Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Havia um antigo ditado em Yamato:
Quando entramos em um luta, devemos sempre estar atentos aos olhos do oponente. Pois através deles podemos prever seus movimentos, ataques, planos e assim derrota-los.
Sempre ao lutar encare seus oponentes nos olhos... eles são as janelas da alma...
No memorial em homenagem aos monges de Yamato, o samurai encarava sem piscar a memory box que tinha em mãos, sentia um misto de ódio, repulsa, vergonha, desapontamento, mais acima de tudo o sentimento de falha. Ele e seus companheiros servos tinham o dever de ensinar e guiar seus alunos não só na arte da magia, mais também no da vida, mostrando-lhes que apesar das diferenças de cor, raça, magos ou não-magos, todos eram iguais, que o ódio só gera mais ódio, causando assim mais destruição e dor, para ambos os lados.
“Nós falhamos...”
Pensa o professor fechando os olhos com força.
“Tentamos faze-los entender que tudo nesse mundo tem volta, sejam seus atos bons ou ruins, que as consequências de mexer com forças desconhecidas podem ser terríveis! Mas eles não nos ouviriam, pior! Fizeram justamente o oposto do que ensinamos!”
Abre os olhos fitando novamente a memory box.
– Eu falhei miseravelmente...
– Não professor... o senhor não falhou.
– Ah? – O professor volta sua face para a direita onde a tia de seu aluno se encontrava. Estava sentada em um dos bancos de pedra do memorial com a cabeça baixa. – Cass-sama...
– O senhor não pode ser responsabilizar pelo erro dos outros. – Diz a Hamada fungando, não conseguiu ver o vídeo todo, sentiu-se mal e se afastou, onde ficou chorando pensando nas atrocidades que seu sobrinho mais velho cometeu. – Não temos culpa das escolhas que eles fazem, né?
O professor desliga a memory box e se aproxima dela.
– Educamos, alimentamos e passamos todo nosso amor para que eles possam se tornar pessoas de boa índole e justas, mas...
Ela se cala, sentiu mais lágrimas escorrerem e sua voz a sair embargada:
– Nos final... eles é quem decidem seus próprios destinos... e nós... e nós...
– Cassa-sama...
– Eu... eu sabia que ele não tinha voltado para nós. – Confessa. – Eu sabia, fazia três anos que ele não vinha nos ver... ele contava que tinha um projeto que iria revolucionar o mundo, que iria mudar muitas vidas e que sairia da sombra de seu pai... só que eu nem suspeitei que o projeto fosse...
Ela não consegue terminar, as imagens que acabara de ver inundaram sua mente e seu coração, seu sobrinho tratando pessoas comuns como objetos, seres inferiores, descartáveis como se fossem peças defeituosas! E rindo disso...
– Acho que agora finamente entendo o ódio do Hiro por magos e pela magia.
Ela ergue o rosto fitando o professor, seus olhos verde água vermelhos devidos as constantes lágrimas que acabou de derramar, tal visão fez o coração do samurai doer.
– Queria muito que não tivesse visto isso. – Lamenta-se Kojiro.
– Não! – Responde a mulher se levantado. – Eu precisava ver!
– Cass-sama? – A reposta de Cass surpreendeu o samurai.
– Eu precisava desse choque de realidade, precisava ver com meus próprios olhos o tipo de pessoa que Tadashi é de verdade! – Sua voz era de raiva. – Por muito tempo eu pensei que a raiva dele era por seus pais o terem deixado comigo, por terem escolhido a tecnologia ao invés da família... mas não... a raiva dele era porque ele não aceitava o jeito que seu pai via a tecnologia!
– O jeito que ele via tecnologia?
– Sim! – Responde Cass. – Kenzo sempre foi altruísta como já havia explicado, sempre trabalhava por todos e via as maquinas como seres de grande potencial. Trabalhava sempre em seus aprimoramentos e no futuro acreditava que eles pudessem até mesmo... – Ela olha para o monge de bronze. – Escolherem seu próprio destino.
– Como o Weltall. – Conclui o professor.
– Sim. – Confirma a moça. – Weltall é a obra prima de Kenzo, um robô que pode escolheu seu próprio caminho, quem ele quer proteger e amar... um robô que sonha e que deseja felicidades para aqueles que estão ao seu lado!
