Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Era quase meia-noite e o pequeno Smart cruzava uma antiga rua que levava para fora da cidade. Como já dissemos antes, logo após a queda de Yamato, a terra ficou árida e desértica, os sobrevivente tiveram que se unir em uma só cidade que é conhecida nos dias de hoje como San Fransyoko. O restante do território tornou-se um imenso deserto de areia e deposito de lixo industrial. Pilhas e mais pilhas de sucata aumentavam a cada quilometro percorrido, haviam se passado doze horas após a invasão do suposto esconderijo da máfia e da luta de Weltall contra o VNT.
O gigante dirigia o carro olhando para a estrada deserta, de vez em quando olhava para Hiro que estava sério, também, não é qualquer dia que recebem uma ligação de um homem suspeito que sabe seu nome, onde você trabalha e pior... sabe usar magia.
– Não acredito... depois de tanto procurar, tantos caminhos errados, horas, dias e até anos perdidos... as respostam vão vir assim... tão fácil?!
Hiro estava revoltado, conseguir uma prova contra Yama era seu objetivo principal e sua meta. Esperava que com suas próprias mãos conseguisse provas contra o político e sua gangue e por fim fazer justiça por tantas vidas e máquinas que aquela baleia branca e sua trupe de criminosos destruíram!
No entanto as coisas seguiram outro caminho...
– Não consigo entender. – Indaga o gigante.
– O que amigão?
– Esse homem! Para um criminoso, manter-se nas sombras é um mandamento crucial para que seus esquemas não sejam exposto e ele continue a faturar, mas ele não... disse que quer nos “retribuir o favor”. – E olha para seu pequeno mestre. – O que isso quer dizer?!
O menino suspira, também estava fazendo-se a mesma pergunta. Pensava nas motivações do homem e também não chegava a uma conclusão... só de que ele era um mago, ou melhor, um “Magus Killer”, como ele se identificou. Mas alcunha não importava para o pequeno policial, e sim que ele sabia seu nome, quem era, onde vivia, sabia de sua tia e que o idiota de seu irmão e seu grupo de amigos esquisitos o estavam procurando e isso... já era motivo de sobra para ele averiguar e aceitar o convite do misterioso, mesmo que fosse uma armadilha, sua tia podia estar em perigo e ele não ia permitir que ninguém a machuque, mesmo que isso implicasse em abater outro mago!
A dupla prosseguia sua viajem e só pararam quando Hiro avistou algo na estrada.
– Weltall para o carro!
O gigante obedece, pisa no freio parando o carro, aumenta a luz dos faróis iluminando o que Hiro havia visto, no entanto não era algo... e sim alguém.
Diante da dupla um homem de porte alto se postava. Vestindo um manto preto que cobria parte de sua face, penas negras adornavam seus ombros, suas pernas eram cobertas por uma hakama da mesma cor de seu manto, seu peito estava desnudo e coberto por uma medonha tatuagem que se espalhava para seus braços, pernas e pés. Tudo isso já lhe dava uma aparecia única e medonha, mas nada igual ao sorriso em um lábio pálido e um levantar de cabeça onde Hiro e Weltall podiam ver seus olhos, rubros como o sangue e como a própria morte.
– Hiro... será que? – O gigante pergunta sem tirar os olhos da figura.
– Sim... é ele! – Responde o menino que saca sua arma já carregada. – Vamos lá amigão, chegou a hora!
O gigante ainda sem olhar para o menino responde:
– Sim!
E ambos saem do carro e caminhão a passos lentos, os olhos castanho e de âmbar encaravam o homem que não se movia. A cada passo mais próximos do mago eles ficavam, a cada passo começavam a se sentir estranhos. Hiro a sentir calafrios pelo corpo, mesmo Weltall sendo feito de aço, sentiu suas juntas tremerem.
“O que é isso?!”
