Fanfics Brasil - Os Protetores O Mago Das Espadas

Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados


Capítulo: Os Protetores

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Os Protetores


O Abismo, um lugar tão sombrio quanto misterioso. Ninguém sabe o que se passa lá... mais sabe o que vive.


Demônios, espíritos profanos, seres de pura malevolência que fizeram da grande escuridão seu lar. Criando pelo Decimo filho de Gaia, Malus, o Abismo é o local de tormento onde as almas daqueles que pecaram e causaram grande mal ao mundo vão sofrer por toda a eternidade, um inferno onde suas carnes, espíritos e Auras são devorados sem distinção de status, sexo ou religião. Sua existência serve de ensino para que ninguém cometa transgressões e vá parar lá, pois é melhor perder uma parte do corpo que cometeu um pecado do que parar nas trevas externas, isso foi passado desde dos tempos de Gaia, até os atuais de Althena e assim o Abismo foi e ainda é temido.


“Mas e se houvesse a oportunidade de usar este mundo de trevas em nosso proveito?”


Foi o que magos, estudiosos e servos de Althena começaram a pensar. Será que o Abismo só poderia ser alcançado após a morte, ou poderíamos ir até ele em vida?


Começou-se assim as pesquisas sobre o Abismo e uma forma de alcança-lo... e infelizmente... conseguiram.


No subsolo da Word Marshall...


O professor encarava o imenso portal a sua frente, seus olhos exalavam uma mistura de ódio e repulsa por aquele objeto, as vezes tinha raiva da sabedoria e da curiosidade humana de mexer com o que não se deve e depois fazerem com que diversas vidas inocentes pagassem por seus erros.


“Quando vão entender?”


Se questiona meneando a cabeça.


– Professor! – Jack chama o samurai que havia se silenciado após dizer que iria lhe conta tudo. – E então?


O mestre respira fundo e a ainda de costas para seu aluno começa:


– Tudo começou há um ano atrás, logo após a derrota de Breu.


O mago do gelo apertou com força seu cajado, odiava lembrar do mago que causou tanta dor e sofrimento a seus amigos e a ele.


– O que aquele maldito tem a ver com isso?


O samurai se volta para o menino e reponde:


– Tudo! – Caminha até ele. – A sete séculos atrás antes dos quatro grandes reinos e outros menores existirem, existia apenas um reino, tão grande ou maior do que Arno Londor, a cidade de Althena... o reino de...


– Pentalogia! – Responde Jack imediatamente. – Professor na boa, se for para me dar uma aula de história, deixa pra depois! Vai direto ao assunto!


– Mas para você entender sobre nosso inimigo, precisa conhecer sua origem... o pecado que os filhos de Althena trouxeram a este mundo.


– O quê...? – Os olhos do mago de gelo se arregalam ao ouvir aquilo. – Pecado?


O professor suspira.


– No reino de Pentagolia existia todo o tipo de riqueza, tanto de ordem natural quanto espiritual, seus recursos eram abundantes assim como sua sabedoria, não havia fome ou doença. Reinado por um rei escolhido pela própria Althena e pelos quatro Dragões sagrados que ao contrário de Gwyn, acreditava que um reino humano deveria ser reinando por um humano e não por um deus.


Jack pisca.


– Perai... escolhido pela Deusa e pelos quatro Dragões Sagrados... não vai me dizer que era o...


– Sim, é exatamente quem você está pensando. – Responde Kojiro. – O rei de Pentagolia era ninguém mais ninguém menos que o próprio Dragon Master... o arauto supremo da Deusa Althena neste mundo.


Jack quase caiu para trás quando ouviu isso, O Dragon Master um rei!


– Os monarcas tremeriam só de saber disso...


– E eles sabem. – Afirma o professor para espanto do rapaz.


– Serio?!


– Seríssimo, por isso mantém o escolhido de Althena bem avista e sobre controle, mas isso não vem ao caso agora e sim o portal.


– Ah, é verdade! – O rapaz se dá conta que a conversa ia para outra direção. – Mais depois vou querer saber mais sobre essa história, continue!


