Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
O pequeno Smart vermelho cortava as rodovias da grande cidade de concreto, já passava das 16:00hs e o pequeno policial já havia mandado uma mensagem para sua tia que chegaria tarde.
– Você está bem? – As palavras de Weltall fazem seu pequeno mestre acordar.
– Sim... estou... só tentando assimilar tudo o que aconteceu.
– Entendo... para mim também não foi algo fácil.
– Pra nenhum de nós amigão...
Duas horas antes na DP...
– Real Steal! – Brada o menino.
– O famoso torneio de robôs? – Pergunta o gigante.
– Exato. – Responde o comissário. – Após três longos anos de investigação descobrimos que a uma ligação entre a entrada de magos e as lutas ilegais, além de outros inúmeros crimes cometidos na cidade. Acreditamos que tudo isso é controlado por uma máfia que a atua dentro e fora da cidade.
– Quê?! – Brada o pequeno gênio incrédulo. – Mas como isso é possível... nosso povo não se relaciona com o Mundo da Magia, somos uma nação independente e eles não tem autoridade para...
O menino é interrompido por um levantar de mão do comissário.
– Entendo sua surpresa meu jovem, mais acredite temos provas que pessoas do nosso povo estão negociando com magos, apreendendo suas artes e as utilizando a seu favor para cometer crimes.
– Não... – O mundo de Hiro parecia ser destruído quanto mais ouvia sobre aquilo. Seu povo que foi excluído do mundo da magia estava se embebedando para suas práticas e pior... as usando para cometer crimes. Ficava pensando o que a magia tinha de tão especial que fazia as pessoas cometerem atos como abandono, traição e crime para segui-la!
– Comissário se o senhor nos chamou é porque tem algo que só nós possamos fazer, não é?
As palavras de Weltall fizeram Hiro arregalar os olhos e o encara-lo, era fato, o comissário não os chamaria se não tivesse algo em mente.
– Sim Weltall e o motivo você já deve saber...
Hiro engoliu seco esperando a resposta.
– Hiro... quero que você e Weltall entrem nas lutas clandestinas para que possamos dar um fim as ações criminosas desse bando, posso contar com vocês para isso?
Aquilo foi o limiar do que o menino podia aguentar, eram muitas informações de uma vez só e sua cabeça doía com tudo o que ouvia e temia.
– Espera um minuto... essas lutas são entre robôs, não são?
O comissário parecia surpreso ao ouvir aquilo.
– Mas é claro, se é “Real Steal” é claro que são entre robôs.
Era uma pergunta idiota era obvio, mas ele precisava tê-la feito, pois sua mente não estava conseguindo assimilar tal fato. Ele sabia o que era o Real Steal, via sempre na Memory TV as lutas entre os maiores robôs do mundo. Assistiu ao campeão invicto por cinco anos Stier se destronado pelo robô misterioso e aterrorizante Diabolos! Sabia bem como os robôs ficavam após as lutas oficiais... avariados, com problemas de funcionamento e até mesmo incapacitados e na pior das hipóteses... mortos. E nas lutas clandestinas Hiro viu como ficavam os robôs derrotados após as lutas, nunca encontravam os donos ou os ringues clandestinos, só as carcaças das maquinas abatidas. Só de pensar Weltall no meio daquela pilha fez seu sangue gelar.
– O senhor sabe... como essas lutas são perigosas, não sabe?
– Sim eu sei. – Responde Callaghan. – São duras, difíceis e perigosas, Weltall pode sair avariado, mas nada que você não possa consertar, não é?
Não era tão simples assim, Weltall tinha um ótimo arsenal de golpes de ataque e defesa, isso ficou claro na luta contra o GRAD, mas Hiro nunca o havia colocado para uma luta seria contra outros robôs ainda mais numa luta ilegal. O que poderia acontecer se ele se avariasse de maneira irreversível, o que faria sem seu melhor amigo como ele viveria...
– Eu aceito.
As palavras de Weltall ressoaram pela sala, Hiro se virou lentamente encarrando seu amigo mecânico que fitava o comissário.
– Se o senhor está pedindo para que nós façamos isso, então é porque está sem opções, correto?
O comissário se remexe incomodado na cadeira.
– De fato eu não tenho...
– E devo supor também que devido a minha luta contra o GRAD o senhor achou que eu poderia me sair bem nas lutas ilegais e assim conquistar a confiança de nossos inimigos para enfim prendê-los!
