar quem ele mais queria...
“Meus pais”.
Pensa o menino sentido um nervosismo preencher seu corpo, mas que logo foi controlado após seu grande amigo tocar em seu ombro e olhar para ele lhe dando confiança. O menino sorriu agradecido, meneou a cabeça em afirmação e caminhou decidido até o final da sala onde olhares encaravam curiosos para aquela dupla peculiar.
Caminharam até uma mesa onde uma atendente estava escrevendo algo no memory pc quando notou a presença dos dois.
– O que desejam?
– Sou o policial Hiro Hamada da divisão de furtos e assaltos usando alta tecnológica e este é meu parceiro Weltall.
O robô meneia a cabeça em cumprimento o que fez a moça arregalar os olhos em espanto.
– Ele... acabou de me cumprimentar? – Questionou a moça surpresa fazendo o menino sorri.
– Sim, meu amigo é muito cordial com as pessoas e isso que o faz tão diferente e importante, mas isso não vem ao caso agora, o comissário Callaghan nós chamou, podemos velo?
Ela os encarou por um tempo, mas depois pegou o memory phone e ligou para o comissário.
– Senhor um menino chamado Hiro Hamada quer velo e está acompanhado de um robô... bem peculiar por sinal. – Alguns segundos se passaram até que ela responde; – Podem entrar o comissário vai recebê-los.
– Obrigado! – Responde o menino em agradecimento para logo em seguida ambos cruzarem uma porta dubla e adentrarem no escritório do comissário. Ao entrarem Hiro pode perceber como aquele lugar era diferente de sua mesa de trabalho, na verdade lembrava muito sua garagem! Pastas e documentos estavam espalhados por toda a sala, pilhas e pilhas de relatórios trasbordavam de armários e gavetas de metal, a direita um enorme quadro estava pendurado com várias fotos de pessoas e lugares pregadas e ligadas por fios vermelhos.
– Uau... – O menino não conseguiu conter sua surpresa. Aquilo tudo eram provas e dados de crimes que detetives trabalhavam para pegar certos criminosos, ele mesmo só tinha visto isso em filmes, mas agora aquilo era real assim como o homem que olhava pela a janela encarando a cidade lá fora.
O menino se aproxima da enorme mesa que os separava e chama o homem.
– Comissário Callaghan!
Ao ouvir seu nome o homem se vira para eles os encarando com seus olhos azuis escuros, seu rosto era coberto por rugas causadas pelo tempo e excesso de trabalho, era alto, medindo 1,80 de atura, quando Hiro o via sempre estava com um sorriso no rosto, mas hoje...
– Finalmente! – Exclama o homem com uma voz grossa. – Estava esperando para termos essa conversa por uma semana... sabe que não é bom fazer um superior esperar, não sabe meu jovem?
Hiro engoliu seco.
– D-Desculpe senhor... acabei demorando mais do que eu esperava para me recuperar! – Diz o menino gaguejando enquanto o comissário o encarava com os olhos semicerrados.
– Imagino... afinal não é qualquer um que enfrenta um mago e sai vivo!
Os olhos de Hiro se arregalam ao ouvir aquilo.
– Como?
– Meu jovem... – O comissário caminha até sua mesa e se senta em sua cadeira de madeira. – Sabe que um dos procedimentos básicos após uma morte é a autopsia, ao qual realizamos em todos, tanto vítimas como criminosos. – Explica o comissário. – E o corpo do criminoso em especifico estava seco, o sangue virou pó, seus circuitos mágicos estavam destruídos, esses são sinais claros de intoxicação por pó de costelas de gigantes pulverizadas, arma geralmente usada para assassinar usuários de magia!
Hiro quase caiu para trás ao ouvir aquilo tudo, sabia da capacidade de dedução do comissário, afinal ele não chegou ao topo atoa, mas a esse ponto.
– O senhor... descobriu tudo isso... só de examinarem o cadáver? – Pergunta o menino e a resposta foi:
– Sim... e também porque você foi o único policial que conseguiu entrar no shopping, junto com Weltall é claro. – Aponta para o robô. – E nós sabemos que um robô não pode matar.
O menino começava a suar frio, já imaginava que o comissário perguntaria pela morte do Archibald, mas pelo visto ele já estava sabendo de tudo e nem precisava ouvir o menino.
