Fanfics Brasil - Aquele que Venceu o Medo O Mago Das Espadas

Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados


Capítulo: Aquele que Venceu o Medo

19 visualizações Denunciar


Aquele que Venceu o Medo


Existem vários tipos de sentimentos que movem uma nação. A coragem para enfrentar uma guerra, o conhecimento para curar uma epidemia, a partilha para os alimentos no inverno, entre outros bons sentimentos que um líder deve possuir para guiar seu povo.


Entretanto existem também sentimentos negativos que podem guiar ainda com mais força uma nação. O ódio de ser derrotado e querer vingança, a fome por não ter o quer comer, a traição por alguém que você confiou por tanto tempo. Todos sentimentos terríveis que podem e são usados para guiar uma nação inteira para as linhas de frente e lutar, mais nenhum é pior e mais tenebroso do que... o medo.


O medo gera violência, desconfiança, raiva, inveja, morte e uma infinidade de outras consequências terríveis.


E foi com o medo que Hagamoto criou sua revolução, instigando esse sentimento em seu povo contra o ocidente, que deveriam ser armar e invadir as terras além mar e tomar suas posses, em outras palavras sua magia e força... antes que eles fizessem isso com Yamato. Porém o poder e confiança no Xogum eram grandes e difícil de serem quebrados, então ele teve que apelar para o algo mais vil e cruel, algo que pudesse instigar de forma automática o medo nas pessoas as fazendo agir ao seu favor.


Para isso desse certo ele criou a...


Kyofu no masuku... A Máscara do Terror! – Diz o professor encarando o Hamada, mais na verdade olhava bem mais fundo, mais especificamente para o samurai descaído que estava de braços cruzados escondido nas sombras de seu Regente. – Você não mudou em nada! Continua usando truque sujos para fazer com que as pessoas lutem e cometam atrocidades no seu lugar!


– Há, há! Truque sujos? – O samurai descaído ri. – Você é muito ingênuo mesmo, Kojiro!


– Hum?!


Você acha mesmo que existe jogo limpo em uma guerra? Me poupe! – Brada o espírito. Numa guerra temos que estar dispostos a usar todos os meios para vencer sejam eles leais ou não! – Ergue seu punho direito ao mesmo tempo que Tadashi. O importante é a vitória, nada mais nada menos do que isso!!!


– E para tanto vocês estão disposto a ferir até mesmo quem mais se importa com vocês? – Questiona o professor e ambos arquem a cabeça para o lado questionando juntos:


– E por acaso demônios como nós temos quem nos ame?


Kojiro fechou os olhos com força ao ouvir aquilo, estava realmente diante de dois idiotas, tão cegos que não conseguiam ver nada a não ser seus próprios desejos e ambições... era triste... muito triste


– É verdade... vocês são demônios agora e por isso devem ser tratados como tal! – Exclama o professor removendo sua bainha das costas com sua mão esquerda, amara sua corda em seu pulso com os dentes, quando acabou se posicionou com ambas, espada e bainha diante do corpo o que deixou o Hamada surpreso.


– HÁ! Vai lutar usando sua espada e bainha juntas! Vejo que o deixei desesperado professor? – Debocha o regente.


– Desesperado... eu? – O mestre balança a cabeça. – Vocês dois não conhecem o verdadeiro significado do desespero... ainda. – Cruza as armas que são envolvidas por Aura. – Mais vão conhecer! – E abre seus olhos elevando sua Aura ao extremo fazendo o Regente cobrir seu rosto e afasta-lo.


– Ele ainda tem tudo isso de Aura?!


“Surpreendente, o corpo dele já devia ter queimado toda a Mana que possui e desaparecido!”


Tadashi ouve as palavras de seu Espirito Guardião e inquere:


– Erramos em nossos cálculos?


O samurai decaído aguça seu olhar sobre o professor e percebe que partículas de Mana estavam escapando de seu corpo, assim como o cristal fixado a espada que derretia.