O comissário arregala os olhos ao ouvir tudo aquilo, já Hiro estava pasmo com a dedução de seu amigo. Ele havia entendido toda a situação que estava acontecendo sem que o comissário dissesse nada... isso era incrível!
– E continuo... já que a magos envolvidos as habilidades de Hiro como Magus Killer serão uteis e já que somos uma dupla, somos a escolha perfeita, estou certo?
O menino fita o comissário que estava com uma expressão enigmática. Mas o pequeno gênio pode notar um certo ar de descontentamento envolta dele, talvez por ter sido lido com tanta facilidade por um simples robô, só que seu amigo não era um simples robô, disso ele já sabia.
– Sim... são a escolha perfeita. – Responde o comissário encarando Weltall. – Ainda mais depois da luta no shopping, se eu já tinha vocês em mente, esse último evento tirou todas as minha dúvidas, então eu pergunto novamente... estão dispostos a se ariscar pelo bem da cidade e de seu povo?!
Os olhos de Hiro tremiam, suas mãos suavam, e seu coração batia acelerado como ele nunca sentira, ali estava um pedido do próprio comissário de polícia, se recusasse talvez nunca mais tivesse a chance de entrar em um caso tão importante, se aceitasse estaria colocando sua vida e da de seu amigo em risco, mas e a recompensa poderia ser...
– Comissário... se aceitarmos esta missão qual seria a recompensa?
Um sorriso se formou na face do comissário que responde sem papas na língua:
– O que vocês quiserem... que no seu caso creio que seja se tornar um detetive, estou certo?
E como ele estava, o que o menino mais queria era uma chance de subir de cargo e iniciar as investigações sobre seu pai e sua mãe. Fechou com força os olhos, serrou as mãos que pararam de tremer, para logo em seguida reabrir os olhos e clamar:
– Aceito!!
– Aceito!!
Bradam ambos, mestre e robô que fazem o comissário arregalar os olhos e pode notar de leve algo envolta deles.
“O que seria isso”? – Pensa o homem, mas logo meneia a cabeça, se levanta, estende sua mão direita para o menino.
– Conto com vocês!
Em resposta, o menino apertar a mão do comissário selando assim o destino da dupla.
De volta a estrada a dupla já se aproximava da casa, Hiro pediu para que Weltall desligasse os faróis e não fizesse muito barulho, a pedido do gigante não queria que seu irmão o visse, muito menos os amigos e na boa... ele estava com muita coisa pra pensar.
– Vou abrir a janela do quarto, você entra por lá, ok?
– Ok! – Responde o robô fazendo joinha com as duas mãos, arrancado uma risada do menino que se vira indo até a porta, respira fundo e a abre achando que ia dar de cara com seu irmão e amigos, mas para sua surpresa.
– Silencio... que milagre! – O menino adentra a passos leves pela casa, tranca a porta atrás de si, entra na sala que estava vazia, a não ser por sua adorada tia que estava deitada no sofá. – Tia.
O menino se aproxima dela e vê que ela estava dormindo.
– O dia não deve ter sido fácil pra senhora também né? – Sorri triste o menino lhe fazendo um carinho no rosto. – Vou levar a senhora pra cama, ou melhor... – O menino corre até a porta e chama seu amigo gigante. – Amigão mudança de planos, pode entrar pela porta... Weltall? – O menino olha para os lados mais não via seu amigo, foi quando sentiu alguém cutucar seu ombro e ele pular assustado. – Uaahhh! – E assumi uma postura de luta para enfrentar que quer que fosse, mas para sua surpresa.
– Perdão Hiro não queria assustá-lo.
Era seu amigo robô.
– Amigão? – O garoto desfaz sua postura. – Por onde você entrou?
– Pela janela, como você havia pedido. – Responde com simplicidade o robô que continua. – Mas me surpreendi ao não te ver no quarto, por isso desci para averiguar e ao ver a senhora Cass dormindo, posso imaginar o motivo.
O pequeno gênio ouvia tudo o que seu amigo dizia e estranhou.
– A janela estava aberta?
– Sim... porque? Você não disse que iria abrir para que eu entrasse? – Pergunta o gigante sem entender e a expressão de Hiro ficou séria.
– Weltall fica aqui e protege minha tia! – Brada o menino já sacando sua Gorvement do coldre e subindo as escadas com ela em punho.