“Ele realmente é bom”!
– Realmente me surpreendeu, não sabia que tínhamos um Magus Killer em nossa força policial.
Agora ele foi certeiro!
– Magus... o quê?! – Desconversa o menino e o comissário fecha a cara.
– Magus Killers... podem ser traduzidos como assassinos de magos, destruidores de mana, carrascos dos filhos da deusa, demônios do aço e outros nomes fantasiosos, mas para mim todos simplificam uma só palavra... – O comissário olha serio para o menino. – São Heróis!
Hiro arregala os olhos ao ouvir aquilo, olha para seu amigo gigante que também o encara, ele abaixa a cabeça, fecha os olhos e responde:
– Comissário... o senhor está certo em tudo que falou, menos em nós chamar de heróis, não somos isso.
O comissário ergue uma sobrancelha.
– Porque diz isso?
O menino suspira.
– Quando eu e Weltall entramos para as forças policias tínhamos um objetivo em mente, algo bem pessoal se posso dizer, mas aos poucos, esse objetivo cresceu ao ponto de queremos não só ajudar a nós mesmos, mas as pessoas e aos robôs! – Exclama o menino.
– Senhor! – Weltall se manifesta. – Os robôs são como crianças sem vontade, precisam de uma mão para guiá-los, infelizmente existem mãos que são fracas e podres que abusam de sua autoridade e colocam as maquinas em situações deploráveis. O que quero dizer é...
– Quando vimos o GRAD destruindo e atacando as pessoas, nossos colegas de trabalho e tudo isso por ordem e capricho de um homem sem escrúpulos... não pudemos ficar parados! Era mais uma máquina sendo usada para fins escusos e isso entra em nossa jurisdição! O que estou tentando dizer senhor é que...
– Nós fizemos apenas o nosso dever... como policiais, como mestre, robô e como amigos.
O comissário ouviu as palavras dos dois com bastante atenção, ficou em silencio pelo que pareceu uma eternidade até finalmente ele pergunta sério:
– Então devo supor que?
– Eu... o... matei... senhor. – Diz o menino pausadamente e com calma surpreendendo até mesmo o comissário.
– Então... você admite... que matou o criminoso e que é um Magus Killer?
A resposta foi um aceno de cabeça do menino, seus cabelos cobriam seus olhos, não havia por que mentir, ele havia feito isso e não se sentia nenhum pouco arrependido. O Archibald estava preste a destruir Weltall e matar os reféns, não havia outra escolha, por isso ele puxou o gatilho... uma... duas... três... quatro vezes, até que o mago já não podia mais se mover... estava morto.
– Lamento não ter conseguido trazê-lo com vida senhor, sei que ele teria muitas coisas para nos dizer, mas ele nos colocou em uma situação que não havia outra opção. – Diz o pequeno policial.
– Entendo. – Responde o comissário. – E você Weltall... o que tem a dizer?
O gigante negro e azul ficou surpreso ao ver que o comissário queria sua opinião, olhou para Hiro que meneou a cabeça em confirmação dando-lhe apoio e assim ele começou.
– Senhor eu pude registrar tudo o que aconteceu naquele shopping, já passei os áudios e vídeos para a perícia, tudo já deve ter sido analisado e entregue ao senhor, estou certo?
– Correto. – Responde o comissário. – Mas eu não me referia ao mago.
– Não? – O robô pergunta.
– Não... o que eu gostaria de saber mesmo é como um robô magro e de aparência franzina como a sua, conseguiu acabar com um VNT de combate pesado e com as mãos nuas?
Outra surpresa para mestre e robô.
– O que o senhor disse? – Questiona o menino.
O comissário suspira enfatiza:
– Quero saber, como seu amigo derrotou um VNT de combate armado até os dentes e ainda o conseguiu ergue-lo do chão! Aquela máquina pesava dez toneladas!!!
O menino arregala os olhos.
– O GRAD era tão pesado assim?!
– E seu amigo robô o levantou como se fosse feito de papel, tem algo a me dizer sobre isso?