“Não... ele está ficando sem Mana, este deve ser seu último ataque!”


O Hamada sorri triunfante.


– Então isso acabar agora! – Declara erguendo sua espada para ao alto que é envolvida por uma espiral negra. – Com nosso melhor golpe!


“Sim... vamos dizima-lo e manda-lo direto para o Abismo!!!”


Os dois gargalham alto pois estavam preste a eliminar seu maior obstáculo na conquista de Yamato, já que Tadashi não considerava Hiro um adversário, nem mesmo seu Espirito Guardião.


“Logo minha rainha e Soluço acabaram com ele, Jack já está fora de batalha e Mérida também não será problema, o resto da cidade será simples de conquistar, meus ciborgues já estão posicionados em diversos cantos de San Fransyko esperando minhas ordens para tomar o parlamento, os portos, a delegacia e tudo que representa o fútil poder dos não-magos!”


Sentia o gosto da vitória em sua boca.


“Foi uma longa caminhada, tive que aturar muito e aguentar diversas provações, mais enfim... tudo valeu a pena.”


Viu a imagem de seu pai em sua mente.


“Vê pai! Não há necessidade de dons ou amor para nada somente o poder... puro e simples!”


 O turbilhão assume uma cor roxa, boca e olhos brotaram tomando a forma de um aterrorizante dragão.


“Não preciso criar nada pai... um rei não precisa disso apenas comandar e meus ‘escravos’ criaram o que preciso, foi assim e será assim para sempre!


E por fim lança a técnica gritando com todas as suas forças.


– GOKURYUHAAAAA!!!


A tempestade do dragão do inferno é libertada pela dubla de demônios. O poderoso vento das trevas destrói tudo pelo seu caminho e envolta, os cristais de selamento da caverna não conseguem suportar o poder do ataque demoníaco e são despedaçados. O imenso cristal dourado forjado e dado de presente pelo Mago das Espadas para os monges trincava, nem ele conseguia resistir a onda de caos e destruição liberada, tudo era consumido pelas trevas sem fim... tudo... exceto...


– Um golpe poderoso com terrível poder destruição, digno de dois demônios como vocês. – Diz o professor calmamente andando. – A ignorância e força mostrada nesse golpe revela o estado de espírito de ambos... completamente deturbado.


O Hamada nem ouvia estava extasiado após ter liberado sua técnica que nem ouvia mais nada.


– E é por isso...


Kojiro movimenta os braços simultaneamente à sua frente, sua espada e bainha reluziram traçando um caminho de luz pelo ar cruzando os pulsos com ambas a armas deitadas na horizontal de cada lado, esperando a onda se aproximar, fechou os olhos, apagou sua Aura e quando sentiu o vento nefasto tocá-lo, desfez sua postura erguendo ambas as armas que cortaram o ar, apagando o imenso redemoinho de trevas.


O sorriso de vitória e arrogância de Tadashi sumiram lentamente de sua face, seu golpe favorito que ele havia treinado por tanto tempo foi “apagado” como se fosse uma pequena brisa contra um furacão, somente fagulhas cinzas que se assimilavam a vidros quebrados restavam no ar.


– Como...


– Você age com ignorância, caos e destruição, alguém normal e de pouca experiência lutaria usando os mesmo meios, mas eu não sou assim. – Responde o professor ainda de olhos fechados. – Eu já passei da época de me divertir e amar uma boa luta, onde eu podia apostar tudo em um único golpe, seguindo desenfreadamente a espiral da morte.


O Hamada engole seco.


– A morte era minha companheira inseparável, sempre esperava quem eu ia ceifar para depois ela recolher suas almas... ou a minha quando eu morresse. Mais um dia todos os inimigos se foram... não havia restado mais ninguém, apenas o vazio dentro de mim.


A mão direita do Regente tremia enquanto o samurai descaído ouvi as palavras de seu inimigo atentamente.