Pensa o menino que sentia seu corpo ficar mais pesado e cada passo ficava mais difícil. Sua cabeça parecia uma tempestade de tantas possiblidades e coisas que poderiam estar causando aquela sensação de desconforto, no entanto, nenhuma razão logica se fazia presente, queria sempre se manter cético, mas até sua mente pensava que o motivo de seu mal estar era...
– Parece que está pensando muito meu caro.
A voz do homem parece despertar Hiro de seus pensamentos, que ao perceber estava a cinco passos do mago, assim como Weltall. Seu corpo inteiro suava, sua boca seca, o ar estava pesado e claustrofóbico ao ponto de sua respiração falhar, seu corpo pesou ainda mais, como se fosse feito de chumbo, seus olhos estavam saindo de foco, não via e nem ouvia e aos poucos sua consciência ia se apagando. Tudo isso diante da presença do mago que sorri.
– Desculpe... esqueci que vocês não estão acostumados a sentir grandes pressões de Aura... vou diminui-la para vocês.
– Ah?!
Na mesma hora, o pesado ar que os rodeava desaparece como se nunca tivesse estado sobre eles, sua respiração volta ao normal, assim como sua visão, audição e outros sentidos. Olha ao lado e percebe que Weltall também estava curvado, seja lá o que aconteceu o afetou também.
– Amigão?
O gigante ergue sua mão direita.
– Estou bem... meus sistemas quase desligaram e minha energia quase se esgotou... nunca vi ou senti algo parecido... parecia até que haviam colocado uma montanha sobre meus ombros!
– Quê?!
– Foi quase isso mesmo.
A dupla se volta para o mago que os encarava de forma divertida.
– Ao elevar sua Aura até um certo grau, você pode faze-la pesar sobre seu oponente, o fazendo se sentir mal e as vezes até fazê-lo desmaiar... interessante não é?
O menino engole seco, não sabia muito sobre a Aura, mas conseguiu entender mais ou menos o que o mago disse. Ele jogou sua energia contra eles! Sabendo que não eram peritos e nem entendedores sobre a Aura, os pressionou, mostrando a eles sua força e sua superioridade.
Estavam em perigo...
– Quem... ou o que é você afinal de contas?! – Brada o menino que vê o mago alargar seu sorriso.
– Ora essa, onde estão meus modos! – Responde o homem que ergue os braços afastando o gorro, revelando sua face pálida, sem cabelos e com uma tatuagem em forma de um círculo magico no lado esquerdo de sua cabeça.
Se ele já metia medo com o gorro, sem ele então...
– Me chamo Armatas Aristates! – Exclama o mago que curva a parte de cima de seu corpo, enquanto mantem a mão direita sobre o peito. – Mais conhecido como O Alquimista das Trevas! – Completa o homem voltando a sua posição normal e encarando a dupla.
– Alquimista das Trevas? – Pergunta o menino confuso.
– Deve ser uma classe de mago Hiro. – Responde o gigante. – Li uma vez que no mundo da magia existem várias classes de magos, ele deve ser um deles.
– Será? – Questiona o menino que não tirou os olhos do indivíduo, não podia se dar a esse luxo. – Tudo bem... – Respira fundo e começa. – Você nos chamou aqui por que disse que quer nos “retribuir”, mas eu pergunto, nos retribuir pelo que?!
O homem de negro bate palmas.
– Muito bom... indo direto ao ponto, gosto disso! – Exclama o homem sorrindo. – Pois bem meus caros vamos ao que interessa!
O alquimista sessa as palmas, mas mantem as mãos juntas perto do rosto, seus olhos rubros atentos a cada movimento da dupla que esperavam ele falar algo. Quando viu que o silencio os estava deixando apreensivos ele se manifesta.
– Apesar da minha aparência e gestos nada ortodoxos... sou um homem de negócios.
O menino estreita o olhos a ouvir aquilo.
– Homem de negócios?
– Sim! – Responde o alquimista. – Mas diferente do balofo do Yama e de sua trupe, eu não trabalho com maquinas e produtos de alta tecnologia e sim com o antiguidades.
