Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Quando dormimos é como se todos os nossos problemas fossem embora. Mergulhamos no mais profundo abismo de nossas almas e lá nos resguardamos de todo o mal que o mundo de fora tenta nos causar.
Hiro não sabe por quanto tempo chorou, ou gritou, só sabe que estava com muita raiva, raiva de seu irmão, de si mesmo por pensar que ele o ajudaria e ainda ameaçar seu melhor amigo... como ele foi tolo e ingênuo... ele não iria cometer o mesmo erro... não mesmo...
– Hiro... tem mesmo certeza disso? – Questiona o robô visivelmente preocupado enquanto dirigia o carro.
– Absoluta! – Responde o menino que estava com os olhos faiscando. – É a única forma de chegamos até o Yama!
O robô aperta o volante com firmeza.
– Eu entendo, mas não acha isso perigoso... afinal ele é um...
– Eu sei o que ele é amigão! – Responde o menino cortando seu amigo. – Por isso estou preparado. – Saca sua Gorvement e coloca uma bala no cano para depois fecha-la. – Se ele fizer alguma gracinha meto uma bala na cabeça dele!
O robô pode sentir o ódio nas palavras de seu pequeno mestre, era óbvio que ele estava furioso, toda essa situação que ele estava vivendo o estava deixando muito mal. A responsabilidade de prender Yama, somado ao rancor de seu irmão e pela magia o estavam afetando de tal forma que o gigante tinha medo que seu mestre não iria aguentar. Mas para sua surpresa lá estavam eles seguindo para um encontro que poderia mudar o rumo da investigação e poderiam ter as provas para acabar com Yama de uma vez por todas.
“Mais será que o risco valia a pena”?
Pensa o gigante que começa a se lembrar das últimas doze horas que antecederam esta viagem...
Doze horas atrás nas rodovias de San Fransyko...
O pequeno Smart acelerava a toda a velocidade fazendo várias ultrapassagens deixando os motorista desnorteados, pensando como um carro daquele tamanho conseguia correr tanto!
– Ter feito os upgrades no Hamada móvel foi uma ótima ideia Hiro!
– Heh... e qual seria a graça em restaurar ele e não dar uma implementada! – Comenta o menino rindo, deixando o robô um pouco mais aliviado. Hiro quase não havia dormido na noite passada e apesar das insistências do robô, o mesmo não quis revelar o que ele e seu irmão conversaram. Isso deixou o gigante muito preocupado, afinal eles nunca escondiam nada um do outro, seja lá o que tenham conversado... não acabou bem. Logo de manhã receberam uma chamada de emergência do comissário avisando que encontram um prédio abandonado na periferia sul onde supostamente houve mais uma luta de robôs e era para lá que a dupla seguia.
– Tomara que consigamos alguma informação hoje!
– Que Althena te ouça amigão! Pisa fundo!!!
Obedecendo ao pequeno mestre o gigante pisa no acelerado acerando ainda mais fazendo marcas no asfalto!
Quinze minutos depois a dupla havia chegado ao destino, um prédio abandonado no distrito sul. Há exatos quatro anos ocorreu um processo de reurbanização na cidade visando a melhoria dos padrões de vida de pessoas de baixa renda que nem se quer tinham acesso a eletrônica. Assim uma lei foi instaurada e as pessoas migraram para casas populares mais próximas do centro onde poderiam desfrutar da tecnologia e consumir também. Podem pensar que foi uma forma de ajudar os mais necessitados a terem acesso à tecnologia, mas não foi. Tudo não passou de uma estratégia de marketing, todo o dia surge algo novo na cidade que precisa ser comprado, porém a população do grande centro já estava abarrotada de aparelhos e coisas tecnológicas, por isso precisavam de mais consumidores e quem melhor do que aqueles que não tem nada! Bastou dar um lar novo e empregos que as pessoas começaram a consumir novamente seguindo o ciclo vicioso de compra e consumo e desejo de sempre querer mais e mais... resultado... várias casas e prédios abandonados perfeitos para serem usados por criminosos.
– O progresso sempre causa seque-las! – Comenta o menino saindo do carro.
– Verdade, mais vamos nos ater aos fatos, a polícia já chegou!
