Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Existem portas que nunca devem ser abertas, por mais misteriosas e instigantes que possam parecer, a um motivo para elas continuarem trancadas e as chaves que podem abri-las... especificam bem o motivo.
No andar da fonte...
– ZIE!!!!
A voz da princesa valente ecoou pelo salão, seus olhos azuis encarando aquele cena tenebrosa de sua amiga sendo empalada pela espada do pequeno Hamada.
– Nada mal. – Diz o menino ao olhar para a jovem que tinha no rosto um semblante extremo de dor, devia estar fazendo um esforço tremendo para não gritar. – Você deslocou a cintura evitando que eu perfurasse seu pulmão, você tem bons reflexos, mais...
O cavaleiro torce sua espada a puxando do corpo da princesa que imediatamente cobre o ferimento com sua mão esquerda, enquanto com a direita com sua varinha em punho tenta erguer outra barreira, mais o menino saltou no ar girando o corpo aplicando um chute rotatório com a perna esquerda em sua face. O golpe foi preciso fazendo Rapunzel rodar no ar, porém antes de cair o menino desfere um corte no ar com sua katana que se propaga acertando a jovem a jogando contra a parede a atravessando.
– RAPUNZEL!!!
Mérida grita em desespero ao presenciar o ataque violento que sua amiga sofreu. Fechou os olhos com força vertendo lágrimas de dor e aflição, balançou as penas na tentativa de fazer peso para se soltar, mas não conseguiu, o anel de vento que prendia seus pulsos não afrouxava, estava completamente impossibilitada de fazer qualquer coisa, só assistir.
– Miga...
– Então ruiva? – O menino chama sua prisioneira que ergue a cabeça. – Qual é a sensação de ver sua melhor amiga sendo tirada de você e não poder fazer nada?
A jovem engoliu seco, não precisava ser uma gênia para entender o que o menino estava fazendo.
– Hiro... por favor... não faz isso.
Ele sorri apoiando a parte sem fio de sua espada no ombro direito.
– Lamento princesa, mais é a lei da causa e efeito, você agride, então tem que estar pronta para ser agredido de volta.
Ela morde os lábios em agonia.
– Para, por favor... pense no que está fazendo!
– Pensar? – Questiona o menino.
– Você não vai sair ileso disso, nossos reinos não vão ficar parados ao verem o que você está fazendo, eles vão contra-atacar e uma guerra pode começar! – Alerta a princesa ruiva em suplica. – Você ama sua terra, já deixou bem claro isso para nós, essa sua vingança não pode ser maior do que o amor que você nutre por seu povo!
Os olhos do pequeno gênio brilham em fúria, em um instante ele brande sua espada criando uma lâmina de vento a lançando e acertando a parede do lado esquerdo de Mérida que se encolhe fechando os olhos.
– Ahhhh!!!
– Não ouse falar do meu povo... princesa!
Ela reabre os olhos.
– Mas...
– Sei muito bem que meus atos podem gerar consequências ao meu povo, isso é fato. – Diz o pequeno cavaleiro. – Mas como sou bem precavido já tenho tudo pronto e esquematizado para que meu povo eu saiamos desta história... limpos! – E sorri deixando a ruiva sem entender.
– O-O quê?!
– Você logo vai saber, mais por encanto... – Se volta na direção de onde lançou Rapunzel. – Até quando vai ficar ai deitada loirinha?
Mérida olha para a mesma direção do menino.
– Pode para de fingir, eu consigo sentir sua Aura. – Ergue sua mão esquerda. – Você não disse que queria um duelo comigo, então... – Faz um aceno chamando sua adversaria. – CAI DENTRO!!!
Não precisou dizer uma segunda vez, um vulto rubro emergiu dos escombros em alta velocidade indo em sua direção com uma lâmina de luz em sua mão direita. A princesa do Sol ao chegar a seu alvo desferiu um gole lateral direito que foi aparado pela lâmina do menino que já a aguardava.
– Se fingindo de morta pra me pegar com a guarda baixa, tsk, tsk, que coisa feia! – Sorri para sua adversaria que serra os dentes se afastando, o encara mortalmente, segura com força sua varinha que servia de cabo para sua lâmina de luz, toma folego e avança contra o menino que já à esperava, bloqueou o primeiro golpe, depois outro, e mais outro, as lâminas de luz e aço criavam fagulhas luminosas no ar ao se colidirem, seus sons ecoavam como a melodia de uma sinfonia sem fim.
