Fanfic: O Mago Das Espadas | Tema: Final Fantasy/Frozen/A Origem dos Guardões/Como Treinar o Seu Dragão/Valente/Enrolados
Perdoar alguém nunca é fácil. Esquecer uma mácula do passado, um sofrimento, uma injustiça, um crime... é quase impossível. Histórias de famílias se matando por gerações por causa de ressentimentos do passado, discórdias e erros cometidos por pessoas que nem mais vivas estavam, são alguns dos inúmeros exemplos de que vingança e ódio caminhavam juntos.
E quando se é criança esse sentimento é ainda pior. O pequenino cresce com esse ressentimento, alimentando-se como um animal voraz que necessita de mais e mais, até um dia concluir sua vingança e depois perceber que não existia mais nada! Ele que só viveu pela vingança não se permitiu a acolher novos sentimentos, por isso quando a cumpri... não mais resta nada, nem ninguém, só um completo vazio onde os demônios do Abismo podem entrar e devorar sua alma por completo.
Vencer o ódio é para poucos, mais quando o vence... um novo mundo se abre pra você.
No deserto de San Fransoyko...
– O que... ele disse? – A voz da princesa de cabelos rebeldes soa como um suspiro, seu olhar passa de seu amado amigo ferido, para o menino que os encarava não mais com os olhos frios e sedentos por vingança, mas sim olhos de uma pessoa que passou por muita coisa. Venceu várias provações e adversidades e agora estava ali bem diante deles.
– Ele disse... que venceu seu ódio. – Responde o mago do gelo encarando o amigo em seus braços. – Só que...
– Ele tá todo machucado... – Sussurra a princesa do sol acariciando a mão do amigo e depois seu rosto. – Não consigo nem imaginar o tipo de luta que eles tiveram.
– Mais eu sim! – Responde Jack fechando os olhos. – Um duelo entre Cavaleiro e Arauto, dois seres abençoas por poderes divinos, capazes de usar magias que ninguém tem acesso, armados com armas extremamente poderosas e capazes de se locomoverem em alta velocidade! É um milagre ambos estarem vivos.
O jovem mago narrou quase como se pudesse ver o embate entre os dois. Feroz, violento e acima de tudo triste, por ver duas pessoas ditas como inteligentes e sabias se engalfinhado em um combate mortal como dois animais sedentos por sangue!
– Isso é horrível! – Brada o rapaz abrindo os olhos ardendo, por onde escorrem lagrimas de pura raiva.
– Jack... – Zie murmura o nome do amigo com tristeza. Era difícil ver o sempre alegre e divertido Jack Frost naquele estado, se bem que não podia culpa-lo, ela também se sentia assim.
Mérida então...
– Méri?
A princesa ruiva não ouviu o chamado de sua amiga, estava concentrada em outra coisa, mais precisamente no jovem deitado sobre seu colo. Acariciou sua testa sentindo seus olhos marejarem, seu coração a doer pelo estado em que o Arauto se encontrava, mais a pior dor, era a de não poder revelar o que sentia naquele momento.
“Como eu sonhei em ter você assim, tão pertinho de mim.”
Pensa a princesa afagando os cabelos do jovem.
“Mas não desse jeito... não nesse estado.”
Seu coração doía.
“Você nem ia vir com a gente, ia passar um tempo com seus amigos de Berk e com a sua...”
Ela não conseguiu pensar no nome da namorada de seu amigo.
“O que ela tem que eu não tenho?”
Questiona-se.
“Sou valente, durona e tão turrona quanto ela! E mesmo assim você...”
Uma lágrima escorre por sua face.
“Não! Eu não posso ficar pensando nisso... não agora!”
Funga enxugando seus olhos.
“Vamos cuidar de você! Esses robôs fofos são uns chatos e irritantes, mas fazem um bom serviço. Eles vão te deixar em folha rapidinho!”
Declara em sua mente convicta.
“Depois, vamos pegar o Tadashi e o faze-lo pagar muito caro e depois disso eu vou...”
A princesa morde os lábios enquanto seu rosto cora, ao mesmo tempo em que seu coração e corpo esquentam.
“Eu vou confessar tudo o que sinto por você...”
Mais lágrimas escorrem pela face da princesa valente.
“Então, por favor... aguenta firma... NÃO MORRE!”
E sem pensar em mais nada a jovem princesa enlaça o pescoço do rapaz, abaixando sua cabeça tocando sua testa com a dele, seus longos e selvagens cabelos cobriram suas faces, seus ombros tremendo e sua voz soluçando bem baixa, tudo isso assistido por Jack que arregalou os olhos confuso. Encarou pelo canto do olho Rapunzel e percebeu que a amiga sorria carinhosamente na direção da dupla.
E isso ascendeu algo na mente do mago do gelo.
“Será que...”
– Jack!
– Ah? – A voz de seu professor o chama a realidade.
– Walter-san quer checar o estado de Soluço. – Responde o professor se aproximando com o androide.
– Checar?
– Sim. – Afirma o persocon. – Preciso avaliar seu estado de saúde e nível de controle que as nano máquinas têm sobre ele.
Aquilo deixou o rapaz preocupado.
– Perai, como assim nível de controle?
O androide suspira.
– É o seguinte. – Se ajoelha diante do trio. – Enquanto estavam adormecidos, meus companheiros e eu coletamos amostras de sangues de para ter uma ideia do nível de controle que Tadashi tem sobre vocês.
O rapaz pisca perplexo.
– Isso é essencial para que possamos ministrar a quantidade certa de nosso medicamento para combater os nano robôs.