– Antiguidades? – Inquere o gigante.
– Sim, mais precisamente... artefatos raros e de alto poder... traduzindo para vocês... itens mágicos!
– Itens mágicos?! – Os olhos do pequeno gênio se arregalam ao ouvir aquilo.
– Exatamente! Sabe Hiro, você pode não gostar, mais vive num mundo onde a magia é soberana! – Exclama o alquimista deixando o menino mudo. – Ela se encontra no ar, na terra, na água, no fogo, no metal, no céu... em suma... em todo o lugar. Se seu uso será benéfico ou maligno, isso depende do indivíduo, o mesmo processo se encaixa quando alguém carrega uma arma, cabe a pessoa se fara bom uso ou não dela... interessante, não acha? – O homem de negro termina a frase fitando o menino que não responde.
Estava atônito, perdido em pensamentos, pois aquele homem acabou de repetir quase as mesmas palavras que Weltall havia proferido após ter despertado sua Aura a alguns dias atrás, que a magia podia ser usada tanto para o bem como para o mal... assim como a tecnologia.
Encarrou o chão e depois suas mãos que começaram a brilhar sem ele mandar, depois olhou para o mago que para sua surpresa estava rodeado por uma luz vermelha que cobria todo o seu corpo, se assustou e olhou para Weltall que também estava envolto pela mesma luz só que azul... aquilo era...
– Chi...
Armatas sorri pelo canto da boca.
– No ocidente chamamos de Aura... a energia que move o mundo e cria a magia, alguns vivem a vida toda e nunca a manifestam, já você conseguiu bem mais cedo, meus parabéns!
Na mesma hora os olhos do meninos e turvam em ódio, suas mãos param de brilhar assim como as Auras que rodeavam Armatas e Weltall que desaparecem.
– Poupe-me dessa suas teorias sobre Aura ou magia! Nada disso me importa... eu odeio a magia por um simples fato, ela causou dor e sofrimento ao meu povo, além de semear o que a de pior nas pessoas! – Brada o pequeno gênio em fúria.
– Hiro... – O gigante começava a ficar preocupado, deveria imaginar que seu pequeno mestre não iria se controlar na presença de outro mago. Seu ódio é grande demais e isso com certeza estava nublando sua mente.
O alquimista por sua vez cruza os braços e diz:
– Parece que o que ouvi sobre você é verdadeiro, você não tem um bom relacionamento com a magia.
O menino o fuzila com seus olhos castanhos em chamas.
– Você não sabe nada sobre mim!
– Engano seu meu caro... se não te conhecesse... não o teria escolhido para este encontro, não é?
– Ah?! – O menino se sobressalta.
– Explique-se? – Questiona Weltall ao homem que responde.
– É simples... quando cheguei a esta cidade não conhecia nada, nem ninguém, a primeira coisa que fiz foi procurar informações que ajudassem em minha busca... e entre essas buscas acabei me deparando com uma cena... digamos... inusitada.
– Cena inusitada?
O homem não responde de imediato ao contrário, estende sua mão esquerda diante da dupla e uma esfera de cristal se materializa em um brilho roxo.
– O que é isso?! – Pergunta o pequeno gênio ao ver objeto na mão do alquimista.
– Isto meu caro é uma esfera de cristal dracônico, ela funciona quase como uma memory box, só que a diferença...
A esfera brilha fazendo a dupla recuar alguns passos, porém assim que seu brilho sessou o que eles viram foi...
– Mas... isso é...?
O que Hiro e Weltall viram refletido na esfera eram ele mesmos! Ou melhor pelo ponto de vista de Armatas!
– Também a chamamos de... olho magico... por que como podem ver... – Solta a esfera que flutua, circula a dupla que viam um olho vermelho de dentro da esfera.
– Olhos rubros... – Murmura o menino.
– Meu olhos Hiro! – Ao dizer essas palavras a esfera volta para a mão do alquimista. – Com isto eu posso enxergar e ouvir tudo o que eu quiser, não importar a distância e assim que eu cheguei em San Fransyko, soltei dezenas dessas coisinhas pela cidade.
