Fanfics Brasil - Daenerys Avatar, a Lenda de Jon Snow

Fanfic: Avatar, a Lenda de Jon Snow | Tema: As Crônicas de Gelo e Fogo, Game of Thrones, Avatar a Lenda de Aang


Capítulo: Daenerys

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Gerold IV Grafton voltou à sala do trono, com um uma taça de vinho em mãos, na qual deu um gole quando se sentou novamente no cadeirão de madeira de pau-brasil para atender aos próximos da fila. Quando viu quem eram, chamou os quatro para uma sala particular, onde havia uma mesa, na qual sentaram-se, em um lado, o Senhor de Vila Gaivota, e no outro, Sor Jorah e os Targaryen, ficando Jon e um guarda de pé.


- Saudações, Senhor – começou Sor Jorah, entre os dois irmãos – Nós somos...


- Eu sei quem são – respondeu, dando outro gole – Meu conselheiro os identificou, já estou sabendo. A princesa menina, o cavaleiro exilado e o rei pedinte – foi apontando para os três – Sabe quanto que pagariam pela cabeça de cada um de vocês?


- Nós sabemos, Senhor, e tomamos este risco quando viemos para cá – continuou o cavaleiro exilado – Também sabemos a lealdade de seu pai para com o Rei Aerys, que os deuses o tenham, durante a rebelião do Usurpador, e por isso viemos pedir seu apoio para a retomada do Trono de Ferro por seu herdeiro legítimo, Rei Viserys III da Casa Targaryen, Rei dos Ândalos e dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos e Protetor do Reino.


Daenerys observava o seu guardião falando. Aquilo não iria dar certo, de forma alguma.


- Então – olhou para os presentes e o quão absurda a cena era – Vocês não têm poder nenhum, um exército, guardas pessoais – olhou para o único servo da corte, em pé no canto da sala – E ao que tudo indica, nem dinheiro mais. Vocês sabem que eu poderia prendê-los agora mesmo e chamar Lorde Baelish para mandá-los ao Rei Joffrey, certo? Eu só não faço isso porque, se tem uma coisa que aprendi com meu pai, foi a não me envolver em guerras de tronos. Sugiro que vocês sumam daqui antes que mais alguém os reconheça.


- Acalme-se, meu bom senhor – interviu Sor Jorah, forçando uma simpatia na voz – Marq Grafton era um homem de visão, por isso nos apoiou, e garanto que iria querer que fizesse o mesmo. Além disso, garanto que assim que reassumirmos Porto Real o Senhor será recompensado.


- Já disse que não – olhava fixamente para a mesa.


- É claro, podemos discutir termos – olhou para Daenerys – Minha princesa, pode se retirar agora, se quiser.


Dany saiu da sala, sendo acompanhada por Jon, deixando os três homens conversando. De longe, ouvia Viserys começar a gritar. Sentia pena dele. Embora cruel, ainda era fraco e assustado, traumatizado pela morte da família e a perda de tudo o que tinha. Após ter tido que vender a coroa da mãe e começar a ser chamado de Rei Pedinte, às vezes a culpava por sua morte.


- Há quanto tempo estão nessa? – perguntou Jon.


Os dois andavam para o jardim do castelo. Lorde Gerold permitia entrada de cidadãos comuns no espaço do pátio durante os dias de audiência. Assim, poderiam apreciar a beleza em ser um senhor e a riqueza exuberante que nunca teriam.


- Como assim?


- Há quanto tempo estão indo de cidade em cidade, vivendo nas casas de cidadãos poderosos e tentando fazer acordos com eles?


- Até os cinco anos eu vivia numa casa em Braavos – a porta vermelha surgiu em sua mente – Então Sor Willem Darry morreu e tivemos que sair de lá. Desde então, Viserys anda comigo por Essos, fazendo o que você disse.


- E Jorah?


- Servia a Khal Drogo. Durante os vários meses de negociações, ele acabou o dando como servo de Illyrio, que o deu para meu irmão – pensou em como o cavaleiro tinha assumido um papel importante na vida de ambos nos últimos tempos – Ele pensa em mim como se fosse sua filha.


- Entendo – Como os Stark deveriam tratá-lo? Embora bastardo, ainda era filho de Lorde Eddard. Teria sido expulso, ou teria ido para a Muralha por vontade própria? Sabia tão pouco sobre aquele rapaz.


Todos esses pensamentos se cessaram quando viu um meistre ensinando a três jovens a dominação de água. Jon foi ver, e Dany foi atrás.


- Esse é um movimento mais avançado – o meistre retirou um fio de água da lagoa no centro do pátio, fazendo-o circular seu corpo – Eu chamo de escoar a água. Como vocês podem ver, ela... – devolveu a água a onde estava antes, quando viu os dois não-convidados – Desejam alguma coisa, garotos?


- Não, é que o meu pai está conversando com o Senhor – pôs as mãos atrás de si, coçando a cabeça -, e eu sou um dominador inexperiente. Poderia aprender alguma coisa enquanto estou aqui?


Daenerys sabia que era mentira, mas não fez ou disse nada. Queria ver onde aquilo ia dar.


- Mas o quê?! Não, de forma alguma – negou o meistre – Estou integralmente à serviço da Casa Grafton, e...


- Está tudo bem, Meistre Bronden – disse o rapaz mais velho – É sempre bom compartilhar conhecimentos, e é cansativo ter só nós três aqui todo dia – o rapaz de aparentemente quinze anos estendeu a mão ao bastardo – Prazer, Lawren Grafton.