Kojiro arregala os olhos, as palavras de Cass comeram a clarear sua mente e a compreender o que estava acontecendo.
– É claro... o pai desejava liberdade e altruísmo para as maquinas e com isso seu intelecto e manuseio com eles aumentou exponencialmente, junto com sua fama. Já o filho as vê como objetos sem direito ao livre arbítrio, maquina sujeitas as suas vontades e desejos... como escravos. – Encara a moça. – Isso é uma guerra de ideologias, entre liberdade e a submissão completa travada entre pai e filho!
– Uh-uh! – Confirma Cass. – Ele que mostra que o pai estava errado em tudo o que acreditava, provando assim que seu ponto de vista estava certo... mas os meios que ele está usando isso, são...
– Deploráveis!!! – Brada o samurai em fúria.
– É a ideologia que os magos pregam não é? De serem melhores, mais fortes e por isso terem o direito de fazerem o que quiserem com aqueles que não têm magia, estou certa? – Indaga Cass.
O professor se volta para a moça com olhar doloroso.
– A senhora não sabe o quanto lutamos para evitar que essa ideologia se propagasse entre nossos alunos.
Ela suspira.
– Eu imagino. – E segura à mão direita do professor. – O senhor... ira detê-lo... não vai?
Ao sentir a pequena mão dela o samurai a retribuí apertando gentilmente e respondendo:
– Vou.
Era o máximo que ele podia fazer agora, dizer que deteria seu aluno, impedindo que mais pessoas sofressem pelos ideais distorcidos de uma pessoa que ele tinha em alta confiança.
“Perdão Kenzo-san... falhei com seu primogênito...”
Kojiro sentia se mal ao pensar no pai de Hiro e Tadashi, a verdade é que ele conhecia o doutor Kenzo muito antes dos meninos nascerem. O conheceu quando fazia pesquisas fora de sua terra natal, era uma pessoa simples, humilde e de grande coração. Tinha o sonho de um dia unir a tecnologia e a magia em uma só, assim acabando um dia... com o ódio entre os magos e os não-magos. Era um sonho utópico é claro, várias pessoas já tentaram isso e falharam, mas de alguma forma quando o ouvia... uma chama de esperança nascia dentro dele. Uma chama que o fazia acreditar que o impossível poderia se fazer possível, achou que Tadashi também tinha essa chama, porém ainda estava fraca e difícil de enxergar, no entanto ele a apagou como uma tempestade de neve grossa e escura no intuito de que o sonho de seu pai nunca saia das trevas.
“Será que a chama de seu sonho se apagou para sempre?”
Pensa o professor enquanto encarava o horizonte e sentir uma brisa passar por ele, era quente e acolhedora ao ponto que a chama dentro de si... ainda tremula-se... mesmo fraca.
“O vento de Kazedori... e essa Aura... familiar...”
Ele já havia sentido aquela Aura antes, não mais fraca como um filhote de pássaro ainda no ninho, mais sim ao de uma grande águia pronta para voar e tomar os céus. A Aura de alguém que ele escolheu a pedido de seu amigo... não... foi muito mais do que um pedido foi um chamado, de alguém do passado lhe confiando a nova geração... uma nova chama, um novo destino e seu nome era...
“Hiro!”
O nome do pequeno gênio ecoou em sua mente, nesse instante sentiu a Aura do menino ainda mais forte, estava longe, colidindo-se violentamente com outra... ele estava lutando!
– Cass-sama! – O professor se volta para a moça ainda segurando sua mão. – Escute com atenção... quero que fique aqui e me aguarde.
– O quê?! – Se sobressalta a doceira soltando a mão do professor. – C-Como assim? O que o senhor está dizendo?
– Estou sentido duas poderosas Auras se digladiando, se eu segui-las com certeza encontrarei Tadashi... e se eu der sorte meus alunos idiotas... e também o Hiro!
Os olhos azuis água da Hamada se arregalam ao ouvir o nome de seu sobrinho mais novo, seu coração palpitou da mesma forma quando ainda estava no carro junto com o professor. Lágrimas escorreram novamente por sua face enquanto sentia outra vez aquele sentimento a preenchendo. Foi então que se voltou para o monge de bronze ajoelhado, imagens de quando trazia seu sobrinho para aquele memorial vieram átona, incluindo várias vezes que o menino parecia falar com a estátua e depois quando ia embora dar “tchau” para ele. Achava que seu sobrinho estava brincando, mas agora...