O professor serra os olhos pensativo.


“Será que falei demais?”


Encara Jack que levanta uma sobrancelha


“Não... eles acabariam sabendo um dia.”


– Infelizmente assim como os reinos de hoje ele tinha seus problemas. – Continua o professor. – Mais precisamente um.


– Um? – Inquere o rapaz confuso e a resposta do samurai foi...


– O tempo.


As palavras do professor pegaram Jack de surpresa, o jovem mago pensou que o problema seria algo trivial que todos os reinos enfrentam, revoltas, guerras com outros reinos e ataques de bestas, mais o tempo...


– Professor, por que o tempo seria um problema? Afinal ele é natural e não pode ser detido. – Diz o albino.


– Exatamente, mais o povo de Pentagolia acreditando ser privilegiado por habitar a morada de Althena não aceitava que o tempo influenciasse em suas vidas.


Jack arregala os olhos.


– Quer dizer que eles não aceitavam...


– A morte. – Responde o professor fechando os olhos. – Quando alguém morria tentavam todos os tipos de feitiços, alguns desconhecidos até hoje por nós para reviver a pessoa... mais era inútil... a pessoa já havia partido.


– Nossa... – O rapaz sussurra impressionado. – E eu achando que os magos de hoje eram audaciosos e inconsequentes.


– Eles eram piores naquela época. – Afirma Kojiro abrindo os olhos. – Alguns mais revoltosos começaram a criticar até a própria Althena por permitir que o “tempo” levasse seus entes queridos.


– Mais que absurdo! – O jovem mago exclama revoltado após ouvir aquilo. – Eles não podem culpar a Deusa por isso, é o ciclo da vida, todos passam por isso, não há como evitar!


– Verdade Jack... não há. – O professor se volta para o jovem. – Infelizmente o silencio de Althena foi o que causou a queda de sua utopia.


– Ah?!


O samurai se volta para o portal.


– Os magos a criticavam e exigiam que ela os libertasse das correntes do tempo, afinal ela era uma deusa, podia fazer tudo, mas ela nada disse, nunca lhes deu uma resposta ou um motivo, e isso começou a inflamar seus corações e mentes para um caminho sem volta, e assim fora dos olhos de Althena, nas sombras de Pentagolia começavam os estudos e experimentos para vencer o tempo e buscar... a imortalidade.


– Pela Deusa... – O jovem murmura não crendo no que ouviu.


– Eu sei Jack... é difícil de ouvir.


– E de imaginar também! – Exclama Jack com seus olhos azuis em chamas. – Eu fico aqui pensando... esses magos tinham tudo do bom e do melhor! Casas, estruturas, comida e saúde farta e a possibilidade de viver perto de Althena! E mesmo assim ainda não estavam satisfeitos?! – A voz do rapaz era carregada de fúria e incredibilidade, não conseguia acreditar em como as pessoas podiam ser mal agradecidas.


– É o ego humano Jack, o desejo de sempre buscar mais e mais. – Lamenta o professor. – Por isso nos dedicamos a tentar ensinar a vocês jovens um caminho de coexistência e sabedoria... mais depois de ver os acontecimentos daqui em San Fransoyko acho que vamos ter que rever nossos métodos de ensino.


O albino imediatamente fecha a cara.


– Caramba o senhor não perde uma oportunidade de esculhambar a gente, né?


E com simplicidade o professor responde com um sorrisinho:


– Logico.


O rapaz pisca.


– Esse sorrisinho deu mais medo do que outra coisa... – Murmura Jack sentindo calafrios. – Tá tirando esse sentimento terrível que acabei de sentir... só falta o senhor me dizer que esses magos sem noção foram os responsáveis pelos portais, não é?


Jack esperava pela resposta óbvia que haviam sido os magos de Pentagolia que haviam criado os portais para o Abismo, mas para sua surpresa.


– Não Jack, não foram eles.


– Quê? – O albino fica confuso. – Perai pelo andar da história achei que tinham sido eles os criadores dessas joças!