O menino suou frio, como ele iria explicar algo que nem ele sabia o que havia acontecido, que seu amigo manifestou uma força que ele sequer sabia que possuía. Seria um comando secreto que seu pai instalou em seu amigo? Dê qualquer forma não podia revelar isso a ninguém, nem mesmo ao comissário, então disse:
– Comissário... sei que tem dúvidas sobre o que aconteceu no shopping, sei que o fato de Weltall ter lutado de forma tão avassaladora lhe intriga, inclusive minhas habilidades de combater magos, mas por motivos pessoas não posso dizer mais nada além disso, só quero que saiba... – Da um passo à frente encarando o comissário bem nos olhos onde pode reparar que um brilho emanava deles. – Que meu amigo e eu sempre usaremos nossas habilidades em prol do povo de San Fransyko e nunca contra ele... tem a minha palavra como policial e como morador desta cidade!
Alguns segundos de silencio se seguem após as palavras proferidas pelo menino, sua feição seria não se alterou em nenhum momento enquanto encarava o comissário. Weltall por sua vez estava apreensivo em saber o que se sucederia, será que o comissário aceitaria tais palavras de um pequeno policial?
A resposta foi um fechar de olhos e o velho comissário se reclinar em sua cadeira massageando a temporã.
– Realmente os jovens de hoje em dia tem muita energia e força de vontade.
O pequeno policial pisca e olha para Weltall e depois para seu superior.
– Então?
– Então quer dizer vou aceitar sua explicação e seus motivos... desde que cumpram com a promessa que acabaram de fazer que é proteger nosso povo! – Após dizer isso o comissário pisca e deixando o menino aliviado, sente uma mão metálica tocar em seu ombro direito, era seu amigo podia não demonstrar emoções devido a seu rosto imutável, mais podia sentir que ele também estava aliviado e feliz.
– Obrigado Comissário Callaghan, pelo voto de confiança!
– Idem, agradecemos!
O velho comissário meneia a cabeça e confirmação.
– Vocês merecem esse voto, afinal lutaram arriscando suas vidas para salvar outras, mas a questão é... será que poderiam fazer isso de novo?
– Ah? – O menino se espanta.
– Deixe-me explicar o motivo que os trouxe aqui é uma missão que só vocês dois podem realizar, ou melhor, somente um Magus Killer e um robô muito forte podem realizar.
Aquela frase fez com que os dois amigos se entreolhassem.
– C-Como assim senhor?
– Irei explicar. – Responde o comissário e a dupla ouve atentamente. – Antes de começarem a autópsia do corpo do mago que vocês derrotaram, fiquei pensando... como um mago de tal porte e com poderes como aquele entrou em nossa cidade?
Aquilo era algo que já incomodava Hiro há algum tempo, durante seu tempo hospitalizado ficou se perguntando com o Archibald entrou em San Fransyko, afinal a cidade tem uma das mais rigorosas barreiras alfandegárias do mundo. Todos que entram têm os pertences vistoriados para evitar ataques de qualquer natureza seja por armas de fogo ou mágicas. Para um mago entrar na cidade era preciso um comprovante de autorização do Ministério da Magia, avisar quanto tempo ficaria na cidade e o mais importante, usar reguladores em forma de pulseiras que apitam quando um mago usa magia avisando imediatamente a polícia.
O Archibald não usava nada disso, muito menos...
“O Tadashi e os amigos esquisitos deles”!
Foi ai que o pequeno gênio caiu em si, os amigos de seu irmão usaram magias ontem e não ouve nenhuma interferência da polícia nem nada e reparou que eles não estavam usando as pulseiras reguladoras.
“Como foi que eu não percebi isso antes”!
O menino rosna de raiva e isso não escapou do comissário.
– Algum problema?
O menino se assusta.
– N-N-Não nada... só estava pensando... se o Archibald não entrou pela alfândega, então ele entrou por outras vias. – Diz o menino mudando de assunto.
– Exatamente, o que nos leva a crer em entrada clandestina em nosso território!
Os dois policias se sobressaltaram.
– Clandestina?!
– Minha nossa!
– Exatamente... acredito que o mago usou uma rota clandestina para entrar em nossa cidade, assim despistando os agentes da alfândega e da fronteira, assim podendo trafegar livremente e executar seu plano hediondo!
O pequeno gênio fica sem palavras, aquilo era muito, muito sério!
– Comissário... isso que o senhor está nos falando é...
– Muito sério?
– Seriíssimo!!! – Exclama o menino. – É um caso que viola não sei quantas leis!