– Foi então que o diretor Odin veio a mim, lutamos, mas não conseguia acerta-lo, usei tudo o que estava ao meu alcance e mesmo assim nada... nenhum ferimento, nenhum arranhão, apenas o velho sorriso em sua face.


Kojiro esboçou um sorriso que vinha do fundo de sua alma ao lembrar de quando conheceu seu mestre, de suas palhaçadas, piadas sem graças e de sua infinita bondade. Bondade essa que destruiu seu espirito de ódio, anciã por poder e afastou o ceifador, apenas com um sorriso que dizia...


Mu-Mu-Myo-Yaku-Mu… nada... ignorância é nada...


Profere o samurai que abre os olhos, um brilho de completa sabedoria e força reluziam deles fazendo toda a Aura do Hamada tremer.


– Mais o que é isso?!


“Não sei!”


– O quê?! – Tadashi não crer no que ouviu.


“Este não é o mesmo Kojiro que conheci no passado... esse é completamente diferente, mais forte, mais sereno, mais...”


– CALE-SE SEU ESPIRITO IDIOTA!!! – Rugi o Regente que fecha os olhos recolhendo sua espada que não voltou. – Ah?!


– Infelizmente ainda estou longe de alcançar a serenidade completa do diretor. – Diz o professor com o pé esquerdo sobre o dorso de Dorimerukki, impedindo que o rapaz a erguesse. – Por isso não tenho o menor remorso em fazer... isto!


O professor desfere uma estocada com sua bainha diretamente na boca do Hamada, quebrando os dentes da frente. Só isso já causou uma dor extrema no “rei” que não conseguiu gritar, só conseguiu quando o professor girou a bainha torcendo sua língua e depois a puxando para fora arrancando mais uma leva de dentes reais.


– UUUUAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!


A reação de Tadashi foi a mais natural possível e estupida também, pois ele largou sua espada tapando a boca.


“SEU IDIOTA! NÃO LARGUE SUA ESPADA!”        


Bradou Hagamoto de dentro de sua mente, mas ele não prestou a atenção pois a dor que sentia era terrível a qual nunca imaginou sentir e se ele achou que o professor tinha terminado... ledo engano. Kojiro deu um passo para trás e brandiu sua Nodachi em alta velocidade cortando toda a armadura de Tadashi o deixando com a roupa do corpo, o gelo cristalizado estava quase se desfazendo só duraria mais alguns golpes, mais que seriam o suficiente para o mestre obter o resultado que precisava. Com a ponta em riste o vassalo de Draconia desferiu diversas estocadas no corpo do Hamada em pontos estratégicos, depois com sua bainha aplicou diversos golpes em seus pulsos, tornozelos, braços, cabeça, pescoço ao qual ele ficou com a cabeça torta e por fim virilha.


– UUUUUUOOOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUU!!!!


Urrou de dor com voz final tentando cobri a área sensível atingida, mas seus músculos e nervos estavam travados.


– Se te cortar não adianta, então... – Desfere outra porrada dessa vez em sua temporã. – Basta te espancar! – Responde o professor com um sorriso mórbido no rosto, não queria admitir mais estava adorando fazer aquele maldito sofrer, infelizmente seu tempo era curto e o cristal de sua espada só daria para mais um golpe. Embainhou sua lâmina de volta a bainha arqueou os joelhos, focalizou sua Aura no ponto certo e lançou seu golpe.


A lâmina de cristal cortou o ar a sua volta, junto com a Mana corrompida que estava envolta do garoto, que nada sofreu... pois o golpe não era destinado a ele e sim para o maldito que assistia a tudo de camarote de dentro de seu portal enquanto ligava sua Aura a do garoto, ligação essa que foi cortada junto com um enorme talho feito na face do demônio que gritou em fúria ao sentir a pura mana lhe ferir.