– Mais não foram. – Repete o professor. – Quando os magos de Pentagolia buscavam respostas para vencer o tempo e ganharem a imortalidade começaram a estudar pessoas em leitos de morte, no intuito de tentar observa quando a alma da pessoa saíssem após a morte e impedi-la de seguir seu curso natural.


– Observar o caminho da alma... isso é possível?!


– Você acabou de ver isso aqui neste prédio.


Imediatamente na mente de Jack os acontecimentos do dia vieram à tona em especial...


– O processo de criação dos ciborgues!


Kojiro meneia a cabeça em confirmação.


– Tadashi usou um dos métodos que foram criados pelos magos de Pentagolia para a criação de seus ciborgues, enganando a alma, fingindo que o corpo estava morto, mais não estava, com isso a alma ficava presa às EX-Nanomaquinas, simulando uma Relíquia.


Jack estava atônito, então o processo usado por Tadashi já tinha sido usado no passado ele só a redescobriu.


– Como ele conseguiu acesso a isso? – Inquere o mago do gelo. – Uma pesquisa dessas não ficaria dando sopa por aí!


– E não ficaria mesmo. – Afirma o professor. – Todos os dados das pesquisas foram destruídos com o passar dos séculos, para que ninguém mais as usa-se.


– Então como ele conseguiu?!


– Provavelmente da mesmíssima forma que lhe conseguiu seus poderes e sua sabedoria. – Responde o professor enigmático.


– Hein?


– Jack... por acaso se esqueceu das aulas de Archer sobre as Relíquias?


O rapaz pisca.


– As aulas do professor Archer?


– Sim, nelas ele explica o funcionamento das Relíquias, suas sintonias com seus Regentes e em casos mais extremos...


– Seus “mundos”. – Completa o jovem mago se recordando de uma das aulas. – Ele disse uma vez que um Espirito Guardião ao ficar muito tempo preso em sua relíquia pode criar um espaço só seu... um mundo aparte onde ninguém pode interferir, onde o Espirito pode ser o senhor de seu próprio destino. – Jack divaga enquanto era observado pelo professor.


– Continue.


E ele faz isso.


– Elas são as Relíquias mais raras e poderosas, já que o Espirito pode levar seu escolhido para lá e ensiná-lo por... não sei quanto tempo! – Exclama o jovem. – Lá dentro pode ser passar anos... enquanto aqui apenas.


– Dias ou horas. – Completa o professor e isso já bastou para que o mago do gelo e da diversão entendesse tudo.


– O TADASHI TEM UMA RELÍQUIA!!!


– Sim... ele tem. – Confirma o mestre. – E nela abriga um Espirito das Sombras que escapou do Abismo no intuito de libertar seu mestre que está bem atrás desse portão. – Aponta o polegar esquerdo para o imenso portão. – Essa história te soa... familiar?


– E como não seria! – Brada o jovem em fúria. – É O MESMO PLANO DOENTIO DO BREU!!!


Breu Black tentou o mesmo há um ano. Ele e Phanton o Espirito Guardião da Noite e dos Pesadelos, tentaram retirar do Abismo Nito, senhor da Morte e da Traição, eles quase conseguiram... mais Jack e seus amigos conseguiram impedir o retorno de Nito, mandando Espirito e Regente juntos para a escuridão eterna onde seu senhor os receberia... nenhum um pouco feliz.


– Eu não acredito que esse desgraçado herdou o plano do Breu!!!


Jack não conseguia acreditar naquilo, era insano demais. Segurava a cabeça puxando os cabelos curtos que tinha com força, viu uma rocha a frente e não se conteve, a socou com toda a força.


– TRAIDOR MISERÁVEL!!! – Gritava encanto socava uma, duas, três vezes, depois já havia perdido a conta, a rocha já não mais existia, somente seus fragmentos congelados pairando no ar.


– Lamento Jack.


A voz do professor era de remorso, agora o jovem mago entedia o porquê dele não querer que eles vissem o portal, queria evitar que todo aquele remorso, tristeza e sofrimento voltassem... ainda mais fortes.


– O senhor tentou nos proteger. – Diz ainda com o corpo curvado ao chão e sem olhar para o mestre.