O menino e seu companheiro se aproximam das viaturas da polícia que faziam um cordão de isolamento. Hiro mostrou sua credencial e foi autorizado a passar junto com Weltall, todos pararam de fazer o que faziam para prestar a atenção neles.
– Odeio isso!
– Releve... nem todos estão acostumados a ver um policial tampinha e um robô saído dos vídeo games!
Ao ouvir isso o menino para, olha para trás incrédulo.
– Cê me chamou de tampinha?
– E qual o problema... você e baixinho mesmo. – Responde Weltall dando tapinhas de leve na cabeça do menino que estava invocado.
– Você se aproveita só por que e de aço e eu não posso te machucar, né?
A resposta foi os já conhecidos polegares pro alto do gigante, fazendo o menino dar um tapa na própria testa.
– Eu mereço! – Exclama o menino cabisbaixo até...
– Menino!
– Hum? – Alguém o chama e quando ele se vira e vê quem é arregalou os olhos em surpresa, era a oficial que ele conheceu no dia em que venceram o GRAD e o Archibald a... – Sargento Calhoun!!! – Exclama o menino surpreso.
A sargento se aproxima da dupla, com um leve sorriso nos lábios.
– Parece que o destino nos faz nos encontramos de novo, não é?
– Heh, realmente. – Responde o menino batendo continência.
– Não a necessidade disso. – Responde a moça. – Graças a vocês meus homens e eu saímos vivos daquela situação, eu meu nome e do deles... eu agradeço! – E bate continência para o menino e o gigante que ficam sem ração.
– Ahhhh, a senhora não precisa fazer isso! – O menino abana as mãos ficando vermelho. – Na verdade somos nós que devemos agradecer a senhora, só conseguimos entrar neste caso graças a sua recomendação junto ao comissário, né Weltall?
– De fato, o comissário foi bem enfático em dizer que foi a sargento quem nos recomendou.
– Há, há, só foi um gesto de agradecimento. – Comenta a moça voltando a posição normal. – E outra, já não sou mais sargento, agora sou capitã!
A dupla se entreolha surpresos e ela mostra o emblema em seu ombro confirmando que agora ela era capitã da SWAT!
– Meus parabéns, a senhora merece! – Parabeniza o menino, realmente o segundo encontro com Calhoun estava sendo mil vezes melhor do que o primeiro que saiu... bem digamos... nada amigável. – Mudando de assunto, foi a senhora quem pediu nosso auxílio?
O sorriso desaparece do rosto da nova capitã que toma um tom sério.
– Foi sim.
– E o que podemos ajudar? – Pergunta o gigante.
– Aqui, vou lhes mostrar! – Responde a capitã que se vira indo em direção a um furgão onde parte de seu grupo está reunida, a dupla vai logo atrás. Alguns dos soldados reconheceram a dupla de imediato e os cumprimentaram, agradecendo pela ajuda e por terem lhes salvado a vida.
– Eu não esperava esse tipo de recepção.
– Se acostume... você e seu amigão são heróis no nosso meio. – Responde a capitã sem se virar e Hiro pode se sentir um pouco melhor, ali era seu território e seu meio, onde o respeitavam e o tratavam como igual, não o subjugavam ou o tratavam como um nerd ou um pirralho, ali ele era um policial, pronto para a ação! – Tô me sentindo em casa!
– Eu também, só que sem teto, paredes, pisos, quadros, ferramentas, sofás, tomadas, jogos, filmes...
– Amigão eu já entendi, pode parar agora!
– Desculpe, me empolguei.
O garoto ri.
– Só você mesmo amigão, mas agora vamos trabalhar!
E ambos chegam até o furgão onde a capitã estava olhando para algo.
– Vejam isso. – Diz Calhoun mostrando a Hiro e Weltall uma planta de um prédio. – Esta é a planta daquele prédio logo ali na frente. – Aponta com o polegar. – Ele foi construído a cerca de vinte anos atrás, abrigou várias famílias, no entanto depois da reurbanização o local foi esvaziado e está vazio há quatro anos... bom era o que todo mundo achava.
O menino ergue uma sobrancelha.
– Como assim?
– Hoje de manhã recebemos uma denúncia feita por um morador de rua da redondeza dizendo que viu movimentos estranhos no local, alguns policias vieram averiguar e encontram um corpo do lado de fora do prédio.
– UM CORPO!