O menino arregala os olhos em pânico.
– DEZENAS!!!
– Hiro... – O gigante vira seu rosto encarando seu pequeno mestre. – Ele criou sua própria rede de vigilância... só que sem cabos, ou aparelhos... apenas com...
– Magia... – Responde o menino de forma automática.
– Exatamente! – Completa o alquimista que agita a mão fazendo a esfera desaparecer. – E tudo fica armazenado aqui. – Aponta para a própria cabeça. – O lugar mais seguro do mundo... e quando eu quiser posso acessar as imagens que eu vi em minha memória através de um comando. Legal né?
Hiro não sabia o que dizer, via a magia como algo destruidor que controlava e manipulava a natureza, sempre a viu assim. Mas esse homem mostrou algo completamente diferente... mostrou a magia sendo usada de forma pratica, inteligente, quase como um cientista faria. Foi então que Hiro entendeu...
– Você viu nossa luta...
E o alquimista sorri.
– Toda ela... nos mínimos detalhes!
O pequeno gênio recua alguns passos, estava explicado o porquê dele saber tudo sobre ele e Weltall. O maldito os espionava a tempos!
– Seu canalha!!!
– Então você vem vigiando cada passo nosso dês da luta contra o Archibald?
– Sim! – Responde o alquimista. – E devo agradecer a você por se livrarem daquele traste, vocês apagaram do mundo mais um “senhor do destino”, há, há, há.
O pequeno gênio serra os olhos.
– Senhor do destino? – Ergue as mãos. – O que diabos é isso?!
O alquimista cessa sua risada e encara o menino e o robô:
– São aqueles que se acham senhores da verdade e do poder absoluto, pessoas que se sentem acima do outros, que mandam e cometem crimes sem nada lhes acontecer eles sem chamam...
– Magos. – Responde o pequeno gênio imediatamente.
– Isso mesmo Hiro... magos. – Responde o alquimista que cruza as mãos atrás das costa e começa a caminhar. – Usam a magia para vários fins, sem se importar com a causa e efeito, tudo por que sabem empunhar uma varina já se sentem grandes. – Passar por entre os dois. – Tratam os seus como iguais e os que não tem magia como gado... que aliás... são chamados “cordeiros”, lá fora.
– Cordeiros?! – Indaga o pequeno gênio.
– Esse é o menor dos insultos se quer saber, até de blasfemos e infiéis eles são chamados. – Após dizer essas palavras Armatas para e olha para o carro da dupla. – Vejam só... sem usar magia você transformou uma lata velha em um carrinho bem maneiro!
A dupla se entre olha e Hiro caminha até o homem.
– Olha já chega de falar dos magos queremos saber sobre...
– E você matou um desses malditos, reduzindo a um verme que ele é! – Se volta para o menino e sorri. – Você venceu o destino de alguém que se achava grande e com isso pode escrever sua própria história. – Se agacha ficando de frente para Hiro, seus olhos rubros encarando os castanho do menino que sente seu ombros serem agarrados. – Serei eternamente grato por isso!
Hiro sente seus ombros sendo pressionados com mais força o fazendo gemer de dor.
– Urg!
– Solte-o! – A voz do gigante ressoa imperiosa atrás de seu pequeno mestre.
O alquimista sorri e solta o menino.
– Desculpe se te machuquei, não estou acostumado a lidar com crianças. – E caminha voltando ao lugar que estava.
– Você está bem?
– Tô... Tô sim, as mãos dele parecem feitas de concreto! – Responde o menino massageando os ombros. – Mas essas palavras...
– O quê?
– Destino... nós já ouvimos isso antes, ou melhor, hoje!
– Ah?!
– O VNT com inteligência artificial evoluída... ele falou a mesma coisa que ele disse!