– Até que para uma maga franzina você sabe usar bem uma espada. – Comenta o pequeno gênio defendendo outro golpe. – Mais falta algo em sua técnica... – Ao dizer isso o pequeno cavaleiro deu um passo para trás no momento que Rapunzel lhe desferia um gole frontal, ele gira sua espada ao contrario deixando o punho para cima, a ponta da lâmina de luz da princesa colide milimetricamente na ponta do cabo branco.
“O quê?!”
A princesa não consegue esconder o espanto em sua face ao ver que o menino defendeu seu golpe com a ponta do cabo de sua espada, mais o que veio em seguida a deixou completamente desarmada... literalmente.
Usando um simples movimento, Hiro brandiu sua Yamato para o alto. A ponta da lâmina guardiã do povo do oriente acerta a ponta de baixo da varinha da princesa que é forçada a ergue os braços que por fim acaba soltando o catalizador.
Todo o movimento foi acompanhado por Wolf e Mérida que estava mudos e sem reação após o movimento do menino que sorrir pelo canto da boca.
– Falta criatividade em você... princesa. – Sussurra o pequeno gênio no mesmo tempo que avança com sua mão esquerda aberta, uma orbe verde se forma em seu meio que ele esmaga fazendo toda sua luz cobrir seu punho, desferindo no meio do estomago de sua adversário gritando:
– RAIJIN!!!
A primeira técnica que Weltall lhe havia ensinado e que ele aperfeiçoou. Antes o golpe só visava atordoar o adversário, mais agora...
– GGGUUAAAAAHHHH!!!!
O impacto da técnica faz o corpo de Zie recuar alguns metros, seus pés deslizarem pelo mármore, quando parou suas pernas fraquejaram e ela caiu de joelhos ao chão, com ambas as mãos sobre o a área atingida, sentiu algo preencher sua garganta ao qual não conseguiu segurar, liberando um jorro de sangue ensopando o chão.
– Pela Deusa... – Murmura em agonia arqueando o corpo para frente, nunca sentira tamanha dor em um só soco e vindo de alguém tão pequeno.
– Você sente dor?
Os olhos da princesa se tremeram ao ouvir aquilo, um calafrio percorreu por toda sua espinha, assim como um frio que se apoderou de todo o seu corpo o deixando dormente.
“Essa voz!”
Sentiu a ponta de algo ergue seu rosto, abriu os olhos com dificuldade percebendo o pé de seu adversário sobre seu queixo enquanto ele a fitava com seus olhos esmeraldas reluzindo. Olhos esse que eram idênticos aos de...
“Weltall...”
– Vejo que te causei muita dor... que bom! – E chuta o queixo da princesa a jogando de costa no chão.
– PARA!!! – Mérida grita em desespero. – Você já bateu nela demais, já chega, por favor!
Mais ele não respondeu, ao contrário se agachou pegando a varinha de sua adversaria, a analisa por alguns segundos e depois a joga ao lado da princesa caída no chão.
– Vamos lá! – Ordena o menino. – Você já “morreu” duas vezes. – Aponta sua espada para ela. – Quantas vezes vai morrer ainda hoje?
Essa última ele não conseguiu conter um sorriso mórbido, principalmente quando ela mesmo caída o encarrou com seus olhos reluzindo. Ela ainda não tinha perdido seu fogo e com dificuldade se ergue pegando sua varinha e apontando contra o Hamada.
– Você pode me “matar” quantas vezes quiser... que eu vou sempre me levantar! – Brada Rapunzel com toda a coragem que ela ainda tinha. – Já você... basta que eu te mate uma vez só... e isso tudo acaba!
Ele meneia a cabeça.
– Não sua tola... isso só está começando. – E ele a chama novamente para lutar ao qual ela não recusa, avançando para ser atingida novamente por outro golpe a fazendo gritar, já sua amiga vira o rosto fechando os olhos não aguentando mais ver o suplício de sua amiga, enquanto Blade Wolf que assistia o duelo pensa:
“Tem algo errado aqui.”
No subsolo da Word Marshall...