– Mas Hiro o que...?
– Só obedece fica ai e faz um scanner da casa! – Brada o menino subindo as escadas de dois em dois degraus.
No andar de cima olhava para todos os lados com sua arma em riste, chegou perto da porta do quarto de sua tia, pôs a mão na maçaneta e abriu, não entrando de imediato, acende a luz, entra devagar, olha todo o cômodo e sai. Depois vai até o quarto de seu irmão e abre com um chute.
– Sempre quis fazer isso! – Exclama o menino que adentra o quarto do irmão que não havia praticamente nada. Devido sua ida para Draconia e seu afastamento Tadashi não usava aquele quarto há anos e ele se manteve daquele jeito, vazio, só uma cama simples e armários vazios, ele nem havia desfeito sua mala, aquilo não surpreendeu o menino já imaginava que seu irmão não ficaria muito, mas mesmo assim doeu. – Merda se concentra! – Brada o menino que sai do quarto batendo a porta, só restava seu quarto. A porta estava aberta, seu amigo a deve ter deixado ao sir do quarto, mas mesmo assim aquilo não o tranquilizava, a passos lentos e com sua arma empunhada ele adentra o quarto. Tudo parecia em ordem a não ser pela janela aberta.
Olhou armários, o banheiro, nada... sentiu seu amigo gigante se aproximando se virou para ele sério e disse:
– Alguém entrou aqui dentro amigão e não foi minha tia!
– O quê?!
– A janela. – Aponta para a janela do quarto aberta. – Eu deixei essa janela fechada antes de sair, minha tia é tão metódica que quando ela vem limpar deixa tudo no lugar do jeito que eu deixei para que eu saiba onde está tudo.
– Entendo, por isso você ficou preocupado quando eu disse que a janela estava aberta!
– Exato! – Caminha até a janela e a fecha. – Weltall vamos levar minha tia pro quarto e depois fazer uma varredura pela casa com seu scanner!
– Já fiz isso Hiro, não encontrei registro de invasão.
– Então vamos usar seu outro scanner.
E de imediato seu amigo de aço entendeu.
– O scanner de mana.
– Uh-uh.
– Farei isso, mas primeiro vamos colocar a senhora Cass em seu quarto.
O pequeno gênio não respondeu, apenas saiu do quarto sendo seguido por seu companheiro, ao chegar na sala o gigante ergue a tia de seu jovem mestre entre os braços, e com cuidado caminha para leva-la até o quarto. Hiro ia acompanha-los quando decidiu olhar a sala, foi então que algo lhe chamou a atenção.
– Hiro?
O menino caminha até uma estante da casa onde fotos da família estavam disposta, entre uma delas havia algo de diferente... bem diferente.
– Mas o que...
Era um velha foto dele com sua tia e seu irmão juntos, era de três anos antes de seu irmão ir para a escola de magia. Nela eles pareciam uma família normal, só “pareciam”, mas algo chamou sua atenção na foto, mais precisamente o vidro que fixava a foto no porta retrato estava trincado, como se alguém o tivesse apertado com muita força. O menino não soube explicar, mais ao ver aquilo sentiu um aperto em seu peito e uma atmosfera de desconforto se fez presente. Parecia algo anormal e nefasto querendo se aproximar dele quase o engolido e só foi tirado de lá ao ouvir a voz de seu amigo.
– Hiro venha!
– Ah, já vou! – Exclama o menino que deixa a fotografia no lugar e sobe as escadas, não sem antes se virar para ela. – Queria que pelo menos aquele sorriso fosse real... – Diz o pequeno gênio subindo as escadas sem perceber que a atmosfera sombria envolta da foto sumira após suas palavras.
Uma hora depois.
– Então amigão tá pronto?
– Estou sim Hiro.
– Então, manda ver!
Ouvindo o comando de seu pequeno mestre, Weltall começou a usar o scanner de mana pelo quarto. Vareou cada canto do quarto, mas infelizmente.
– Hiro não capto nenhum sinal, nem com meu scanner normal e nem com o de mana.
– Tem certeza?
– Absoluta, ninguém esteve aqui. – Foi a resposta do gigante que desligou seu scanner e encarou seu mestre. – Lamento, mas parece que você se enganou dessa vez, isso acontece.
Weltall estava tentando animá-lo isso era obvio, depois de testar dois scanners qualquer pessoa e maquina se convenceria, mais ele não.
