Fanfics Brasil - Jorah Avatar, a Lenda de Jon Snow

Fanfic: Avatar, a Lenda de Jon Snow | Tema: As Crônicas de Gelo e Fogo, Game of Thrones, Avatar a Lenda de Aang


Capítulo: Jorah

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O navio havia aportado no cais quando viu o bastardo saindo do convés inferior. Jon Snow não usava mais a roupa negra, escondendo-a entre os pertences de Viserys. Em seu lugar, usava uma camisa de seda bege e uma calça marrom amarrada com um cinto de couro. Sendo o dono das roupas, comentou ao vê-lo sair:


- Serviram, ainda bem – pensou na possibilidade de Jon pedir as roupas de Viserys emprestadas, e deu graças aos deuses por as suas caberem nele. Aproximou-se para lhe sussurrar algo – Lembre-se, Jon, caso perguntarem, você é um servo pessoal da princesa Daenerys, certo?


- Entendido, Sor – assentiu, indo andar ao lado de Dany, como todo bom servo fazia. Para reforçar ainda mais o papel, que aparentemente seria sua função à partir de agora, carregou seus pertences, com a ajuda de funcionários do porto.


Sendo a mais antiga do Vale, Vila Gaivota era uma cidade grande. Não como Porto Real ou as capitais das casas suseranas, mas ainda sim grande, servindo de posição estratégica para os Arryn como único porto ao sul de suas terras, além de ter alta renda comercial. Ao Viserys lhe perguntar o motivo de sua ida à cidade, Sor Jorah respondeu que, durante a rebelião de Robert Baratheon, a casa Grafton, governante da cidade, havia se mantido leal ao Rei Aerys, tendo seu Lorde, Marq Grafton, morto pelo Usurpador. A ideia era a de convencer atual Lorde, Gerold Grafton, a vingar seu pai. Não era um ideia muito boa, Mormont havia lhe admitido, mas era a única chance que possuíam após terem matado Illyrio e sua filha. Os empregados levaram tudo até uma carroça que levou os quatro ao castelo. Ao chegarem, Jorah lhes deu gorjeta. O dinheiro está acabando, lembrou. Um homem com uma espada na mão e uma torre amarela queimando em um campo negro e vermelho desenhada em sua armadura, símbolo da casa Grafton, foi ao seu encontro.


- O que desejam no castelo? – a voz saiu abafada do elmo com o visor abaixado.


- Viemos falar com Lorde Grafton – respondeu.


O cavaleiro os levou à sala do trono. Lá estava sentado um homem que aparentava ter pouco mais de quarenta anos. Cabelos castanhos curtos, barba curta e olhos verdes. Outro homem já estava diante dele. Em pé, em uma fila, estavam vários outros homens, em sua maioria comerciantes.


- Esperem que eles terminem e o Lorde lhes dará sua audiência. Irá demorar um tempo, pois ele não faz uma há meses – disse o cavaleiro, voltando para a entrada do castelo. Jorah observava o ambiente. As armaduras, o interior do castelo e a sala do trono, tudo remetia ao tempo antes da chegada de Aegon, o Conquistador, quando Vila Gaivota era um reino, governado por outro Gerold Grafton, sendo esse Rei.


Era uma fila um pouco longa, e os outros preferiram esperar sentados. Viserys, no entanto, chamou o cavaleiro exilado para conversar em particular. Sinalizou para Jon ocupar seu lugar na fila e foram para o lado de fora, onde havia um pátio com um jardim. Em meio à calmaria da natureza, seu rei começou, com a fúria de um dragão:


- O que faremos com o bastardo?


- Já quer se livrar dele, Vossa Graça? – perguntou Sor Jorah, com a voz calma contrastando com a raiva do Targaryen.


- Sim, nós devemos – respondeu – Vamos deixar ele em algum lugar por aqui. Ele deve conseguir um emprego nas docas. Não passará fome, eu garanto.


- Mas por quê? Jon tem sido um servo leal, até faz companhia à sua irmã – pensou em Daenerys, antes calada e solitária, conseguiu rir conversando com Jon no navio, durante os três dias de viagem de Pentos à Vila Gaivota. Não sabia o quê, mas alguma coisa naquilo o incomodava – E nos disse que nos serviria até conseguirmos o que queremos. Além disso, não lhe pagamos salário.


- Você por acaso esqueceu que ele é um desertor da muralha? – além de ira, havia ignorância na voz de Viserys – Em toda Westeros a pena para desertores é a morte. É melhor para todos que ele fique aqui, pois se for pego, nós também iríamos pagar por tê-lo acobertado.


- Bem, então estamos no mesmo barco – riu Jorah – Ou você esqueceu que é o último herdeiro do Rei Aerys? Se o Usurpador nos visse, iria querer a cabeça de todos nós. Além do mais, ele não está vestindo o negro.