– Vinte e sete leis para ser mais precisamente Hiro. – Responde Weltall.
O pequeno gênio nem olha apenas aponta para seu amigo e responde:
– Viu! Ele disse tudo em pouquíssimas palavras, comissário... se o Archibald entrou, outros magos podem entrar e a segurança da cidade pode ser comprometida!
– Ela já foi comprometida Hiro. – Responde o comissário com frieza, deixando o pequeno polícia estático. – E os culpados por isso... são pessoas de nosso próprio povo.
– C-C-omo...
– Comissário o senhor está querendo insinuar que... o Archibald conseguiu entrar graças a ajuda de alguém de dentro da cidade?
– E com poderes e privilégios que uma pessoa comum não poderia ter.
Os dois amigos se entreolham novamente até que o menino toma a palavra novamente.
– O senhor suspeita de que alguém de dentro da cidade e com alto poder aquisitivo ajudou o Archibald a entrar na cidade?
– Exato! – Brada o velho policial na mesa. – E é por isso que preciso da ajuda de vocês!
Os dois amigos se entreolham e meneiam as cabeças.
– Diga-nos o que temos de fazer! – Exclama o menino.
– Estamos prontos para servir a cidade! – Responde Weltall na mesma intensidade que seu pequeno mestre.
O comissário fica satisfeito com as resposta dos dois, queria ter cem iguais a esses em seu departamento.
– Muito bem eis o que quero que façam...
Enquanto isso na residência dos Hamada...
Tia Cass estava na cozinha preparando o café da manhã para os visitantes cantarolando:
– Ovo, ovo, eu te quebro, qual será, qual será o gosto do meu amor!
Era uma canção clássica que cozinheiros entoavam para transmitir energia positiva, bons fluidos e boa sorte para quem comece de suas refeições.
– Quebro um ovo e jogo na vasilha, quebro dois ovos e misturo, quebro três ovos e o amor vai fluir!!!
Essa última parte ela inventou... mais se havia uma coisa que a tia do pequeno gênio amava fazer além de cuidar dele, era cozinhar! Não havia herdado o amor pelas maquinas como seu sobrinho e sua irmã, mais sim a paixão pela culinária. Adorava passar horas cozinhando seus quitutes por mera diversão, foi então que seu sobrinho lhe deu a ideia de vendê-los. Ela não levou muito a sério de início, mais decidiu seguir os instintos de seu sobrinho que dificilmente estavam errados... e não estavam mesmo!
Seus quitutes fizeram um tremendo sucesso!
Agora pessoas de toda a cidade encomendavam de seus quitutes para os mais variados eventos, desde festas até lanches e assim além de Hiro ela pode contribuir com a renda de casa o que a deixou muito feliz.
– Aí, aí, espero que as crianças gostem do desjejum, fiz com tanto carinho... só espero não ter exagerado na dose... de novo.
Esse foi um dos principais motivos que fez Hiro convencer sua tia a vender seus quitutes, ela não tinha noção de proporção, ou seja, ela sempre exagerava na quantidade de alimentos e hoje não foi diferente.
A pequena mesa da cozinha estava abarrotada de guloseimas, bolinhos recheados com frutinhas vermelhas no topo, waffles crocantes cobertos com manteiga derretida, ovos fritos com bacon, bolinhos recheados de creme cobertos com açúcar derretido, pãezinhos de queijo fresquinhos, três jarras de sabores diferentes, banana, hortelã e laranja, além de café com leite espumante.
Toda essa fartura começou a emanar um odor em forma de nuvenzinha que paira no ar indo até a sala onde os amigos de seu sobrinho mais velho estão dormindo. O primeiro a sentir o doce aroma é o albino que dormia no sofá e logo que sente o cheiro se senta ainda dormindo e murmurando:
– Waffles crocantes cobertos com manteiga derretida... – E morde o travesseiro o babando todo.
A segunda a sentir foi à ruiva que se senta de imediato com seu volumoso cabelo lhe cobrindo a cara.
– Bolinhos recheados com creme levemente açucarados iguais os da Modi, nhac, nhac, nhac! – Murmura chupando o dedo.