– Pode ser... mas por via das dúvidas! – O menino se próxima de sua cama. – Me ajuda aqui amigão.
O robô atende seu pequeno mestre que o ajuda a tirar a cama do lugar revelando um assoalho de madeira ao qual o menino dá uma batida e afunda revelando um fundo falso. De lá ele tira o livro de Melquior Sabori, a caixa de munições de sua arma e o conteúdo mais importante de todos, a carta escrita por seu pai. Olhou para ela, se levantou e estendeu para seu amigo robô.
– Hiro?
– Pegue isso! – O gigante de imediato não entende, mais obedece e pega a carta e seu mestre finaliza. – Pegue-a e a esconda... onde nem eu mesmo possa achar!
– O quê?!
– Apenas faça o que estou pedindo amigo, meus instintos estão me dizendo isso, e não vou contraria-los, entende?
Os olho cor de âmbar encaram os castanhos do menino que estavam extremamente sérios, sendo uma máquina não conseguia sentir coisas que os humanos sentiam, então confiando em seu pequeno mestre o gigante recolhe a carta e responde:
– Farei isso, agora acho que deveria descansar... o dia foi pesado, sinto até minhas juntas rangendo.
O menino sorri ao ouvir o comentário de seu amigo, de vez em quando Weltall sem querer conseguia ser engraçado.
– Você tá certo amigão, vou tomar uma banho, comer algo e dormir.
– Faz bem, irei para a garagem para evitar que o outro mestre e seus amigos me vejam, tudo bem?
– Ótimo, faça isso! – A última coisa que o jovem policial queria era que seu irmão e seus amigos malucos vissem Weltall, por isso haviam combinado do robô ficar na garagem e só sair para o trabalho junto com ele.
– Boa noite Hiro.
– Boa noite amigão. – Quando ia fechar a porta. – Ah, Weltall!
– Sim!
– Lá com o comissário, desculpe se eu meio que... bom hesitei em aceitar a proposta dele, você percebeu e foi logo respondendo, obrigado.
O robô ao ouvir as palavras de seu pequeno mestre se vira totalmente e responde:
– Hiro... posso estar sendo ofensivo ao dizer isso, mas escute bem. O caminho que você escolheu deve ser trilhado, não importam as dificuldades e perigos que possam aparecer, quando você começa algo... deve termina-lo. Mesmo que o medo e a insegurança turvem sua mente nunca os deixem prevalecer e mesmo que toda sua coragem desapareça, confie em quem está ao seu lado para lhe dar forças... assim como faço com você e você faz por mim.
O menino fica estático ao ouvir aquele discurso e ao ver seu amigo se virar e descer as escadas, aquilo foi uma bronca, ou um conselho?
Mas tarde pós um banho o menino desceu até a cozinha para comer algo, vestia uma camisa de manga e uma calça de moletom. Quando abriu a geladeira viu que havia um potinho com seu nome escrito, mais um agrado de sua tia, ele sorri pega o objeto junto com uma garrafa de água, esquenta o pontinho no forno de ondas térmicas (micro-ondas). E depois de tudo quente se senta pra comer em paz.. ou quase...
– Hum? – Não deu três garfadas na comida e ouviu um barulho vindo da sala. – Mas o que? – Outro barulho só que dessa vez mais forte. – Mais será possível quem nem aqui em casa posso comer em paz! – Ralha o menino que na mesma hora se levanta e pega uma faca de cozinha, segura com força a maçaneta e abre depressa a porta da cozinha pronto para atacar quem quer que fosse, mas para sua desagradável surpresa. – Mas que!
– Oi Hirooooooo, HIC! – Eram os amigos malucos de seu irmão que entram abraçados, cambaleando, dançando em roda até que por fim caíram no chão esparramados, bom pelo menos três deles, mais precisamente o albino, a loira e a ruiva.
O pequeno gênio por sua vez olhava aquilo desnorteado.
– Mais o que ouve com esses três?
– Resumindo em poucas palavras... estão chapados! – Responde o rapaz moreno que entrou por último fechando a porta. – Eu bem que avisei pra eles não tomarem aquele troço colorido, mas acha que me ouviram?
O menino ouve aquilo e olha pros três com cara de bobocas. Se aproximou e o albino arrotou soltando um bafo que o fez tapar o nariz.
– Urrggg, cheiro de cidra colorida!