- E você acha que não o reconheceriam?! Quer dizer, ele domina fogo, e os dominadores de fogo estão mortos, meu pai foi o último deles. Se o vissem, iriam pensar que ele só poderia ser da muralha e o interrogariam até saber a verdade. Sem falar que qualquer um dos corvos que viessem recrutar no sul poderia se lembrar dele.


- Acalme-se, Vossa Graça, ele irá desempenhar bem o seu papel, precisa ter fé no garoto. Já pensou que ele pode ser seu parente? Quer dizer, a dominação de fogo sempre foi bem típica dos Targaryen.


- Meu parente? – riu – Não tenho conhecimento de bastardos do meu pai, principalmente por a nossa família condenar ter, e meu irmão Rhaegar não teve filhos, isso eu garanto. Além disso, não é só porque ele tem a dominação que seria um Targaryen. Eu, como você sabe, sou um Targaryen, tenho o sangue do dragão e não domino o fogo. Ele deve ser filho de algum guerreiro de meu irmão com alguma prostituta que fugiu pro Norte.


Após a conversa, entraram novamente na sala do trono. Sua princesa Daenerys havia adormecido em um dos bancos, enquanto Jon era o terceiro ou quarto da fila. Percebeu um homem incomum tendo sua audiência com o Lorde. Tinha cabelos castanhos, uma espessa barba e usava simples roupas de lã de cor marrom e verde. Sua mão esquerda tinha as falanges médias cortadas, onde segurava uma carta com o selo dos Baratheon.


- Diga quem você é e o que quer – pediu o homem no trono.


- Lorde Gerold Grafton, sou Davos Seaworth, vim à serviço de Rei Stannis – começou o homem – Ele está mandando uma carta à todas as casas.


Rei Stannis?, pensou, o único Stannis que conhecia era Stannis Baratheon, Senhor da Pedra do Dragão. Estariam os próprios irmãos de Robert se revoltando contra ele agora?


- Então diga o que ele quer.


- Ele diz: - continuou Davos – Todos sabem que sou filho legítimo de Steffon Baratheon, Senhor de Ponta Tempestade, e da senhora sua esposa, Cassana, da Casa Estermont. Declaro pela honra da minha Casa que meu querido irmão Robert, nosso falecido rei, não deixou legítima descendência do seu sangue, sendo o garoto Joffrey, o garoto Tommen e a moça Myrcella abominações nascidas de incesto entre Cersei Lannister e seu irmão Sor Jaime, o Regicida. Pelo direito do nascimento e do sangue, reclamo neste dia o Trono de Ferro dos Sete Reinos de Westeros. Que todos os homens fiéis declarem sua lealdade. Feito à Luz do Senhor, com a assinatura e o selo de Stannis da Casa Baratheon, o Primeiro do Seu Nome, Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, e Senhor dos Sete Reinos.


Jorah estremeceu. Era muita coisa para se pensar ao mesmo tempo. Primeiramente, incesto? Achava que isso era algo exclusivo dos Targaryen. Aparentemente, além de roubar o trono, os Lannister estavam roubando as tradições deles também. Outra coisa, o Rei no Trono de Ferro estava morto? Foi ter com Jon, que mesmo tendo estado na muralha, estava em Westeros, e devia ter mais conhecimento sobre o que estava acontecendo do que ele, que estava no outro lado do mar.


- O Usurpador está morto?! – questionou em um sussurro.


- Quem? – perguntou de volta Jon Snow.


- O Rei Robert – disse Jorah - Ele está morto?


- Sim – respondeu – Já  faz alguns meses.


- E por quê não me contou?!


- Eu não lembrava muito bem do que havia acontecido – Jon coçou a cabeça – E não sabia quem eram vocês. Daenerys que me esclareceu aquilo que o Viserys disse de que ele era o rei legítimo.


- Tá bom. O que aconteceu ao Rei Robert?


- Foi caçar, aparentemente a Rainha Cersei armou para ele morrer, assim o filho dela poderia assumir – a voz assumiu um tom de tristeza – E ele mandou matar a Mão, Eddard Stark.


- Entendi – pensou por um tempo – Mas você estava na muralha, como soube disso?


- Ele era meu pai.



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Autor(a): shadowreaper

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Gerold IV Grafton voltou à sala do trono, com um uma taça de vinho em mãos, na qual deu um gole quando se sentou novamente no cadeirão de madeira de pau-brasil para atender aos próximos da fila. Quando viu quem eram, chamou os quatro para uma sala particular, onde havia uma mesa, na qual sentaram-se, em um lado, o Senhor de Vila Gaivota, e ...


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