– A quantidade certa? – Rapunzel entra na conversar não entendendo onde o androide queria chegar.
– Rapunzel-chan.
– Miku? – A princesa vê a persocon se aproximando com semblante sério.
– Apesar de nossos esforços, o medicamento contra Kyofu no Masuku ainda não é perfeito!
– Como é que é?! – Exclama o albino incrédulo se levantado. – Pensei que estivéssemos curados?!
– Infelizmente não. – Responde Walter. – Nossa vacina consegue inibir os efeitos das nano máquinas, porém ainda não conseguimos detê-las por completo ou destruí-las.
Os olhos de Jack tremem, quer dizer que Tadashi ainda podia exercer sua influência sobre eles!
– Merda!!! – Xinga o jovem mago. – Então tira essas cosias de nós! O X disse que elas podem ser retiradas! – Exclama ao lembrar-se do que o pequeno robô espião havia dito horas atrás.
No entanto...
– Se fossem as nano máquinas comuns seria fácil, mas essas são criadas através do Metalicana! Um metal embebecido por poderes mágicos que nós não estamos acostumados a lidar! – Responde o androide se levantando também. – É uma vacina experimental, precisa ser injetada na quantidade exata, caso contrário pode causar o efeito inverso... compreende?
Não precisou explicar duas vezes.
– Mais que... DROGA!
– Jack, se isso for verdade precisamos injetar isso logo no Soluço! – Comenta Zie aflita.
– Quê?
– Se Tadashi controlar o Soluço... tem noção do que pode acontecer?! – Exclama o professor fazendo os olhos do albino se arregalam ao simples pensamento de algo como aquilo tornar-se real. Tadashi já estava forte como Regente, se ele tiver um Arauto sobre seu comando...
“Pela Deusa!”
– Se entenderam, agora deixem o Walter-san examiná-lo... AGORA!!! – Brada o professor e Jack não pensou duas vezes.
– Ruivinha, desgruda do Soluço! Precisamos...
Jack não terminou sua frase, pelo simples fato de que seu amigo e nem sua amiga maluca estavam mais ali.
– Mais o que?!
– JACK!!!
O grito de Rapunzel guiou seus olhos, ouvidos e sua Aura, seu cajado materializou-se como por instinto em sua mão esquerda a tempo de bloquear com seu ar gélido labaredas de cor negra que vinha em sua direção.
– Chamas... negras... – A princesa do sol murmurou quase sem voz ao olhar na direção que veio o golpe e seus olhos turvaram-se o ver sua amiga com olhar assustada sendo segurada por seu amigo que tinha a cabeça baixa e o braço esquerdo estendido. – Não...
– Soluço, Mérida! – Brada o professor sacando sua espada e avançando, porém parou ao ver a mão esquerda de seu aluno sobre o pescoço da princesa valente. – NÃO!
– Se dá valor a vida de sua querida aluna, recomendo que se afaste... Kojiro!
Diz Soluço de cabeça baixa e com voz fria deixando a ruiva a sua frente apavorada.
– So-Soluço... o que você tá fazendo?
A resposta de Mérida foi respondida por algo escamoso enrolar sobre seus pulsos com força, os mantendo para trás do corpo arrancando um gemido de dor da princesa.
– Aí!
– MÉRI! – Rapunzel gritou pela amiga que foi contida por Jack que encarava aquela cena com fogo saindo de seus olhos, assim como o do professor que segurava o cabo de sua espada em fúria.
As unhas da mão que estava sobre a garganta da jovem ruiva cresceram se assemelhando a garras, seus pés assumiram a forma de um réptil, músculos cresceram sobre seu magro corpo dando a ele outra aparência e de sua cabeça um par de chifres negros pontiagudos brotaram, assim como assas em suas costas.
O Arauto do Dragão Negro estava de volta!
– Isso... não é bom! – Múrmura o mago do gelo em fúria.
– Com toda a certeza! – Afirma o professor trincando os dentes.
– Então... isso é um Arauto. – Diz Walter observando o menino se transformar diante dele. – O mundo da Magia realmente esconde surpresas inimagináveis!
– Você nem faz ideia cara! – Responde Jack se sem virar, não poderia dar bobeira agora que seu amigo havia se transformado. – Qual o plano profe?
O professor não respondeu de imediato, apenas fitava seu aluno agora transformado e sua aluna presa. Estava se amaldiçoando por dentro por não ter conseguido sentir a mudança brusca em Soluço, a falta de Mana estava começando afetar seus sentidos... e isso não era bom.
“Não estou conseguindo restaurar minha Mana como eu pensava, por que será?”
Pensa enquanto erguia sua mão direita diante de albino o mantendo no lugar.
“Pense com calma e com frieza, seus alunos dependem de você! Não vá cometer aquele erro de novo...”
– Você não sabe como é prazeroso ver essa sua cara de desespero... professor!
Os olhos do mestre se arregalam, assim como os de seus alunos e do chefe dos persocons, todos eles reconhecerem aquela voz que vinha do dragão.
– Mais essa voz é... – Comenta a princesa do sol tremendo e o Arauto ergue sua cabeça. Um sorriso debochado crescia em sua face, atípico do menino. Seus olhos reptilianos e verdes estavam dourados e sua Aura era sombria como um ser saído dos pesadelos mais profundos de uma pessoa.
Infelizmente os jovens conheciam bem esse pesadelo que fora herdado por...
– TADASHI!!! – Brada Jack ao encarar o amigo que sorri mostrando os dentes pontiagudos para o albino.
– Olá Jack! Não vai dar um abraço no seu querido amigo?