– Kojiro-sama... – Ela se volta para o professor. – O que tinha dentro da estátua-robô?
– Cass-sama eu não tenho...
– O que aquela estátua entregou para meu sobrinho?! – Brada a doceira com os olhos faiscando.
– O quê? – Questiona o samurai de olhos arregalados.
– Olha eu posso não saber nada de magia, energia e essas coisas complicadas do mundo. Mas eu estou sentido algo em meu peito já algum tempo que não consigo explicar! – Confessa a tia de Hiro deixando o samurai atônito.
– Cassa-sama... por acaso você está sentido...?
– Eu não sei o que estou sentido professor! – Brada a Hamada, com as mãos sobre o peito. – Só sei que é forte e acolhedora. – Fecha os olhos sentido novamente aquele sentimento a preenchendo. – É como se meu sobrinho estivesse aqui comigo, do meu lado agora!
O samurai a olha em choque, com toda a certeza a tia dos irmãos Hamada não era uma maga, ou praticante de artes marciais, por isso não poderia sentir a Aura de seu sobrinho.
“Mas ela alega com toda a certeza de que ele está por perto... como isso é possível?”
Pergunta-se o samurai enquanto era fulminado pelo olhar suplicante da moça. Ele não queria envolvê-la ainda mais nisso, porém já era tarde... seus sobrinhos estavam envolvidos em algo grande demais que com certeza a afetaria, portanto o mais sábio a se fazer era...
– Cass-sama escute com atenção. – Declara o samurai segurando os ombros da doceira. – Aquele monge guardava um antigo tesouro que foi confiado ao primeiro Xogum e depois entregue a proteção dos monges e samurais de Yamato.
– Tesouro? – Indaga ela em espanto.
– Sim! – Afirma Kojiro. – Um tesouro antigo que foi mantido em segredo devido a seu alto poder de destruição.
Os olhos de Cass tremem ao ouvir aquilo.
– O que... o senhor quer dizer com isso?
Ele a solta e se volta para o monge de bronze.
– A senhora deve imaginar que Yamato sempre foi o lar dos monges, samurais e dos Automatas, certo?
Comenta o samurai caminhando em direção ao Automata.
– Mais a verdade é que antes deles esta terra foi lar de outra espécie, muito mais antiga e poderosa, que hoje só vive nas memorias e lendas.
Ao fim dessas palavras Cass sentiu um arrepio pelo corpo enquanto receosa perguntava:
– E... que espécie era essa... Kojiro-sama?
O professor se vira para a tia de Hiro respondendo:
– Os Gigas...
Ao dizer tal nome o vento, a terra e as estrelas tremularam, pela lembrança dos antigos e esquecidos filhos de Gaia...
Longe dali na direção do Distrito Financeiro.
– Estamos chegando!!! – Brada Jack ao ver os altos prédios.
– Fique atento, Tadashi pode ter colocado armadilhas e baterias antiaéreas para evitar que ataquemos pelo ar! – Alerta o Arauto voando ao lado do amigo.
– Tô ligado! – Responde o albino que percebe uma mudança súbita de temperatura. – Mano... sou só eu... ou tá ficando mais quente aqui?
Soluço também sentiu a súbita mudança, porém quando ia responder, seus olhos reptilianos foram ofuscados por uma imensa torre feita de fogo puro que irrompeu do centro do distrito.
“Por Althena...”
A imensa torre de chamas ligou o céu e a terra, a intensidade das chamas era tanta que o próprio ar a sua volta queimava, os prédios envolta mesmo a certa distância começavam a pegar fogo, da mesma forma que os primeiro andares do imenso prédio atrás.
– Mano o que, que é isso?!!! – Exclama o mago do gelo cobrindo os olhos de vido a intensidade da luz, além de sentir seu peito arder. – Parece que eu tô queimando de dentro pra fora!
– Eu também! – Brada o herdeiro de Berk que mesmo sendo um dragão sentia seus pulmões em brasa. – Essas chamas não são invocadas, ou criadas por um mago, são puras, sem qualquer influência de magia ou formula!
– O quê?!
