Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
O reino de Yamato sempre teve as estações do ano bem definidas. Na primavera o clima era fresco, as arvores ficaram apinhadas de flores de diferentes tipos e tonalidades que exalavam seus perfume pelo ar. No verão o calor era escaldante, porém a água era abundante para todos que precisassem, o céu ficava limpo sem nuvens e a noite tornava-se um mar de constelações, festa e cerimonias em agradecimento aconteciam a todo momento tornando assim o verão a época de maior festança e diversão do reino do oriente. No outono o ar começava a ficar mais frio, o céu alaranjado e as famílias começavam se prepara para as colheitas e estocar mantimentos, pois quando chegasse a próxima estação todos estavam devidamente preparados. E por fim o inverno, o céu era coberto pro grossas nuvens, neve cobria estradas, casa e plantações, era uma época de ficar junto da família e de meditar tudo o que havia acontecido naquele ano, pois o calendário de Yamato terminava justamente na estação mais fria e rigorosa, para no final o círculo recomeçar.
A vida era simples, mais prazerosa, no entanto... quando a guerra começou o clima diversificado de Yamato foi afetado pelas magias meteorológicas dos magos, causando assim um caos no clima! A primavera e o outono praticamente não existiam mais, deixando lugar somente para o verão e o inverno que ficou ainda mais cruel levando centenas de vidas devido aos meses de frio extremo. No verão as chuvas eram torrenciais e as tempestades podiam durar por dias ou até mesmo semanas a fio, destruindo tudo e a todos pelo caminho. Levou-se décadas para que o povo conseguisse se acostumar ao clima que os magos haviam desequilibrado.
Havia uma lenda que dizia que as tempestades eram a ira dos espíritos superiores por terem mexido com a natureza e suas leis. E uma dessas tempestade estava preste a começar... uma que causaria destruição, mais principalmente vingança!
No centro do jardim artificial do grande prédio de concreto e vidro.
– É interessante como a vida nos surpreende. – Comenta um homem com barba cumprida e usando um pano surrado na cabeça. – Quem diria que um dia estaríamos no centro da metrópole conhecida como cidade do amanhã, bebendo, confraternizando e negociando... a vida realmente é uma caixinha de surpresas!
– Concordo com você Johann. – Responde um homem de estatura alta e de pele escura como ébano, seu corpo era alto e coberto por fortes músculos, em seu rosto havia pequenas marcas formando o que aprecia ser uma escrita antiga. – Há anos tento negociar com Yamato, mas nunca consegui pagar os altos tributos que eles exigiam e olha que meu povo nem participou da guerra que acabou com este prospero reino... é injusto pagarmos pelas arrogâncias dos magos de alta hierarquia!
O comerciante responde concordando.
– E por isso temos que recorrer a contrabando e pirataria, senão estaríamos falidos. – Comenta outro homem trajando uma roupa de capitão, portando uma protuberante barba-negra e um tapa-olho no olho esquerdo.
– Os negócios nos mares não vão bem meu amigo corsário? – Pergunta o homem chamado Johann.
O corsário resmunga e toma de uma vez todo seu drink.
– Vão péssimas! Os mares estão ficando entupidos de moleques que se acham “os mestres do mares”, abatem alguns navios, saqueiam e já se acham os grande... para logo em seguida serem abatidos pelas frotas bem armadas dos navios de diversos reinos!
O grupo de homens murmuram entre si.
– Já pensou em ir para os céus Teach? – Pergunta o homem de pele cor do ébano.
– Já pensei Mohamed, mais o custo para transformar minha velha caravela em um navio voador seria exorbitante e mais a mais já estou ficando velho, meus tempos de ouro já passaram, agora ganho a vida honestamente transportando suas... como posso dizer mercadorias por rotas... “seguras”.
Os homens acabam rindo após a fala do corsário, depois bebem um pouco até que o homem de nome Mohamed toca em outro assunto.
– Amigos por acaso conhecem o nosso jovem anfitrião?
O corsário e o comerciante olham para o rapaz que cumprimentava outros mercadores. Seus sorriso era largo e parecia muito satisfeito ao ser reconhecido e bajulado pelo outros.
– Nunca vi mais gordo! – Responde Johann. – Seria de uma família importante daqui desta metrópole?
– Seu nome é Tadashi Hamada. – Responde uma quarta voz fazendo o trio olhar para trás vendo um homem de porte alto, pele branca, cabelos longos e rubros como fogo, uma barba da mesma cor crescia em seu queixo, suas roupas eram verde quadriculadas e batidas, ao invés de calças usava um “kilt”, vestimenta tradicional do ducado de Dunbroch, além de botas marrons e em suas costas vestia um manto de pele de urso negro. – Saudações das terras nebulosas para vocês meus amigos!