– Minha nossa!
– E não é qualquer corpo. – Comenta um dos soldados que se aproxima. – Capitã isto foi encontrado perto do corpo da vítima.
O soldado mostra para sua superiora uma carteira que ao abrir revela ser um distintivo com uma foto ao qual Hiro reconheceu na mesma hora.
– Mas é... o distintivo do David!
– Quem?
– David Fisher... detetive. Atuava na região nordeste, sua especialidade era casos de tráfico de drogas e outras substâncias ilícitas. – Responde Weltall.
– Nunca nos falamos pessoalmente, mais sempre o víamos na DP, afinal trabalhávamos em áreas diferentes, mas saber que um policial foi morto é...
Hiro se calou, a morte de um policial sempre o impactava, lutavam para proteger a cidade, eram irmãos de armas. No entanto...
– Espera um pouco! – Exclama o menino. – O David atuava na região nordeste da cidade, o que ele estava fazendo aqui na região sul?! – Questiona o menino e para sua desagradável surpresa...
– Isso... também foi encontrado perto do corpo dele... – Responde o soldado erguendo uma maleta que ele abre revelando várias cédulas.
– Mas... isso é... – Hiro fica sem ação ao ver aquela quantia, era o mais do que ele qualquer um ali ganharia em vida.
– Pelo visto o David cansou de combater o crime e resolveu trabalhar para ele. – Diz Calhoun cruzando os braços.
– Informante. – Deduz o gigante. – Pelo visto David veio receber e acabou sendo descartado... um fim digno para um traidor!
– Weltall! – O menino se sobressalta ao ouvir as palavras frias ditas por seu amigão metálico.
– Lamento Hiro, mas não vou me compadecer pela morte de um traidor, pessoas como ele mancham o nome da polícia... imagine quantas operações o David pode ter estragado ao passar informações... fracamente eu não tenho pena desse tipo de gente!
As palavras de Weltall não foram ouvidas só por Hiro, mais por todo o grupo da capitã que estavam pasmos e impressionados. Um soldado cutuca Hiro e diz:
– Baixinho... seu robô é bem sincero, hein?
– Às vezes até demais. – Comenta o menino que respira fundo. – Mas ele está certo! Não podemos nos compadecer por alguém que vendeu os companheiros por dinheiro, o fim dele foi causado exclusivamente por suas próprias escolhas!
Agora foi a vez de Hiro surpreender os soldados, menos Calhoun que já tinha visto o espírito de bravura e determinação do menino e do robô.
– Muito bem, escutem todos! – Brada a capitã chamando a atenção de todos ali presentes. – O corpo do David foi achado perto do prédio, isso mostra que ouve atividade criminosa recente perto e provavelmente lá dentro, como o corpo dele não foi removido, devem ter saindo às pressas deixando algo para trás.
– A senhora está dizendo que...
– Que o lugar foi usado como rinha para as lutas ilegais e vendas de drogas, quase 100 % de certeza!
Os olhos de Hiro brilharam ao ouvir aquilo, geralmente quando encontravam os locais das lutas, só achavam restos de robôs destruídos e mais nada, mas um prédio antigo seria mais difícil de limpar ou esvaziar, ou seja...
– Podemos achar pistas importantes! – Exclama Hiro.
– Exatamente! – Responde a capitã com um sorriso. – É nossa chance, preparassem, vamos invadir em dez minutos!
– SIM, SENHORA!!! – Bradam os soldados batendo continência e se dispersando, para preparem suas armas e equipamentos.
– Hiro, venha cá! – Chama a capitã pedido para que Hiro e Weltall a seguissem parando diante do furgão. – Tem alguma arma?
O menino saca sua Gorvement.
– Só essa, mais ela é mais eficaz contra seres de mana.
Os olhos azuis da capitã brilham.
– Ohhh, então essa é a famosa arma que acabou com aquele mago maldito.
– Sim, mas pelo que eu tô vendo... – Olha todos os soldados com armas pesadas. – Ela não vai servir para uma operação desse porte, aliás pra que tantas armas pesadas?
A capitã Calhoun olha pra os lados, se agacha e fala somente para o menino e seu robô.
– Isso é uma informação confidencial, só eu e meus homens sabem, mais o corpo do David foi encontrado com uma marca de perfuração no peito.