– Agora sim! – Brada o mestre que brande sua espada liberando as gotículas de água que ainda restavam do gelo cristalizando de seu aluno que se desfez cumprindo sua valorosa missão. – E é claro... – Kojiro solta sua bainha e com sua a mão esquerda agarra o rosto do Hamada que sente as unhas do professor cravadas em sua face. – Respostas!


– AAAHHHHH!!!! – O Regente solta mais um berro de dor pelas unhas cravadas em sua face e por sua mente estar sendo invadida!


“Por que a proteção de Hagamoto e Fortinbras não está funcionando?!”


E a resposta vem direto do invasor que ecoa por sua mente.


“Eu cortei por alguns instantes a sua ligação com seu Espirito Guardião e o Demônio!”


“O QUÊ?!”


“Eu precisava de respostas que somente estavam na sua cabeça e agora que já as tenho...”


Solta a face do Hamada.


– Posso libertar Jack e os outros do seu feitiço! – Exclama o mestre desferindo um potente chute no queixo de Tadashi o jogando contra o portal!


Seus ossos se quebram ao sentir o grosso aço de Titanita contra suas costas, seu corpo escorrega deixando uma trilha de sangue sobre a superfície do portal até se chocar contra o chão. Ódio, vergonha, dor, humilhação, o Hamada sentia tudo isso cem vezes mais, nunca pensou em sua vida que sofreia tanto e em tão pouco tempo e tudo isso vindo de um único homem!


– Des... gra...ça...do!!! – Cospe ao ofender o mestre, tentou girar o corpo para encará-lo, mais não sentia mais sua Aura por perto. – O quê...? – Ergueu a cabeça o máximo que pode e seu olhar turvou ao não ver mais o professor nem Jack. – Ele... fugiu!!!


Uma onda de ódio brotou do fundo de seu coração, usou todas as suas forças para se virar, encarou o céu de rochas sentindo-se um misero humano... coisa que ele se recusava ainda se achar. Ele era um deus... UM DEUS... mas agora se sentia o mais fraco e estupido dos seres e o causador de tudo isso era...


– Maldito... seja.... você... KOJIROOOOOOOOO!!!!!!


Seu gritou ecoou pela caverna, mais o professor nem deu bola, já estava saltando para fora do alçapão que ligava o subterrando ao andar térreo da Word Marshall com seu aluno em seus ombros. Assim que pisou no chão seus joelhos fraquejaram e ele quase foi ao chão.


– Droga... gastei muita Mana naquela luta! – Olhou para o alçapão atrás de si. – Ele arquitetou tudo... sabia que eu não subiria, que iria direto para o portal averiguar, demorei a perceber sua armadilha e quase levei tudo a perder!


O professor se sentia um tolo por cair numa armadilha como aquela.


– O local estava repleto de mana corrompida o que ele sabia que me afetaria lhe dando assim plena vantagem... detesto admitir mais foi um bom plano.


Respira com dificuldade tentando repor suas forças e sua Mana, mas estava difícil.


– A Mana de San Fransyko está muito baixa, não vou conseguir me recuperar por completo!


Resmunga sentido até mesmo o corpo de Jack pesar.


– Mais não posso me dar por vencido, preciso salvar essas crianças.


Pensou em seus alunos e no que eles devem estar sofrendo pelo feitiço de Tadashi, mais principalmente...


– Preciso chegar até você... Hiro!


Ao pensar no filho mais novo de seu amigo lhe deu forças, sua Aura pulsar por todo o seu corpo lhe fazendo-se reerguer.


– Aguentem eu já estou...


Ele se cala, ouviu passos atrás de si, porém não eram os de Tadashi que com certeza ainda estava se contorcendo todo lá embaixo. Eram passos sutis, leves e tranquilos e o mais estranho de tudo... sente sua Mana sendo reposta.


– Mais o que?!


Que bom que o senhor está bem, por um minuto fiquei preocupado.