Nos bares noturnos de San Fransokyo uma das bebidas da moda era a cidra colorida. Uma bebida que como o nome diz tinha inúmeras cores e sabores diferentes, mais todas sem exceção cotiam teor alcoólico, desde 10% a 80%, variam pelas cores. Quanto mais clara a cor mais leve, quanto mais escura mais pesada e pelo estado do trio.
– Eles beberam as de cor mais forte, não é? – Pergunta o menino com o nariz tapado.
– Umas quatro garrafas cada! – Responde o herdeiro de Berk também com o nariz tapado. – Até eu bebi, mas tô de boa.
O garoto olhou surpreso para o rapaz.
– Perai... como você ficou de boa? Essas bebidas são coloridas só pra enganar os trouxas, elas tem mais álcool que outra coisa!
– Pois é!!! – Exclama os três patetas juntos.
Soluço coça a cabeça.
– Bom... digamos que eu tenho uma tolerância maior a bebidas, principalmente cidra... e de iaque.
Ao ouvir aquilo Hiro pode notar que o olho esquerdo do rapaz tremeu e de acordo com seus estudos sobre o comportamento de um indivíduo durante um interrogatório isso significava que a pessoa se lembrou de algo bem traumático.
“É melhor nem perguntar!”
– Ei... fofinho! – Chama a Dunbroch surpreendendo o menino.
– Ah?
– Vem cá, vem. – Pede a ruiva de jeito manhoso.
O menino olha para os lados e depois aponta para si mesmo e a garota acena com a cabeça confirmando que era com ele mesmo. De imediato desconfiou, mal os conhecia, o que aquela ruiva iria querer com ele e com que intimidade ela o chamava de fofinho.
“Nem a minha tia me chama assim... aí tem”.
– Não se preocupa... – Sussurra a garota. – Eu não mordo.
Se ele desconfiava antes, agora teve certeza, ela planejava alguma coisa. Por sua experiência já havia lidado com bêbados, era só pega-los e jogá-los na água, fácil, já uma garota bêbada e maga.
“Isso muda de figura”.
– Mérida deixa o menino, ele deve estra com sono e já passou da hora dele dormir, né? – Indaga o herdeiro de Berk piscando para ele, estava tentando ajuda-lo.
– É sabe... eu tive um dia longo então eu preciso... – Quando estava dando alguns passos passando por eles sente dois braços magros e brancos o abraçarem por trás e uma voz embriagada fala bem na ponta do seu ouvido.
– Na-na-ni-na-não, você fica fofinho!
– Que.... UAAAAHHHHH!!! – Berra o pequeno gênio ao ser agarrado e puxado para colo da ruiva que o abraça.
– Nocha.... você é tão fofo!
O menino fica vermelho, sente seu rosto ficar quente, principalmente quando a garota apoia sua cabeça sobre seus seios.
– Sabe... hic... eu tenho um ursinho de pelúcia no meu quarto... hic... lá em Dunbroch e eu sinto muita falta dele... hic, hic, você pode substituir ele essa noite? – Pergunta a ruiva totalmente chapada e com voz embargada.
– QUÊ?!! – Berra o menino desesperado que segura os braços da jovem e com bastante custo consegue se livrar do abraço de urso da ruiva. – Olha eu não sei o que se passa na cabeça de vocês mais eu... UAAAAHHHH!!!
Antes de ele terminar a frase foi abraçado de novo, mas dessa vez pela loira que murmura:
– Nãooooo, deixa ele comigo!!! – Ela chega a levanta-lo do chão e o sacudi-lo no ar. – Eu me sinto sozinha sem meu unicórniozinho de pelúcia eu preciso de um substituto!!! – Uma pequena pausa e ela solta um arroto no rosto do menino que chega a ficar tonto.
– Eu vou vomitar!!!
– Nada disso Zie... hic... eu vi ele primeiro!!! – Brada Mérida pegando o braço esquerdo de Hiro o puxando.
– NHAO ELE É MEU!!! – Berra Rapunzel puxando o braço direito de Hiro e as duas meninas ficam puxando o pobre menino no meio de um lado para o outro.
– Meninas parem, vão partir ele em dois!!! – Exclama Soluço tentando deter suas amigas. – Jack me ajuda aqui!