Uma veia se sobressai na testa do albino que berra:
– EU VOU É TE ENCHER DE PORRADA ISSO SIM!!!
E tenta avançar sobre o rapaz, mas foi contido pelo professor que o segurou por trás travando seus ombros e Zie que se agarrou a sua mão que portava seu cajado.
– Jack contenha-se! – Brada o professor.
– A Mérida tá com ele! Esqueceu?! – Exclama Zie fazendo o rapaz olhar apavorado para sua amiga ruiva contida pelo Arauto que cutuca a cabeça dela.
– Eu ouviria seu professor e minha amada flor se fosse você, afinal...
Passa sua unha do indicador esquerdo sobre o pescoço de Mérida causando um leve corte, criando uma linha de sangue que escorre manchando seu pescoço.
– ... não queremos que nossa Méri aqui morra, não é?
E sem pudor nenhum aproxima seu rosto do pescoço da jovem lambendo o sangue que escorria, causando uma sensação de nojo na ruiva que fecha os olhos mordendo os lábios em agonia. Tal sensação foi compartilhada por sua amiga loira que tapou boca contendo a ânsia que vinha de sua garganta, afinal passou pelo mesmo constrangimento cometido pelo próprio Hamada antes e podia imaginar o que sua amiga estava sentido. Principalmente por ele usar a pessoa que ela gostava para tal ato deplorável.
– Méri...
– Sue miserável!!! – Rosna Jack tentando se soltar do professor que o segurou ainda mais forte. – Me solta professor!
– Não até você se controlar! – Devolve o mestre em fúria. – Eu sei como você está se sentindo, mas não esqueça, não é só a vida da Mérida que está em jogo, mais a do Soluço também!
Aquilo foi como um tapa de realidade na face do rapaz que arregala os olhos encarando o odioso inimigo que sorria. Estava com tanta raiva que não percebeu que quem estava ali era seu melhor amigo, não o Hamada que devia estar longe se divertindo com o momento.
– Não...
– O sensei têm razão.
– Walter!
– Senhor Walter!
Dizem Jack e Rapunzel ao perceberem o persocon ao lado deles.
– Agora vocês podem ver o nível de controle que Tadashi pode ter sobre vocês. – Diz o androide. – Sem bem que... nem eu imaginava que ele podia transferir a consciência e a Aura dele para outra pessoa... isso muda tudo.
O professor e os dois alunos ficam perplexos com o que ouvem.
– Mas... como isso é possível? – Questiona o mestre.
– Talvez ele tenha colocado algo mais na criação de suas nano máquinas... algo que eu não estava contando... algo como...
O androide se cala, sua interface neural rodava a toda velocidade, assim como seu núcleo especial dado por seu pai e isso fez ascender uma luz.
– Um toque pessoal...
Encara o dragão que agora olhava pra ele desfazendo o sorriso convencido.
– O sangue dele... – Múrmura o androide com um fino sorriso. – Até que você não é tão idiota como pensei, Tadashi.
– Walter... – O dragão cospe o nome do persocon. – Então era você o ratinho que andava se esgueirando pelo meu prédio!
– Surpresa! – Devolve o androide abrindo os braços. – Você realmente achou que eu não iria voltar?
O Arauto encara o persocon com desprezo.
– Não deveria! Você é só um simples manequim de rostinho bonito que deveria obedecer as ordens de seus mestres, sejam quais forem! – Rosna o Hamada. – Mais não! Você quebra a lei natural deste mundo, se voltando contra seus metres... seus criadores!!!
– Lei natural? – Ironiza. – Que lei? A lei que pessoas como você criaram para explorar seres inocentes que mal podem se defender?! – Exclama Walter ficando à frente dos magos de Draconia e dos persocons que olhavam preocupados.
– Chefinho!
– Cuidado chefe!
– Walter-san!
Essa última voz o fez olhar de relance para suas costas. Seus olhos amendoados se encontraram com os de sua assistente que o olhava apreensiva, medo era exalado de seus pequenos olhos claros, se ela pudesse chorar com toda certeza estaria vertendo rios de lágrimas agora.
– Nem isso nos é permitido... – Diz o androide se voltando para seu inimigo novamente. – Nem o direito de chorar vocês nos concederam. Nos forçam a sorri... sorrisos falsos que mascaram nossa dor e espirito quebrados!
– Espirito! – Debocha o Hamada. – Seres como vocês não tem se quer alma! Como acham que podem sentir ou dividir emoções!
O persocon da de ombro.
– Simplesmente podemos. Talvez justamente pelo fato de sermos seres puros, sem macula e sem pensamentos de ódio ou vingança como vocês humanos! – Walter dá um passo à frente. – Por isso seu pai, o Doutor Kenzo sempre propagou o ideal de que as maquinas são o futuro deste mundo... por que ao contrário de vocês... não desejamos guerra só a paz. – E encara o Arauto com um sorriso frio. – Se bem que duvido que você entenda isso, afinal mesmo crescendo ao lado de um grande homem você não conseguiu aprender nada! Nem tecnologia, muito menos emocional... você é digno de pena... meninho doente!
Os olhos do Arauto se turvam em fúria, imagens de um passado que ele pensou ter apagado por completo ressurgem lhe causando uma dor excruciante. Mesmo protegido pela benção do demônio e pelas forças de Hagamoto, sua mente não estava livre de ataques de si mesmo.
– Cale-se...
Mérida sente seus pulos serem pressionados.
– Cale-se... cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, cale-se, CALE-SE!!!!
Brada o Arauto corrompido em fúria liberando sua Aura sombria fazendo nuvens de areia se espalharem a sua volta. O ar ficou pesado, a mana do ambiente tornava-se poluída pela simples presença dele... mesmo não sendo física. O ambiente todo sentia a demonstração de sua ira, assim como a princesa ruiva que grita de dor ao sentir seus pulsos serem apertados com toda a força à fazendo cair de joelhos.
– AAAHHH!!!
– MÉRI! – Zie grita pela amiga.
– Como você ousa me insultar! A mim o novo Xogum de Yamato!!! – Grita o Hamada cuspindo brasas. – Eu sou o ser mais poderoso desta terra, ninguém pode comigo, nem mesmo o Big Four ou Kojiro!!!
A cada frase sua Aura se intensificava, assim como a pressão nos pulsos de Mérida que gritava mais alto.
– AAAAAHHHHHHH!!!!
– MÉRIDA!!! – Rapunzel tenta avançar, mas é contida por três persocon e Miku que grita:
– Rapunzel-chan, não faça isso... ele vai matá-la!!!
– Mais é minha amiga Miku! Eu não consigo mais ficar só olhando sem fazer nada!
– Nem eu! Me solta professor!!! – Brada Jack tentando se soltar, só que o mestre o segura com ainda mais força.
– Se controle Jack! – Exclama os amurai. – Miku tem razão! Se você ou Rapunzel avançarem, ele mata Mérida!
O mago do gelo trinca os dentes.
– Eu não consigo... – Rosna sentindo lágrimas de revolta escorrem por sua face. – Ficar inerte vendo dois amigos meus sofrerem!
Jack se referia a Soluço também que com certeza deveria estra morrendo por dentro.
– É bem capaz do Tadashi estar deixando ele ver e ouvir tudo o que está acontecendo só para velo sofrer! Esse maldito não têm pudor, já sabemos disso!
O professor fecha os olhos com força, seu aluno estava certo. Tadashi já se revelou um completo louco que apreciava ver a dor alheia, ele mesmo já pensou em avançar e lutar contra o Arauto...
No entanto...
“Minha Mana ainda está baixa, eu duraria no máximo dez... quinze minutos em um confronto direito contra ele na forma Dragão.”
Calcula o mestre.
“Só que esse miserável, além de estar liberando uma quantidade maciça de Aura, está contaminando a Mana ao seu redor que com toda a certeza me afetaria!!!”
O professor se recorda bem do conforto na gruta quando suas forças decaiam a uma velocidade assustadora.
“Nossa única esperança agora é...”
Olhou de relance para Hiro e Wolf que estavam no mesmo lugar.
“... vocês.”
Pede o professor no mais profundo do seu ser que a dupla de Regentes os ajudassem, mas eles não haviam se mexido dês do momento em que sua aluna foi pega como refém. Que por sinal solta outro gripo de dor chegando a encostar sua face no chão.
– Calada sua vadia! – Brada o Arauto corrompido puxando a ruiva pelos cabelos a forçando a ficar de pé. – Estou recebo uma chuva de ofensas de um mero pedaço de plástico e você fica aí gritando como uma galinha! – Puxa com mais força seus cabelos fazendo a jovem gemer de dor.
– Ahh...
– Porque reclama de dor? – Questiona o Dragão. – Afinal estou te dando um presente! Servindo ao seu novo rei... e também ficar pertinho de seu querido Soluço.
A princesa arregala os olhos em choque.
– O-O que você disse?
O arauto sorri malignamente para ela.
– Você sabe muito bem o que estou falando... Méri! – Responde o Hamada bem próximo a ela cheirando seus cabelos causando um arrepio involuntário na jovem.
– Não é possível... você...?
A princesa valente não conseguia completar a frase. Seu maior segredo que ela escondeu no fundo do seu coração e seu inimigo... sabia!
– Você tá blefando! – Brada a jovem olhando para trás. – Eu nunca contei isso pra ninguém!
Ele sorri convencido.
– E nem preciso!
– Quê?
– Mérida!
A voz de Walter chama sua atenção.
– As nano máquinas podem medir sintomas no indivíduo, alterações hormonais, de humor ou estresse... e também...
A jovem fica atônita, ela não conseguia crer naquilo.
– Não... não é possível... diz que é mentira Walter! Por favor, diz que é!
Mas com pesar o androide nega com a cabeça.
– Não... – Ela encara seu amado que sorri vitorioso, sabia que não era ele, pois ele nunca riria daquela forma, ou faria tal coisa com ela ou com seus amigos. Cada vez mais a certeza do que o Hamada era fazia-se presente.
A certeza de que ele era...
– Um monstro...
– Ah?
– É o que você é. – Declara a jovem vertendo lágrimas. – Você usa sentimentos puros como amizade e amor como arma... diz que esse robôs fofos não tem alma ou sentimento... mais a verdade é que eles tem sim! Muito mais do que você ou qualquer um aqui!
Os persocons abriram os olhos em espanto e admiração pelas palavras da princesa. Alguns sorriam sem parar, outros sentiam seus núcleos esquentarem e alguns como Miku... sentirem algo escorrer por suas faces.
– Palavras sem sentido, sua vadia!
– Não, não são! Se fossem você não estaria incomodado!
Uma carranca se forma na face do Arauto que pressiona os pulsos da jovem que conteve o grito, não daria mais esse gosto ao seu inimigo.
– E tudo isso... pra que? Para se sentir o mais poderoso? O implacável? Um rei? – Questiona a princesa de olhos fechados. – O desejo de poder sem uma razão é um desejo de poder vazio!
– O... O quê?!
– Você não lembra? Essas palavras nos foram ditas pelo professor Odin em nosso primeiro ano. – Responde a princesa abrindo os olhos lacrimosos. – Eu mesma nunca havia entendido bem o sentindo dessas palavras... mais agora, olhando pra você, eu consigo entender muito bem o que aquele velho maluquinho queria dizer.
– E... o que é? – Questiona o Arauto corrompido e a princesa responde sem medo algum:
– Que sem um propósito verdadeiro, sem um verdadeiro objeto para lutar e se dedicar... estaremos sempre fardados ao vazio, a solidão... e ao esquecimento...
Os olhos do Arauto corrompido se turvaram. Com um movimento puxou os cabelos da princesa ruiva para trás a forçando olhar para ele.
– Está me dizendo que tudo o que estou fazendo é um ato vazio, sem sentido ou razão?
Ela sorri.
– Você que tá dizendo...
Ele se enfurece.
– Sua cadela!!! – Desfere um soco na face da jovem a jogando no chão cuspindo sangue.
– MÉRIDA!!! – Zie tenta corre mais foi contida novamente por Miku e outros persocons.
– SEU COVARDE!!! – Pragueja Jack tentando se soltar novamente, mais o professor o mantinha no lugar.
Nisso o Arauto corrompido solta os pulsos da jovem ruiva enrolando sua cauda sobre seu pescoço a suspendendo no alto e apertando logo em seguida.
– GGGUUUARRGGG!!!
– Eu sou o rei deste país, o soberano de Yamato! O Xogum! – Vocifera o dragão. – Você vai apreender a falar com um rei sua maldita!!!
– Rei...? – A princesa questiona com ironia segurando a cauda do Arauto. – Você é tudo, menos um rei!!!
– Como é?! – Aperta mais o pescoço da princesa que cospe sangue, porém não perdeu sua coragem!
– Um verdadeiro rei... não trata seus amigos assim. Ele os protege... assim como seu povo!
– Nenhum rei faz isso!!!
– Pois... devia fazer... – Múrmura sentindo-se tonta. – Os reis deveriam ver como é olhar de baixo pro alto... vivenciar a dor de um pobre... de uma mãe ou e de um pai sem posses... que mesmo nas dificuldades conseguem sorri... para seus filhos.
Uma lágrima escore pelos olhos da jovem que foi compartilhada por seus amigos... e todos os persocons ali presentes.
– Um rei que viver isso... não seria só um rei... mais sim um salvador... um verdadeiro líder... um Rei que nunca esqueceria dos seus...
E olha para o alto, para a Brave Vesperia que cintila.
– E sabe quem me disse isso? – Pergunta a princesa abaixando a cabeça fitando o dragão bem nos fundo dos olhos. – Você... So...
Os olhos do Arauto se arregalam, seu coração pulsou, as nano máquinas tremeram sem entenderem a reação que o corpo de seu boneco teve. Um sentimento diferente que elas desconheciam completamente.
– Foi isso... que me fez te amar... – Finaliza a princesa em lágrimas e um sorriso se formou em seus lábios quando outra lágrima foi derramada não pro ela... mais sim pelo Arauto.
– Mé...ri...
– Soluço... – Ela sorri emocionada ao ver o olho direito do Arauto voltando a ser verde e a pressão sobre seu pescoço a diminuir.
– Desculpa... eu não...GGGGGG AAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!
Uma onda de choque corta sua mente o fazendo gritar. Sua cabeça parecia ser perfurar por incontáveis agulhas o forçando a cobri-la.
– NÃO.... PARAAAAAA!!!! – Grita o jovem em suplica.
– Soluço! – Mérida grita em prantos por seu amigo, assim como Jack e Rapunzel que se debatiam.
– SOLUÇO!
– AGUENTA MANO!!! NÃO DEIXA ELE TE DOMINAR!!!
Walter que estava diante do dragão analisa o rapaz e percebe que as nano máquina estavam se concentrando em seu cérebro.
– Estão tentando obriga-lo a obedecer... mais sua Aura os está impedindo... incrível!!!
A Aura do dragão brilhava verde, outra hora negra mostrando seu conflito. Seu coração feito de metade cristal e metade carne batia acelerado. As memorias de seus amigos cobriam as terríveis que os robôs de Tadashi tentavam lhe mostrar, assim como a voz do Regente das sombras que repetia:
“Obedeça minhas ordens, maldito! Eu sou seu rei e você deve me OBEDECER!!!
– NÃOOOOOO!!!! – Grita o dragão com todas as suas forças, deixando o Regente de Hagamoto furioso.
“Dragão maldito! Pois bem... então morra junto com seus amigos!!!”
Os olhos do Hamada brilham.
“COMANDO DE AUTODESTRUIÇÃO! EXPLODAM O CORAÇÃO DELE E LEVEM TODOS AO SUA VOLTA PARA O ABISMO!!!”
O comando foi dado e as nano máquinas cessaram seu ataque à mente do dragão e partiram para seu coração que cobre o peito em um rugido de dor excruciante!
– UUUUUAAAAAARRRRRGGGGGG!!!!
– SOLUÇO!!! – Mérida grita pelo menino.
– O que tá havendo com ele?! – Questiona Zie.
– As nano máquinas pararam de atacar a mente dele e agora estão atacando o coração... que por sinal está gerando uma energia descomunal! – Responde Walter encarando o Dragão a sua frente.
O professor larga Jack.
– Oh, não!
– O coração de um Dragão é onde toda sua força se concentra! – Exclama Jack. – Se ele sobrecarregar...
– Ele mata o portador... e tudo a sua volta! – Completa Zie.
– O QUÊÊÊÊÊÊÊ?!!! – Os persocon gritam assustados.
– Não creio... aquele desgraçado tinha até isso a seu favor! – Brada Walter incrédulo registrando picos perigosos no Arauto... que não paravam de aumentar. – E agora?
– Professor! – Jack se volta para o professor que responde:
– Escutem... a única forma de impedirmos isso é fazendo com que ele libere toda essa energia acumulada... ou seja...
– Lutar contra ele? – Questiona Zie. – Mais isso é...
– Ariscado... eu sei! – Declara o professor. – Mais é a única forma possível! – Empunha sua espada. – Eu vou usar toda a minha força para detê-lo, quando isso acontecer peguem Mérida e os persocons e saiam daqui!!!
Os olhos da princesa do Sol e do albino se arregalam ao ouvir aquilo.
– Como é quê?!!!
– Professor o senhor não está pensando em...?
Mas a voz da menina morre ao perceber o olhar de determinação em seu mestre.
– Não...
– O senhor não vai aguentar! Deixa que a gente...
– Jack!
– Ah?
O mestre sorrir para o jovem mago do gelo.
– Deixe-me salvar meus alunos. – Foi à resposta dada pelo samurai que avança ouvindo ao longe os gritos de seus dois alunos.
“Não vou deixar aquilo acontecer de novo.”
Declara o samurai convicto.
“Não permitirei isso... nunca mais!!!”
O jovem Dragão ergue o olhar na direção de seu mestre que avançava com sua espada em punho. Seu peito doeu ainda mais ao sentir sua Aura crescendo e a do samurai diminuído.
– Professor... não...
Mais era tarde, o samurai avançou sem hesitar, estava disposto a lutar até o fim de suas forças para salvar seu aluno de um destino terrível. Estava convicto determinado e pronto para tudo... isso se um punho não tivesse aparecido do nada e acertado sua cara o fazendo cair de costas no chão!
– MAIS HEIN?! – Exclama Jack e Rapunzel simultaneamente de bocas e olhos arregalados.
O professor sente seu maxilar dolorido, abre os olhos com dificuldade que são completados com a visão de um cavaleiro trajando uma armadura azul-escuro que o encarava acenando.
– Olá, idiota!
O mestre imediatamente reconheceu quem era.
– D-Daigoro?!
– Pela última vez... é Blade Wolf!! Será que essa sua cabeçadinha oca não consegue guarda uma informação tão simples! – Brada o Regente das chamas.
O professor confuso se senta.
– O que está fazendo?
O ex-lupino coça seu elmo.
– Ahhh... quem sabe... te impedindo de fazer uma burrada, talvez?
– O quê?! – O professor não compreende.
– É simples! Se você fosse lutar estaria não só se matando, como também seu aluno. – Responde Wolf. – Em seu atual estado você teria desaparecido antes de finalizar a luta e o moleque dragão teria explodido levando todo mundo junto. Entendeu ou quer que eu desenhe?
O professor estava incrédulo com o que ouviu, seria verdade aquilo? Estava tão enfraquecido que nem percebeu seu estado?
– Isso é...
– Relaxa, deixa que os profissionais cuidem do resto.
– Profissionais?!
– Professor olha!!!
– Ah?
O mestre segue a voz de seu aluno e observa a tempo um menino de cabelos castanhos cortar parte da cauda do jovem dragão soltando a jovem ruiva e depois desferir um potente soco no abdômen do jovem Arauto entoando:
– Raijin!
O impacto da técnica criou uma lufada de vento verde que afastou o Arauto alguns metros para trás. Ele sentiu o impacto do golpe que o forçou a cuspir um jato de sangue incluído parte de sua Aura acumulada.
– Isso... é...
– Se você precisa descarregar sua Aura, ninguém melhor do que eu pra esse serviço. Não concorda... Arauto?
Soluço ergue a cabeça reconhecendo aquela voz, diante dele estava o jovem que o enfrentou há uma hora atrás. Ainda tinha alguns ferimentos pelo seu corpo, mas seu olhar e Aura estavam mais afiados do que nunca. Ao seu lado estava sua amiga ruiva que se sentavam com as pernas dobradas ainda com parte de sua cauda envolta de seu pescoço que foi removida pelo menino jogando de volta para ele.
– Fique com isso... creio que consegue se regenerar ainda.
E ele estava certo, a ponta da cauda cortada foi instantemente recolocada e curada, assim como seu ferimento no abdômen.
– Droga... meu corpo tá se curando rápido demais!
Devido ao acumulo de energia em seu coração, seu corpo automaticamente curava suas feridas. Isso é claro gastava sua energia acumulada, por isso para salva-lo, teria que luta... usando tudo o que tinha.
E a única pessoa ali capaz disso agora era...
– Hiro!
O menino meneia a cabeça em afirmação e quando estava para dar um passo sente seu braço esquerdo ser segurado e uma voz lhe pedindo:
– Hiro... por favor... não mata ele!
O pequeno cavaleiro olha de lado para a princesa que não o encarava. Sentia suas mãos segurando com força seu braço na esperança de detê-lo, mesmo sabendo que aquilo era em vão.
– Eu preciso pará-lo. – Responde o menino, mas a princesa meneia a cabeça sem olha-lo.
– Por favor... não o mate... eu imploro...
Ele pode sentir as lágrimas da princesa molharem sua mão, eram quentes e carregadas de um sentimento que ele conhecia muito bem.
– Eu sei que você nos odeia... mais por favor... já chega... chega de tanto ódio... por favor!
Implorava a princesa valente com todo seu ardor, pedido, rezando para que o cavaleiro a atendesse, mas sua resposta foi o puxar com força de seu braço o retirando das mãos da princesa que fechou os olhos em dor. Para depois sentir a mesma mão acariciar sua cabeça.
– Seu eu quisesse mesmo matar ele, ou vocês, teria feito isso a muito tempo... Mérida.
O coração da ruiva palpitou, seus olhos se abriram ao ouvir seu nome ser pronunciado pela pessoa que ela menos esperava e de maneira gentil e acolhedora. Ergueu sua face fitando os olhos verdes reluzentes do menino que sorria para ela compreensivo, bem diferentes dos frios e irônicos de algumas horas atrás.
– Hi... Hiro?
O menino suspirou fechando os olhos cravando sua espada no solo arenoso. Agachou-se ficando na altura da jovem, porém sem fita-la e diz:
– Me desculpe... por tudo.
Ela não conseguiu responder.
– Desculpe-me pela dor que causei a você e sua amiga loira, mais eu precisava saber qual o nível de controle que o Tadashi tinha sobre vocês e qual estaria com a espada do Wolf.
Na mesma hora a princesa valente olha para trás e vê o ex-lupino acenando, depois apontando para sua espada nas costas e por fim mostrando dois polegares para o alto.
– E é claro, eu também precisava ensinar a vocês que toda a causa... tem sua consequência.
A princesa arregalar os olhos em espanto, assim como Zie e Jack que se aproximaram do mestre que ouvia atentamente, sentindo seu coração bater mais forte.
– Não foi só por mim, mais também por todos os outros que sofreram por seus atos inconsequentes... vocês tinham que apreender, de um jeito ou de outro.
O grupo ficou estático, inclusive Soluço que ouvia as palavras do menino, que prosseguiu.
– Às vezes... palavras não adiantam, você precisa ver, sentir, partilhar da mesma dor, para que entendam... que vocês devem assumir as consequências de seus atos... sejam eles bons ou ruins! Afinal, o melhor remédio é sempre o mais amargo.
O grupo olhou de imediato para Walter que meneou a cabeça.
– Sim... nós já nos conhecíamos. – Responde o androide para a surpresa de todos. – Nos encontramos no meio do prédio, foi ai que ele me passou seu plano de deter Tadashi e me pediu para cuidar de vocês.
Os adolescentes voltaram suas atenções novamente para o menino que continuava agachado, seus olhares congelaram sobre ele. Ele pensou em tudo! Desde seus castigos, suas lições e acima de tudo...
– Aceitar nosso erro... – Comenta Jack.
– Apreender com ele... – Diz Rapunzel.
– Supera-lo... – Múrmura Soluço.
– E em fim... – Mérida chorava copiosamente.
– Seguir em frente. – Completa o professor que sentiu seu coração se apertar e uma lágrima escorrer por sua face. Cass tinha razão em querer deixar seu sobrinho se “vingar” de seus alunos...
“Ele os fez apreenderem... por conta própria!”
Em outras palavras o pequeno gênio havia...
– É isso mesmo que vocês estão pensando moleques e samurai de merda! – Brada Wolf. – Ele perdoou vocês...
Foram às palavras de Wolf para todos ali presente que partilharam emoções diversas.
Jack caiu de joelhos com a mão sobre o peito sentindo todo seu corpo tremer.
Ele havia os ouvidos.
– Valeu baixinho!
Rapunzel cobriu sua a boca sentindo todas as suas lágrimas escorrem por seus olhos, suas pernas ficaram bambas a fazendo cair com as pernas de lado. Sua visão estava embasada e não conseguia ver mais o menino que ela tentou erroneamente matar, tudo por um capricho de seu ex-amigo. Ela o chamou de demônio e de tantos outros nomes. Sofreu por esse erro e foi merecido, mas agora ele voltou e com uma simples palavra apagou as chamas do medo e da destruição que se apoderavam deles.
Ele havia os ensinado.
– Desculpa Hiro... desculpa ...e obrigado!
Mérida por sua vez abraçou o menino o deixando sem jeito, ela chorou de alivio, de remorso e de culpa por ela telo machucado. Ele a fez entender o quanto ela deveria se controlar e pensar antes de agir, ou machucar alguém sem nenhuma consequência. Por que às vezes o punho que você desfere em alguém, deveria acertar outra pessoa.
Ele havia os guiado.
– Obrigada, obrigada, obrigada! – Repetia a princesa valente o abraçando e o beijando.
– Tá bom, tá bom, já entendi, já entendei! – Ralha o menino afastando a princesa... ou tentando.
– Aproveita Hiro, não é sempre que se tem essa chance!
– WOLF!!! – Berra o menino vermelho encarando seu amigo que mostrava dois polegares para o alto. – É impressão minha ou ele ficou bem mais sacana depois que deixou de ser um VNT. – Resmunga. – Mais agora e serio princesa me solta, preciso salvar seu namorado!
A menção da palavra namorado deixou a ruivinha vermelha como pimenta.
– N-N-N-N-N-Não ele não é meu namorado! – Berra gaguejando e mexendo as mãos descontrolada. – Ele é só um amigo muito especial, charmosos, bonito e carinhoso!
– Você não tá se ajudando, sabia?
– EU SEI!!! – Exclama cobrindo a cara com seus cabelos. – Salva ele... por favor...
O garoto suspira alto.
– Eh, adolescência! – E se levanta pegando sua espada, já caminhando na direção do Arauto.
Mais antes...
– Kojiro-san...
O mestre fica estático.
– Também devo desculpas ao senhor, pelo meu comportamento de antes. – Diz o menino de costas para o professor. – Eu era alguém totalmente descontrolado e imprudente, não conseguia discernir o amigo do inimigo e isso criou brechas para que o desgraçado do meu irmão pudesse fazer suas manobras. Em suma parte disso tudo também é culpa minha.
O mestre se levanta, sentiu as palavras do menino entrarem em seu peito o fazendo doer. Ele sofreou muito em toda esta luta, perdeu um amigo querido, sofreou a injustiça do mundo da magia e foi traído por seu irmão. Mas no fim... ele se levantou e superou todas as expectativas.
Tudo isso com..
– A sabedoria de um monge e a honra de um samurai. – Diz o professor sentindo um orgulho que ele nunca tinha experimentado antes pror alguém.
E se ele achou que havia terminado.
– Despois de isso tudo acabar. – Profere o jovem.
– Ah?
– Eu... poderia chamá-lo de... professor?
E o forte e imponente samurai perdeu o último vestígio de frieza que ainda possuía e se deixou chorar, como não fazia há séculos.
– Será... uma honra... para mim! – Responde o mestre abaixando a cabeça com a mão sobre o peito sendo abraçado por seus dois alunos.
O menino sem olhar para ele também derramava lágrimas de emoção que as enxuga com as costas da mão.
– Você tava certo Kaze... seguir em frente era o melhor remédio.
E a voz de seu amigo de penas ecoa em sua mente.
“Sempre é.”
E ele sorri de volta para o pássaro que muda sua postura, ficando sério.
“Agora foco! Precisamos salvar uma última pessoa, depois disso...”
– Tadashi! – Completa o menino caminhando na direção de Soluço que o olhava admirado.
– Hiro... eu...gggghhhh!!!
– Depois a gente conversa, vamos te salvar primeiro! – Responde o menino brandido Yamato. – Só que preciso que você deixe o maldito te controlar.
– O quê?!
– Vai por mim! Se você ficar no controle você não lutará a sério e pode acabar mandando nossa estratégia pro ralo! – Explica o pequeno gênio.
– Tem... certeza?
E com calma o pequeno cavaleiro meneia a cabeça em convicção, então o jovem dragão fecha seus olhos, sua consciência vai se esvaindo, como se caísse um enorme lago, as dores de seu corpo sessão, assim como insegurança e medo que o controla e lá adormecendo.
E em seu lugar...
– HÁ, HÁ, HÁ! ELE É MEU DE NOVO!!! – Exclama o Regente das sombras assumindo o corpo do Arauto. – Eu sabia que você se renderia Soluço, afinal você nunca foi forte o bastante para liderar! Esse dadiva foi dada a poucos! Como EU!
Olha para as própria mãos carregadas de energia.
– Você não é digno desse poder fabuloso... nunca foi!
Ergue seus olhos para o céu.
– Esse poder e digno somente te dos REIS!!!
Exclama com toda sua força e ganância sendo liberadas em onda repletas de energia nefasta. A areia as seus pés e a sua volta tornou-se negra como suas asas, o ar pesado e claustrofóbico, seus coração continuava a liberar energia que alimentava seu ego, um poder assustador que deixaria qualquer um apavorado... menos ele.
– Esse poder pode ser tudo, menos digno dos reis.
– Ah?
O Arauto abaixa seus olhos fitando algo a sua frente, era pequeno, indefeso, portava o que parecia ser um graveto, algo inofensivo perante ao um ser como ele.
No entanto...
– O que é essa sensação?
O pequenino ergueu seu graveto.
– Esse pedaço de gente diante de mim, me é... familiar.
O rosto do pequeno estava disforme, impossibilitando o Regente de ver que era de fato. Isso até uma torrente Aura esverdeada irromper do menino e uma voz nem um pouco infantil escarpar de sua garganta:
– Amadori no...
A Aura esverdeada cobriu o pequeno graveto que revelou-se ser uma espada, rajadas de vento envolverem o pequenino que não era uma criancinha, mas sim um jovem de porte forte nem um pouco indefeso. Aos poucos a visão do dito Xogum vai se clareando e ele podia ver com mais clareza agora. O deserto, o céu escuro, seus ex-amigos e professor, o maldito cachorro que o humilhou, Walter que o olhava como um verme e...
– Esse garoto... é...
– ...HA!!!!
Entoa o jovem que libera sua técnica. Uma lufada de vento cruzou a distância entre os dois em questão de segundos. A lufada passou como uma brisa pelo seu flanco esquerdo, não havia sentido nada em seu corpo.
– O que é isso?
Toca seu ombro sentido algo molhar sua mão.
– Isso é...?
Um liquido rubro ensopava sua mão, depois percebeu pingos na areia da mesma cor.
– ... sangue?
Tentou erguer o braço esquerdo que não se levantava, mesmo fazendo grande esforço, quando viu que não conseguiria movê-lo, olhou algo caído bem próximo.
– Mais é o meu...
O braço do Arauto jazia no chão inerte, porém nenhuma dor havia afligido seu boneco que olhou de relance para o menino que esboçou um sorriso.
O sorriso de alguém que ele finalmente reconheceu...
– Hi...ro!!!
... assim como a dor que de receber o mesmo golpe duas vezes!
– E assim começa sua punição... irmãozinho! – Declara o pequeno gênio ao sentir a Aura de seu irmão gritando de dor.
Autor(a): Ash Dragon Heart
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Magda Postado em 29/08/2019 - 12:08:48
continua!!
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Magda Postado em 07/04/2019 - 20:26:24
oii! continua, vou ler!
Ash Dragon Heart Postado em 07/04/2019 - 20:54:55
Pode deixar! Essa historia não ira acabar tão cedo e bem vinda a Draconia!