– Perai professor essa história não faz o menor sentido! – Exclama o albino. – O tão temido Mago das Espadas... não é um vilão?!
Aquilo era algo impossível de se conceber, desde seus poucos anos de vida ouvia lendas sobre o Dragon Master e seus Arautos salvando o mundo do Demônio das Espadas e seus servos das trevas, até na escola a professora Saber era enfática em dizer que ele era uma ameaça a toda paz do Mundo da Magia... mais agora?
– Professor tem certeza disso?
O samurai o encara com os olhos serrados.
– Acha que estou mentindo?
O rapaz engole seco.
– N-Não, c-claro que não, mais convenhamos é difícil acreditar que uma figura conhecida como “o mau encarnado” tenha protegido a todos nós ao criar essas coisas!
– Mau encarnado. – Repete o professor. – E o que seria o mau para você Jack?
– Ah?
O professor encara o portão.
– Seriam aqueles que fazem oposição a você. – Comenta o mestre. – São aqueles que tentam lhe ferir, prejudicar e tentam impor sua vontade sobre aqueles que você ama. – Se volta para o rapaz. – Estou certo?
– Está. – Responde o albino de imediato.
– Mais e o outro lado... como te vê?
O menino pisca confuso.
– Eu... não entendi...
O professor suspira.
– Eles te vêm apenas como mais um obstáculo Jack. – Responde. – Uma barreira aos seus planos e ideias, distorcidos ou não.
O rapaz piscou novamente tentando assimilar o que ouviu.
– Perai professor, ainda não tô entendendo?
– É simples Jack. – Se aproxima de seu aluno o encarando bem nos olhos. – Se você luta por uma causa, desejo e a defende com sua própria vida ela se torna o seu “bem” e o desejo daqueles que se opõem a você se tornam o seu “mau”. Fui claro?
Impossível de não ter sido!
– Espera... então... quer dizer que... as histórias estão...
Ele não termina sua frase.
– Sempre depende do ponto de vista de quem vê Jack. – Responde o professor se afastando. – É verdade que O Mago das Espadas é uma força que pôde causar destruição e caos... mais também pôde trazer a mudança.
– Mudança?
O samurai se agacha pegando algumas pedras.
– O que é isso para você Jack?
– Pedras. – Responde o rapaz.
– E essa caverna onde estamos?
O albino olha em volta.
– Uma caverna!
Era obvio.
– Mas se você perguntar ao Mago, ele vai dizer que estamos dentro de umas das ramificações de sua mãe.
– HUM?! – O albino arregala os olhos.
– E essas pedras tão insignificantes. – O samurai junta as mãos que brilham e ao abri-las novamente as simples pedras se tornam uma belíssima flor de cristal.
– UAU!!!
– São os tesouros de sua amada mãe. – Completa o samurai se agachando colocando a flor no chão que se finca na superfície rochosa.
– Então... O Mago das Espadas é...
– O protetor desta fauna, flora e vida que habitamos, de Gaia este imenso mundo que constantemente agredimos sem pensar ou medir consequências.
O jovem mago se afasta atordoado.
– Não pode ser...
– Mais é. – Se levanta encarando o aluno. – Jack você alguma vez já sé prestou a ouvir o outro lado da história?
– Não. – Ele negou com a cabeça. – Era tão mais fácil seguir o que minha mente e meu coração diziam... que eu devia proteger quem eu amava, que as história e lendas que nos eram transmitidas de nossos pais e avôs eram a única verdade, mas vendo agora essa “verdade” tem vários lados... não é?
– Tem. – Responde o professor. – Nos nem sempre somos os bonzinhos da história meu caro, vinde Gaurasia, Yamato, Lothric e outros reinos que nem mais existem! – Olha para o teto onde o cristal dourado estava fixado, imaginou o trabalho que o mago deve ter tido para moldá-lo e transformá-lo de uma simples pedra em um poderoso selo contra os demônios. – Para eles e seus descendentes nós somos...
– Os Magos das Trevas. – Completa o jovem com sua voz fraca, mais finalmente compreendendo... tudo.
– Sim... afinal... tiramos tudo deles.
O jovem fecha os olhos com força, cobriu o rosto massageando a temporã, tantas coisas que não faziam sentindo antes para agora começaram a se encaixar, o ódio de Hiro e dos policias não eram apenas pelos atos que haviam cometido ali recentemente, mais sim de seus antecessores que atacaram indiscriminadamente aquela terra causando feridas profundas em suas almas e lembranças... que talvez nunca se curem.