– Foi mal cara... Hic... mais eu tô vendo três de vocês!!! – Exclama o albino todo grogue e usando um chapéu de festa de palhaço. – Além do mais... eu que não sou doido de me meter no meio dessas duas... nem sóbrio e nem bêbado!!!
O herdeiro de Berk ouve aquilo incrédulo e no meio disso tudo Hiro estava resistir a dor e humilhação que estava passando.
“Seu magos malditos!!!”
A raiva começava a crescer dentro do menino, o ódio por magos, pelas suas atrocidades contra seu povo e principalmente seu irmão.
“Malditos!!!”
Brada em sua mente e sente uma força preencher seu ser, com destreza dobra o pulso das duas bêbadas e as puxas fazendo ambas se chocarem cabeça com cabeça.
– Cabeçuda...
– Cabeça durinha feita de tijolinhos vermelhinhos...
Murmuram as duas garotas que escorregam e caem no chão estateladas com os olhos em espiral.
– Rapunzel, Mérida! – Brada Soluço atônito.
– Strike duplo!!! – Berra Jack rindo.
– Seus!!! – O menino olha para aquele grupo, eles podiam ser pessoas respeitáveis de onde vieram, mas ali não passavam de um bando de desordeiros que o estavam atormentado. Então quando percebeu que Soluço se agachava para socorrer as amigas desferiu um chute no queixo do rapaz.
– URG!!!
E ele não parou, correu, salto e deu uma voadora no moreno o jogando longe quebrando alguns moveis pelo caminho.
– O que está havendo?!
O barulho acordou tia Cass que desse as escadas de roupão e vê Soluço sendo arremessado. Ela se assusta e olha para dentro da sala e vê seu sobrinho respirando fundo. Seus olhos emitiam um brilho de puro ódio, mordia o queixo com tanta força que um filete de sangue escorre pelo canto direito. O que ela mais temia desde que seu sobrinho mais velho e amigos magos chegaram aconteceu... seu sobrinho foi tomado pele fúria.
– Hiro se acalme!!! – Ela tenta acalma-lo, mas ele não a ouviu, sentia uma força crescer dentro dele que o enxia de motivação e alimentava seu desejo de se vingar e acabar com qualquer mago, o sangue de Magus Killer dentro de si pulsava e gritava por sangue.
Em sua mente ele lembrava do que ouvia em vídeo aulas e programas sobre o que os magos fizeram com seu povo... o povo de Yamato. Um povo filosofo e estudioso que fazia parte do mundo da magia, como qualquer ouro reino.
No entanto, sem explicação nenhuma os reinos os atacaram e roubaram seus ensinamentos, os privando de estudarem e apreenderam a magia, desde então seu povo sofre com o afastamento, preconceito e sanções injustas imposta pelos magos. Isso só aumentou o rancor que aquele povo já tinha e infelizmente Hiro era um deles, acreditava que a magia, fazia mal, pois só a via como força de destruição e calamidades, um dom usado por pessoas estupidas e egoístas que só pensam em si mesmas. Ouvia dizer que seu povo era chamado de gado ou bestas em outras partes do mundo.
Como ele queria atirar em cada um deles...
– Vocês não valem nada! – Brada o menino. – Primeiro levam meus pais pra longe e depois meu irmão e o embebedam com essa “magia”, depois ele volta e vejo só um estranho na minha frente e um bando de pessoas que mal sabem se portar, fazem o que querem e destroem o que querem!!!
Sua tia estava assustada, nunca tinha visto Hiro daquele jeito.
– O que está havendo com ele?!
– Ele... – Soluço se levantava com dificuldade. – Despertou... a Aura!!!
– O quê?! – A tia do menino olha confusa para o rapaz.
– É a força que move a magia e o mundo. – Explica o rapaz. – É o que faz a magia nascer e ser usada por nós magos, ela pode ser pequena ou grande dependendo da pessoa e com o tempo podemos fortalece-la a fazendo-a crescer com estudo e dedicação... mas o Hiro...
– UUUAAAAHHHHH!!! – O menino gritava sentido seus músculos arderam e sua pele vibrar, sentia suas veias pulsarem e começarem a transportar energia, estava despertando seus circuitos mágicos que começaram a ficar visíveis e Soluço completa abismado.
– A Aura dele está no mesmo patamar que um aluno do quarto ano!!!
– Yeeeaaaahhhh, o Hiro é forte!!! – Murmura Jack sentado no sofá totalmente alheio aquilo tudo.