Nesse mesmo momento dentro do prédio...
– Droga Zie, cadê você?! – Resmunga a princesa valente que desviava de outra saraivada de tiros. – Merda!!!
Mérida era perseguida incansavelmente por grupos de ciborgues que atiravam nela sem parar, havia disparado inúmeras flechas neles, alguns caíram, outros simplesmente eram acertados e continuavam em seu encalço como se nada tivesse acontecido.
– Esses caras tão mais pra zumbis do que maquinas! – Esbraveja a garota. – Bom pelo menos eles não sabem usar...
O grupo que perseguia a jovem para, soltam as armas, erguem as palmas das mãos que brilham, ao ver isso a princesa apenas murmura:
– Ah... merda!
Em instantes, rajadas de fogo, vento, trovão e gelo irrompem das mãos dos ciborgues forçando a princesa a sacar sua varinha e invocar uma magia de proteção contra ataques mágicos, seu nome é:
– SHELL!!!
Uma redoma de cor rosa envolve Mérida que se encolhe, o impacto das magias ecoa pelo ar o dilatando, causando uma onda de destruição que se estende por todo o andar.
“Não acredito, até magias esses caras conseguem usar!!!”
Brada Mérida em sua mente, enquanto se concentrava em manter sua barreira firme.
“Eu tenho que aguentar, uma hora eles vão ter que cansar.”
Mas isso não acontecia, passou cinco minutos e os homens-máquinas continuavam atacando sem cessar, a jovem por sua vez começava a se sentir tonta, manter uma magia de proteção por muito tempo consome muita Aura e resistência física, e para piorar a criação de barreiras não era seu forte, tanto que só conseguia invocar proteções de nível 1 a 1.5.
“Eu devia ter prestado mais atenção nas aulas de defesa contra feitiços ofensivos da professora Saber... eu tinha que cochilar justo nessa hora!”
Se xinga por dentro ao ver que sua barreira começava a perder forças e a rachar!
“Não, não, não, aguenta barreirinha, aguenta!”
Implorava para que a sua barreira aguentasse, mas foi em vão, o ataque continuou dos ciborgues rompeu a barreira, encobrindo a jovem no processo.
– Parem! O mestre a quer viva! – Ordena um dos ciborgues e assim o grupo cessa seus ataques.
O resultado das magias combinadas causou grande destruição por todo aquele andar, mesas estavam queimadas, paredes congeladas e o piso com buracos que poderiam caber uma pessoa inteira e em seu centro o corpo desacordado da jovem ruiva todo ferido.
O grupo se aproxima com cautela com suas mãos abertas, o líder se agacha tocando em seu pescoço.
– Sem pulso...
Os ciborgues se entreolham.
– Tem certeza?
– Sim... ela está mor...
TUC!!!
Antes de terminar de falar o barulho de algo sendo perfurado é ouvido pelo grupo, seus olhos amarelos por trás dos visores se arregalaram ao ver seu líder parado diante deles com algo pontiagudo cravado em sua garganta.
Era uma flecha, de coloração verde, o corpo sem vida do líder do grupo foi ao chão, o impacto fez o chão a seu redor tremer fazendo com que o “corpo” de Mérida evaporasse como grãos de areia.
– Magia do boneco sem vida!!! – Exclama um dos homens-maquinas alertando os outros, mais já era tarde demais, outras flechas foram disparadas acertando com precisão a garganta de todos eles, no andar de baixo a princesa ofegante segurava com firmeza seu arco de prata, afinal teve que usar muito de suas forças para manter a barreira e criar uma cópia sua.
– Ainda bem... que tinha um buraco bem ao meu lado... quando a barreira quebrou... – Comenta a jovem se sentando, no momento em que a barreira estava para se quebrar ela percebeu que uma das magias dos ciborgues abriu um rombo no chão, então não pensou duas vezes, criou uma cópia sua a deixando no lugar, quando a barreira se quebrou pulou com tudo no buraco que a levou para o andar de baixo, lá esperou quieta eles se moverem, sentiu suas Auras e disparou suas flechas, que tinham pontas em forma de espirais que ao serem disparadas giravam iguais a brocas capazes de perfurar paredes feitas de tijolões, granitos ou concreto.
Um plano improvisado que acabou dando certo... no entanto...