Os olhos cor de âmbar do robô se ascendem e rapidamente busca em seu banco de dados, logo as imagens da luta contra o VNT voltaram com tudo, principalmente suas palavras e motivações...
“Você derrotou alguém que ditava o destino, o subjugando e mudando a história escrita por ele... assim conquistando o direito de redigir e ditar seu próprio destino, sua história e sua vida”
E...
“Eu sabia... eu sabia que você era minha reposta! Aquele que mudara o meu DESTINO!!!”
O gigante se vira encarando o mago que estava de costas.
– Foi você!
Armatas para.
– Eu o quê?
– Foi você que armou aquele incidente hoje de manhã, que mandou os VNT nós atacarem e preparou minha luta! – O gigante pisa no chão o rachando. – Não foi?!
Calmamente o alquimista se vira, junta as mãos de ante o corpo e responde:
– Ainda tinha dúvida?
O olhos do gigante se ascendem como se fossem chamas, estáticas surgem por todo o seu corpo, sentia todos os seus scanners mirarem no homem a sua frente, fecha seu punho direito que e tomado pro Aura, seus foguetes se ativam e ele avança contra o alquimista.
– Weltall, NÃOOOOO!!!
Mas o gigante não ouviu o apelo de seu pequeno mestre, seus olhos cor de âmbar pulsavam em puro ódio contra o homem a sua frente. Não importava se era um mago, ou humano, ele fez o que qualquer criminoso da cidade faz... usar ele e seus irmãos como pedaços de metal sem utilidade e depois os descartando, ele já estava farto disso, farto dessa ideologia estupida em que as máquinas não são nada além de servos sem vontade própria, eles tinham inteligência, vontade própria, eles tinham...
– SONHOS!!! – Brada o robô que desfere um potente soco contra o mago, que não se mexe. Hiro corre até eles e seus olhos tremem ao ver a cena.
Welltall usando toa a sua força estava parado, e seu punho estava sendo segurado pelo homem, que parecia não fazer força nenhuma.
– Impossível...
– Heh. – O homem sorri. – Belo soco amigão, mas... – O alquimista ergue seu pé direito. – Contra mim, ele é inútil. – E desfere um chute no abdômen de Weltall o jogando para trás.
– WELTALL!!! – O menino grita ao ver seu amigo ser jogado para trás, mas que logo ativa seus foguetes fazendo o desacelerar até parar.
– Maldito! – Pragueja o robô que já ia partir para outra ofensiva, mas encontra seu pequeno mestre a sua frente.
– Para amigão!
O gigante reage:
– Hiro saia da frente, vou acabar com ele!!!
– Não, você não vai!!!
O gigante encara seu pequeno mestre perplexo.
– Hiro... porque está me detendo, ele é um mago! – Brada o gigante. – Você os odeia lembra, e ainda por cima te colocou em perigo me forçando a lutar contra quem sabe o oponente mais forte e inteligente que conheci e agora quer que eu pare?!
Hiro engole seco, podia sentir o rancor e ódio na voz de seu amigo, por ele, deixaria Weltall lutar a vontade... isso se fosse outro robô.
– Acredite amigão... o que eu mais queria, era ver você amassar a cara de desse sujeito... só que...
– Só que?!
– Ele é um mago, mais também é um humano! – Exclama o menino. – E você não pode matar humanos, lembra?!
Um iceberg caiu sobre a cabeça do gigante, sua programação básica de não ferir ou matar pessoas, ele havia se esquecido completamente dela.
– As três leis...
Caso um robô tente quebrar qualquer uma das três leis da robótica, o robô tem seu sistema desligado automaticamente, ficando inerte até que seu mestre o desperte e isso em uma luta seria fatal, tanto para ele, quanto para seu mestre.
– Eu nem sei como você conseguiu desferir uma ataque e não ter travado, mas não podemos nos dar ao luxo de contar com a sorte, não aqui!