- Prazer, Jon – devolveu o cumprimento, sorrindo.


- Estes são Gyles e Monira – mostrou o menino, que parecia ter sua idade, e a menina, vários anos mais nova, e então se virou para Daenerys – E você é...?


- Dany – respondeu, apertando sua mão – Eu sou... prima de Jon, mas não domino água.


- Entendi. Pode apenas observar junto aos meus irmãos então.


- Senhor Lawren, deveríamos continuar a aula – interviu Bronden.


- Fique calmo, Meistre, eu também quero lhe demonstrar minhas habilidades – se aproximou da lagoa e estendeu as mãos – Assim eu vejo se suas aulas estão no rumo certo. O que sabe de dominação de água, Jon?


- Nada – ele admitiu.


- Pois bem, vamos começar pelo básico – inclinou o corpo e os braços para frente e depois para trás, e a água o seguindo – Empurre e puxe. Se continuar treinando, aos poucos irá desenvolver.


Jon repetiu os movimentos, e para a surpresa de Daenerys, a água seguia seus movimentos. Como assim? Não tem como ele estar fazendo isso. Olhou para o rosto de Jon, e não parecia nem um pouco surpreso.


- Assim? – Fez ondas um pouco maiores no lago, não parecendo estar tendo dificuldade.


- É, isso mesmo – o pequeno Grafton parecia surpreso – Até que você foi rápido, demorei um tempo pra aprender isso.


O quê? Como ele está fazendo isso? Será que os pais eram dominadores de água e fogo e ele herdou a dominação dos dois? Não, isso não era possível, e Eddard Stark era o do Norte, e a maioria das casas do Norte, sobretudo a Stark, era de dominadores de terra. Aquilo tudo não fazia sentido. Viu um vulto com uma movimentação estranha com o canto do olho, e quando percebeu, cinco homens encapuzados de manto de couro negro haviam pulado o muro.


- Lawren! – gritou Dany. O Grafton logo olhou para onde seus olhos apontavam, assim como os outros presentes, e os viu correndo em sua direção.


- Gyles, Monira – disse Bronden, pondo as mãos em frente ao corpo – Corram pra dentro, tranquem a porta e chamem os guardas. As crianças assentiram, enquanto o Meistre dobrava a água para fora do lago – Vamos testar suas habilidades, senhor Lawren.


Jon levou a mão direita a apalpar o lado esquerdo do corpo, como se sentisse falta de algo. Provavelmente uma espada, pensou, vendo os homens desarmados, armas seriam bastantes úteis. Eles vieram para cima de Jon. Ele derrubou o primeiro com um golpe apenas, em seguida segurando os braços do segundo. Outro, por sua vez, lhe lançou um jato de ar, forte o suficiente para derrubá-lo no chão, e estava pronto para abatê-lo, é claro, se seu peito não tivesse sido trespassado por uma lança de gelo feita por Meistre Bronden. Dany retirou-a e foi atacar um deles, sendo ajudada pelo meistre, que havia derrubado um perto de si.


- Lawren, ataque-o! – gritou ao aprendiz, e este dobrou água do lago e não conseguiu fazer nada além de jogá-la sem força alguma em cima do oponente, que se levantou e realizou uma bomba de ar, movimento que arremessou os três em seu raio para longe de si.


Os outros dois continuaram mirando em Jon Snow. Um lhe atacou com um soco de ar, e o outro lançou um corte de ar em suas pernas, para derrubá-lo. Dany via a cena, caída em um canto do pátio, e correu para ajudá-lo. Bronden e Lawren também se levantavam, e mais dois homens encapuzados iam atacá-lo. Viu os guardas chegando do outro lado do pátio, pensando que talvez suas espadas não fossem tão úteis assim contra dominadores ar, que se esquivariam facilmente de seus movimentos. Encontrou com um deles, batendo-lhe na cabeça com a lança, fazendo quebrar o fino pedaço de gelo. Isso também não ia dar certo, pensou novamente. Em troca recebeu um olhar mal-encarado do encapuzado, que a jogou no chão ao lado do outro, começando a espancá-la da forma que o bastardo estava sendo. Jon, por fim, resignou-se de seus disfarces e atirou fogo na cabeça de um, aproveitando-se do susto dos oponentes para levantar-se para queimar o pescoço de outro, fazendo-o agonizar no chão. Os guardas cercaram o perímetro e foram em direção aos invasores que estavam de pé. Um deles, sendo atacado, esquivou-se do guarda que veio e o matou com sua própria espada. Foi atingido por uma bola de fogo lançada por Jon, que, no entanto, não surtiu efeito, por seu manto ser de couro. Jon não teve escolha a não ser atacá-lo com força diretamente no rosto.


Aos poucos, Daenerys recuperou as forças para se levantar, sendo ajudada por Lawren e um dos guardas. O Grafton havia amarrado o que agonizava no chão e entregado aos guardas, provavelmente para julgamento posterior. Conseguiu ver o fim da luta, com Jon lançando uma corrente de fogo no último oponente que ia atacá-lo. Virou-se para Daenerys, Meistre Bronden, Lawren e os guardas. Enfim apagou as chamas das mãos.


- V-você domina água e... e fogo – tremulou Lawren – Mas que porra é você?


- Eu sou o Avatar – enfim disse.



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Autor(a): shadowreaper

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