– Eu acabei descendo um andar ao invés de subir!!! – Ralha agitando os braços como uma criança. – Zie...
Ao pensar na amiga seu semblante se entristece e seu coração fica aflito, não tinha notícias da princesa loira desde que ela foi pega pelo lobo de aço. A dor de não saber o que estava acontecendo com ela era muito mais doloroso do que os machucados que tinha pelo corpo, mas isso não a pararia, fechou os punhos, segurou com força seu arco e se reergueu, não era hora de ficar triste e sim agir!
– Eu vou te achar miga... e juntas vamos acabar com a raça desse almofadinha!!! – Declara a princesa respirando fundo e voltando a correr, minutos depois o andar em que ela estava foi coberto pelas chamas do combate que ocorria lá fora.
Nos andares superiores a princesa de Corona já se encontrava em ação. Um ciborgue avançou sobre ela que se esquivou, passou a palma da mão direita sobre sua varinha que ficou carregada de estáticas roxas, tocando logo em seguida no abdômen direito do homem-máquina, em segundos a corrente elétrica deixa a mão da jovem maga e passa por todo o corpo do adversário indo direto até sua interface neural a desligando por completo. O ciborgue caiu no chão como uma pedra se juntando aos vários que a princesa já tinha apagado.
– Ufa... esse foi o último. – Comenta a princesa enxugando o suor de seu rosto com a mão esquerda. – O número de ciborgues está aumentando a cada andar que eu subo além é claro...
Enquanto falava consigo mesma um VNT do tipo LQ-48 saltou sobre ela, porem o lobo mecânico só pegou o vento, depois seus sensores captaram uma luz que vinha por baixo e por fim não viu mais nada. Seu corpo foi dividido ao meio por uma fina lâmina de luz que nascera da ponta da varinha da princesa que se ergue terminado sua frase:
– ... de VNTs também!
Rapunzel já estava no setuagésimo quinto andar, graças a um dos cartões de acesso que conseguiu da dupla de ciborgues que encontrou no quinquagésimo-segundo anda. Ele lhe deu acesso a um dos elevadores do prédio, no entanto ele só a levou vinte andares acima, o resto... ela teria que ir a pé.
“Não posso baixar a guardar, Tadashi deve ter guardado os melhores ciborgues para ele em caso de uma invasão, por sorte, ou ironia... consegui reproduzir aquele fenômeno.”
Pensa a princesa ao olhar para suas mãos, para logo em seguida fechá-los e o momento em que Wetall foi derrubado no chão por uma descarrega elétrica incomum vieram a sua mente. Ficou se perguntando como aquilo aconteceu, ou melhor, como Tadashi havia conseguido aquilo, na época tentou lhe perguntar mais ele nada quis dizer, então perguntou a Soluço que teorizou que o gigante pode ter sofrido de um ataque de pulso eletromagnético.
Ele explicou que era um fenômeno que ocorria na natureza, onde ondas de energia provenientes de explosões que ocorrem no espaço chegavam até nosso mundo. A energia proveniente desses fenômenos é tanta que pode sobrecarregar diversos aparelhos eletrônicos os destruindo, desde memory boxes, memory tvs... até mesmo robôs. Ela se questionou como Tadashi conseguiu reproduzir esse fenômeno, mas o herdeiro de Berk não soube responder, pois nunca viu, ou ouviu alguém conseguiu reproduzir tal fenômeno com sucesso.
“Se o Tadashi sabe como usar esse fenômeno a seu favor ele pode muito bem parar qualquer máquina que possa se voltar contra ele, incluindo seus próprios ciborgues!”
Deduz a princesa encarando os homens-máquinas no chão e depois para suas mãos.
“Consegui reproduzir parcialmente o fenômeno combinando duas magias a de raio de nível dois e fogo nível um, aplicando em conjunto quatorze fórmulas diferentes para manter o impacto em minhas mãos. Se eu errar um só momento...”
Ela balança a cabeça espantando o pensamento, não podia pensar nisso agora, tinha que usar tudo o que podia para deter Tadashi.
– Só espero que a Méri esteja bem... e que os menino cheguem logo, assim como o professor.
Diz a princesa para si mesma como uma prece, então começou a correr, mas logo parou, pois sentiu algo... forte, tenebrosa e bem perto dela.
– Mas... o que é isso...?