Weltall aperta forte os punhos, sentido a raiva percorrer suas juntas, seus olhos brilhavam ao encarrar os olhos rubros do mago, mas depois quando se focaram nos castanhos de Hiro, eles se apagaram. Odiava o mago, mas tinha mais zelo por Hiro e desfaz sua posição de luta e cessando as estáticas.
– Desculpe Hiro... agi sem pensar.
O menino suspira aliviado.
– Tudo bem, eu entendo.
Um bater de palmas chama a atenção da dupla.
– Ótima demonstração de confiança e trabalho de equipe, vocês realmente são tudo o que eu esperava... e completando o que você disse grandão... eu não planejei aquilo tudo sozinho... a maior parte foi o Wolf que organizou.
A dupla se entreolha surpresos.
– Como é?
– Ele estava aprisionado há anos, sua existência se resumia a luta e lutar para divertir a massa, estava tão acostumado a isso que sua GIGA AI, sofreu um retrocesso. Começou a desejar lutas cada vez mais difíceis e desafiadoras, mas ele sempre vencia, foi quando o soltei e lhe mostrei a cidade e a vida fora de uma jaula.
O alquimista fecha os olhos se recordando do pouco tempo que passou com o VNT, mas que ficaram gravados em sua memória e seu pedido final.
– Vocês provavelmente não sabem, mais o destino dos robôs e VNT que lutam nas lutas clandestinas é o esquecimento, ninguém se preocupara ou lembrara de você e ele tinha muito medo disso.
– Medo?! – Os olhos do pequeno gênio se arregalam ao ouvir aquilo.
– Sim meu jovem... muito medo. – Responde Armatas sério. – Eu via uma vida presa a um ciclo sem fim, eu precisava mudar isso então dei a ele o que ele mais desejava... – Aponta o dedo indicador esquerdo para Weltall. – Um adversário à altura e digno de toda a sua força!
Ao ouvir aquelas palavras o coração de aço de Weltall tremeu, se recordou da força de vontade do lupino, que mesmo com a luta pendendo contra ele, resistiu até o final, quase o derrotando, só queria se lembrar do final a luta, pois sabia que algo a mais havia se desenrolado, mas de uma coisa ele sabia... nunca se esqueceria da batalha que teve contra o VNT lupino.
– Qual era o nome dele? – Pergunta o gigante e Armatas responde.
– Blade Wolf.
– Blade Wolf... um nome digno para ele. – Diz o gigante abaixando a cabeça e colocando a mão direita em seu peito, assim como Hiro em sinal de respeito.
– Sim... é por isso eu perguntou? – A dupla fita o alquimista. – O que acham de eu lhes dar a chance de acabarem com o sofrimento dessas pobres maquinas de uma vez por todas?
Os olhos do pequeno gênio e do gigante faiscaram ao ouvir aquilo.
– Foi só por isso que vimos aqui!
– Para dar um fim a esse genocídio, imposto aos meus irmãos!
E o alquimista sorri satisfeito.
– Então vamos tratar de negócios cavaleiros. – Começa o alquimista. – Mas não aqui... vamos conversar em um lugar onde ninguém possa nós ver ou ouvir. – E aponta para o carro da dupla. – Esse carinho de vocês tem lugar pra mais um?
– Ah?! – Exclama o menino não acreditando no que ouviu!
Longe dali, mais precisamente no local da ação policial de hoje...
– É aqui gente! – Exclama Soluço com um mapa em mãos. – Esse foi o lugar da operação policial de hoje.
– Dã! Gênio da pra ver isso né, é só olhar o local todo detonado, né! – Exclama Mérida dando cascudinhos na cabeça do moreno.
O grupo de Draconia havia esperado anoitecer para irem averiguar o local da operação e tentar descobrir a origem da torrente de Aura. Todos foram a favor, menos Tadashi que relutou até o último minuto, achando que não era seguro irem no mesmo dia que se deu a operação, mas conhecendo os amigos que tem era obvio que não ouviriam e lá estavam eles todos dentro do prédio abandoando e com o rombo no centro.