– Tentei.


O jovem se senta no chão, olhando para suas mãos, não estavam feridas mesmo após socar a rocha, para ele foi como socar uma jovem arvore.


– O senhor... não venho a San Fransyko atrás de nós, não é?


– Não... não vim. – O samurai responde com franqueza.


O albino respira fundo.


– O senhor apareceu muito rápido na cadeia, mesmo para um professor não teria como cruzar dois continentes e atravessar o oceano tão rápido. – Deduz o jovem mago. – O senhor venho tentar encontra esse maldito portal, mais aí nos aparecemos e atrapalhamos tudo, não é?


– Foi... – Kojiro se aproxima se sentando ao lado de seu aluno. – Depois da queda de Breu meus colegas e eu começamos a viajar pelo mundo na busca da existência de outros portais... e infelizmente descobrimos.


O jovem fecha os olhos com força.


– Quantos os senhores descobriram?


– Contando este e o que Breu usou... quatro.


– QUATRO?! – O menino abre os olhos em choque.


– E pode haver mais. – Conclui o professor. – Se a lenda for verdade... como mostrou até o momento... devem ter no total... sete.


– Sete... – Jack mal conseguiu pronunciar a palavra. – Não pode ser...


– Mais é Jack, nosso mundo corre perigo... e creio que seja por isso... que os protetores estejam retornando.


O rapaz pisca se voltando para o mestre.


– Prote... tores?


– Os mesmos que junto com seu rei invadiram Pentagolia matando os magos e destruindo suas pesquisas, criaram esses portais com o objetivo de trancar as entradas do Abismo entre nosso mundo e durante séculos exterminaram todos que tentassem reabri-los.


Jack agora encarava seu professor com olhares de espanto e tenção.


– Professor... quem eram esses protetores?


Olhando fixamente para seu aluno o mestre responde:


– Você, seus amigos e o mundo os conhecem como... Cavaleiros.


A boca de Jack fica entre aberta balbuciando algo inaudível enquanto o samurai continuava.


– E seu rei era...


“Não pode ser...”


– O Mago das Espadas. – Conclui o professor para espanto e descrença do jovem mago do gelo.


O maior inimigo do mundo da magia era também... seu salvador?


Nos andares superiores...


– Então ruivinha, como você quer que eu acabe com isso? – Ele pergunta sorrindo para a princesa de Dunbroch que estava presa por uma poderosa corrente de vento que a mantinha suspensa no ar. Seus braços estavam junto ao corpo, suas pernas fechadas como se fortes grilhões a amarrassem, seus olhos azuis tremulavam em medo ao fitarem os antigos olhos castanho do menino que agora eram verdes carregados de Aura, suas mãos estavam abertas também cheias da energia que gera a vida, nunca pensou em ver alguém tão jovem conseguir usar magia sem a necessidade de uma varinha.


Isso mostrava o quão forte ele era.


– Hiro... – Ela chama o menino com sua voz baixa, não lembrava em nada sua voz forte e valente de antes.


– Rápido?


Fecha a mão esquerda fazendo a corrente de vento pressionar o corpo da princesa que grita:


– AAAAAAHHHHHHH!!!!


– Ou lento?


Abre a mão esquerda desfazendo a preção sobre o corpo de sua prisioneira, apenas para fechar a direita liberando pequenas laminas de ar que rodeiam a corrente de vento causando pequenos cortes por todo o corpo da ruiva.


– KAAAHHHH!!!


Os cortes eram finos e pequenos, mais sangravam e ardiam como se fossem cortados por uma espada.


– Então... qual você escolhe? – Ele pergunta interrompendo sua magia a deixando arfando.


– Arf... arf


– Olha só, parece que a durona do grupo não é tão durona assim, né? – Hiro debocha, não era de fazer aquilo com alguém, mais não conseguia conter em seu ímpeto de fazer seus desafetos sofrerem... por tudo.


“Principalmente você... Ruivinha!!!”


De todos os quatro ela era quem ele mais tinha ódio e ressentimento, ela o surrou tanto, mais tanto que ficou dias com o rosto inchado, não conseguia comer, nem ver nada, além das fortes dores e dos constantes pesadelos com ela quebrando sua face como um boneco, não importava o quanto ele implorasse ela continuava batendo, como se aquilo lhe desse um imenso prazer e quando votou para casa e a viu... sentiu seu sangue ferver. Todos “pareciam” se sentir culpados pelo que ouve, mais ela não. Não demostrava culpa ou ressentimento, como se o que ela fez fosse algo natural, o que o encheu ainda mais de ódio e desejo de vingança.


Ele a faria sofrer... muito!


– E então vadia... qual vai ser? – Hiro ergue ambas as mãos. – Lenta ou rápida?


Os olhos da princesa tremeram, ambos os efeitos da magia de vento de Hiro eram terríveis e dolorosos. Ela não sabia o que fazer ou o que dizer, tentou se desculpar com ele, faze-lo entender que tudo o que ela fez foi um engano... um terrível engano.


“Eu não consigo reagir.”


Pensa ela ao se ver naquela situação.


“Eu não queria que isso acabasse assim, com você sujando sua magia com meu sangue...”


Ela olha para Hiro que sorria, suas mãos tremiam como se estivesse queimando, com toda a certeza queria fechar ambas as mãos naquele instante para dar fim a sua vida, ele só não fez isso ainda por que... 


“Ele quer me ver implorando por minha vida.”


Ao pensar nisso Mérida fechou os olhos com força, sentindo lágrimas escorrer por sua face fazendo os cortes feitos pelas lâminas de vento arderem, mordeu os lábios em agonia, não queria morrer, mais não sabia outra forma de conseguir o perdão de Hiro que não fosse ela se entregar a ele.


“Eu queria tanto que você me perdoasse, mas agora...”


Ele já não era mais um simples menino, mais sim um mago, um Regente, um alto proclamado Cavaleiro do Magos das Espadas.


“Um inimigo do Mundo da Magia.”


Foi o caminho escolhido pelo menino, ser tornar um arauto da destruição como contam as lendas, tanto que quando um deles fosse descoberto deveria ser aniquilado antes que despertasse seus poderes, era uma das leis mais rígidas do mundo da magia.


Entretanto...


“É dito que o Mago das Espadas e seus servos são demônios encarnados que emanam destruição e morte... mais então... por que eu não sinto isso nele?”


Ao contrário do que diziam sobre os Cavaleiros, a princesa não sentia uma Aura profana que chamava a morte, mais sim pura... tão pura que parecia trazer esperança e vida.


Então...


– Hiro... escuta...


– SOLTA ELA!!!


– Hum? – O pequeno gênio e a princesa valente ouvem uma voz conhecida por ambos. O menino olhou mais à frente onde a princesa loira estava presa por seu companheiro lupino lançando lhe um olhar de puro ódio, um contraste enorme para alguém com rostinho todo angelical. – Olha só, parece que finalmente consegui irritar um de vocês!


Ao dizer isso fecha a mão esquerda fazendo Mérida gritar de dor.


– AAAAHHHHH!!!


– MÉRIDA!!! – Rapunzel grita novamente ao ver sua amiga sofrer. – Deixa ela em paz, se você é mesmo um cavaleiro lute conosco!!!


Hiro riu disso.


– Lutar com vocês?


– ISSO MESMO!!! – Exclama a jovem princesa com ainda mais força. – Eu te desafio para um duelo, Hiro Hamada!


“Zie... NÃO!”


Mérida gritava em seu interior, enquanto o pequeno gênio pisca assimilando aquelas palavras, ele ouviu aquilo mesmo?


– Você... – Aponta o dedo indicador direito para a jovem, enquanto com um movimento da mão esquerda afasta a corrente de vento que prendia Mérida de lado, assim lhe dando passagem. Caminha até onde Rapunzel está presa a encarando do alto. – ...quer lutar comigo?


– Mais do que tudo! – Dispara a princesa com seus olhos verdes faiscando, o que impressionou o pequeno Erudito.


– Ai está um olhar para intimidar. – Comenta. – Agora me responda, por que eu deveria aceitar esse duelo?


– Boa pergunta. – Wolf se manifesta. ­– Vocês estão a nossa mercê, podemos mata-las no momento em que quisermos, por que deixaríamos nossa vantagem para uma luta aberta?


O pequeno gênio simplesmente aponta para seu companheiro.


–Viu? Ele disse tudo e ainda bem explicado.


Em resposta o VNT pressiona suas garras sobre a princesa loira, porém ela não gritou, se manteve firme encarando o menino.


– Belo controle loirinha. – Diz o pequeno Hamada, que olha de lado para Mérida. – Você iria tão longe por sua amiga?


Sem tirar o foco e mantendo-se firme Rapunzel responde:


– Eu morreria por ela, ou por qualquer um dos meus amigos!


Aquelas palavras acertaram o coração da jovem arqueira em cheio, seus lábios tremem ao ouvir a declaração de sua amiga, enquanto mais lágrimas escorrem por seu rosto.


“Zie...”


– Que comovente... e eu achando que vocês magos não tinham coração. – Debocha o pequeno cavaleiro.


– O único que não tem coração aqui é você e seu mestre, seu demônio mirim!


Hiro balançou a cabeça rindo ao ouvir aquele comentário, pelo visto Kazedori tinha razão sobre os filhos de Althena.


“São um bando de trouxas mesmos.”


– Tudo bem você me convenceu... eu luto com você. – Declara o menino para a surpresa do lupino e da princesa ruiva.


– Hiro... tem certeza? – Questiona o lupino.


– Tenho Wolf... pode soltá-la.


O VNT não obedece de imediato, seus dados apontavam uma vitória de 100% para eles, porém soltando a princesa as chances caiam para 68%.


– Hiro... podemos acabar com isso...


– Wolf! – A voz de Hiro sai com imponência fazendo com que o VNT virasse seu focinho para o lado o encarando e o que ele viu foi um olhar compassivo para com ele, algo que fez seu interior pulsar. – Confie em mim.


Não precisava dizer mais nada, imediatamente o VNT recolheu suas garras, saiu de cima da princesa e caminhou calmamente para o lado de seu amigo recebendo um cafune em sua cabeça.


– Obrigado por ter me ouvido.


– Sempre. – Responde o lupino. – Eu confio em você... mais nelas...


Tanto Wolf quanto Hiro olharam para Rapunzel que se levantava com sua varinha em punho. Seus olhos brilhavam, clamando por sangue, seu sobretudo escarlate tremulava enquanto sua Aura dourada começava a cobrir seu belo corpo.


– Bela visão, você quase se faz parecer com uma guerreira, sabia?


– E eu sou!


– Hum?


– Não pense só por eu ser uma princesa sou fraca e delicada! – A voz de Zie era séria e penetrante. – Antes de usar um belo vestido e sonhar com um príncipe encantado, tenho que pensar no meu povo e nos meus amigos que depende de mim! – Aponta sua varinha para o menino. – Não importar a forma do perigo, seja um adulto, ou uma criança, vou proteger todos aqueles que eu amo de todos males que os ameaçarem, custe o que custar... fui clara? Hiro?


O menino fechou os olhos, ergue as mãos e bateu palmas.


– Muito bom. – Diz o pequeno gênio. – Agora sim você parece com a maga daquela noite, a mesma que petrificou minhas pernas sem pestanejar... e era isso mesmo que eu queria.


Uma Aura verde irrompe do corpo do pequeno gênio.


– Que sentindo teria de me vingar de alguém que não quer lutar ou defender seus interesses e ideais.


Rapunzel arregala os olhos.


– O quê?!


– Isso não é uma simples vingança loirinha. – Diz o cavaleiro que abre os olhos revelando suas íris completamente verdes. – Mais uma guerra para ver quem está certo, vocês os alto proclamados senhores do destino, que acham que podem concertar seus erros escondendo e matando quem lhes desagrada, os tornando “demônios”.


Da um passo à frente fazendo uma corrente de ar percorrer todo o ambiente.


– Ou nós... os protetores deste mundo, que fazemos de tudo para que as trevas não imperem. Esquecidos pelo tempo, sem direito a cânticos ou lendas entoados nos nobres salões de ouro, apenas para ver quem nos amamos... felizes.


Ao dizer essas palavras o Erudito ergue seu braço esquerdo na direção da princesa ruiva, em instantes a corrente de ar que a envolvia se dispersa, restando apenas um anel de vento, que envolvia seus braços.


– O que você tá fazendo?! – Brada Rapunzel ao ver o que o menino fazia.


– Fica tranquila, eu não vou matá-la... ainda.


Os braços de Mérida são pressionado pelo anel de vento os forçando-a erguê-los até acima da cabeça, quando estavam bem no alto o anel se fechou sobre seus pulsos a fazendo soltar um grito de dor:


– AÍ!


– MÉRI!!!


Depois Hiro apontou para uma parede, o anel de vento seguiu sua direção levando Mérida pelo ar até a parede onde ela ficou suspensa a meio metro.


– Ahhh...


– Pronto, agora ela pode assistir de camarote.


– SEU MISERÁVEL! PORQUE VOCÊ FEZ ISSO?!!! – Brada a princesa de Corona apontando sua varinha na direção do menino que responde:


– Você acha mesmo que eu vou deixar uma arqueira com os pulsos soltos... mais nem pensar! – Exclama o pequeno gênio. – Mais não se preocupe, logo você vai se juntar a ela.


Zie serrou os dentes, Hiro estava conseguindo o que poucos conseguiram... deixa-la furiosa.


“Não vou me conter!”


Voltou sua face para sua amiga presa.


 


“Fica tranquila miga, dessa vez sou eu quem vai te salvar!”


E se posiciona já com uma luz branca na ponta de sua varinha, Hiro por sua vez dá um passo à frente, mais logo para.


– Opa é mesmo! – Se Volta para seu companheiro lupino. – Wolf quero que fique com isto.


– Ah?


O jovem Erudito remove de suas costas a longa espada carmesim, se agacha e a estande para seu fiel companheiro.


– Ela é muito longa e pesada, vou precisar de um pouco de treino para poder manuseá-la com perfeição... infelizmente tempo é o que não dispomos agora.


Os olhos cor de rubi do VNT brilham observando a longa espada exposta a sua frente, ergueu sua pata dianteira direita tocando a lamina embainhada. Depois encarou seu companheiro o questionando:


– Você a está entregando... para mim?


O menino sorri.


– Estou! – Segura a pata do lupino. – No momento Ifrit e eu não estamos totalmente sincronizados, mesmo eu sentindo que podemos lutar juntos em união... ainda não será em total harmonia como Kazesori é comigo.


Os olhos do VNT reluzem.


– Então...


– Você só está com suas facas de alta frequência como arma. – Comenta o menino. – Sua serra elétrica foi destruída no embate contra Weltall, sei que você pode se defender sem ela, mais acho que você merece uma arma a altura... e o que melhor do que uma Relíquia para isso?


O VNT não respondeu, ou melhor ele não conseguia nem pensar, era fato que sem sua serra elétrica de alta frequência só poderia contar com suas facas, presas e garras, elas seriam o suficiente contra os ciborgues, mas e se ele tivesse que lutar contra outros magos?


“Uma arma embutida com uma entidade do fogo se assemelharia a minha antiga arma.”


Pensa o VNT.


– Mas Hiro... você a mereceu... não pode simplesmente dá-la pra mim!


O garoto meneia a cabeça em negação.


– Por isso mesmo, ela é minha, então posso fazer o que quiser com ela, até mesmo empresta-la a um amigo.


Mais uma vez ele o chamou de amigo. “Ele”, um mero lobo de metal que achava que não tinha mais utilidade, encontrou um novo caminho graças aquele menino e seu robô. Não se achava digno nem merecedor, mais mesmo assim...


– Você me confia um tesouro dessa magnitude?


E com toda a certeza do mundo o pequeno gênio responde:


– Confio minha vida.


Os olhos cor de rubi do VNT se acenderam assim como o topázio no punho da espada, e sem mais hesitar Blade Wolf ergueu sua cauda pegando a espada que tremulou, chamas irromperam dela rodeando o lupino, a imagem de uma imensa besta flamejante surgiu em sua interface neural, seus olhos amarelos como os de Weltall o fitaram por alguns segundos até ele os fechar e arquear sua cabeça para ele, quando se deu conta já estava novamente no prédio como se nunca tivesse saindo dali, coma diferença que a espada não estava mais em sua cauda, mais sim acoplada a suas costas.


– Incrível... eu sinto algo fluir por meu corpo!


– Heh... eu sei como é. – Hiro se levanta. – Agora se me dar licença. – Se volta para a princesa loira. – Vou continuar meus assuntos inacabados! – Soca a mão esquerda na palma da direita causando um impacto.


– Sim... estarei aqui de prontidão... quero dizer... nós.


A espada ressoou nas costas do lupino, assim como o anel no dedo do médio direito do menino.


– Desculpe a demora loirinha, mais podemos começar!


Rapunzel ergueu sua varinha diante do rosto.


– Espero que tenha feito uma despedida adequada... demônio!


Hiro não conseguiu conte um sorriso após ouvir aquilo.


– Ok... vamos ver quem é demônio aqui... eu...


Saca sua katana a erguendo diante da face.


– Ou você!


As Auras de ambos flutuam no ar se colidindo, enquanto ambos olhavam fixamente um para o outro, observados por seus respetivos companheiros, quando sem avisar Rapunzel grita:


– STONE ARC!!!


Um trilha de pedras cobre a distância entre a maga e o menino que imediatamente gira o cabo de sua espada entre os dedos fincando sua lâmina no chão cancelando a magia da princesa.


– Eu não caio no mesmo truque duas vezes princesa! – Exclama o menino que rasga o chão liberando uma lâmina de vento que voa contra a maga que gira a varinha criando duas asas sobre suas botas pulando sobre o golpe do menino já lançando outro feitiço!


– MISSEIS PRISMÁTICOS!!!


Dezenas de feixes de luz surgem acima da princesa circulando-a como uma enorme coroa.


– Avancem!!! – A comando de sua mestra os feixes se desmembram indo em direção ao alvo que imediatamente reembainha sua espada, arqueia as pernas, mira os feixes que em um piscar de olhos são destroçados por algo invisível. – O QUÊ?!!!


– Fracos demais... – Murmura o menino que se agacha e dispara na direção da princesa que voltava ao chão.


– MEGA PROTECT!!! – Brada Rapunzel criando uma poderosa barreira de cor dourada a sua frente. – Você não vai conseguir cortar isso!


– Será mesmo? – Questiona o menino que embainha novamente sua katana, afunda o pé esquerdo no chão e com a mão direita saca Yamato que cria uma linha verde no ar, para Zie ela só conseguiu ver um golpe, mais ao ver múltiplos cortes em sua barreira percebeu que foram muito mais.     


“Não pode ser!”


Com sua mão esquerda segurando a bainha, Hiro golpeia a barreira que se desfaz em inúmeros pedaços.


– MINHA BARREIRA!!! – Exclama a princesa de cabelos dourados não crendo no que viu.


– Sua barreira é fraca... assim como sua vontade de viver...


– Ah?


O menino puxa seu braço direito para trás, erguendo sua lâmina em linha reta, afunda novamente ambos os pés no chão, dando um impulso o fazendo “voar” em direção a princesa com sua ponta em riste.


– Diga adeus a vida princesa!!!


Brada o erudito dando uma estocada em Rapunzel que não consegue se esquivar e Mérida impossibilitada de fazer alguma coisa vê a lâmina de Yamato perfura o abdome de sua amiga.


– Não!


Ela mexe a cabeça derramando lágrimas enquanto gritava o nome de sua querida amiga.


– ZIEEEEE!!!


Seria Rapunzel a primeira vítima fatal da lâmina vingadora de Hiro?



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Autor(a): Ash Dragon Heart

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48

    continua!!

  • Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24

    oii! continua, vou ler!

    • Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55

      Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!


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