Os olhos do menino focam nele, depois a sua frente, onde estão sua tia e Soluço, depois para as garotas a seus pés. Trincou os dentes e serrou os punho direito, uma enorme quantidade de Aura se fixa naquele ponto, sua Aura podia ser vista a olho nu, até mesmo por sua tia e ele ia descarrega-la em Mérida e Rapunzel e Soluço ao perceber isso, não pode ficar parado.
Seus olhos verdes mudaram para uma forma reptiliana e em um instante ele já estava na frente do menino pronto para nocauteá-lo.
– Desculpa Hiro, mas...
E desce seu punho que nem chega ao rosto do menino, pois sua mão foi aparada por uma mão metálica.
– Hum?
Quando foi olhar para o dono daquela mão metálica sentiu seu estomago ser atingido por um potente soco que o faz perder todas forças. Quando cai de joelhos no chão, ergue a cabeça e apenas vê um vulto negro e azul a sua frente.
– Quem... – E apaga.
Jack que estava vesgo olha para a figura e aponta.
– Vixi... é o Ultraman?
A figura o ignora, havia coisas mais importantes no momento, se agacha atrás de seu pequeno mestre, com sua mão esquerda cobre os olhos do menino e com sua mão direita segura seu punho e diz de forma calma e serena.
– Já chega Hiro... estou aqui agora.
A voz que ele tanto conhecia ressoou em sua mente.
– Weltall...
– Estou aqui meu amigo, sempre estarei... por você, meu mestre e amigo...
Ao ouvir aquelas palavras uma paz interior começou a percorrer seu corpo, a fúria que o possuiu a alguns minutos se abranda e seu corpo é tomado por um imenso cansaço, suas últimas palavras antes de apagar foram...
– Por que... as pessoas agem assim?
E a resposta foi:
– Por que não sabem o que é união e respeito, mais você sabe e isso é o que importa, agora durma, pois estarei junto de você, até o fim de minha existência.
Aquilo foi o bastante para o menino sorrir e uma lágrima escorrer por sua face, sua consciência se esvai e ele cai em um sono profundo no braços de seu melhor amigo tudo isso assistido por sua tia que chorava de angustia e preocupação.
– Weltall... ele...
– Ele vai ficar bem. – Responde o robô que ergue o menino em seus braços. – Só precisa descansar.
– É todos nós precisamos descansar mesmo, eu vou fazer o mesmo, boa noite gente. – Responde Jack que apaga sentado mesmo.
O grande robô olha aquilo e diz:
– Agora entendo porque Hiro os chama de malucos... devem ser efeitos da puberdade!
A tia de Hiro pisca confusa.
– Será?
Mas o robô dá de ombros e caminha com cuidado levando o menino para seu quarto sendo seguido pela tia do menino. Chegando lá em cima ela ajeita a cama do sobrinho e Weltall o deita para depois cobri-lo e pôr a mão em sua testa e se despedir:
– Tenha uma boa noite meu pequeno mestre...
E estende a mão para a tia do menino que sem medo a segura e ambos de mãos dadas deixam o quarto do pequeno gênio e sem que percebessem uma plena andorinha assistia a cena do alto de um poste ela pia e voa para longe, atravessando o oceano, vales e terras, até chegar a uma enorme construção, mais precisamente uma escola e em uma das salas um homem de aprecia jovem, mais com incontáveis anos de vida estava sentado sobre um futon, a sua frente uma prancheta de madeira onde repousava um pergaminho ao qual ele pincelava. Sua escrita era perfeita, assim como sua esgrima, ali estava um dos servos e professores da famosa escola de magia e feitiçaria de Draconia... Sasaki Kojiro!
O lendário samurai terminava mais um de seus poemas quando ouve um pio de uma andorinha.
– Hum?
O pequeno pássaro adentra a sala e pousa sobre a prancheta do samurai.
– Ora, mais o que temos aqui? – Pergunta intrigado o professor que toca na cabeça do pequeno pássaro que se transforma em um pequeno pedaço de papel. O samurai desdobra o papel e um nome estava escrito.
– Hiro Hamada. – Um sorriso surge em sua face. – Parece que vou poder atender seu pedido Kenzo-san. – Então se levanta, caminha até sua mesa onde vários pergaminhos estavam dispostos, entre eles o de recomendações e de imediato o samurai escreve o nome do menino selando assim o destino do pequeno gênio.
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
-
Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!