– De repente as ações do Hiro não me parecem mais tão erradas...
– E não estão. – Afirma o samurai. – Ele está tentando concertar o erro que todos nós cometemos.
– Eu sei! – Brada o jovem em resposta. – Sei disso, mais levantar as armas contra meus amigos e eu não vai fazê-lo se sentir melhor e nem trazer o Weltall de volta! Ao contrario pode causar ainda mais tragédias!
– Eu sei disso. – Responde Kojiro cruzando os braços. – Pensei em várias formas de evitar uma retaliação dele ou do governo de San Fransyko... e a única solução que veio foi propor um acordo magico.
Os olhos de Jack se turvam ao ouvir aquilo.
– Professor... o senhor não propôs a ele um...
– Sim, Jack... eu propus a ele um Geis Scroll.
O garoto recuou para trás em pânico.
– O contrário da morte... – Murmura assustado para depois avançar sobre o samurai segurando seu quimono. – Pela Deusa professor o que o senhor fez?!
– O que eu fiz?! – Questiona o mestre indignado. – Tentei salvar as vidas e a liberdade de vocês, seus idiotas! – Segura as mãos do rapaz o afastando dele. – Não sabe como me senti ao propor aquilo para ele! Um menino que começou agora a despertar sua magia poderia perdê-la por causa do canalha do irmão e de seus amigos inconsequentes!!!
Jack põe a mãos sobre a cabeça.
– Por Althena! – Andou alguns passos para trás atordoado. – Ele... ele assinou?
E surpreendendo o jovem, o samurai sorri que com orgulho.
– Não... não assinou, ele o destruiu com sua Gorvement e devo dizer... nunca fiquei tão satisfeito por uma atitude como a dele, começo a entender porque Kazedori o escolheu como seu Regente!
Uma sensação de alivio percorreu todo o corpo do jovem que o fez cair para trás tapando o rosto.
– Graças a Deusa!
– Ele não se curva as atitudes e leis da magia, ele pretende escrever o próprio destino... um ideal perigoso, mais bastante admirável. – Conclui o professor satisfeito.
– Parece até que o senhor o tava testando?
O samurai não responde, apenas esboça um sorriso para o rapaz que entendeu o recado.
– Não creio! – Se senta encarando o mestre. – O senhor queria ver até onde ia a determinação dele?!
O samurai meneia a cabeça.
– Sem uma forte determinação não se consegue nada. – Se volta para o portal. – Principalmente para aqueles que buscam seus sonhos.
O jovem pisca.
– Aqueles que buscam seus sonhos?
– Sim. – Se volta para seu aluno. – Existe uma infinidade de pessoas neste mundo Jack e ambos têm sonhos, mais somente aqueles com verdadeira determinação e coragem conseguem alcança-los!
O rapaz o ouvia atentamente.
– Quando lutaram contra Breu vocês abraçaram aquela causa, o sonho de vocês quatro de trazerem paz foi maior que o dele de trazer as trevas para cá. Vocês superaram limites, venceram medos e conseguiram o impossível... vencer um Regente com sua Relíquia!
– Verdade... – Murmura o rapaz de cabeça baixa.
– Mais depois disso algo mudou em vocês! – Alerta o professor fazendo o aluno o encarrar. – Vocês perderam aquele brilho de coragem e esperança que tinham em seus primeiros anos de escola, se acomodaram com o estado atual do mundo, perderam o ânimo de muda-lo ou fazer a diferença! E isso infelizmente os enfraqueceu, tanto física quanto mentalmente.
O jovem ao ouvir aquilo sentiu como se seu corpo tivesse sido atingido por algo pesado, forte, cruel e ao mesmo tempo revelador. Há quanto tempo ele havia desistido de mudar, de se revoltar contra leis e ordens de pessoas que se sentiam senhores do destino e donas do mundo para ser mais um na multidão.
Se levantou devagar.
– Eu deixei de sonhar...
Diz pra si mesmo.
– Quando a Emma morreu uma parte de mim também morreu.
Seus olhos começavam a lacrimejar.