O trio ao verem o homem ficam estáticos e incrédulos, levaram alguns segundos para assimilarem quem estava diante deles, foi quando Johann saiu de seu transe e disse:
– Lorde Leistor?!
O homem curva a cabeça sorrindo.
– Há quanto tem Johann, vejo que você não mudou nada, assim como você Mohamed, seu filho já está tocando os negócios?
O mouro sorri ao reconhecer o velho amigo.
– E você Teach, ou melhor Braba-negra, os mares continuam nostálgicos?
O corsário sorri de ponta-a-ponta larga seu corpo e caminha até o homem lhe puxando para um abraço.
– Não tão nostálgico quanto ver você seu filho da puta!!!
– Há, há, há, contínua boca suja como sempre, hein?! – Exclama o recém chegado devolvendo o abraço do corsário. Depois de se separa o lorde cumprimenta o mouro e o comerciante. – Lamento se os deixei sem notícias, estava tratando de assuntos... sigilosos.
– Sigilosos?! – Exclama Mohamed. – Por três anos?!
– Podia ter nos mandado um sinal de vida milorde, achávamos que estivesse morto!
O lorde coça a cabeça.
– Desculpem, sei que sumi sem dar notícias, mais como disse estava tratando de assunto sigilosos com um novo parceiro comercial.
O trio se entreolham.
– Novo parceiro comercial?! – Questionam os três juntos.
– Sim, graças a ele conseguir ter acesso a rotas de comercio que outros comerciantes nunca teriam emvida e consegui negociar com raças que quase nunca tem contato com o mundo exterior!
Os olhos dos trio brilham.
– Pela Deusa, homem comece a falar! – Exclama Barba-Nega eufórico, aquela recepção estava ficando muito melhor agora.
– Infelizmente não posso falar muito, meu parceiro é muito... reservado e não fala muito sobre si mesmo. Mais vocês com toda a certeza já ouviram sua acunha. – O lorde de Dunbroch se aproxima mais do trio e sussurra para que apenas eles pudessem ouvir. – O Alquimista das Trevas.
O trio de comerciantes prendem a respiração ao ouvirem aquele alcunha, em suas viagens ouviram rumores sobre um homem de manto negro que se chamava pela alcunha de Alquimista das Trevas. De onde ele vinha... ninguém sabia. Só que comerciava artigos raros e de alto poder, os vendendo para reinos, criminosos e até exércitos rebeldes, em suma para quem pudesse pagar mais, um verdadeiro senhor da guerra como alguns o chamavam.
– Então... ele existe mesmo! – Comenta o mouro.
– Não só existe, como me fez ganhar mais dinheiro em três anos do que em dez de trabalho árduo... mais devo admitir... ele é meio insano.
– Insano? – Questiona Johann.
– Insano de que tipo? – Questiona Barba-negra. – Do tipo que faz loucura pelo poder, ou pela frieza e crueldade?
– Isso e um pouco mais! – Responde o lorde fazendo o corsário assobiar impressionado. – Ele sabe muito sobre o mundo e o que está acontecendo e se aproveita destas situações para fazer seus trâmites e lucrar horrores!
– Fascinante! – Comenta Johann visivelmente interessado. – Poderíamos ter a honra de velo?
– Há, há, há, Johann é mais fácil ele te achar do que você o encontra-lo.
Tal resposta fez o comerciante engoli seco.
– Ele vira a esta confraternização? – Pergunta Mohamed.
– Infelizmente ele não é de festas, disse que tem assuntos mais importantes a resolver, pediu para que eu passasse para ele os ocorridos do evento.
– Entendo. – Responde o mouro tomando um pouco de seu drink. – Mais você estava falando do anfitrião antes de o interrompermos?
– Oh, sim. Pasmem... ele é de Draconia!
– DRACONIA?! – Exclama Johann.
– Da escola do Odin?! – Brada Barba-negra.
– Pois é, para vocês verem que sempre existem maças pobres em um cesto e ele é do quarto ano! – Explica o homem de nome Laistor.
– Nossa, tão novo e já participando de atos escusos! – Comenta o mouro que recebe um sorriso de deboche do lorde de Dunbroch.
– Não existe idade quando se quer poder e gloria, sabemos bem disso.
O grupo ri, o lorde pega uma bebida oferecida por um persocon e volta a conversar com seus velhos amigos quando seus olhos azuis fitam duas belas figuras caminhando pelo pátio do jardim de mãos dadas. Eram duas meninas muito bonitas, trajavam vestidos da cor rosa e verde. A de rosa tinha cabelos longos e dourados e de verde cacheados e rubros, ambas estavam com eles trançados e caídos pelo ombro. Suas feições não eram de diversão ou alegria, mais serias e frias e ficaram ainda mais quando o anfitrião se aproximou delas.