Uma voz tranquila e amigável falou por trás do professor que se virou rapidamente esperando algum inimigo, mas para sua surpresa era um homem magro com pequenos dispositivos no lugar das orelhas e trajando uma roupa de faxineiro. Seus olhos reluziam em pura vida, em suas mãos carregava um pequeno vaso onde uma muda de uma planta de galhos e folhas verdes reluzia como uma chama de vida.


– Um... persocon? – Inquere o mestre e o faxineiro meneia a cabeça em afirmação.


Sim, mais diferente dos que o senhor conhece posso escolher meu próprio caminho.


Ah? – O professor não entende o que aquele androide havia falado, foi então que abriu seu jaleco, mostrando seu peito nu que se abriu revelando seu núcleo que não era mais uma Moonstone, mais sim um belo e reluzente cristal verde que ressoava como as batidas de um coração. – Mais o que é isso?


Esse é o símbolo que indica que já não sou mais uma simples máquina, agora sou como o senhor... um ser vivo que pensa, fala e ama... em outras palavra... estou vivo.


O professor de Draconia arregalou os olhos ao ouvir aquela afirmação, tão forte e simples daquele ser. Se aproximou dele estendendo sua mão direita para próximo do cristal e sentiu algo maravilhoso o preencher. Uma Aura pura, tão pura que era difícil de imaginar que um ser daquele mundo sem ser um Giga, ou um simples Espirito Guardião poderia possuir. Afastou a mão sentindo as lágrimas brotarem de seus olhos enquanto um sorriso nascia em seus lábios, ele afirmou feliz a teoria de seu amigo.


– Kenzo... você tinha razão...


Olhou para a face do persocon que sorria.


– As máquinas são realmente o futuro!!!


Brada sentindo seu coração pulsar, pois uma nova esperança acabara de nascer na terra de Yamato!


Nos andares superiores...


Ele encarava o teto ainda destruído, seu sensores detectavam as Auras de seu companheiro e do monstro que avançou sobre ele subirem os andares sem parar, logo chegariam ao topo do prédio e por fim o céu.


– Hiro...


Estava preocupado, mesmo o menino ter demostrado uma força muito maior do que quando lutaram, ele ainda era um só e ainda por cima uma criança!


“Tudo neste mundo tem um preço.”


Indaga o lupino.


“Aquela transformação não só aumenta suas forças, mais também o transforma em um adulto!”


Aquilo estava preocupando o lupino desde quando o viu lutar contra o mago na entrada do prédio.


“Se ele é tão forte naquela forma, por que então não saiu voando destruindo tudo desde o começou?”


E a conclusão que Wolf chegou foi...


“... é por que ele não pode!”


Os olhos cor de rubi do lupino brilharam.


“Aquela transformação deve ter um limite de tempo... ou melhor... um limite de vezes que ele pode assumi-la!”


As juntas de VNT tremeram, agora as coisas começavam a ficar mais claras... e assustadoras.


“Será que foi por isso que ele aceitou minha ajuda... porque sabia que sozinho não conseguiria... que ele estaria em total desvantagem tanto numérica, quanto fisicamente e mesmo assim ele...”


O lupino arranha o chão com suas garras sentindo um calor passar por elas, abaixou sua cabeça se sentindo um tolo por não ter percebido aquilo antes.


“Será que a confiança dele em mim é tão pouca que ele não pode me falar?”


Esse pensamento involuntariamente passou por sua interface neural, afinal os humanos o usaram por tanto tempo em suas rinhas de lutas ilegais que ele nunca precisou confiar em humanos, apenas seguir suas ordens.


“Não!”


Balança a cabeça.


“Não devo pensar nisso, devo me focar no que preciso fazer que é...”


Seus olhos cor de rubi encararam a princesa loira a sua frente que se levantava, em suas mãos segurava sua varinha e recitava algo, o que parecia ser um canção, o chão aos seus pés se iluminou e uma grande mandala foi desenhada com o símbolo de um sol em seu centro, onde a princesa estava bem localizada. Em instantes todo o andar é coberto uma intensa luz dourada que força o lupino a cobrir seus olhos com a pata esquerda.