E por último a loira que tinha seu longo cabelo preso a uma longa e bela trança que ao sentir o cheiro se senta e murmura também:
– Pãezinhos de queijo fresquinhos recém saídos do forno como os de Corona... que deliciiiiaaaaa!!! – E morde seu longo cabelo como se fosse um enorme croissant.
Tudo isso era assistido pelo quarto membro do grupo que permaneceu quieto e sem que eles percebessem os filmava com sua memory box a cena constrangedora.
– A milady vai adorar essas fotos e gravações comprometedoras, a se vai, he, he, he. – Ri malignamente o jovem moreno que só parou de gravar quando ouviu passos descendo a escada. Era Tadashi que chegara na sala já os cumprimentando:
– Bom dia pessoal, dormiram... o que que é isso?! – Exclama o irmão mais velho de Hiro ao ver seus amigos dormindo sentados e babando. – O que tá acontecendo aqui? – Pergunta encarando Soluço que já havia guardado sua memory box.
– Nada de mais Tadashi, só o de sempre, três patetas que não resistem ao cheiro de comida e sonham com ela... visão assustadora, né?
– E muito! – Concorda o jovem com um sorriso amarelo no rosto, foi então que a porta da cozinha é aberta e tia Cass sai por ela com um largo sorriso no rosto e tendo em mãos uma concha e uma frigideira.
– Muito bem criançada... HORA DA BOIA!!! – Brada a moça batendo a concha na frigideira e de imediato o trio acorda, se viram para ela que da passagem revelando a mesa abastada de comida. Os olhos do trio se arregalam ao verem aquela fartura, depois lacrimejam e falam com vozes finas.
– Tia Cass! – Jack brada o nome de sua nova tia.
– A senhora fez tudo isso... – Comenta Rapunzel com os olhinhos em forma de pãezinhos.
– Pra nós?! – Exclama Mérida limpando as inúmeras salivas que escorriam de sua boca.
– Sim crianças, fiz sim e com muito amor e carinho, só espero não ter... – Três vultos passam por elas. – Exagerado... – E se vira vendo o trio atacando com tudo a refeição.
– Isso tá uma delicia!!!
– Crocante!!!
– Açucarado!!!
Exclama Jack, Rapunzel e Mérida respectivamente encanto atacavam a refeição, tudo isso assistido pelos outros dois rapazes pasmos e uma tia toda feliz.
– Pelo visto eu não exagerei na porção! – Exclama ela toda feliz.
– Pra eles não! – Responde Tadashi rindo.
– Acredite Tia Cass esse três comem assim todo o santo dia. – Diz Soluço fazendo olhos da moça se arregalam e brilharem.
– É SERIO?!
– Seríssimo, bom agora deixa eu comer alguma coisa se não... – O herdeiro de Berk estava preste a pegar um bolinho açucarado quando recebe um tapa na mão o fazendo recuar e encarrar uma ruiva com olhar sinistro.
– São meuuuuuuuusssss!!!! – Diz a Dunbroch que pega toda a travessa de bolinhos e se esgueira pra debaixo da mesa que era forrada por um pano florido onde se podia ouvi-la mastigando toda feliz e deixando dois meninos assustados.
– Tá bom... isso foi assustador. – Murmura o irmão de Hiro.
– Muito assustador. – Responde o Soluço.
– Ei, meninos venham comer, tá tudo tão gostoso! – Diz a jovem loira com a boca toda labuzada de manteiga.
– É não se preocupem, a gente não vai agredir vocês como uma certa ruiva maluca por doc... – Jack ia acabar a frase quando sente algo o acertar em uma área digamos... sensível. O ar lhe falta, seus olhos lacrimejam e ele afunda o rosto em meio aos waffles. Todos se calam ao verem aquilo enquanto uma risadinha ecoava pela cozinha, seguido por sons de algo sendo devorado. Soluço e Tadashi se aproximam com cuidado da mesa, pegam alguns pães, ovos fritos, e suco e saem depressa da cozinha deixando uma tia Cass toda feliz, uma loirinha lambuzada de manteiga, um albino semi-desacordado e uma ruiva voraz em baixo da mesa que logo em seguida arrota.
Meia hora depois após o café já na sala...
– Bom crianças, agora que vocês estão de barriguinhas cheias a tia Cass vai sair para encher mais barrigas e espalhar a felicidade!!!
– UEBA!!! – Berra as meninas levantando as os braços.