Seu corpo do nada começou a tremer, a ficar quente e a suar muito. Pois as mãos sobre o peito que começaram a arder como se estivessem queimando, o ar começou a lhe faltar, os ciborgues caídos estavam liberando uma espécie de fumaça, para logo em seguida começaram a pegar fogo!
– Minha Deusa!!!
Nos andares de baixo o mesmo acontecia com Mérida, outro grupo de homens-máquinas a haviam emboscado, no entanto tanto a princesa valente quantos seus atacantes começaram a sentir o intenso calor, eles podiam ser imunes à dor, mas não a o calor intenso que os consumia de dentro pra fora. A princesa ruiva sente seu corpo queimando, seus olhos a lacrimejar e sua boca a ficar seca.
“Droga, o que tá acontecendo?!”
Fora do prédio os meninos pousaram no chão presenciando o fenômeno.
– Mano, que porra é essa?!
O Arauto protege o rosto com uma das mãos, seus olhos reptilianos brilharam o permitindo enxergar o que acontecia.
– Tem... um homem! – Declara o Berkiano. – Esta empunhando algo, parece uma espada!
– Espada?! – Inquere Jack. – Tem certeza?
– Absoluta! E parecer ter... algo atrás dele!
– Mas, hein?!
Soluço forçou a vista, fazendo seus olhos brilharem ainda mais, conseguindo assim ver o que acontecia... para se arrepender depois.
– Não pode ser...
Atrás do homem estava uma besta que o jovem arauto pensou em nunca mais iria rever, seu corpo e formato não haviam mudado, suas jubas flamejantes tremulavam como sua Aura que era convertida diretamente para o homem que grita com todas as forças:
– TORRE DA BABILÔNIA!!!
E como uma grande lamina a desce cortando e incinerando tudo que havia abaixo dela. Os dois magos ao verem a imensa torre de fogo vindo em suas direções pularam cada um para um lado, no entanto o impacto do golpe foi tão forte os jogou longe.
– AAAAHHHHHHHH!!!!
As janelas dos prédios da Word Marshall explodiram, os primeiros andares foram completamente incinerados, assim como os prédios adjacentes, a lâmina de fogo estruiu tudo em um raio de 10 km, suas chamas voaram por diferentes partes da cidade causando focos de incêndio que não podiam ser apagados por água ou qualquer instrumento anti-incendio. Em alguns, minutos toda a San Fransyko estava imersa no caos.
– Minha Deusa... – Murmura Rapunzel em choque ao ver a destruição do alto do prédio, Mérida estava debruçada no chão envolta de uma redoma de vento, que ela conseguiu usar a tempo para se proteger das chamas, já os ciborgues não tiveram a mesma sorte e foram carbonizados.
No memorial em honra aos monges, Kojiro e Cass avistaram as ondas vermelhas que se espalhavam pela cidade do amanhã.
– Kojiro-sama, o que é aquilo?!
O samurai mudo encara aquela cena, idênticas há de um ano atrás.
– São as mesmas chamas que quase destruíam Magicite... – Pois a mão no peito sentido aquela Aura destruída. – SÃO AS CHAMAS DO IFRIT!!! – Declara o professor.
– Ifrit?!
– É um Espirito Guardião do Elemento Fogo! – Explica o samurai. – Diferente de nós magos que precisamos de Aura para gerar e criar uma magia, ou seja, reproduzir um fenômeno da natureza... ele não precisa... por que ele já é um fenômeno em si!
– C-Como assim?! – Cass não entende a explicação do professor que se volta para ela dizendo:
– Que ele é um dos guardiões primordiais que lhe falei antes... um servo, um filho de Gaia... um Giga!
Os olhos da Hamada se turvam, seu queixo treme, pois a presença que sentia até agora pouco desapareceu, seu coração pareceu ser perfurado e queimando, a dor era tanta que ela caiu de joelhos em prantos.
– Cass-sama!!! – O professor a ampara. – Seja forte! Não se deixe abater, confie nele!
Ela queria, queria muito acreditar, mas não conseguia senti-lo mais, suas esperanças eram queimadas junto com parte de sua vida, enquanto seu sobrinho mais novo jazia no chão após o ataque de Laistor.
No último andar do prédio o Hamada mais velho estava sentado em sua cadeira que mais lembrava um trono, uma Aura negra da cor do abismo o rodeava, sua ferida se fechava e seus sentidos começavam a voltar.
– Por um momento, achei que fosse ele... – Murmura de cabeça baixa. – Mas é impossível... eu apaguei toda a sua memória, o deixei como um cadáver vido, sem emoções, sem esperanças... sem nada!
Sua Aura se eleva.
– Mas então... porque não consigo tirar esse mal estar da minha mente?!
E a reposta a sua pergunta vem diretamente dele:
– Talvez por que você não o matou quando teve chance?
Seus olhos se turvam.
– Mata-lo era pouco... eu queria velo sofrendo!!! – Exclama batendo com seu punho esquerdo fechado em seu acento.
– Há! Vê-lo sofrendo? Você não apreendeu nada mesmo não é?
– Como disse?
– Quando temos um inimigo em potencial bem na nossa frente não devemos poupá-lo para vê-lo sofrendo, mais sim acabar com ele quando temos a chance!
O jovem se enfurece.
– Quem é você para mandar em mim ou decidir sobre minhas atitudes?! – Se levanta caminhando até o centro da sala. – Não se esqueça de que é graças a MIM que você está livre hoje! Se eu não tivesse te encontrado preso a sua Relíquia naquela câmera escura e sombria você ainda estaria preso até os dias hoje!!!
A Aura sombria cresce tomando todo o salão.
– E não se esqueça VOCÊ, que é graças a mim que você se tornou o homem que é hoje!!! Poderoso, rico e com o poder e conhecimento que só poderia ter em seus sonhos!!!
Tadahsi se cala, queria revidar aquela ofensa, mais era claro que se ele estava naquele lugar hoje era graças a...
– Não posso negar... você me ajudou ... e muito.
Responde o Hamada, que ergue um dedo que brilha, desenha um ideograma no ar e do chão uma massa de energia sombrinha se forma e dela algo começa a emergir, primeiro seu cabo negro com detalhes dourados, depois sua empunhadura em forma de estrela de cinco pontas, para enfim sua bainha negra com figuras em alto relevo de dragões mortos. Ao lado de Tadashi surgia uma imponente e medonha espada tradicional de seu povo, era longa chegando a ser maior que ele, mas o jovem não se importava, com sua mão esquerda segura com firmeza à bainha e com a direita seu cabo a desembainhando, sua lâmina negra como o abismo e vermelha como seu desejo, seus olhos reluziam em dourado ao encarar sua preciosa arma.
– Você foi à chave que abriu as portas para que meus desejos se concretizassem...
A lâmina deslizava suavemente pela bainha até ser libertada.
– No momento em que eu mais precisei você veio a mim, sua escuridão foi à luz que me guiou por este mundo caótico em que somente o mais forte e cruel sobrevive.
Ergue sua longa espada para o alto.
– Você... meu guia das trevas.
Segura o punho da espada com ambas as mãos a trazendo para perto do rosto.
– Minha Relíquia das Sombras.
Sussurra como se ela pudesse ouvi-lo.
– Aquele que me fará meu destino se concretizar!
Ao som de sua voz sua Aura se elevou ao máximo, todo o salão foi encoberto por uma escuridão completa, nem mais o Regente podia ser visto, apenas um brilho pequeno e dourado de duas gemas douradas que flutuavam na escuridão. Só que aquilo não eram gemas, nem joias, mais sim os olhos de um ser que escapou da prisão do Abismo e veio trazer para o mundo dos vivos... seu pesadelo.
– Sim... nosso destino se concretizara...
– Sim... ele se concretizará...
Sorri o Mago das Trevas vitorioso.
– Isso é... se seu irmão e o passarinho dele não te mataram antes é claro.
– O quê?!
O sorriso e animação de Tadashi desparecem no ato após ouvir as palavras de seu Espirito Guardião, mas, mais ainda após sentir a Aura de seu irmão se elevando como uma fênix ressurgindo as cinzas.
– Não é possível...
– Mas é... parece que a conquista de Yamato ficou... mais interessante agora.
Declara o espirito ao sentir a velha e conhecida Aura de seu antigo amigo penudo se elevando... e assim o confronto entre o Cavaleiro e o primeiro Lorde se aproximava.
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
-
Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!