– É quente... – Diz o lupino ao sentir aquele brilho envolvente e acolhedor. – Quem diria que nossos inimigos poderiam possuir Auras tão fortes e ao mesmo tempo tão puras... – Ele abaixa sua pata ao perceber que o brilho diminuía já podendo encarar a jovem que estava de pé com seu corpo brilhando mais fraco até se findar, não restando mais nem um ferimento da batalha com seu pequeno mestre. - ... e ao mesmo tempo tão incômodas! – Rosna já se colocando em posição de batalha, porém...


– Recue!


– Hum? – Wolf ergue a cabeça ao ouvir a voz de sua inimiga que continua:


– Não temos nada contra você, nosso assunto é exclusivamente com o cavaleiro. – Diz a princesa de olhos fechados. – Por isso... – Ela abre os olhos revelando as orbes verdes reluzindo como fogo, assim como sua Aura que se entende por todo o seu corpo fazendo seu manto e seus longos cabelos tremularem. – ... se você dá valor a sua existência, vá embora!


A voz da princesa era autoritária e empunhava respeito, se ele fosse um modelo comum seu sistema o mandaria recuar para sua alto preservação, no entanto ele não era um modelo comum... muito menos alguém que recua em uma batalha.


– Lamento menina, mais meu intelecto e minha honra me impedem de obedecer tal ordem!


Ao dizer isso o lupino saca sua espada carmesim com sua cauda a girando entre seus conectores apontando a ponta da lâmina na direção dela.


– E outra... quando começo algo eu vou até o fim! – A espada se ascende ao sentir a força de vontade de seu novo mestre, seus olhos cor de rubi reluzem pelo brilho das chamas e por alguns instantes Rapunzel pensou ter visto a imagem de um enorme leão de fogo atrás do lupino, além de ele próprio não ser mais uma máquina, mais sim um enorme cão de pelos azuis brilhantes e olhos amendoados que a fitava furioso. Ela balançou a cabeça e quando olhou novamente a imagem havia sumido só restando o VNT.


– Mas... o que é você?!


E Wolf responde:


– Seu carrasco! – E se inclina liberando seu poderoso uivo que ecoou por todo o salão como se fosse um grito de guerra! A princesa diante dele sentiu seu corpo tremer, aquela atitude novamente não condizia com uma máquina, mais sim como um guerreiro pronto para lutar e defender seus ideias e os de seu mestre.


E isso a incomodou... muito.


“Droga! Hiro encontrou o parceiro ideal para realizar seu planos!”


Pensa a princesa que passa a mão esquerda sobre sua varinha liberando estáticas roxas.


“Mais se ele pensa que vai conseguir me vencer com facilidade está muito enganado! Pois tenho algo especial para lidar com maquinas!”


Exclama em sua mente erguendo a mão esquerda carregada de estáticas roxas, a disparando contra o lupino que salta.


– Previsível! – Exclama a princesa erguendo sua varinha na direção do lupino gritando; – FLASH!!!


O faixo de luz voa na direção do VNT que gira no ar o corpo fazendo sua espada destruir o raio com apenas um golpe!


– O QUÊ!? – Rapunzel não acreditou no que viu.


– Não pense que essa é uma espada normal menina! – Exclama o lupino voltando ao solo o rachando no processo. – Ela foi capaz de lutar em pé de igualdade contra a espada de Hiro... acha mesmo que um raiozinho desse poderia detê-la?!


A princesa de Corona arregala os olhos ao ouvir aquilo, a imagem do leão de fogo voltou a sua mente, assim como um temor que começou a se apoderar dela.


– Não acredito... será que essa espada é...