– Demoraram bastante no banheiro, tive que até pedir a um desse pedaços de plástico inúteis para ir chama-las. Espero que não estejam planejando nada minhas caras.
A princesa de Corona fita o rapaz sem alterar suas expressões, já sua amiga ruiva...
– E porque planejaríamos algo? – Questiona a princesa valente com ironia. – Você deixou bem claro que somos suas prisioneiras nesta torre.
O rapaz ri.
– Prisioneiras? Méri vocês são minhas convidadas!
– Quando alguém impede nossa saída ou livre arbítrio isso é chamado de cárcere! – Responde a ruiva cruzando os braços. – Não apreendeu isso na escola? Idiota!
O rapaz serra os olhos, seu sorriso convencido some, sendo substituindo por uma feição seria e fria. Detestava quando lhe faziam de bobo, sempre foi motivo de chacota na escola por ser considerado nerd e ficou pior quando descobriram que era de Yamato, uma terra de derrotados como diziam.
Tolos! Se eles o vissem agora.
– Cuidado com a língua Méri. – O rapaz coloca mão dentro do paletó. – Se não medir suas palavras não vou hesitar em te machucar.
A princesa ruiva não demostrou medo ou insegurança pelas palavras do ex-amigo, já tinha visto caras mais ameaçadora e feias antes. Na verdade quase riu quando ele disse que iria machuca-la.
– Você... me machucar? – A princesa caminha ficando cara-a-cara com o Hamada. – Tenta... te desafio! – Provoca a princesa valente que observa o mago rosnar, não iria permitir que uma princesa mimada e birrenta o humilhasse, sem pensar em mais nada puxa sua varinha com a mão direita apontando para o rosto da princesa ruiva que nem pisca.
O Hamada já estava com o feitiço na ponta da língua e pronto para disparar, foi quando sentiu um delicado toque em sua mão direita, olhou pelo canto vendo que o toque era de ninguém menos de que sua amada flor que o fitava, não mais com os olhos lacrimejados ou feição assustada. Estava seria e o olhava fixamente.
– Se eu fosse você não faria isso. – A voz da princesa de cabelos dourados saiu limpa e autoritária. – Se fizer isso com certeza sairemos perdendo, mais você também sairia.
– O quê? – O Hamada fica confuso com as palavras de sua flor.
– Se atacar a Mérida seus “amigos” até podem se voltar contra nós, ou até mesmo ficar olhando e não fazerem absolutamente nada!
Os olhos do rapaz se arregalam, no mesmo tempo que a princesa retira sua mão.
– De fato você demostrou que tem o controle da situação, porém você não cogitou nas consequências.
– Consequências? – Indaga Tadashi não gostando do tom de voz de sua flor.
– É simples babaca! – Responde Mérida. – Como você parece ser novo nesse negócio de anfitrião deixa eu te dar umas dicas. Os convidados não gostam de se meterem em problemas pessoas, isso até pega mal para a imagem da pessoa. – Diz a princesa sorrindo enquanto o Hamada fica mudo.
– O que a Méri está tentando dizer é... – Rapunzel se mete na frente dele e de sua amiga. – Você pode até nos ameaçar, intimidar, demostrar força e controle, se fossemos garotas normais estaríamos assustadas e em pânico, mas para o seu azar Tadashi, somos princesas, somos conhecidas e duvido que ninguém aqui já não tenha nos reconhecido.
Os olhos do rapaz se arregalam, olha pelo canto esquerdo e via algumas pessoas murmurando.
– Não creio...
– Mais pode crer! – Responde Méri sorridente. – Sabe, a gente realmente tava planejando no banheiro, eu por sinal em mil maneiras de quebrar a sua cara, mas a Zie foi muito mais cruel!
O rapaz encara novamente sua flor.
– Sabe aquele simpático percoson que você mandou ir atrás da gente no banheiro, ele foi tão gentil conosco que mandou uma mensagem para sua casa, endereçada a dois amigos nossos que você deve conhecer muito bem?
O rapaz fica pálido só de imaginar que as duas se referiam e não conseguiu conter seu espanto, viu o controle da situação sair de suas mãos e ir para sua flor em questão de minutos, como ele deixou isso acontecer?
– Incrível. – Responde o Hamada entre os dentes.
– Pois é, minha amiga é genial! – Exclama Mérida colocando um cotovelo sobre o ombro da amiga. – Então babaca eis os nossos termos!
– Seus termos?! – Indaga o Hamada incrédulo.
– Sim. – Rapunzel sussurra fria. – Vamos agir normalmente como você pediu, afinal não queremos nos expor e creio que você não quer arruinar seu “show”. – Os olhos verde jade da princesa brilham. – Só que depois que esse showzinho acabar, todos nós vamos bater um papinho e VOCÊ, vai nos contar tudo o que andou aprontando desde a nossa chegada a San Fransyko, as mentiras, a traição contra seu irmão e principalmente a localização do Weltall, fui clara?!
O rapaz fica sem expressão, os olhos de sua flor brilhando podiam intimidar qualquer um, mais ele não. Tal ato só ascendeu ainda mais seu desejo.
“Que seja então!”
– Tudo bem... eu aceito. – Responde o jovem mago.
– Mesmo? – Inquere Mérida desconfiada, afinal Tadashi havia respondido muito rápido.
– Como minha flor bem disse, eu tenho muito mais a perder. – Guarda sua varinha. – E eu me esforcei demais para este dia e não posso compromete-lo ao brigar com vocês.
As meninas se entreolham.
– Então? – Questiona Mérida
– Eu faço o joguinho de vocês e depois prometo revelar o que “andei” aprontando, porém tem uma condição.
– Que condição? – Pergunta Zie seria para o mago que lhe manda um olhar que a fez ser arrepiar toda.
– Que você minha linda flor me acompanhe no momento da minha apresentação para os nossos irmãos que vieram de tão longe.
– Acompanhar você? – Pergunta a princesa de cabelos loiros com cautela.
– Exatamente! – Exclama o jovem.
– E porque ela faria isso, aliás que raio de apresentação é essa? – Questiona Mérida.
– É um mandatório do congresso de magos. – Responde alguém que se aproxima dos estudantes de Draconia.
As princesa viram seus rostos e vêm quatro homens se aproximando delas e de Tadashi, três deles tinham porte alto e forte, já o quarto era mais baixo do tamanho delas, que aliás foi ele quem respondeu à pergunta de Mérida, que por sinal continuou:
– Todos os anos o anfitrião tem a chance de apresentar suas pesquisas ao nosso grupo de comerciantes, pesquisadores e principalmente investidores de diferentes partes do mundo, sejam eles independentes ou de reinos conhecidos! – Essa última o homem piscou para as meninas que engoliram seco.
– Perdão por nos intrometermos na conversa jovem Tadashi é que ficamos curiosos para conhecer as belas donzelas. – Comenta um dos quatro que tinha pele escura e pequenas marcas em ambos os lados do rosto.
Tadashi por sua vez sorri em resposta.
– De maneira nenhuma meus caros amigos, estava tentando explicar para elas justamente isto!
Ao ouvir aquilo o estomago de Mérida revirou, não acreditava como o rapaz podia mudar de “máscara” tão rápido!
“Filho da mãe!”
– Então o anfitrião mostra sua pesquisa para todos vocês? – Pergunta Zie, com as mãos juntas próximas ao ventre. Sua beleza fez com que todos os homens daquele pequeno grupo a encarrassem admirados, menos o homem de cabelos ruivos que encarava a donzela de cabelos ruivos encaracolados desde o momento que a viu, a jovem no entanto não percebeu.
– Isso mesmo minha jovem e dependendo do resultado se valer a pena ele pode conseguir um bom patrocínio para continuar e aperfeiçoar sua pesquisas ou até mesmo leiloar parte de seu trabalho... isso é se valer a pena, não é jovem Tadashi?
O Hamada por sua vez não demostrou nenhuma emoção ou expressão ao ouvir as palavras do corsário de barba-negra. Ele não precisava temer, pois sabia muito bem que seu projeto os deixaria de queixos caídos.
– Bom meus amigos eu vou me preparar, os vejo daqui a pouco e Flor! – A loira encara o jovem. – Te espero. – E joga um beijo para ela que mantei sua expressão neutra, mais por dentro queria vomitar.
Logo depois o Hamada se afasta deixando as meninas juntos do comerciantes.
– Esse aí não conhece a palavra semancol! – Brada o corsário tomando um pouco de seu drink e se distanciando do grupo.
– De fato, espero que a apresentação dele valha a pena. – Comenta o mouro que também se afasta.
– Pois é, vivendo e apreendendo, até mais princesas! – Comenta o comerciante também se afastando dando “tchauzinho”. O outro homem as encarou por mais alguns segundos para depois seguir o mesmo caminho de seus amigos deixando as duas princesas sozinhas.
– Bem... a parte que iriam nos reconhecer foi mais rápido do que pensei. – Comenta Méri.
– Isso eu já esperava. – Responde Zie sem olhar para amiga. – O fato é que ele me quer ao lado dele, provavelmente pra mostra para essa corja que tem uma acompanhante da realeza ao seu alcance, como se eu fosse um troféu, uma garantia que um dos quatro grandes reinos o está apoiando.
Os olhos de Mérida se arregalam.
– Não creio... ele pensou nisso tudo?! – A reposta de Zie foi apenas um menear de cabeça. – Pilantra!
– Tá mais para um desgraçado mesmo. – Diz Rapunzel sem papas na língua. – E também é a oportunidade perfeita para nos separar e nessa hora é que devemos tomar cuidado.
– Entendo. – Responde a ruiva. – Espero que aquele persocon consiga passar a mensagem pros meninos, não que eu não ache que possamos dar conta, mais ter uma grupo de ajuda seria uma boa.
Zie sorri.
– Pois é... só que eu não mandei mensagem nenhuma.
Cinco segundos depois.
– QUÊ?!
– Méri. – Rapunzel se vira encarando a amiga com um sorriso travesso. – Eu nem se ligar um liquidificador, acha que eu conseguiria mandar uma mensagem via persocon para alguém? – E arqueia as sobresselas.
– M-M-M-Mas você disse que? – A princesa de Dunbroch gaguejava enquanto apontava um dedo trêmulo para a amiga que pisca. Essa foi a deixa para ela entender e ficar pasma! – Você blefou!
– Uh-hu! – Responde a princesa de Corona sem remorso o que faz a ruiva sorri de orelha-a-orelha.
– Miga sua danada!!!
Rapunzel dá de ombros.
– Apenas usei o truque dele contra ele mesmo.
– Isso foi incrível! – Exclama Méri dando pulinhos.
– Menos Méri, menos!
– Desculpa! Mais peraí... então como os meninos vão saber onde estamos se nem nós sabíamos onde aquele carro ia nos levar?
– E não vão saber. – Responde Zie. – E foi até melhor assim.
A princesa valente pisca sem entender.
– Antes de sairmos da casa da tia Cass, deixei uma mensagem para os meninos, em particular para o Soluço.
– Pro Soluço! – Ao ouvir o nome do berkiano as bochechas da princesa valente ficam vermelhinhas.
– Sim, nessa mensagem eu pedia a ele para que ao invés de virem nos procurar, fossem achar outra pessoa.
– Outra pessoa? – Mérida tenta pensar em quem poderia ser, mas Zie se adianta.
– É alguém que merece nossa ajuda acima de tudo, afinal... ele foi o mais prejudicado nessa história toda.
Assim que ouviu aquelas palavras da amiga, a Princesa de Dunbroch, aperta a mão esquerda sobre o punho direito, as lembranças deles socando o rosto do menino que ela achava estar tentando matar um de seus amigos lhe assolou, ainda conseguia sentir o sangue dele em suas mãos e o prazer de ter feito aquilo, se sentiu mal novamente... como ela foi tola!
E com esse sentimento de remorso e pesar ela diz o nome do menino:
– Hiro...
Rapunzel meneia a cabeça em confirmação.
– Eu tive um mal pressentimento quando o Tadashi ligou, a voz dele estava muito calma, não havia barulho e nem pessoas conversando a sua volta. O que me diz que ele não estava aqui quando nos ligou!
A princesa valente na mesma hora fica pálida. Seus olhos azuis focaram em sua amiga, para depois o ex-amigo que estava de costa rindo conversando com os outros magos.
– Zie... – Ela se volta para amiga. – Você não acha que ele fez algo com o...
– Depois de nos ameaçar agora apouco e me machucar... eu não duvido de mais nada! – Exclama Rapunzel fitando o Hamada.
“Espero que os meninos o achem e que ele esteja bem...”
Pede a princesa em pensamento olhando em seguida para trás vendo o persocon que as chamou servindo os convidados, por alguns segundos seus olhares se cruzaram e ambos sorriram.
O plano de obter a verde de Tadashi estava em curso.
Enquanto isso na residência dos Hamada.
– Ok, já sabemos que o Tadashi quis se livrar do Weltall para pôr seu plano sinistro e macabro em pratica! – Exclama Jack saindo da garagem e indo para a sala sendo seguido por Soluço e X55. – A dúvida cruel nisso tudo é... – Pausa dramática por que ele gosta. – E o resto?!
– De fato, ele planejou tudo desde nossa saída da escola até aqui, mais o restante do plano dele é que é o mistério. – Responde Soluço. – Ele não é bobo, já deve saber que nos desconfiamos dele e o estamos investigando, aposto que até o professor Kojiro deve estar fazendo o mesmo!
– Esse é o ponto mano!!! – Brada Jack erguendo os braços. – Contando com nos dois, as meninas e o professor, são cinco magos! Ele não iria conseguir lidar com todos nos juntos.
– Verdade, ele não teria como... a menos que...
Os olhos de Jack se fecham em agonia ao ouvir a famosa frase.
– Mano... eu já disse que eu ODEIO, quando você diz isso!
– Umas cem vezes. – Comenta o herdeiro de Berk. – O fato é que ele não deve estar sozinho nessa, lembra que descobrimos a ligação dele com o Yama, ele pode muito bem ter ajuda do restante da máfia para seu projeto!
– Verdade... – Comenta Jack pensativo. – Mesmo assim é muita pretensão dele achar que vai sair impune nisso tudo... é loucura!
– Loucura... duvido muito disso. – Comenta o berkiano. – Ninguém louco conseguiria armar um plano desses, isso é puro e simples planejamento! Descobrimos a primeira parte do plano agora temos que descobrir a segunda parte e como detê-lo! – Responde Soluço serrando o punho esquerdo.
– Concordo contigo mano, só precisamos saber onde ele está e pra onde foram aquelas duas malucas! – Brada Jack.
– As bocós n°3 e 4 foram se encontrar com o meliante!
Ao ouvir aquela voz fina e mecânica a dupla de magos se encaram, seus olhos se arregalam e lentamente se voltam para o pequeno dono da voz que acabaram de ouvir.
– Como... é?
– O metidinho a gênio ligou chamando a Bocó n°3, vulgo loirinha anaconda, para um evento, ela tentou negar, mais ele não aceitou, ou melhor obrigou ela. Com medo de acontecer algo a Bocó n°4, vulgo ruiva maluca, decidiu ir com ela e saíram faz uma hora e meia. Correção duas horas e cinco minutos. – Narra o pequeno robô para os dois adolescentes que estavam mudos e de bocas abertas.
O silencio reinou na sala, Soluço assimilava aquelas informações enquanto Jack se aproxima do robozinho. Se agacha o pegando, levanta-se e diz... ou melhor...
– PORQUE VOCÊ NÃO NOS DISSE ISSO ANTES CRIATURAAAA!!!
E o robozinho responde apertando o nariz do Frost pausadamente:
– P-O-R-Q-U-E V-O-C-Ê-S N-Ã-O P-E-R-G-U-N-T-A-R-A-M-!
O corpo de Jack treme de raiva, não sabia dizer se o robozinho estava falando sério ou zoando com ele. Porém após o quinto apertão no nariz ele chegou a conclusão.
“Sim, ele tá me zoando!!!”
E se se volta para Soluço.
– Posso quebra esse trequinho agora?!
– NÃO! – Repreendo o moreno tirando o robozinho das mãos do amigo. – Quer destruir a única “pessoa” que sabe sobre as meninas.
– Mano, em primeiro lugar ele não é uma pessoa é uma MÁQUINA e em segundo ele tá me zoando desde quando nos conheceu, a MIM! O rei da travessura e da zoeira!
– É bom quando feitiço volta contra o feiticeiro né?
– Pois é né... – Foi só ai que Jack percebeu a ironia do amigo. – Aaahhhhh, golpe sujo!
– Esquece isso! – Ralha o berkiano. – X as meninas deixaram alguma coisa antes de sair, uma mensagem ou aviso?
O robozinho acena com a garrinha direita pedido pra descer, o rapaz obedece o colando sobre a mesinha de centro. O pequenino caminha até o que aprecia ser um caderno, o pega e o estende para Soluço.
– Antes de sair a Bocó n°3 escreveu algo neste caderno, ela sussurrou palavras que meu sistema de idiomas não conseguiu compreender.
– Não diga! – O rapaz pega o caderno na mesma hora o folheando rapidamente.
– A Rapunzel não vai ficar bolada de você folhear o caderno dela? – Pergunta Jack.
– Você acha mesmo que a Zie deixaria o diário dela dando sopa por aí, principalmente com VOCÊ e a Mérida por perto?!
O albino ergue o dedo, já ia ralhar, mas pensou melhor.
– É... você tem razão.
– Bocó!
– O quê! Ah, seu poca telha!!!
Enquanto o picolé e o robozinho discutiam, Soluço continuava a folhear o caderno de sua amiga quando se deparou com uma página onde não havia mais desenhos, mais sim letras em formato de runas. Eram arcaicas e grosseiras, bem diferentes das runas milimétricas e belas que Jack invocou durante a formação de sua barreira.
– Essas runas... mais elas são...
Imediatamente os olhos do rapaz se alteram, já não mais eram os de um humano, mais sim as de uma fera, em segundos a escrita grossa se tornou legível e de entendimento e o herdeiro de berk compreendeu exatamente a mensagem de sua amiga.
– Zie... você e esse seu coração mole! – Fecha o caderno com força. – Jack!
– QUÊ?! – Berra o albino correndo atrás do robozinho.
– Temos que ir!
– Como?!
– A Zie realmente deixou uma mensagem pra gente. – Ergue o caderno. – Só que não é para ir atrás dela ou da Mérida.
– MAIS, HEIN? – Exclama o albino pulando o sofá e ficando diante do amigo. – Que ideia é essa?
– Pelo visto as meninas também começaram a desconfiar do nosso “amigo”. – Na mesma hora Jack lhe lançou um olhar torto. – Tá bom... a Zie desconfiou!
– Imaginei. – Sorri o albino. – Mas porque ela não quer que a gente vá atrás delas?
Soluço suspira.
– Ela assim como eu acredita que para resolvemos todo esse mistério precisamos de todas as peças do tabuleiro, e uma delas é justamente quem mais se ferrou nessa história toda!
Jack demora alguns segundos para entender a linguagem difícil que seu amigo usou, foi quando finalmente entendeu exclamou:
– O HIRO!!!
– Exatamente!
– O meu pequeno mestre! – Exclama X55 subindo na cabeça de Jack.
– Isso... a Zie tá com uma mal pressentimento. – Diz Soluço sério e com os olhos brilhando. – E nós sabemos muito bem que quando a ela tem esses pressentimentos...
– A gente não podemos ignorar! – Completa Jack. – Peraí, você acha que o Tadashi fez algo com o...
Soluço não respondeu, só sua feição de aflição era a resposta que o Frost não queria saber.
– Ahhh, merda!!!
– O Hiro está em perigo!!! – Berra o robozinho em pânico.
– Precisamos acha-lo! – Exclama o herdeiro de Berk.
– Mas onde?! – Indaga Jack. – A cidade é imensa e a gente não conhece os lugares que ele frequenta é como procura uma agulha no palheiro!
Jack estava certo, mal falavam com Hiro, provavelmente tudo parte do plano de Tadashi para que eles não se dessem com o menino. O pressentimento de Zie estava ficando mais certo a cada minuto, só que o Hamada mais velho não contava com um pequeno e modesto robô que teria a solução.
– Eu sei como achar o Hiro!
– Ah?
– É sério poca telha, não é hora de piadas!
– E quem disse que estou pra piada! – Exclama o robozinho pulando da cabeça de Jack pousando sobre a mesa de centro. – Sou equipado com um sistema de localização que o Hiro colocou em mim caso a tia Cass se perdesse e olha que isso acontece MUITO!!!
– Não brinca! – Os olhos de Soluço se arregalam ao ouvir aquela informação. – E pode localizar o Hiro também?
– Evidente! Ele colocou o localizador na memory box da tia Cass e na dele!
Os dois jovens magos se encaram e sorriem.
– Então o que tá esperando “anteninha”! Bota esse negócio pra funcionar!!!
– Agora mesmo! Ativando rastreamento eletrônico!!!
A anteninha na cabeça do pequeno robô se alonga, suas mãos de garra começam a girar, seus olhos a picar freneticamente enquanto um som de radar ecoava pela casa.
– PU... PU... PU... PU, PU, PU, PU, PU, PU!!!
– O barulhinho enjoado!!! – Reclama o albino.
– Jack, shiiii!!!
– Não faz shiii, pra mim não cara!
– Vai atrapalhar ele assim! – Reprende Soluço.
– Ele que tá atrapalhando com esse barulhinho enjoado!
– Jack, por favor fica quieto!
– Só quando ele para com esse barulho ensurdecedor!!!
– VOCÊS QUEREM CALAR A BOCA!!! – Berra o pequenino que sem avisar lança suas garrinhas nos dois meninos. – Bocós devem ficar... CALADOS!!!!
E energia estática começa a passar pelos fios enquanto os dois magos se entreolham.
– Se prepara mano... isso vai doer!
– Jack... só pra constatar... te odeio!
– He, he, entra pra fila mano! – Responde o albino dando um sorrisinho que pouco segundos depois se transforma em um grito de dor ao ter seu lindo corpinho ser bombardeado pela terceira vez por uma descarrega elétrica e dessa ver se acompanhado por Soluço que também gritava a plenos pulmões:
– ISSO... É... MUITO... DESAGRADÁVEL!!!
– NÃO... ME... DIGAAAA!!! – Rebate Jack com ironia enquanto toma choque.
Dois minutos depois de choques e efeitos de luzes iluminarem a sala ao ponto de quem passassem lá fora pudessem ver as luzes e as caveiras dançando.
– Encontrei! Ele está no monumento dedicado aos monges de Yamato! – Exclama o pequenino saltando da mesinha. – Vamos Bocós, vamos encontra o Hiro!!!