Jack estava parado olhando para o céu e comenta.
– Quem quer que tenha feito isso tava muito pau das ideias! Porque caramba, esse bagulho é muito grande!
Rapunzel se aproxima e olha mais de perto. Diferente das vezes em que a jovem usava vestidos longos e floridos em seus passeios com os amigos, a loira usava uma roupa mais informal dessa vez. Camisa social branca, um colete preto por cima, calças jeans e botas marrons e seus longos cabelos presos e uma longa trança. Já Jack estava trajando uma roupa de ninja na cor azul, com direito a sandálias de palha e uma espada nas costas.
– Ahhhh, Jack, perguntinha?
– Pergunta fofa!
– Pra que a roupa de ninja?
Um grande sorriso surge na cara do albino.
– Ora, estamos em um pais oriental, onde ninjas existiam, eles eram espiões a noite, então eu pensei... Porque não me disfarçara a caráter para a ocasião... NIN-NIN!
– Nin-nin? – Pergunta Rapunzel com uma gota atrás da cabeça.
– Era um código ninja antigo para situações extremas, ou talvez só pra zoar mesmo, talvez nunca saibamos seu significado, há, há, há. – Exclama Jack rindo de si mesmo. – Aliás o Soluço também tem sua roupa ninja!
– Tem?! – Questiona a loira não acreditando.
– Ele me forçou a comprar Zie, só que não sou doido de usar aquilo na rua, né? – Protesta o herdeiro de Berk que estava usando uma roupa normal, camisa de manga verde, calças jeans batidas e tênis preto.
– Mas era para você usar cara! Íamos formar a dupla Double Dragon, lembra?! – Brada o Frost.
– Pelo amor de Althena, Jack eu não prometi nada!
– Prometeu sim cara, você quebrou o código dos ninjas de Konoha!!! – Brada o albino agitando os braços.
– Que ninjas de Konoha o que, tá viajando maluco?! – Esbraveja o moreno.
– Traidor da vila ninja!!! – Berra o Frost sacando sua espada ninja. – Preparasse para morrer... NIN-NIN!!!
Só que antes de avançar o ninja Frost recebe um poderoso cascudo que o faz ir de cara no chão.
– AAAAÍÍÍÍÍÍÍ, ISSO DOÍÍÍÍÍÍÍÍÍ!!!
– É pra você apreender a ser homem Frost!!! – Berra a princesa de Dunbroch com o punho fechado. – Que tal se lembrar que estamos atrás de um mago das trevas perigoso e agir feito adulto, pra variar, olha só pra você se vestido como uma criança!
O albino se levanta na mesma hora.
– Olha quem fala, e você que tá toda sex com essa roupa... que aliás... fico bem em você, hein ruivinha?
– Oi? – A ruiva arregala os olhos e se examina, estava usando uma camisa preta com um casaco de couro marrom por cima, calças de couro também marrons, com uma corrente de prata no bolso esquerdo e botas pretas. – Eu não tô sex... eu tô?! – Pergunta para amiga que sorri fazendo um sinal de “pouquinho”. Foi o bastante para ela dar um tapa na própria testa. – Eu não devia ter ouvido a tia Cass e suas sugestões!
– Ué, mas você ficou bonita Mérida, devia se orgulhar disso. – Comenta Soluço que passa por elas indo examinar uma coisa. O que ele não viu foi a ruiva ficar extremante vermelha e um sorrisinho surgir na sua face.
– Isso é um sorriso?
– VAI A MERDA FROST!!! – Brada a ruiva se afastando do albino batendo o pé.
–Que foi que eu fiz? – Questiona o albino para Rapunzel que balança a cabeça sorrindo.
– Nada Jack, vamos continuar a procurar, aliás, viu o Tadashi?
– Ele disse que ia pro topo do prédio, me ofereci pra ir junto, mas ele negou. – Explica Jack.
A princesa de Corona ao ouvir aquilo serra os olhos, ergue o punho direito e coloca o dedo indicador direito entre os lábios, Jack conhecia aquele gesto.