– Vou lhe mostrar... – Wolf estica sua cauda fazendo a lâmina carmesim se ascender. – O porquê Hiro ter me confiado tal tesouro!!! – Ao clamar essas palavras as chamas que estavam sobre a espada começam a cobrir o corpo de seu novo mestre, ele podia sentir suas juntas vibrarem, o metal a esquentar e seu núcleo a pulsar como um reator superaquecido. Aquilo poderia ser um risco para ele e sua existência, mais ele não sentia isso, ao contrário sentia-se completo como nunca antes, era como se aquela espada tivesse retornado algo que lhe foi tirado a muito tempo.


“Me sinto bem... sinto cada parte do meu corpo pulsar, minha Aura a me preencher por completo, da ponta das minhas garras, até o final de minha cauda... o que seria isso?”


E de dentro de si ele ouve a resposta.


“É a prova que você está voltando a ser o que era... irmão.”


Ao ouvir aquelas palavras a garra fossilizada fixada a sua na interface neural reverberou, seus olhos cor de rubi reluziram como nunca, as chamas se intensificaram cirando um círculo de fogo ao seu redor, sua cabeça pende para baixo, estava pesada, dezenas, centenas de imagens brotavam em sua interface neural como farpas... doía... mais cada vez mais ele começava a entender o que ele era, o porquê de ser um VNT canino, porque manuseava tão bem uma espada mesmo sendo um animal e por que Weltall lhe impressionava tanto.


“Hora de despertar velho amigo... hora de ser quem você sempre foi!”


Rapunzel recua cobrindo o rosto pela intensidade das chamas, o lupino estava com a guarda aberta, ela poderia acertá-lo com um de seus raios, mais não o fez, ou melhor não poderia, pois agora tinha certeza absoluta do que era aquela espada.


Era nada, mais nada menos do que...


– Uma Relíquia!!!


A afirmação dessas palavras fez com que a chamas aumentassem de tamanho e convergissem todas para Wof que uiva, um uivo tão forte que forçou a princesa a cobrir os ouvidos e cair de joelho.


– AÍ MEU OUVIDOS!


– ZIEEEEE!!!


– Ah? – A princesa ergue a cabeça e olha na direção logo atrás do lupino, seus olhos se desfocaram ao ver sua amiga presa a parede tentando cobrir os ouvidos com os cotovelos que sangravam, a chamas estavam bem próximas a ela, logo as encobririam e ela iria... – MÉRI AGUENTA AÍ! – Foi o que ela conseguiu gritar antes de sua visão se encoberta pela figura coberta de chamas de Wolf aparecer na frente dela.


– Não... me... ignore!!! – Brada o lupino que pareceu crescer e ficar em pé, em suas patas dianteira que pareciam mãos a espada carmesim desceu, Rapunzel no puro instinto de sobrevivência pulou para a direita, porém o impacto do golpe a fez ser jogada por mais alguns metros.


– AAAHHHH!!! – Ela rola pelo chão, sentido o calor pelo seu corpo, quando parou de rolar percebeu que seu sobretudo escarlate estava em chamas. – Não, não, não! – Ela rapidamente se ajoelha arrancando a peça que é logo consumido pelo fogo. – Essa foi por pouco.


– Eu me lembro...


– Hum? – A princesa encara o lupino, todo seu corpo continuava coberto por um manto de puro fogo, porém agora ela conseguia distinguir uma silhueta e pode perceber que ele já não andava em quatro patas, mais tinha pés e mãos! – Pela Deusa!


Ela se levanta tremendo.


– Não posso acreditara... ele tá mudando de forma!


E pelos seus estudos a princesa sabia muito bem o que aquilo significava.


– ELE TÁ ENTRANDO NO MODO REGENTE!!!


Aquilo era o sinal de que tudo o que ela planejou foi pelo ralo! Tadashi havia lhe dito que Hiro tinha vindo com um VNT, um simples cachorro mecânico, mais logo no primeiro encontro ele já demonstrou ser muito mais do que uma simples máquina e agora...