– A senhora cozinha para fora? – Pergunta o herdeiro de Berk visivelmente curioso.
– Sim, sim, como sempre amei cozinhar, passava horas criando doces e salgados como passatempo. Resultado eu enchia a casa de comidas, foi então que meu sobrinho Hiro me deu a ideia de vender meus quitutes, adivinhem o resultado?
– A senhora ficou rica? – Pergunta Mérida rindo.
– He, he, quase querida quase, ainda falta muito pra isso, no momento ainda faço meus quitutes na minha amada cozinha, mais em breve quem sabe, o mundo dá voltas!
– Ô se dão! – Exclama Soluço. – A gente sabe bem disso.
– Com certeza.
– Uh-uh. – Respondem as meninas.
– Bom gostaria de ficar mais tempo com vocês, mais tenho que começar a cozinhar, meus quitutes não se fazem sozinhos! – Exclama a tia de Hiro toda empolgada deixando o grupo na sala e indo novamente para a cozinha.
– Nossa Tadashi sua tia é muiiiito legal!!! – Brada Rapunzel fazendo o rapaz tapar os ouvidos.
– Fico feliz por isso Zie. – Retira as mãos dos ouvidos. – Ela sempre foi assim, cheia de energia, e consegue contagiar a todos.
Os três amigos meneia a cabeça concordando com o Hamada.
– Mas então, o que querem fazer hoje?
Aquela foi à palavra mágica.
– Continuar nosso TOUR!!! – Berram os três em coro fazendo o rapaz sorrir.
– Já imaginava! Meninas vocês podem usar o quarto da minha tia pra se arrumarem, ok?
– Valeu! – Brada Mérida já subindo as escadas correndo com sua mala em mãos.
– Obrigada Tadashi, logo descemos. – Responde Rapunzel sorrindo levando sua mala.
– E nós Tadashi? – Questiona Soluço.
– Podem usar meu quarto amigo, se sintam em casa.
– Valeu. – E bate na mão do outro rapaz em cumprimento. – Vamos Jack meche esse corpo! – Brada o moreno que era seguido por um albino pálido que andava a passos lentos, cabisbaixo e com ambas as mãos sobre a virilha resmungando com voz fina.
– Aquela ruiva... vai me pagar... ela quase matou minha prole... de Jackinhos... AIIIII.
Tudo isso observado pelo irmão mais velho de Hiro que tinha uma gota atrás da cabeça. Depois de seus amigos subirem para se arrumarem o jovem fica sozinho na sala, olha em volta, tudo estava como ele lembrava.
– Nada mudou.
Foi então que seus olhos bateram em um porta-retratos que estava sobre uma estante, se aproximou, o pegou e de imediato sentiu seu coração doer. Era uma foto antiga, devia ter uns seis anos, nela estavam ele com oito indo pra nove anos, junto com sua tia bem mais jovem que o abraça por trás esboçando seu belo sorriso e sobre sua cabeça estava um menininho de cabelos escuros olhos castanhos e bochechas fofas que sorria todo feliz. Aquele menininho na foto nem de longe lembrava seu irmão que ele reencontrou no dia anterior. O Hiro daquela foto não era mais o Hiro que ele é hoje e infelizmente ele sabe o motivo.
– Hiro... – Aperta forte a foto. – Você um dia vai entender que o que estou fazendo é pelo seu bem. – Então com sua mão esquerda pega sua memory box a ativando e nela um vídeo começa a rodar, nesse vídeo um combate ferrenho entre um imenso VNT e um robô negro e azul ocorria e no meio do confronto um menino muito familiar carregando um arma de fogo era visto lutando ao lado do robô negro e azul. – É pai... você conseguiu... envolveu o Hiro em seus malditos problemas!
Após proferir essas palavras o rapaz aperta forte a fotografia trincando o vidro bem onde ele estava.
Aquele era o primeiro passo de Tadashi rumo às trevas...
Autor(a): Ash Dragon Heart
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O pequeno Smart vermelho cortava as rodovias da grande cidade de concreto, já passava das 16:00hs e o pequeno policial já havia mandado uma mensagem para sua tia que chegaria tarde. – Você está bem? – As palavras de Weltall fazem seu pequeno mestre acordar. – Sim... estou... só tentando assimilar tudo o que aconteceu. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
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Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!