– Tá pensando no que loirinha?
– Nada. – Tenta disfarçar.
– Olha Zie, não adianta me enrolar, quando você coloca um dedo entre os lábios é que algo está te perturbando e está pensando profundamente sobre isso.
A loirinha abre boca em espanto, pelo visto não era boa em esconder suas desconfianças. Suspira e decide desabafar...
– Tô preocupada...
– Com o que?
– Com varias coisas. Com essa nossa missão em ir atrás do mago das trevas sem avisar ninguém, entramos em uma terra em que magos não são benvindos, um fenômeno de Aura gigantesco e dois irmãos que se odeiam!
Essa última fez o os olhos azuis do Frost se arregalarem.
– Tá falando do Tadashi e do Hiro, né?
A princesa meneia a cabeça em confirmação.
– Noite passada eu vi o Hiro subir as escadas, eu fingi que estava dormindo, depois de algum tempo o vi descer as escadas com uma expressão muito dolorosa, depois me levantei e o segui até a porta que leva a garagem ele a fechou e o ouvi... chorando...
Ela segura a blusa.
– Um choro de dor que fez meu coração doer! – Sem perceber a princesa começava a chorar. – Será que... conhecemos o Tadashi de verdade... Jack?
Antes que a princesa continuasse a falar o albino cobriu seus lábios com um dedo, seu semblante em nada lembrava o palhaço de sempre, estava com os olhos frios e focados.
– Desconfiar um do outro agora não fara bem para nenhum de nós Zie.
A loira arregala os olhos.
– Mas sim... eu também percebi o jeito do Tadashi, assim como o Soluço e provavelmente a Mérida também.
– Então... – Ela tenta dizer algo, mas o albino a interrompeu.
– Vamos observar mais um pouco, se virmos que a situação vai ficar insuportável, vamos abortar a missão e voltar para o continente... tudo bem assim?
A loira meneia a cabeça em confirmação.
– Tá bom.
– Beleza, agora enxuga essas lágrimas odeio ver uma menina chorando!
A princesa obedece e sorri.
– Olha... quando você quer, você consegue ser um cavaleiro, sabia?
O garoto fica vermelho e coça a cabeça envergonhado.
– O que eu posso fazer... tá no meu sangue! – E sorri fazendo seus dentes brilharem.
– Bobo!
– Mais feliz! Agora preciso usar minhas técnicas ninjas e encontrar uma pista do nosso “lançador de aura”... FUIIIII, NIN-NIN!!! – E coloca uma máscara ninja e sai correndo pelo lugar arrancando risadas da loira.
– Esse Jack! – E pega sua varinha que se ascende iluminando o caminho a sua frente.
No topo do prédio o Hamada mais velho olhava o buraco a seus pés, sentia o vento cruzando o ambiente e balançando seus cabelos. Com um aparelho em mãos captava as partículas de Aura que ficaram no ar.
O resultado.
– Excede em muito o poder que o Ômega mostrou quando despertou...
Tadashi sentia um calafrio passar por sua espinha.
– Pai que tipo de monstro você deu pro Hiro?! – Questionava o jovem mago encarando a destruição que o robô de seu irmão causou, enquanto o pequeno Smart cruzava as ruas com três passageiros.
– Esse banquinho não chega pra frente não? – Pergunta o alquimista fazendo o menino fechar a cara.
– Pela decima vez... NÃO!!!
– He, he, he... SÓ!!! – Responde Armatas erguendo os dois polegares e fazendo o menino bater a própria cabeça no painel do carro em frustração... a noite prometia ser longa!!!!
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Meia hora... foi esse o tempo de viagem que o Hamada móvel fez dos arredores de fora da cidade até o porto, onde o alquimista dizia ser seu esconderijo. – Não têm problema mesmo em levar dois policiais até seu, “covil”? – Pergunta o menino de forma sarcástica e fazendo aspas. – Há, há, h ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
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Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!