– Dá só um minutinho pra gente se recuperar. – Responde o herdeiro de Berk se sentando todo chamuscado e com a ponta dos cabelos pegando fogo.
– Eu te disse mano... esse robozinho tá zoando com a gente!!! – Ralha Jack também todo chamuscado, só que seu cabelo não estava mais liso e sim crespo em formato de bola. – Esse mini-robo me paga!!! – E desaba no chão enquanto o robozinho meneia a cabeça.
– Como disse... Bocó!
– Sabe... to começando a concordar com você X. – Diz Soluço antes de desabar também.
A busca por Hiro sofreu... alguns atrasos.
De volta ao prédio onde as meninas se encontram...
Já havia passado meia-hora e os persocons preparavam um palco improvisado no meio do jardim. Microfones, refletores eram colocados pra apresentar seja lá o que fosse.
– To com pena desses androides. – Comenta Mérida. – Eles trabalham tão direitinho e com capricho e são esculhambados por um cara que não vale porra nenhuma! – E se vira para Zie. – Isso é uma tremenda sacanagem!
A princesa de Corona olha com pesar para amiga.
– Verdade. É triste ver um povo sendo forçado a algo e não lhes darem o devido valor.
– Povo? – Tadashi se aproxima da meninas. – Eles são tudo, menos um povo minhas caras, não sei o que o governo de San Franskyo tinha na cabeça ao dar o título de “povo” a um grupo de maquinas que só servem para servir e obedecer. E pior... servem a não-magos, onde já se viu isso!
As princesas encaram o Hamada com os olhos em chamas, já não estavam mais conseguindo conter o ódio que se espalha por seus interiores.
– Esquecendo esses pedaços de plásticos... – O mago estende a mão para a princesa loira. – Hora do show minha flor!
Rapunzel encarava a mão estendida a sua frente como se fosse a garra de uma criatura nefasta pronta para ataca-la ao menor vacilo. Sentiu asco e repulsa, era incrível como alguém que ela conhecia e sentia tanta simpatia podia esconder uma personalidade tão sombria e nefasta.
E sua voz doce e gentil, agora era gélida como uma noite sem lua.
– Temos um acordo... lembra?
Eles tinham, então suportando a repulsa que a consumia, fechou os olhos, entendeu a mão apoiando sobre a direita de Tadashi, imediatamente já sentiu a Aura do mago a envolvendo como se fosse uma cobra.
“Força Rapunzel... isso é pelo Hiro e o Weltall!”
Diz a princesa para si mesma.
“Comparar essa sensação de desconforto com a dor que eles sentiram ao se separarem... não é nada!”
E fecha a mão sobre a de Tadashi.
– Vamos prosseguir. – Responde a princesa olhando o Hamada bem nos olhos.
– Sim... vamos! – Responde o mesmo envolvendo a mão da jovem a puxando suavemente, para depois envolve-la com seu braço direito os deixando assim lado-a-lado.
Mérida por sua vez já ia segui-los, mas ao receber um olhar de Zie se detém, acena com a cabeça e se afasta do casal.
– Até que a Mérida apreende rápido. – Comenta o Hamada.
– Sim, mais já vou avisando Tadashi.
– O quê?
– Se você ou qualquer mago tentar fazer algo contra minha amiga, vou mostrar para você, que está bela flor também tem espinhos!
O rapaz ri das palavras da princesa.
– Ah, minha linda flor, você me faz ri.
– Te fazer ri não era minha intenção. – Diz a jovem que aperta a mão do Hamada que do nada começa a sentir seu corpo esquentar.
– Mais o que...?
– Caso não saiba, sou perita em magias de luz, com um movimento eu posso cegar você e essa corja toda! – Impera a princesa ameaçadora deixando o rapaz atônito.
– Você está blefando!
– Acha mesmo?
– Claro que sim. Se você pudesse mesmo fazer isso, já teria feito logo de início!
Dessa vez foi a princesa que riu.
– É que ao contrário de certos magos, eu não gosto de ficar me exibindo por ai, sacou?!
Pela feição e o suor frio que escorreu de sua testa com certeza o Hamada entendeu o recado, mas nem mesmo as ameaças de sua flor o impediram, ele iria por seu nome na história.
O homem que venceu o tempo!
“Chegou a hora!”
E exatamente nesse instante o pequeno gênio que jazia no chão inconsciente... se mexeu, seus punhos abertos se fecham, seus músculos tremem e seus olhos fechados finalmente se abrem, não mais castanhos como outrora, mais sim amarelados como âmbar e carregados de puro ódio. Com esforço ele se ajoelha, sua respiração era lenta e pesada, e sua Aura... imponente!
– Eu... voltei!
A tempestade estava aponto de começar!
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
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Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!