– Eu derrotei o Breu, mais eu não me senti um vitorioso, já que quem eu queria salvar não estava mais comigo.
Serra os dentes.
– Eu tentei seguir minha vida, continuei fazendo arte, aplicando pegadinhas e torrando a paciência dos elites e dos senhores! Mas a verdade é que...
Cobre o rosto.
– ... eu me sentia vazio por dentro.
O professor ao escutar a confissão de seu aluno se aproxima.
– Comecei a deixar de me importar com o mundo ou as coisas que aconteciam ao meu redor e me deixei me levar pelas correntes da vida. Sem alterar nada, só... seguindo o destino que vinha para mim...esse foi meu erro.
– Não só seu... mais também dos outros. – Diz o professor tocando em seu ombro.
– Verdade... se fossemos o grupo unido que éramos antes teríamos percebido os planos de Tadashi logo de cara... e o Hiro e o Weltall não teriam sido...
Ao pensar naquilo sentiu ainda mais raiva de si mesmo.
– Pela Deusa como fui burro!!! – Esbraveja
– Foram, isso não podem negar e nem mudar. – Afirma o mestre fazendo o rapaz o encarar. – Mais ainda podem corrigir seus atos.
Os olhos os mago do gelo brilharam.
– O senhor... acha?
– Acho não, tenho certeza!
Palavras de alguém que ainda tinha fé neles quando o mundo e até eles mesmo deixaram de ter. Sente seus dois ombros serem segurados com força enquanto os olhos azuis luminosos do samurai o fitavam.
– Vocês precisam mostrar para o Hiro quem vocês são de verdade! Não o bando de alunos prepotentes e filhos de reis e rainhas que fazem as coisas e não se importando com as consequências, mais o grupo que lutou e mudou Draconia!
Os olhos sem brilho do mago do gelo reluziram, um brilho antes perdido e esquecido voltava como uma chama adormecida que lhe recobrava suas forças e esperanças pedidas.
– Podemos mudar o destino?
E com um sorriso o samurai responde:
– Podem!
Segurou a mão direita do mestre já sentindo as lágrimas de emoção caírem.
– E se ele não quiser me ouvir?
E a resposta foi...
– Faça ele te ouvir... sendo você... acho que conseguira.
Eram as palavras que ele queria ouvir, um desafio, um aventura, uma chance de se redimir, uma missão para...
“Jack Frost!”
Entoa o jovem em sua mente enquanto seus braços envolvem a cintura do mestre o puxando para um abraço forte e acolhedor.
– Obrigado por não perde a esperança em nós profe!
Ele sente a mão do mestre sobre sua cabeça lhe fazendo um afago.
– Um professor nunca desiste de um aluno, mesmo eles sendo uns chatos e irritantes!
– Hi, hi, hi! – O garoto ri das palavras do mestre que concluiu.
– Agora me solte, sabe que desteto abraços!
Não precisou dizer outra vez.
– Opa, foi mal, esqueci! – Exclama o jovem se asfaltando com as mãos em sinal de rendição.
– Percebe-se. – Diz o mestre ajeitando seu quimono. – Agora temos que agir, precisamos falar com Hiro e impedir que Tadashi use a chave para abrir o portal.
– Chave?
– Sim, Jack! O Mago das Espadas criou os portais para selar as entradas do Abismo para nosso mundo, porém os servos dos Demônios que ficaram desse lado conseguiram criar chaves que conseguem abrir esses terríveis monólitos.
Os olhos de Jack se arregalaram.
– Perai... então temos como impedir que esse troço se abra?!
O mestre acena com a cabeça em afirmação.
– SHOW!!! – Exclama o rapaz socando o ar. – Pensei que não tinha como evitar dessa merda ser aberta!
– Mais tem! – Responde Kojiro. – Mesmo que Tadashi faça todos os rituais e de energia ao portal, sem a chave ele não pôde abri-lo.
– E se destruímos a chave...
– Destruímos a única chance de ele abrir o portal! – Afirma o professor.
– BELEZA!!! E o que é essa chave?
– Não sei.
– QUÊ? – O rapaz quase cai pra trás.
– É a única coisa que não faço ideia do que seja. – Explica o mestre. – Pode ser uma pedra, um artefato, ou até mesmo uma Relíquia, os demônios sempre foram cautelosos já que se o mago e seus cavaleiros soubessem o que é poderiam destruí-la.
– Merda! – Xinga o jovem. – Isso explica porque o Breu demorou tanto a abrir o portal dele, ele não tinha a chave ainda!
– Exato! – Afirma o samurai. – Mais precisamos agir rápido, se Tadashi está agindo ele já deve saber onde a chave está.
O rapaz morde o polegar direito.
– O que poderia ser essa maldita chave?!
– Eu respondo para vocês.
Ao ouvirem aquela voz professor e aluno voltam seus rostos para a entrada da caverna, dela um jovem trajando um terno negro caminhava calmamente para dentro do ambiente, suas mãos para trás, um sorriso convencido esboçado em sua face, sua Aura antes tranquila e da cor verde agora era pesada, densa e negra como a noite chegando a escurecer as pedras que iluminavam o ambiente e seus olhos antes castanho agora tinham a cor do ouro do abismo.
– Olá Jack e professor Kojiro, é falta de educação xeretar o quintal dos outros em permissão, sabiam? Pôde acontecer algum acidente se é que me entendem?
As palavras proferidas por aquele jovem eram frias e maliciosas, carregadas de más intenções e desejos obscuros, diante do mestre e aluno estava o traidor de Draconia!
– TADASHI! – Exclama o mago do gelo sentindo todo seu corpo tremer em ódio, enquanto o mestre apena o fitava sentindo o desgosto e pena do filho de seu melhor amigo ter decaído.
“Lamento Kenzo, lamento Cass-sama... mais esse menino...”
Vê a imagem de um ser negro e disforme atrás do rapaz.
“Já não tem mais salvação...”
E avança num piscar de olhos sobre seu ex-aluno o agarrando pelo pescoço o levando até uma parede da gruta o colidindo com tudo abrindo um rombo na cavidade rochosa.
– NOSSA!!! – Exclama Jack ao presenciar o ataque de seu mestre, ele agiu tão rápido que nem conseguiu vê-lo se movendo.
“Ele tá puto!”
Kojiro mantinha Tadashi fora do chão ainda o segurando pelo pescoço, apertou ainda mais fazendo o rapaz cuspir sangue, mais sem perder a pose.
– Uau! Rápido e letal como sempre professor!
O mestre desfere um soco de esquerda em seu estomago.
– UARG!!!
– Não ouse me chamar de professor pirralho, você perdeu esse direito!
O puxa e pressiona novamente contra as rochas causando um poderoso impacto fazendo toda a caverna tremer.
– ARG!!!
– O que planeja? – Pergunta o samurai com calma. – Você não viria até aqui embaixo sabendo que me encontraria sem um plano... fale? – Aperta ainda com mais força o pescoço de Tadashi quase o quebrando. – Antes que o resto de minha serenidade se esgote eu te reduza a pedaços de carne podre que você é!!! – Exclama em fúria fazendo sua Aura emergir e sua espada tremular como se partilhasse do mesmo desejo de seu senhor.
Porem Jack que assistia tudo intervém:
– Calma professor, eu sei o que senhor tá querendo acabar com esse maldito... eu também é claro! – Confessa. – Mais a gente precisa saber onde ele escondeu a chave!
– Eu sei Jack! – Responde sem se virar. – Ele vai falar... por bem... – Toca no cabo de sua katana. – ... ou por mal...
– Há, há, há... nossa professor... o senhor quando quer consegue ser bem assustador! – Debocha o Hamada. – Mais tem razão! Eu nunca viria sem um plano!
O samurai serra os olhos, seus sentidos ficam todos em alerta máximo e foi graças a eles que o mestre conseguiu sentir a energia na mão direita de seu ex-aluno se propagar contra ele no formato de uma lâmina negra. Imediatamente ele o solta se afastando não sem antes sentir seu braço esquerdo ser cortado de leve pela arma do adversário.
– PROFESSOR!!!
– Estou bem, foi só um corte! – Responde o samurai tranquilizando o aluno, porém...
– Mais ele conseguiu te ferir e isso é...
– Impossível... eu sei.
Kojiro observa sua ferida, além do sangue escorrendo havia uma mancha negra se propagando pela ferida.
– Mana corrompida... – Murmura o professor que ergue a cabeça encarando o ex-aluno e seus olhos se arregalaram ao ver a espada que ele tinha em mãos. – Não pode ser... é a...
– Sim professor... é a Dorimurekku... ou para os leigos... A Esmigalhadora de Sonhos!
Declara o jovem erguendo sua arma para o alto que cintila liberando energia pelo ambiente fazendo Jack recuar com seu cajado em mãos, já havia sentido aquela tipo poder antes.
“É idêntica à da arma que o Breu usou!”
Aperta com força seu cajado.
“Então aquela é a Relíquia dele!!!”
Conclui o mago do gelo encarando o ex-amigo que era coberto pela Aura sombria da espada que curava todos os seus ferimentos.
– Os ferimentos dele!
– Surpreso Jack? Eu não te culpo, com uma Relíquia pode-se fazer uma infinidade de coisas, a regeneração é uma delas! – Debocha o Hamada fazendo o albino trincar os dentes.
– Vai se achando babaca! Nem mesmo com uma Relíquia o Breu conseguiu nos vencer, não pense que com você vai ser diferente! – E aponta seu cajado já carregado de energia congelante.
– Acredite... vai ser! – Responde Tadachi que avança assim como Jack, ambas as energias das trevas e gelo embutidas em suas armas, estavam prestes a se chocarem, isso se uma figura purpura e azul não tivesse se colocado entre eles.
– Mais, hein?!
A espada de lâmina negra se colide contra a cinza e reluzente do samurai que não estava mais ferido.
– Então era você o tempo todo! – Exclama o professor travando seu ex-aluno.
– Heh... demorou para perceber... seu personagenzinho de folclore!
Uma voz medonha escapa da boca de Tadashi fazendo o samurai fechar o rosto em uma careta de puro ódio.
– Maldito!!! – O mestre com sua força empurra Tadashi para trás, e num movimento rápido onde o Hamada só conseguiu ver um flash antes de ter sua garganta cortada.
– Minha Deusa... – Murmura o albino em choque ao ver o pescoço de Tadashi pender para a direita e mais assustado ficou quando o próprio o ajeitou com suas mãos enquanto o sangue que escoria de sua ferida retomava não vermelho, mais negro como a cor do Abismo.
– Ei, cuidado professor... eu ainda preciso do meu corpo inteiro antes de me juntar ao Fortinbras. – Diz o rapaz sorrindo após seu ferimento estar curado.
Já o mestre estava com uma expressão furiosa.
– Então era você que estava ajudando Tadashi! – Exclama o samurai. – Não se contentou em quase perder seu povo e agora se junta a esse menino com ideias distorcidas... e para que?!
– Professor? – Jack não estava entendo, olhava confuso do mestre para o ex-amigo, foi então que a Aura negra envolta de Tadashi se intensificou sobre ele tomando uma forma mais densa, maciça e corporal. – Mas que...
– Observe Jack! – Declara o professor. – Ali está alguém que tentou sem sucesso proteger seu povo usando dos métodos errados, tentou um levante contra o xogum, mais foi derrotado por Kazedori e seu Regente na época e lançado ao abismo... pelo visto seu ódio não sessou, ao contraio se intensificou e agora ele tenta novamente seu levante não mais como uma pessoa, mais como um Espirito das Sombras.
Diante do mestre e de seu aluno surgia um enorme e medonho guerreiro trajando as antigas armaduras de Yamato que não era mais de ferro, mais seu próprio corpo, assim como sua máscara protetora que se tornou seu rosto, lhe dando a feição de um ser realmente saído das profundezas, não tinha olhos apenas duas gemas douradas e sem brilho os simbolizando, mais ele conseguia ver e sentir tudo ao seu redor.
– Então Kojiro, surpreso em me ver?
O samurai rosna em fúria.
– Com todo o meu desprazer... Hagamoto!
O mero entoar daquele nome reverberou por todo o prédio chegando ao local onde o pequeno Hamada se encontrava e tanto ele como seu Espirito Guardião sentiram seu inimigo.
“Kaze... sentiu isso?”
Em seu ombro esquerdo ele sente um leve peso e uma voz suave entoar em seu ouvido.
“Senti, seu irmão e Hagamoto enfim se mostraram.”
O pequeno gênio olhou para sua adversaria caída, estava coberta por cortes por todo o corpo, respirava fundo com seu peito subindo e descendo velozmente.
“Eu a ataque diversas vezes no intuito de ela revelar a caixa, mais não adiantou.”
“Sim, mais consigo sentir o poder do Abismo sobre ela, a outra menina quando você a manteve presa e agora não demonstrou nenhum pode anormal.”
O jovem então se pergunta.
“Então porque ela ainda não usou? Será que está esperando por alguma coisa?”
“Não sei Hiro, também estou tentando entender o plano de seu irmão e de Hagamoto.”
Declara o Espirito Guardião.
“Mais de qualquer forma, vamos nos prevenir.”
O menino sorri.
“Então eu posso?”
E o Espirito Guardião responde:
“Termine com o sofrimento dela.”
– Com prazer! – Diz o menino em voz alta fazendo os olhos de rubi de Wolf brilharem e ele ver algo no ombro do menino.
“Então era isso!” – E scanneia a jovem loira caída, foi então que detectou uma massa de energia estranha em seu braço esquerdo. – Hiro, estou detectando uma massa de energia anormal vinda do braço esquerdo dela!
O menino sem se vira responde.
– Eu sei Wolf... eu já tinha percebido.
Os olhos do lupino brilham.
– Mais então... como não percebi... – Ele se cala entendendo o que havia acontecido. – Hiro... você estava tentando descobrir qual dessas duas tinham a energia misteriosa?!
O menino sorri.
– Acertou em cheio Wolf!
Caminha lentamente até Rapunzel que tentava se reerguer lentamente.
– Por isso não te deixei matar ela de imediato, eu precisava checar qual delas o Tadashi tinha conferido a caixa de pandora e por ironia do destino... foi essa loira maldita!
– O QUE?! – Mérida exclama após ouvir aquilo. – Como assim o Tadashi deu a caixa pra ela? – Ela encara sua amiga. – Zie! Você não disse que tinha trancado o Tadashi dentro da caixa?!
Rapunzel não encarou sua amiga, não tinha coragem pra isso, não depois de ter mentindo pra ela.
– Zie?
Ela vira o rosto de lado mordendo os lábios machucados.
“Desculpa Méri, mais e a única forma de derrotarmos um Regente e sua Relíquia.”
Voltou sua face para o pequeno gênio que se aproximava.
“Eu sabia que não conseguira derrotar ele sozinha, ainda mais com aquele lobo de aço junto, eu precisava igualar as condições.”
E sorriu misteriosa para ele o fazendo arquear uma sobrancelha.
“E os meus reforços chegaram... agora!”
O sistema de Wolf apita em emergência assim como os sentidos de Hiro que o alertam ao sentir uma poderosa e conhecida Aura se aproximando em alta velocidade, se virou imediatamente vendo uma das paredes sendo arrombada e um ser de asas e cifres negros a atravessá-la voando armado com uma espada de chamas azuis pronto para dividi-lo ao meio!
– HIRO!!! – O lobo de aço se desata a correr sacando sua nova arma que já se incendeia, mais o regente de Kazedori não era tão fraco e inexperiente assim, ao se virar o menino clamou pelas forças de seu Espirito Guardião, em instantes seu corpo foi envolto por uma lufada de vento verde o fazendo desaparecer e quando o vento sessou em seu lugar um homem magro de cabelos longos negros com mechas verdes e penas nos ombros e nos braços surgiu portando Yamato e contendo o golpe do Arauto.
– ACABOU PRA VOCÊ CAVALEIRO!!!
Brada o Arauto do Dragão Negro enquanto o Erudito do Rei devolve:
– Não meu caro... É O FIM PRA VOCÊS!!! – E eleva sua Aura liberando sua assas feitas de Aura no mesmo tempo em que Soluço abre as suas e ambos ascendem destruindo o teto sobre suas cabeças sendo observados por Mérida e Wolf atônitos.
Começava assim o capítulo final desta história...
Autor(a): Ash Dragon Heart
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Não importa quanto tempo tentemos esconder, fugir, ou postergar a verdade sempre vem à tona. Ela pode vir como o orvalho da manhã, calmo, gentil e indolor, ou de maneira bruta, rápida e dolorosa, como um tsunami varrendo tudo que há sem eu caminho. A verdade sempre se fara presente... você está pronto para ouvi-la? Os gross ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
-
Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!