– Marca de perfuração?!
– Golpe de espada?
– Tá mais para um golpe de uma serra-elétrica do que uma espada em si. – Responde a moça. – E o golpe foi deferido de cima para baixo, e havia marcas de garras na parede próxima ao corpo, ou seja, o assassino estava preso a parede quando desferiu o golpe.
A boca de Hiro quase foi ao chão ao ouvir aquilo, nenhum humano poderia ter feito aquilo, somente um...
– VNT!
– Isso aí!
– Então e por isso que a senhora e sua equipe estão aqui, afinal enfrentar um VNT não é para qualquer pessoa! – Comenta Weltall.
– Corretíssimo robôzão. – Se levanta. – Por isso Hiro quero que se equipe também, OH FELIX!!! – Berra Calhoun pra dentro do furgão e Hiro e Weltall vem alguém de estatura bem baixa correr lá do fundo para fora.
– Chamou capitão! – Exclama um homem realmente de estatura baixa, devia ter a altura de Hiro, usava um uniforme azul e um boné da mesma cor com o nome da SWAT escrito na borda.
– Hiro, Weltall, quero que conheçam nosso engenheiro de armas, Felix Constructor. – Apresenta a capitão e assim que ouve o nome da dupla o homem pula para fora do furgão e Hiro se surpreende ao ver que ele era ainda menor do que ele.
“O cara é um anão”!
Pensa o menino que sente suas mão serem chacoalhadas pelo aperto de mão do homenzinho que parecia extremamente feliz.
– Nossa é uma honra conhece-los, ouvi tanto a seu respeito, só com onze anos e já é um policial de renome, que inveja!!!
– Ahhh, prazer... eu acho?
– E você é o Weltall!!! – Exclama Felix largando a mão de Hiro e parando diante de o robô. – Nossa aprece mesmo um robô saído dos vídeo games!
– Eu sei! – Responde o gigante com simplicidade.
– Felix, deixe os cumprimentos para depois, preciso que você equipe o Hiro e de uma arma para ele, vamos invadir o prédio em alguns instantes!
Ao ouvir as ordens de sua superiora o homenzinho fica sério, bate continência e respondendo.
– Sim, senhora! – Se vira para o menino. – Desculpe a empolgação as vezes não consigo me controlar.
– Percebesse... – Sorri amarelo o menino.
– Mas venha entre, vamos procurar algo do seu tamanho! – Exclama o engenheiro que pula para dentro do furgão.
– Para um homenzinho ele pula bem alto.
– Parece uma versão azul do Super Mario isso sim! – Comenta o menino que sobe no furgão, Weltall ficou do lado de fora por ser muito grande. Lá dentro Hiro se surpreende com a quantidade de armas que havia lá dentro. – Vocês tem armas suficiente para começar uma pequena guerra aqui!
– He, he, bom quando se enfrenta VNT, criminosos bem armados e ainda usando robôs, precisamos de equipamentos de ponta! – Explica o pequeno engenheiro. – Alias todas elas foram feitas por mim!
O menino fica estático ao ouvir aquilo.
– Não brinca!
– Há, há, eu sei, eu sei, um cara do meu tamanho criando armas desse porte parece meio inviável e até fantasioso, mas fui eu mesmo quem as criei. – Explica Felix. – Me formei em engenharia mecânica e estrutural na universidade de San Fransyoko, achei que poderia ajudar a criar prédios e moradias com meus conhecimentos, mas quando fui ver o mercado estava saturado e por isso não consegui emprego.
– Puxa que pena. – Responde o menino.
– Com certeza seus serviços seriam de grande ajuda! – Exclama Weltall do lado de fora.
O engenheiro sorri.
– Obrigado, mas foi quando eu achei que não haveria mais esperanças para mim, conheci o Comissário Callaghan que ficou interessado em meus projetos e perguntou se eu conseguiria projetar armas, já que a polícia estava sem gente especializada na área.
A história estava ficando interessante.
– E você aceitou? – Pergunta o menino.
– De início eu fiquei meio relutante, mas eu precisava de um emprego então aceitei e Hiro meu amiguinho tenho que te contar... o estados das armas estava realmente precário!
Aquilo pegou o pequeno gênio de surpresa, ele entrou na polícia a um ano e sempre viu as armas bem cuidadas e sempre funcionando, pelo visto Felix fez um bom trabalho.