“Não é possível... ele acabou de adquirir aquela Relíquia, além de ser uma máquina! Não tem como ele conseguir ir para modo Regente tão rápido assim!”


Pensa a princesa ao ver o lupino se voltando totalmente para ela, as chamas em seu corpo começavam a se extinguir relevando assim sua forma que já não era mais a de um lobo, mais sim a de um homem, seu tamanho era mediano, magro e coberto por uma intimidadora armadura azul escuro quase negra! Espinhos vermelhos brotavam de seus pés que não eram mais patas, suas mãos eram magras e seus dedos pontiagudos, cristais vermelhos estavam fixados em seus pulsos e antebraços, seu núcleo era revestido por uma placa vermelha orgânica ao qual pulsava como as batidas de um coração, suas ombreiras eram e abertas onde membranas também vermelhas mexiam-se com se respirassem, em seu pescoço um longo manto carmesim estava amarrado cobrindo suas costas. Diante de Rapunzel estava um ser totalmente diferente da máquina de antes, a única coisa familiar que restou do VNT foi seu visor vermelho que cobria sua face.


– Por Althena... – Zie murmura o nome de sua deusa enquanto todo o seu corpo e sua Aura tremiam, sua mente tentava formular qualquer coisa que pudesse explicar aquele fenômeno, mais nada vinha apenas uma palavra... – Impossível...


O ser olha para suas novas mãos, as abres e fecha, toca em seu peito e depois rosto, bate com o pé direito no chão e depois com o esquerdo com se o estivesse testando. Ergue o punho esquerdo diante do rosto onde uma pequena chama brotou em sua palma, com sua mão direita a acaricia como se estivesse viva.


– Obrigado...


Ele agradecia.


– Obrigado por não terem desistido de mim...


Do fundo de sua alma.


– Por acreditarem em minha inocência ...


Do fundo do seu coração.


– Por me darem uma segunda chance...


Ele fecha ambas as mãos sobre a chama que não se apaga, mais sim cobre seus punhos. Aproxima sua testa e se ajoelha agradecendo, rezando, pois depois de tudo o que sofreu, das injustiças que passou por culpa de seu mestre, ele conseguiu voltar e ter a chance de se redimir, de limpar seu nome e sua honra.


E tudo graças a um menino e seu robô...


– Obrigado Hiro, obrigado Weltall!!!


... que o ajudaram a vencer seu medo!


Enquanto isso...


Os pisos eram destruídos enquanto eles ascendiam, suas espadas continuavam conectadas liberando labaredas de fogo e vento que se espalhavam pelos andares os consumindo, as janelas resistentes eram estilhaçadas pelas pressões de Auras de ambos, seus olhos verdes reptiliano e aquilino estavam fixados um no outro sem piscar e quando não havia mais pisos para destruir os dois ascenderam aos céus noturno e estrelado, a Brave Vesperia os iluminou fazendo suas asas reluzirem, a imagem era linda digna de uma pintura de um conto antigo, porém esse conto não poderia ter um final feliz...


O Regente de Kazedori focaliza sua Aura em sua lâmina liberando uma rajada de vento assim os separando.


Os dois guerreiros ficaram planado no ar se encarando, nenhum deles dizia nada, não verdade não havia o que dizer, eram um Arauto e um Cavaleiro, luz e trevas, dois lados da mesma moeda que estava m fardados a se enfrentar para sempre.


Um controlado pelo medo o outro por seus sonhos!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Ash Dragon Heart

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Dizem que todo o ser vivo que nasce neste mundo já tem seu destino traçado, escrito e ditado. Vivera, atuara e morrera desse jeito e não há como evitar... não importam os caminhos e desvios que se façam o final sempre será o mesmo. Em uma era esquecida pelo tempo ele se recordava do quão terrível o destino pod ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48

    continua!!

  • Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24

    oii! continua, vou ler!

    • Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55

      Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais