Fanfic: Avatar, a Lenda de Jon Snow | Tema: As Crônicas de Gelo e Fogo, Game of Thrones, Avatar a Lenda de Aang
Um ano antes.
- Não vai me derrotar dessa vez, Theon – Robb golpeava com uma espada de madeira – Já manjei sua dança.
- Não acho que irei fracassar contra você, Robb – Theon se defendia dos golpes – Falando em fracasso, sabe a Luciya?
Os dois lutavam com espadas de madeira no campo, como costumavam fazer. O bastardo observava, sentado ao lado de seu lobo, Fantasma, de Vento Cinzento, de seu irmão, e de Arya e sua loba, Nymeria.
- Minha ex-namorada? – perguntou Robb, questionando a si mesmo o motivo da pergunta avulsa – O quê que tem ela? – deu um golpe lateral na esquerda.
- Você acha ela boa de cama? – Theon parou o ataque.
- Não sei – respondeu Robb – Eu nunca... Você sabe, transei com ela.
- Ah, mas devia. Eu pelo menos acho.
- Quê?! Seu desgraçado! – partiu para o ataque com toda a força possível. Theon apenas deu um passo para o lado, atacando Robb pelas costas e o jogando no chão.
- Como você pode ver – estava com a espada de madeira em seu pescoço – O medo corta mais profundamente que as espadas, como já dizia Syrio Forel.
Ainda com raiva, fez subir o solo, derrubando Theon no chão, enquanto se levantava novamente.
- Ah, vai usar dominação agora? – Theon Greyjoy lançou uma rajada de ar no rosto do adversário, o impedindo de abrir os olhos – Foi você que me disse que não era justo fazer isso por causa do nosso amigo ali – apontou para o bastardo.
- Foda-se. Eu juro, Theon, um dia você ainda vai perder seu pinto – Robb saiu do campo e foi para perto dos lobos, estendendo a espada ao bastardo – Quer tentar, Jon?
- Não, valeu – Jon Snow se sentia estranhamente cansado demais para qualquer coisa – Acho que vou entrar, me sinto mal.
- Deixa eu ver – Arya pôs a mão na testa do irmão – Está quente. Septã Mordane disse que isso é febre, e quem tem não deve ficar aqui fora.
Os dois seguiam em direção ao castelo, mas poucos passos depois pararam, quando viram os Senhores Stark chegarem.
- Não falei? – disse Catelyn ao seu marido, enquanto andavam pra perto do campo – É aqui que eles ficam quando somem.
- Arya, você deveria estar com Sansa – disse Ned – Sabe que não deve ficar aqui.
- Eu? Quem não deve ficar aqui é ele – mostrou o rosto pálido do irmão ao pai – Olha como ele tá doente!
- Para de exagero, Arya, eu não tô doente – falava com voz de cansaço – Eu só estou me sentindo um pouco mal, nada dem... – soltou um espirro, saindo fogo no lugar de catarro pelo seu nariz.
Todos ficaram em silêncio, boquiabertos com a cena. A expressão de Arya era de surpresa, a de Ned, de espanto, assim como a de Catelyn, mas esta também estava misturada com ódio. No pátio, Robb tinha se aproveitado da distração de Theon para derrubá-lo. Jon passava a borda da blusa pelas narinas.
- Quê? – perguntou, vendo a expressão dos três.
- Hã... Então, crianças – gaguejou Ned – Seu tio Benjen chegou da muralha e quer vê-los, ele está lá no castelo.
Arya acompanhou o irmão de volta pra casa, sendo seguidos por seus dois lobos. Olhando para trás, só conseguia ver a expressão de ódio de Catelyn para seu pai. Afagou a cabeça de Nymeria e quebrou o silêncio:
- Que tipo de bastardo você é?
- Como assim?
- Eu sei que, como não é filho de minha mãe, não domina água, como a Sansa. Mas nosso pai domina terra, e você domina fogo. Quem era a sua mãe?
- Eu o quê?! – assustou – Não sei do que está falando, irmãzinha. Eu sempre quis saber quem era minha mãe, e qual elemento ela dominava, pra isso já tentei dobrar os quatro elementos, mas nenhum deu certo.
- Bem, eu vi você espirrando fogo hoje.
- Espirrando fogo? – riu – Dominadores de fogo tem a capacidade de fazer fogo sair pelas mãos. Ninguém espirra fogo, Arya.
- Seja como for, nosso pai também viu. Eu só acho que você deveria ter uma longa conversa com ele depois de hoje.
Entraram no salão do castelo. Estavam lá não apenas o tio Benjen, mas também Meistre Luwin e Sor Rodrik, recebendo a corte: Rei Robert Baratheon, sua esposa, Cersei Lannister, seus filhos, Joffrey, herdeiro do trono de ferro, Tommen e Myrcella, acompanhados de Jaime Lannister, o Regicida, Sandor Clegane e cerca de trezentos soldados.
- Jovens Stark! – cumprimentou Robert – É bom vê-los.
- Vamos, crianças – disse Meistre Luwin – Mostrem algum respeito.
Jon e Arya se curvaram.
- Vossa Graça – disseram.
- Seus pais estão aqui? – tornou a perguntar o rei.
- Eles já vêm – respondeu Arya, e então se dirigiu a Meistre Luwin – Jon não está se sentindo bem. Precisa de cuidados.
O Meistre assentiu e levou Jon para o quarto. Jon Snow lembrava-se das conversas dos dias anteriores: Uma carta, Jon Arryn morto, Rei Robert vindo para Winterfell. Então havia chegado. Meistre Luwin o deitou em sua cama, examinando.
- Você sente alguma coisa?
- Frio e uma dor na garganta. Também me sinto muito cansado.
Pôs a mão em sua testa.
- Deve ser um pequeno resfriado, senhor. Em alguns dias irá passar. Sinto muito, mas não poderá participar do jantar hoje.
- Eu sou um bastardo, Meistre. Não me interesso por essas coisas.
- Irei lhe trazer um pouco de vinho mais tarde – disse, se levantando e saindo pela porta – Espero que melhore.
Não se lembrou de mais nada além de ter fechado os olhos e dormido. Quando acordou, viu que estava escuro. Sentiu que muito tempo havia se passado. Na cabeceira da cama, sorriu ao ver um odre de vinho enchido pela metade, a quantidade exata que geralmente bebia. O Meistre o conhecia bem. Sentou-se na cama e deu alguns goles, apreciando o sabor doce e frutado do vinho estival. Preciso usar a latrina, pensou, lembrando-se da água e do leite de papoula que havia bebido antes de dormir. Saiu de seu quarto e foi andando pelo corredor. Devia estar realmente tarde, pois as vozes e risadas de Robert e sua corte haviam sumido. Em vez disso, as únicas vozes que ouviu foram as dos Senhores Stark, e parou para escutar à porta quando seu nome foi dito.
- Eu já lhe disse, Cat – era a voz do pai – Jon é meu filho, e é só com isso que você deveria se preocupar.
- Como, se hoje ele dobrou fogo? – a Senhora Stark parecia furiosa – Por que o seu filho é um dominador de fogo, Ned?
- Porque talvez a mãe dele fosse dominadora de fogo, eu sei lá! – respondeu – Já disse que não quero falar sobre iss.
- Os dominadores de fogo foram todos mortos há catorze anos, e é pouco provável que uma deles... Conte a verdade, Ned – Catelyn pôs a mão em seu ombro – Você está protegendo um príncipe Targaryen?
- Não, não estou.
- Você sabe o que Robert faria com ele se descobrisse? – gritava, em desespero – E com você? Com nossa família, com nossos filhos?
- Ele não é um Targaryen! E mesmo se fosse, eles têm cabelos cor de prata e olhos claros, enquanto os de Jon são negros. Não teria como descobrirem.
- Bem, ele dominou fogo hoje. E os Lannister prefeririam acreditar nisso do que pensar que há catorze anos você deu uma escapada pra Porto Real, comeu uma prostituta que por acaso era dominadora e voltou lá nove meses depois para buscar o filho dela. Então sugiro que você resolva.
Enquanto escutava, Jon abriu a palma de uma mão e fez um pouco de força, fazendo sair uma chama.
- Meus deuses – disse.
Autor(a): shadowreaper
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
- Snow? – questionou ao ouvir o nome – O que é isso, é alguma casa que eu não conheço? - Negativo, Vossa Graça – respondeu Sor Jorah – Snow é o sobrenome dado aos bastardos que nascem no Norte, assim como Waters é dado aos de Porto Real. Viserys saca sua espada e fica diante de Jon. - Agradeço ...
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