Foi então que algo lhe veio em sua mente.
– Senhor Felix?
– Me chame apenas de Felix meu jovem.
– Ok... Felix, você criou todas as armas desse arsenal, isso incluiu...
– A submetralhadora que você usou no incidente no Shopping? Sim eu a criei também, ajudou muito, né?
Hiro ficou mudo ao ouvir aquilo, então aquela a arma que ele usou em toda a luta contra o GRAD e o Archibald foram feitas por aquela pequenas mãos.
– Felix... cara você...
– Você salvou a vida do meu mestre! – Exclama Weltall. – Tenho uma dívida eterna com você nobre engenheiro!
O engenheiro acaba ficando encabulado e coça a cabeça.
– Que isso gente estão me deixando com vergonha, não precisam de tudo isso!
– Precisa sim! – Exclama Hiro que pega nas mãos do pequeno homem e diz olhando bem no fundo de seu olhos. – São mãos como essas que salvam vidas, ajudam a proteger os cidadãos e a nossos companheiros, obrigado por nos ajudar nas sombras Felix... você sem saber deve ter salvo mais vidas do que muitos de nós!
O pequeno engenheiro sentiu seu corpo tremer, uma lagrima solitária escorre por seu rosto, ninguém nunca o havia agradecido de tal forma por seus serviços, todos o tratavam apenas como o “engenheiro do arsenal”, mais Hiro o tratou como um igual, um companheiro de batalhas e ainda disse que suas armas salvaram vidas inocentes, provavelmente aquele era o momento mais feliz e satisfatório de sua vida.
– Obrigado... snif... ninguém nunca me disse palavras tão gentis e tão fortes quanto essas, nem mesmo o comissário!
O menino sorri.
– Cada um tem que fazer seu trabalho com maestria e você o faz, pode não aparecer em jornais e revistas, mas está ajudando sim e tenho certeza que cada soldado aqui te agradecem, só não falam por que se acham manchões demais pra isso.
– Eu sou dez vezes mais macho que esse monte de marmanjos! – Berra a capitã Calhoun botando a cabeça pra dentro do furgão. – Cinco minutos!
Os dois se calam e se entreolham.
– Isso foi estranho! – Comenta Hiro.
– Bota estranho nisso, mais ela tem razão venha vamos te preparar! – Exclama Felix guiando Hiro até o local onde ficam os trajes de batalha. O menino escolheu um macacão folgado que cobria todo seu corpo exceto suas pernas, ficou com seus tênis, por cima da vestimenta colocou uma armadura de cor roxa que cobria seu tórax e abdômen, luvas feitas de aço cromado, ombreiras e joelheiras da mesma cor e um capacete com visor para proteger o rosto. – Essas antenas no topo do seu capacete servem para comunicação a longa distância, aperte qualquer lateral do capacete e você poderá se comunicar com quem quiser do grupo, comigo ou a capitã como se estivesse do seu lado.
– Show! – Exclama o menino. – O Weltall pode sincronizar com os comunicadores?
– Evidente, experimente!
O menino aperta a lateral do capacete e pergunta?
“Weltall na escuta”?
O gigante responde:
“Alto e em bom som”!
– Perfeito! – Comemora Hiro.
– Agora a arma. – Felix guia Hiro até a outra parede onde havia varais armas e pergunta; – Prefere uma submetralhadora como da outra vez?
O menino fica pensativo.
– Olha, a submetralhadora me ajudou muito não vou negar, mas eu preferia usar uma arma de uma mão só e que fosse precisa.
– Uma mão e que fosse precisa... Hummmm. – Felix coça queixo. – Uma pistola?
– É... como já estou a costumado a usar a Gorvement seria o ideal para mim.
Felix ficou em silencio, encarava Hiro com olhar analítico, como se estivesse o lendo.
– Pelo visto, você é do tipo precisão!
– Precisão? – Questiona o menino.
– São pessoas que decidem tudo em um só tiro, ou conseguem abalar um alvo grande com tiro certeiros, como “snipers”. – Explica o engenheiro. – Existem vários tipos de armas e pessoas, alguns preferem armas que causam grande dano ou que explodam, a capitã por exemplo prefere armas que possam fazer o maior estrago possível, entende?
– O Hiro sempre foi preciso em tudo, acho que é da personalidade dele. – Diz o gigante do lado de fora.
– É verdade. – Comenta o menino. – Uma das minhas armas favoritas é Mauser C96 – 9mm, também conhecida como RED 9! Era velha mais tinha uma precisão incrível!
Os olhos de Felix brilharam ao ouvir aquilo, a Red 9 era uma arma bem antiga usada nos princípios da revolução industrial e maquinaria da cidade. Podia disparar tiros únicos ou semiautomáticos, mais o recuo era forte por isso era usado uma apetrecho extra na arma que pudesse apoia-la no ombro fazendo ela um pequeno e preciso rifle.
– Hiro... você tem muito bom gosto... então... o que acha de usar uma Red 9 atualizada pros tempos atuais feita por mim?
Os olhos de Hiro quase saíram de orbita quando ouviu aquilo.
– Cê tá brincando?!
– Não mesmo! – Responde Felix que se agacha, puxa uma caixa de baixo do banco, pega-a e a abre revelando uma bela arma na cor negra acomodada em um revestimento de espuma sobre medida.
Os olhos de Hiro brilharam ao ver aquela arma, Felix a tirou da caixa com cuidado acoplou um silenciado no cano da arma a rodou nos dedos e estendeu para o menino que a pega e começa a gira-la pelos dedos e apontando para vários alvo imaginários, segurava a uma mão e as vezes com as duas, era leve se encaixava perfeitamente a sua mão.
– Essa é uma versão melhorada da Red 9, chamamos de Socom mk23, pode disparar um tiro preciso graças ao silenciador e dez tiros por segundo no modo semiautomático. – Explica o engenheiro. – Também equipei ela com uma mini lanterna e um infra vermelho para ajudar na mira, o que achou?
– É linda! – Exclama o menino que a gira novamente entre os dedos d a mão direita. – Pode deixar que devolvo assim que acabar essa missão.
Mas para a surpresa do menino.
– Ela é sua!
– Quê?
– Pode ficar com ela, considere um presente meu! – Responde Felix deixando o menino entusiasmado.
– Valeu!!!
– Aqui, usei este cinto! – O engenheiro lhe entrega um cinto com local para guarda a arma, suas munições e um espaço vazio onde Hiro colocou sua Gorvement já carregada. – Nunca se sabe o que vai enfrentar, é sempre bom estar precavido!
– Sábia decisão.
– Está pronto Hiro? – Pergunta a capitã.
– Estou! – Responde o menino descendo do furgão, se juntando a Weltall que olhava para uma das janelas do prédio. – Amigão?
– Hiro... posso estar sendo paranoico, mas tenho quase certeza que tinha alguém naquela janela nos observando!
– Oi?! – O menino olha para a tal janela, mais não vê nada. Sabia que seu amigo não mentiria e nem inventaria nada do tipo, vendo apenas uma conclusão. – Pelo visto conseguir essas provas não vai ser nem um pouco fácil.
– Pense pelo lado positivo... não teria graça se fosse fácil, não é?
O garoto sorri enquanto engatilha sua nua nova arma.
– Pois é... não seria mesmo!
E ambos se juntam a capitã e seus homens enquanto lá dentro uma figura lupina feita de metal corre até se juntar a sua matilha composta por vinte maquinas iguais a ele.
– Relatório; são dez humanos, mais um menino e um robô negro e azul... de acordo com as informações... é o mesmo que destruiu o GRAUD.
Relata o VNT para seu grupo, que se voltam para seu líder, um VNT lupino como eles, só que maior e equipado com uma serra-elétrica na costas. Caminha para mais próximo a eles e da suas ordens.
– Dividam-se pelo prédio em duplas, ataquem quando verem que eles estão desprevenidos, sem prisioneiros!
Os VNT afirmam com a cabeça e quando iam se dispersa...
– Podem acabar com todos, mas o robô negro e azul... – Seu visor brilha em uma luz vermelha sangrenta. – É meu!
Os VNT lupinos não entendem de imediato as ordens de seu líder, mas não questionaram e se dispersaram, lá fora Weltall e Hiro se preparavam para entrar e o gigante nem imagina que seu próximo adversário já o esperava!
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
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Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!